28 de nov. de 2011

Como ser Cristão sem ser Estressado

Texto: 1 Reis 19.1-4
Tema: Aliviando as Pressões do Dia a Dia
Titulo: Como ser Cristão sem ser Estressado

Introdução:
1.       Ser um servo de Senhor, assim como ser um pai de família, ser um profissional de sucesso é estar sobre pressões. O mercado de trabalho gera pressão sobre nós, as obrigações familiares demandam deveres, a vida com o Senhor exige de nós uma conduta diferenciada.
2.       Analise a vida do Servo de Deus: Trabalha 40h semanais. Na quarta a noite não vai assistir futebol com os amigos. No sábado à tarde o pastor sempre arruma alguma programação. No domingo não pode dormir até o meio dia, pois tem Escola Bíblica. Quando não tem programação ele pode descansar a tarde e a noite sempre tem culto.
3.       Compare com o não crente: Trabalha 40h semanais. Durante a semana não tem compromisso com a igreja (a não ser na Páscoa e Natal - que tem as novenas). No fim de semana vai a Igreja por uma hora e passa o resto do tempo relaxando, e muito literalmente. Joga bola com os amigos, faz churrasco com a galera, sai para pescar com os colegas, está rodeado de mulheres, etc.
4.       Qual dos dois tem mais probabilidade de estar estressado? Talvez eu possa estar falando uma heresia, mas pode haver muito mais pessoas dentro de nossas igrejas a beira de um colapso físico e mental do que imaginamos.
5.       As pessoas trabalham, servem ao Senhor, empregam todas as suas forças, mas apesar de todo esse esforço, em muitos casos o resultado é um desencantamento com a vida espiritual, surge uma crise com Deus, e muitos acabam abandonando a igreja. Como mudar isso?

1.       IDENTIFICANDO AS PRESSÕES
a.       Solidão. Elias se sentia isolado (v.3,10), ele pensava que era a penúltima bolacha do pacote.
                                                               i.      A solidão pode ser um agravante em meio às pressões e ajuda a gerar o estresse. Lembra-se do não crente, como é que ele relaxa e assim não se estressa? Na sua grande maioria, junto com os amigos.
                                                             ii.      Mas em parte, o culpado pela solidão de Elias era ele próprio (v.3,4). Ao deixar o seu servo ele escolheu entrar no deserto sozinho.
                                                            iii.      Ninguém é autossuficiente ao ponto de dizer que não precisa de ninguém. Todos dependemos um dos outros. Você precisa de amigos, de pessoas que estejam ao seu lado quando você entrar no seu deserto.
b.      Preocupação. Elias se consumia pelo estado do seu povo (v.10), ele não se conformava por eles terem rejeitado a aliança, quebrado os altares e matar os profetas.
                                                               i.      A falta de preocupação pode ser um perigo, mas o excesso dela é uma bomba relógio. Nem sempre as coisas vão sair como planejamos, nem sempre as pessoas vão corresponder a nossa expectativa, mas quando isso acontecer, não podemos deixar essa situação corromper nosso estado emocional, físico e principalmente espiritual.
                                                             ii.      Precisamos aprender a não nos preocupar tanto, precisamos aprender que “a cada dia basta seu mau” (Mateus 6.34) e que “não devemos andar ansiosos por coisa alguma” (Filipenses 4.6).
c.       Exaustão. Elias estava vencendo, mas à custa de um grande esforço (Cap. 18.16-46). Elias teve um domingo intenso como muitas vezes é o nosso, ele acordou sedo e só parou quando chegou em casa da Igreja.
                                                               i.      Meus irmãos, o problema não são as atividades que realizamos, a questão toda é o ativismos desenfreados em que nos encontramos. Elias poderia ter pedido para alguém cortar o novilho, ou buscar as pedras, ou matar os profetas de Baal, mas não, ele fez tudo sozinho.
                                                             ii.      Não entendam que Deus não quer que trabalhemos, muito pelo contrário, mas temos que saber o nosso limite, ou aprender a delegar algumas tarefas, ou simplesmente aprender a dizer não. Não espere chegar a exaustão, você poderá não ter forças para reagir.
d.      Frustração. Elias se sentia decepcionado com os resultados (Cap. 19.1,2). Ele pensou: “agora o rei Acabe e a rainha Jezabel vão se converter, agora o povo vai passar por um grande avivamento, e eu vou ser honrado como profeta”, mas não é isso que acontece.
                                                               i.      Meus irmãos, talvez não haja coisa mais nociva a uma pessoa do que a frustração em não ver os resultados que esperava. Quantos pais, quantos professores, quantos conjugues, quantos patrões, e até pastores se frustram com o retorno dos outros.
                                                             ii.      Talvez precisemos aprender a esperar menos ou num grau de menor intensidade. Talvez precisemos reconhecer que não somos os “salvadores da pátria” e que as pessoas das quais esperamos algo, são pessoas falhas como nós. Precisamos diminuir o nível da nossa expectativa.
e.      Elias foi um que pediu a morte, mas foi um dos que não morreu, foi levado ao céu. Quando estamos em meio ao turbilhão de pressões não sabemos de fato que é melhor para nós (Cap. 19.4,5), por isso Deus nos leva a um lugar mais tranquilo para ouvir sua voz (v.9,10).

2.       ALIVIANDO AS PRESSÕES
a.       Cuide de você: alimento, repouso, atividade física, mudança de ambiente (Cap. 19.5-8,15).
                                                               i.      Comece amanhã a fazer aquela dieta que você prometeu iniciar na segunda, mas que até hoje não começou. Busque fazer uma reeducação alimentar ou passe a alimentar-se melhor, começando com um tempo para sentar à mesa.
                                                             ii.      Passe a desligar a TV duas horas antes e vá dormir mais cedo. Se possível, negocie um intervalo maior para o almoço. Se precisar troque a cama ou o colchão, compre um ar-condicionado ou um ventilador. Repouse mais para recuperar as energias.
                                                            iii.      Procure aquele tênis e comece a caminhar, matricule-se nos Centros de Convivência e faça natação ou outro esporte. Troque o computador ou o televisor pelas pistas de caminhada. Mexa seu corpo de forma planejada, seu coração vai agradecer.
                                                           iv.      Faça menos prestações e guarde dinheiro, ou use aquela poupança para uma viagem, nem que seja a cidade vizinha. Nas férias não invente coisas para fazer, simplesmente não faça nada, você está de férias.
b.      Invista em sua vida devocional: você trabalha com Deus ou para Deus? (Cap. 19.11-13).
                                                               i.      Trabalhar com Deus significa ser parceiro, estar junto, dividir as cargas. Deus passa a ser aquele com quem devemos partilhar nossas frustrações, medos, angústias. Trabalhar para Deus significa que Ele é um tirano que não importa como estamos, apenas se estamos produzindo.
                                                             ii.      Elias estava tão preocupado em trabalhar para Deus que havia esquecido o próprio Deus, a ponto de nem ouvir sua voz e reconhecer sua manifestação. Apesar de estar na obra do Senhor, ele estava longe do Senhor da obra.
                                                            iii.      Quando não temos uma vida devocional e espiritual significativa, até o trabalho do Senhor se tornará motivo para pressão e estresse.
c.       Coloque gente em sua vida: cuide da vida relacional (Cap. 19.15,16,19,20).
                                                               i.      Elias havia deixado seu servo e seguiu só o seu caminho. Mas agora Deus o manda reparar este erro. Ao ungir estes reis e ter um novo servo/sucessor era parte do tratamento para a depressão de Elias.
                                                             ii.      Meus irmãos, não podemos achar que não precisamos de amigos, que não precisamos de ninguém “se metendo” em nossas vidas. Conte nos dedos quantas são as pessoas (não vale a família) que você passa mais de uma hora por dia. Conte nos dedos quantos amigos (não colegas) você tem. Sobraram muitos dedos? Algo está errado.

3.       TIPOS DE AMIGOS
a.       Torcedor: é aquele que incentiva, ele está disposto a fazer o que precisar para que você tenha sucesso. Ele se alegra, aplaude está ao seu lado quando você está “bem na tabela”, mas se entristece quando você está na zona do rebaixamento, mas não entra em campo.
b.      Jogador: é aquele que participa com você, veste a mesma camisa, entra das divididas e busca o mesmo interesse. Ele corre, soa e se cansa, pois não se contenta em estar na arquibancada só olhando.
c.       Técnico: é aquele que orienta, instrui, aconselha e dá bronca. É alguém teoricamente mais experiente, com mais bagagem de vida, que está disposto a dar conselhos e mostras novas possibilidades.
d.      Massagista: é aquele que restaura, traz refrigério, que trata dos machucados e nos coloca de volta no jogo.

CONCLUSÃO:
1.       O Mesmo Deus que deseja nos usar deseja que sejamos felizes. É possível conciliar estas duas situações, pois elas se completam. Aquele que é usado no trabalho do Senhor passa a ser feliz. Porém a felicidade não pode ser no âmbito ministerial, mas também no pessoal, profissional, sentimental, etc.
2.       Se você está muito estressado, se as pressões estão te sufocando e não se sente feliz e satisfeito, há uma boa notícia: É possível mudar. Comece hoje identificando as pressões e depois recebendo o alívio que você precisa.
3.       O Senhor Jesus te chama: “Venham a mim, todos vocês que estão cansados de carregar as suas pesadas cargas, e eu lhes darei descanso. Sejam meus seguidores e vocês encontrarão descanso e a carga que eu ponho sobre vocês é leve” (Mateus 11.28-30NTLH).
(Adaptado de “Aliviando as Pressões Sobre o Pastor” por Marcelo Aguiar)

Boletim 27 novembro 2011

Bom dia a todos, disponibilizamos a vocês nosso informativo desta semana, vale a pena conferir cada detalhe. Deus o abençoe e faça-nos uma visita.
Pr. Elias Colombeli

25 de nov. de 2011

Missões Começa no Quintal de Casa

Texto: Atos 1.4-9
Tema: Entendendo Melhor o que é Fazer Missões.
Título: Missões Começa no Quintal de Casa.
Tese: Entender o que é Missões nos despertará para amar, se comprometer e realizar Missões todos os dias, independente de onde estamos.

Introdução:
·        Sabemos que missões é o coração da igreja. E por isso entendemos que muitas igrejas estão seriamente enfermas, ou pior, algumas já morreram. A morte da igreja se dá quando o coração missionário pára de pulsar no peito de cada crente.
·        Mas o que é realmente fazer missões? Como cada um pode fazer missões todos os dias? É possível ser missionário todo tempo, ser ter tempo integral?

1.     MISSÕES É MAIS QUE CHEGAR AOS CONFINS DA TERRA
a.     A ordem de Jesus é chegar aos confins da terra (At 1.8). A Grande Comissão nos desafia a fazer discípulos de todas as nações (Mt 28.19). Não há dúvida que o coração de Deus bate por cada alma espalhada pelo globo.
b.     Paulo em sua terceira viagem missionária (At 18-21), e quando vai preso até Roma, chega aos confins da terra daquele tempo. Da prisão orienta, ensina e corrige as igrejas por meio das cartas.
c.      Mas os confins da terra se torna algo tão distante de nós que passa a ser mais uma utopia que uma realidade. Se torna algo mais do discurso do que da prática. Nos contentamos em enviar uma oferta e fazer algumas orações para que os confins da terra sejam alcançados. Isso porque Missões e confins da terra são termos que parecem longe demais da nossa realidade.
d.     Pensar Missões nesta ótica é concluir que isso é coisa para os missionários profissionais que deixaram sua pátria e se dedicam em tempo integral para falar de Jesus aos perdidos. Mas Missões é mais do que isso. Por que se fosse só isso, poucos poderiam fazer Missões. E Jesus deseja que cada discípulo seja uma testemunha.
e.     Para entender melhor o que é Missões temos que pensar, temos que olhar, temos viver, temos sentir mais perto. Missões não pode continuar sendo algo distante, porque assim nunca faremos realmente Missões.

2.     MISSÕES É MAIS QUE ALCANÇAR JUDÉIA E SAMARIA
a.     A ordem genérica da Grande Comissão é especificada e obedecida em Atos. Vemos a partir do cap. 8 que os discípulos são impulsionados para as cidades ao entorno de onde estavam.
b.     A morte de Estevão e a perseguição por Saulo fizeram que a igreja desse os primeiros passos para fora. (At 8.1-3)
c.      Filipe, o diácono, foi para a Samaria (At 8.4-8)
d.     O mesmo Filipe chegou até Gaza, Azoto e Cesaréia (At 8.26,40).
e.     Esta expansão promoveu conversões, inclusive Saulo (At 9.1-9), e o crescimento da Igreja (At 9.31).
f.       Quem fez isso? Não foram os missionários de tempo integral (At 13.1-4). Não foram os apóstolos (At 8.1). Foram os crentes normais (Filipe era Diácono – At 6.5). Ou poderíamos entender que eram os missionários locais, de Missões Estaduais.

3.     MISSÕES É COMEÇAR POR JERUSALÉM
a.     A chave de Atos 1.8 é “sereis minhas testemunhas”. O plano de Deus para espalhar as boas novas e pelo testemunho de cada crente. (1Pe 2.9; At 4.20, 29-31; Rm 10.13-15).
b.     Primeira ação da Igreja foi se reunir em Jerusalém para orar (At 1.12-14).
c.      Em seguida se reuniram para serem capacitados pelo Espírito Santo (At 2.1-4).
d.     A primeira campanha evangelística foi em Jerusalém (At 2.14ss).
e.     A igreja prosseguia (At 1-7), em meio a desafios, prisões, ameaças, morte, com muita oração e manifestação do poder de Deus.
f.       Você consegue perceber que a obra missionária começou no quintal de casa. Você consegue perceber que a medida que o trabalho avançava em Jerusalém, o ir para Judéia, Samaria e confins da terra foi uma consequência natural. Você consegue perceber que se eles não tivessem começado em Jerusalém, nunca teriam chegado a todas as nações.

4.     TORNANDO ATOS 1.8 PRÓXIMO DE MIM.
a.     A minha Jerusalém passa a ser os membros da minha família que ainda não conhecem a Cristo, pode ser alguém que está bem perto: pais, conjugues, filhos, avós. O primeiro circulo de parentesco.
b.     A minha Judéia passa a ser os parentes chamados distantes, aqueles que não vemos frequentemente, talvez só nas festas familiares. Os colegas do futebol, o mecânico do carro, o sindico do prédio, etc.
c.      A minha Samaria passa a ser os meus inimigos (os judeus eram inimigos mortais dos samaritanos), aquelas pessoas que eu não gosto, que me feriram.
d.     O meu Confins da Terra é aquele vizinho que nunca conversei, aquele garçom do restaurante que frequento, aquele pedinte nos semáforos, etc.

Conclusão:
·        Para amar e fazer Missões é preciso começar a testemunhar onde nos encontramos.
·        Se não chegamos ao quintal de nossos vizinhos, não chegaremos aos confins da terra.
·        Fazer Missões é mais simples que pensamos, mais prático que pensamos, mais próximo que pensamos.

Papagaios de Cristo

Texto: 1 Coríntios 11.1
Tema: Ser Discípulo é ser Imitador
Título: Papagaios de Cristo

1 Coríntios 4:16  Admoesto-vos, portanto, a que sejais meus imitadores.
·        Paulo não se exibia como um exemplo absoluto, ele só deveria ser imitado conforme ele estivesse imitando a Cristo.
·        O crente, como Paulo, é chamado para seguir o exemplo de Cristo e tornar-se semelhante a ele (Rom. 13.14; Gal 3.27).

1 Coríntios 11:1  Sede meus imitadores, como também eu sou de Cristo.
·        Ser semelhante a Cristo é amar a Deus e ao próximo; O amor do crente por Deus motiva e dirige o seu amor pelo próximo.
·        O amor de Cristo pelo Pai é visto no zelo: gloria, vontade, Palavra, comunhão;
·        O amor de Cristo pelo ser humano é visto: compaixão, bondade, lagrimas, humildade, perdão, paciência, misericórdia.

Efésios 5:1  Sede, pois, imitadores de Deus, como filhos amados;
·        Em relação ao seu amor, demonstrado na sua bondade, compaixão, e prontidão em perdoar - Ef 4.32

Filipenses 3:17  Irmãos, sede imitadores meus e observai os que andam segundo o modelo que tendes em nós.
·        Não ser apenas cristão nominal.
·        Prosseguir para o alvo – v.13-16
·        O exemplo de Paulo é o contrario do apresentado nos vv.18-19
o   Ele é fiel à cruz
o   Cristo é sua glória
o   Sua preocupação esta nas coisas celestiais

1 Ts 1:6  Com efeito, vos tornastes imitadores nossos e do Senhor, tendo recebido a palavra, posto que em meio de muita tribulação, com alegria do Espírito Santo,
·        Sinais do Cristianismo Real:
o   Fé que opera em deixar os ídolos e converter-se a Deus – v.9
o   Amor que luta no serviço do Senhor – v.9
o   Esperança que se firma na paciência aguardando a vinda de Cristo –v.10
o   Papel do Espírito na sustentação daquele que sofre perseguição

1 Ts 2:14  Tanto é assim, irmãos, que vos tornastes imitadores das igrejas de Deus existentes na Judéia em Cristo Jesus; porque também padecestes, da parte dos vossos patrícios, as mesmas coisas que eles, por sua vez, sofreram dos judeus,
·        Imitadores na maneira que suportam a perseguição

Hebreus 6:12  para que não vos torneis indolentes, mas imitadores daqueles que, pela fé e pela longanimidade, herdam as promessas.
·        Abraão é o exemplo (v.15,17;  11.8-19)
·        Há muitas outras testemunha que percorreram o caminho da fé com paciência (11.4-38)
·        Que agora estão desfrutando da prometida esperança através da obra de cristo.

21 de nov. de 2011

Boletim 20 novembro 2011

Bom dia a todos, leiam nosso informativo e fiquem sabendo de nossas programações.
Pr. Elias Colombeli

Não Deixe os Leões se Criarem

Texto: 1 Crônicas 11.22-24
Tema: A Luta Interior do Cristão
Título: Não Deixe os Leões se Criarem

Introdução:
a.       Falar em luta interior é considerar a necessidade cuidar dos nossos corações, que na linguagem bíblica, representa junto com outros órgãos, o nosso interior. Provérbios 4:23  “Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o coração, porque dele procedem as fontes da vida.” Mateus 15:19  “Porque do coração procedem maus desígnios, homicídios, adultérios, prostituição, furtos, falsos testemunhos, blasfêmias”. E Salmos 73:21  “Quando o coração se me amargou e as entranhas se me comoveram”.
b.      Um dos primeiros passos para vencer a luta interior é cuidar do coração. “Todas as pessoas são como a lua: têm um lado escuro que não mostram para ninguém” (Mark Twain). É comum escondermos, ocultarmos algumas ações, alguns desejos, alguns pecados, e tudo isso é depositado no coração, que passa a sofrer (Salmo 51.2,7,8,10,12).
c.       O passar por uma luta interior tem um fator pedagógico positivo, pois segundo Robert Browning “Quando a luta começa em seu interior, então um homem já vale alguma coisa”. Davi no Salmo 51.16,17 vivencia uma luta interior depois de ter reconhecido que escondeu o pecado, mas esta luta interior serviu para libertá-lo do peso da culpa.

1.       QUEM ERA BENAIA – v.22
a.       Seu nome significa “Deus constituiu”. Era um soltado do exercito de Davi, mas não era um soldado comum, ele pertencia ao que chamamos de “tropa de elite de Davi”. O Exército era divido em quatro grupos descritos no verso 25:
                                                               i.      Na base, ficava o grupo maior, o exército propriamente dito;
                                                             ii.      Em seguida vinha o que chamamos de terceiro escalão, um grupo de trinta soldados (1 Crônicas 11.26-47);
                                                            iii.      Depois vinha o segundo escalão, onde três soltados dentre eles Benaia (Abisai e mais um);
                                                           iv.      E por fim os primeiro escalão, constituído de três principais guerreiros de Davi (Jasobeão, Eleazar e Samá – 2 Samuel 23.8-12).

2.       O MOMENTO DA LUTA – v.22
a.       Benaia matou um leão “no tempo da neve”. As batalhas exteriores eram impossíveis, pois com a neve e o frio, inviabilizava toda e qualquer movimentação para a batalha. Os soldados passavam muito tempo fora de casa e nenhum rei saia com suas tropas neste período. Era um período de descanso e para ficar com a família.
b.      Em 2 Samuel 11.1,2 vemos que os reis saíam para as guerras contra outros reis na primavera, pela descrição que Davi se levantou e foi passear no terraço de onde viu uma mulher tomando banho.
c.       O que precisamos entender é que a ausência de guerras exteriores acaba gerando uma ocasião propícia para as batalhas interiores. Benaia não saiu para lutar, mas ele travou uma luta interior, dentro de uma caverna, não contra um inimigo humano, mas com um leão, muito mais forte que qualquer outro soldado.
d.      Talvez este leão estivesse aterrorizando o povoado onde Benaia morava, matando gado, tirando até o sustento das famílias, e como ele estava “de férias das batalhas” fez deste o tempo oportuno para enfrentar aquele leão.
e.      Quando atravessamos o inverno de nossas vidas, Deus nos conduz à uma luta mais importante. Você pode não estar lutando contra outros inimigos a não ser contra você mesmo, contra os seus leões interiores que estão dominando seu coração assim como:
                                                               i.       Moisés quando estava pastoreando os rebanhos de Jetro (Êxodo 3.1-6ss) antes de ser chamado para libertar o povo do Egito;
                                                             ii.      Davi que ungido rei teve que fugir por dez anos de Saul que queria mata-lo (1 Samuel 18 a 30) antes de assumir o trono e reinar sobre Israel;
                                                            iii.      Paulo quando ficou quatro anos no deserto da Arábia (Gálatas 1.17-19) antes de ir para Jerusalém conhecer os apóstolos e começar seu ministério.
f.        Que leão você está enfrentando neste momento? Este é o momento, este é o tempo de sua luta, enfrente seu inimigo com fé e certeza que o Senhor é o seu general e assim você será vencedor.

3.       A NATUREZA DA LUTA – v.22
a.       Benaia “desceu à cova”, lutando com um leão no coração da terra, em um lugar escuro e solitário. Imagine ele seguindo as pegadas pela neve, elas levam a um tipo de caverna, então ele não tem outra alternativa a não ser entrar.
b.      Num primeiro momento a entrada é confortável, com um pouco de iluminação, mas a medida que ele vai entrando, o espaço fica menor, ele precisa de agachar,  por que não pensar em rastejar. Agora a única luz que tem é a de sua tocha acessa a qual carrega junto ao corpo.
c.       A medida que entra o clima muda, ele começa a sentir o calor da cova, quem além da apreensão fazem ele começar a suar. A escuridão é total, ele não tem como saber onde está o leão, embora este saiba exatamente onde Benaia está.
d.      A tensão aumenta, o som de sua respiração quebra o silencio, os seus passos quebram pequenos gravetos, e de repente surgem na sua frente dois olhos grande, amarelos e apavorantes. Eis ai o seu adversário. E ele começa a batalha.
e.      Precisamos enfrentar os nossos adversários interiores, encarando as nossas feras e monstros, as nossas necessidades, medos e pecados. Precisamos enfrentar o orgulho, a impulsividade, a indisciplina, a preguiça, a sensualidade, a maledicência (fofoca), o ciúme, a inveja, etc.
f.        Não fuja dos seus leões, não deixe pra lá como muitos fazem. Quando fugimos do problema e não resolvemos ele volta e com força maior, mais apavorante, mais destruidor.

4.       O RESULTADO DA LUTA – v.22
a.       Benaia “matou um leão”, e deixou a cova transformado, capacitado para se tornar o general e comandante da nação (1 Reis 2.35). Talvez no momento ele não foi reconhecido, mas tempo depois, quando Salomão (filho de Davi) precisou escolher um homem para ser seu novo general, que foi que ele escolheu?
b.      Não foi um dos trinta de Davi, não foi um dos três mais importantes soldados de Davi, sabe por quê? Por que nenhum deles saiu para guerrear quando não havia guerra; nenhum deles desceu a cova; nenhum deles matou um leão.
c.       Quando vencemos a nossa luta interior, tornamo-nos capazes de conquistar grandes vitórias e realizar grandes feitos. Quando deixamos Deus moldar nossas vidas seremos usados de maneira poderosa em suas mãos. Quando deixamos o Espírito Santo fazer uma obra santificadora em nós nenhum leão nos impedirá de ser benção.
d.      João era irmão de Tiago um dos primeiros discípulo de Jesus (Mateus 4.21). Junto com Pedro os três eram os mais chegados a Jesus (Marcos 9.2, 13.3, 14.33). Porém não vemos João se destacando no ministério de Jesus e nem no livro de Atos, é como que se João não estivesse ali.
e.      Mas ele não aparece porque ele passava pelo inverno de sua vida, ele estava lutando contra seu leão, o temperamento, ele era explosivo, de pavio curto (Marcos 3.17 e chama de “filho do trovão”; Marcos 9.38 proibiu um homem de seguir com eles; Lucas 9.54 quis derramar fogo do céu para consumir os samaritanos).
f.        Depois que ele vence seu leão, vemos um João transformado, um homem que escreve sobre o amor (Evangelho de João, Cartas de João e Apocalipse).
g.       Você quer ser transformado, mate seus leões. Não queira ser promovido, não queira ser usado por Deus sem antes ter vencidos seus leões interiores. Deus pode usar qualquer pessoa, desde que seja transformada (Saulo tornou Paulo).
CONCLUSÃO:
a.       Deus tem grandes planos para você, desça á sua cova e mate seu leão. Esse é o momento para sua luta, Deus está separando este momento para você enfrentar seus leões.
b.      Mas não pense em uma luta exterior, Paulo diz que nossa luta é espiritual (Efésios 6.12). Seu leão pode estar dentro de você.
c.       O resultado será vitória, será livramento, consciência e coração tranquilos na presença de Deus.

(Adaptado de: “A Luta Interior do Pastor” por Pr. Marcelo Aguiar)

18 de nov. de 2011

Em Deus há Esperança

Texto: Ezequiel 37.1-10
Título: Em Deus há Esperança

Introdução:
a.       Você conhece o ditado popular que diz: “A esperança é a última que morre”. As más línguas completam dizendo “ainda bem que minha sogra não se chama esperança”. De fato a esperança deve estar presente na vida de cada pessoa, motivando a buscar realizar seus objetivos.
b.      A esperança deve nos acompanhar até o fim de nossas vidas, pois o apóstolo Paulo revela em 1 Coríntios 1.13 “Assim, permanecem agora estes três: a fé, a esperança e o amor”, sendo que segundo ele, o maior destes é o amor, pois na eternidade não precisaremos de fé nem de esperança, pois aquilo que estes dois contemplam, na eternidade já terão recebido.
c.       Ezequiel revela no versículo 11 que o povo de Israel já havia perdido a esperança. Essa profecia vem justamente para renovar a esperança perdida, para trazer um motivo de confiança em Deus, o Senhor de Israel, aquele que pode fazer nova todas as coisas.
d.      Pode ser que você já tenha perdido a esperança em algumas áreas de sua vida. Esperança de ver sua família melhor, esperança de crescer profissionalmente, esperança de ter um casamento melhor, esperança de ver seus familiares na Casa de Deus, etc.
e.      Mas não há motivo para perder as esperanças (Salmo 27.14).

Transição: O primeiro motivo para ter esperança é que:

1.       DEUS DÁ FORMA AO QUE FOI DESTRUÍDO – v.7
a.       Aquilo que Ezequiel estava vendo era um vale cheio de ossos (v.1). Ele enfatiza que os ossos estavam muito secos (v.2). Sabemos que os ossos são formados no corpo humano a medida que a pessoa vai crescendo, eles não aparecem, e muito menos secos.
b.      Olhando para aquele vale podemos entender que ali estava uma representação de algo que antes tinha vida, mas agora está totalmente destruído. Os corpos que ali foram jogados e que deram origem a esse vale de ossos são nada mais nada menos que vidas que foram destruídas, que perderam a batalha para o inimigo chamado morte.
c.       O primeiro passo para a renovação é quando Deus começa formar os esqueletos. Os ossos que antes estavam espalhados, longe um dos outros, agora começam a se unir, e aquilo que era uma desolação, agora começa a tomar forma, os ossos tomam cada um o seu lugar.
d.      Em Gênesis 1.2 a Palavra descreve um cenário de desolação, de caos de desordem. Mas a partir do verso 3 até o verso 10, vemos Deus dando uma forma para a criação fazendo surgir a luz, a água, separando a terra seca e conclui dizendo “e Deus viu que ficou bom”.
e.      Se sua vida, se sua família ou profissão, ou até mesmo se sua igreja estejam em desordem você deve profetizar, ou seja, declarar palavras de bênçãos sobre essas áreas, porque Deus quer dar uma forma, Deus quer unir e restaurar aquilo que foi destruído pelo inimigo de nossas almas.

Transição: O segundo motivo para ter esperança é que:


2.       DEUS APERFEIÇOA SUA OBRA – v.8
a.       Depois de formar esqueletos juntando os ossos, precisava de mais um passo. Às vezes Deus não faz tudo de uma só vez porque ele quer desenvolver em nós uma perseverança. O caos da vale começa a ser organizado, agora havia forma, mesmo que de esqueletos.
b.      Então Deus começa uma segunda fase, Ele começa a cobrir esses ossos: 1. Fazendo brotar os tendões ou nervos para lugar um osso ao outro; 2. Depois fazendo a carne cobrir e dar volume, mantendo umedecido tanto ossos como nervos; 3. Por fim ele coloca a pele para dar um acabamento final e tornar mais belo e aprazível.
c.       Agora já não são apenas ossos ou esqueletos, são corpos bem definidos, é possível perceber a diferença e talvez até reconhecer alguns deles.
d.      Em Gênesis 1.11-19 vemos Deus aperfeiçoando a ordem anterior cobrindo a terra de vegetação, plantas que deram sementes e árvores frutíferas. Criando o sol, a lua e as estrelas e “viu Deus que ficou bom”.
e.      Talvez sua vida ainda não tenha chegado ao patamar que você deseja, mas não se esqueça que Deus continua trabalhando. Não desanime por não ver as coisas como você deseja, saiba que em Deus há esperança.

Transição: O terceiro motivo para ter esperança é que:

3.       DEUS COLOCA VIDA ONDE HAVIA MORTE – v.9,10a
a.       Se Deus tivesse parado de agir quando o corpo estava formado sua obra seria imperfeita. Faltava o principal, faltava a vida. Quando vamos a um velório e contemplamos no caixão o corpo inerte não vemos ali esperança, pois falta o principal, falta a vida.
b.      A visão de Ezequiel contempla o momento mais crucial, o momento onde o agir de Deus traz vida para aquilo que estava morto. O espírito vem dos quatro ventos, ou seja, de todas as partes e ao entrar nos corpos, e quando isso aconteceu a vida é devolvida.
c.       Agora não são mais ossos, não são apenas corpos lançados ao chão, agora um coração pulsa no peito, agora o sangue corre pelas veias, agora os pulmões inspiram e expiram o ar, agora há mover, existe ação, porque ali está a vida que Deus devolvera.
d.      Em Gênesis 1.20-25 vemos Deus enchendo as águas de seres vivos, fazendo aves cortarem os céus em belos voos, mas também Deus ordena a vida na terra, surgindo os rebanhos de animais domésticos, animais selvagens, um tipo de vida diferente da vegetal que havia “e Deus viu que ficou bom”.
e.      Meu irmão, Deus não para de trabalhar em nós e nos nossos. Se você olhar para trás você vai ver o quanto Deus já tem feito, o quanto Deus já tem transformado você, sua família, sua igreja. Podemos ver o quando de vida Deus tem colocado, mas isso ainda não é tudo, Deus tem mais para fazer.

Transição: O quarto motivo para ter esperança é que:

4.       DEUS LEVANTA E POEM EM AÇÃO – v.10b
a.       Se Deus tivesse parado no passo três, aqueles ossos seriam como um doente em um leito de hospital, ou talvez pior, como uma pessoa em coma, inerte, sem ação. Não eram ossos perdidos, não era um corpo sem vida, mas não era um ser em pé e em ação.
b.      A profecia não termina enquanto os ossos não atingiram o padrão de Deus, ou chegaram a ser aquilo para o qual foram criados. Faltava para aqueles ossos se colocarem em pé e se transformarem em um exército, ou seja, pessoas unidas lutando por uma mesma causa, o que ossos secos e sem vida não podiam fazer.
c.       Em Gênesis 1.26-31 vemos Deus atingindo a perfeição na obra criadora. Até então ele criara vida, mas nenhuma tinha sua imagem e semelhança, nenhuma expressava exatamente tudo o que Deus era. No v.31 o Senhor expressa o seu contentamento “viu tudo o que havia feito, e tudo havia ficado MUITO bom”.
d.      É assim que Deus age, a sua criação precisa chegar à perfeição. Deus não para de trabalhar enquanto não atingirmos sua semelhança. Ele não quer um vale de ossos, Ele não quer um esqueleto, Ele não quer corpos sem vida, Ele quer um exército em pé e pronto para a batalha.
e.      Meus irmãos, talvez o que só esteja faltando para você é se colocar em pé e agir. Lutar contra essa situação que você está passando.

CONCLUSÃO:
a.       Há esperança em Deus, mesmo em meio a ossos secos, em meio a vidas destruídas. Há esperança pois para Deus nada é impossível.
b.      Saiba que Deus quer que você chegue à perfeição e isso só vai acontecer quando o Espírito atuar em você de forma efetiva e decisiva.