Texto: Gálatas 3.15-22
Grande Ideia: “A lei leva o pecador aos
pés de Jesus para ser Salvo por Cristo”
Introdução:
ANÁLISE SOBRE
A LEI
1. Vemos aqui uma troca de
tema, a carta faz uma abordagem própria de todo o problema da lei. Até aqui Paulo
havia colocado de lado a lei:
a. Ela não o protegeu de
rejeitar o Messias e perseguir a Igreja;
b. Ela dividiu a igreja;
c. Não pode justificar ninguém;
d. Não inaugura vida para Deus;
e. Exclui a verdadeira fé em
Cristo;
f. Não pode dar o Espírito.
2. Mesmo diante desta ineficiência
da lei, podemos ver nela um papel positivo, dar a ela um sentido, vendo-a como
um presente, Deus tinha um propósito para ela (v.19).
O PLANO DE SALVAÇÃO
1. O termo “lei” é relativo à
revelação histórica no Sinai para Israel. As questões sobre circuncisão é
sábado devem ser enquadradas na história da salvação. O foco do diálogo é com
os irmãos judaico-cristãos.
Tópicos para
Reflexão:
1. A LEI NÃO PREJUDICA NEM
ATINGE A PROMESSA – v.15-18
a. v.15.
“lhe acrescenta coisa alguma”. Aos
gálatas era oferecida uma doutrina onde a lei seria um acréscimo irrenunciável
ao evangelho. Mas isso é impossível, pois a nova aliança ou testamento já havia
entrado em vigor - “já validado” - na
morte do testador – Cristo. “Acrescentar a lei ao evangelho é estar acabando
com a graça”.
b. v.16.
Paulo esclarece três perguntas:
1. Quem concedeu esse
testamento?
Foi Deus.
2. Qual era seu conteúdo? Em promessas: de um filho,
uma terra, grande descendência e riqueza material, em suma, Deus se promete
pessoalmente a Abraão.
3. A quem se destina o testamento? A Abraão, e através dele
todos os povos do mundo. O descendente não era Ismael ou Isaque, mas aponta
para Jesus, o herdeiro universal de Abraão, o portador do Espírito, no qual
todos serão coerdeiros.
c. v.17.
Se a promessa à Abraão fosse depender da lei, de que teria valido? Será que a
graça de Deus teria sido ineficaz em relação aos antepassados? Deus teria
mentido? A conclusão é que a promessa sempre foi perfeita e a lei chegou tarde
demais.
d. v.18.
Paulo fala figuradamente de herança em lugar dos bens das promessas, o próprio
Deus é a herança. O legado consiste em ser filho junto de Deus por meio do
Espírito. Quem herda Deus, herda também todo o reino de Deus.
2. A LEI SÓ MOSTRA QUE O
HOMEM É PECADOR – v.19-22
Até aqui Paulo mostra que a lei não
se se insere na linha de Abraão a Cristo, que não pode enriquecê-la nem
alterá-la. A aliança de Deus com Abraão é completa e definitiva. Agora passa a
definir a verdadeira função da lei.
a. v.19.
Paulo confronta a compreensão errada da lei com quatro afirmações:
1. Foi adicionada por causa das
transgressões.
i.
Vinda de Deus é divina, espiritual, santa, justa e boa, não é inútil,
não exige algo errado, foi dada para vida, como um fator secundário entre
Abraão e Cristo.
ii.
Porém não é a lei que gera o pecado, mas ressalta (ordenando e
proibindo) o pecado já existente. A lei fez o homem reconhecer sua existência
pecadora.
iii.
A lei rotula o pecador como culpado, mas não o inocenta; mostra a
necessidade de se tornar justo, mas não pode justificar; não pode santificar o
ser humano; apenas desmascara as pessoas e as leva a condenação, sem poder
leva-las à salvação.
2. Tem um prazo de validade. Até que viesse o
descendente, Jesus Cristo.
3. Os Anjos são menores que
Cristo.
Mesmo tendo sido agentes de Deus no Sinai, no Filho veio Deus pessoalmente e a
promessa a Abraão foi dada pessoalmente por Deus.
4. Foi dada pela mão do
mediador.
No caso da lei no Monte Sinai o mediador foi Moisés.
b. v.20.
A aliança com Abraão está acima da aliança do Sinai, pelo fato de Deus ter aparecido
pessoalmente a Abraão, em contrapartida a mediação dos anjos diante de Moisés.
c. v.21.
Paulo não coloca em dúvida a origem e a tarefa divinas da lei. Ela foi
subordinada ao Evangelho, e Cristo tornou-se o fim da lei, não seu inimigo. A
lei só forçou para a ação, mas jamais promoveu realização, pois não tinha o
poder vivificante e despertador e nem foi capaz de trazer o Espírito que
ressuscita e traz vida.
d. v.22.
Paulo termina mostrando o resultado negativo da história de Israel debaixo da
lei. Não foi a lei que aprisionou Israel, mas o próprio Deus. Com base nas
Escrituras Israel é culpado. A lei do Sinai não demonstrou “o poder de conceder
vida”. A justiça não veio da lei, mas ela apontou para a fé em Cristo.
Conclusão:
Se você
quer ser salvo e na eternidade estar com Deus, é preciso deixar Cristo conduzir
sua vida, pois só Ele poderá te levar até a presença de Deus, nada e ninguém
mais pode fazer isso por você.