6 de ago. de 2012

A Utilidade da Lei



Texto: Gálatas 3.15-22
Grande Ideia: “A lei leva o pecador aos pés de Jesus para ser Salvo por Cristo”

Introdução:

ANÁLISE SOBRE A LEI
1.     Vemos aqui uma troca de tema, a carta faz uma abordagem própria de todo o problema da lei. Até aqui Paulo havia colocado de lado a lei:
a.     Ela não o protegeu de rejeitar o Messias e perseguir a Igreja;
b.     Ela dividiu a igreja;
c.      Não pode justificar ninguém;
d.     Não inaugura vida para Deus;
e.     Exclui a verdadeira fé em Cristo;
f.       Não pode dar o Espírito.
2.     Mesmo diante desta ineficiência da lei, podemos ver nela um papel positivo, dar a ela um sentido, vendo-a como um presente, Deus tinha um propósito para ela (v.19).

O PLANO DE SALVAÇÃO
1.     O termo “lei” é relativo à revelação histórica no Sinai para Israel. As questões sobre circuncisão é sábado devem ser enquadradas na história da salvação. O foco do diálogo é com os irmãos judaico-cristãos.

Tópicos para Reflexão:

1. A LEI NÃO PREJUDICA NEM ATINGE A PROMESSA – v.15-18
a.     v.15. “lhe acrescenta coisa alguma”. Aos gálatas era oferecida uma doutrina onde a lei seria um acréscimo irrenunciável ao evangelho. Mas isso é impossível, pois a nova aliança ou testamento já havia entrado em vigor - “já validado” - na morte do testador – Cristo. “Acrescentar a lei ao evangelho é estar acabando com a graça”.
b.     v.16. Paulo esclarece três perguntas:
1.     Quem concedeu esse testamento? Foi Deus.
2.     Qual era seu conteúdo? Em promessas: de um filho, uma terra, grande descendência e riqueza material, em suma, Deus se promete pessoalmente a Abraão.
3.     A quem se destina o testamento? A Abraão, e através dele todos os povos do mundo. O descendente não era Ismael ou Isaque, mas aponta para Jesus, o herdeiro universal de Abraão, o portador do Espírito, no qual todos serão coerdeiros.
c.      v.17. Se a promessa à Abraão fosse depender da lei, de que teria valido? Será que a graça de Deus teria sido ineficaz em relação aos antepassados? Deus teria mentido? A conclusão é que a promessa sempre foi perfeita e a lei chegou tarde demais.
d.     v.18. Paulo fala figuradamente de herança em lugar dos bens das promessas, o próprio Deus é a herança. O legado consiste em ser filho junto de Deus por meio do Espírito. Quem herda Deus, herda também todo o reino de Deus.

2. A LEI SÓ MOSTRA QUE O HOMEM É PECADOR – v.19-22
            Até aqui Paulo mostra que a lei não se se insere na linha de Abraão a Cristo, que não pode enriquecê-la nem alterá-la. A aliança de Deus com Abraão é completa e definitiva. Agora passa a definir a verdadeira função da lei.
a.     v.19. Paulo confronta a compreensão errada da lei com quatro afirmações:
1.     Foi adicionada por causa das transgressões.
                                                              i.      Vinda de Deus é divina, espiritual, santa, justa e boa, não é inútil, não exige algo errado, foi dada para vida, como um fator secundário entre Abraão e Cristo.
                                                            ii.      Porém não é a lei que gera o pecado, mas ressalta (ordenando e proibindo) o pecado já existente. A lei fez o homem reconhecer sua existência pecadora.
                                                          iii.      A lei rotula o pecador como culpado, mas não o inocenta; mostra a necessidade de se tornar justo, mas não pode justificar; não pode santificar o ser humano; apenas desmascara as pessoas e as leva a condenação, sem poder leva-las à salvação.
2.     Tem um prazo de validade. Até que viesse o descendente, Jesus Cristo.
3.     Os Anjos são menores que Cristo. Mesmo tendo sido agentes de Deus no Sinai, no Filho veio Deus pessoalmente e a promessa a Abraão foi dada pessoalmente por Deus.
4.     Foi dada pela mão do mediador. No caso da lei no Monte Sinai o mediador foi Moisés.
b.     v.20. A aliança com Abraão está acima da aliança do Sinai, pelo fato de Deus ter aparecido pessoalmente a Abraão, em contrapartida a mediação dos anjos diante de Moisés.
c.      v.21. Paulo não coloca em dúvida a origem e a tarefa divinas da lei. Ela foi subordinada ao Evangelho, e Cristo tornou-se o fim da lei, não seu inimigo. A lei só forçou para a ação, mas jamais promoveu realização, pois não tinha o poder vivificante e despertador e nem foi capaz de trazer o Espírito que ressuscita e traz vida.
d.     v.22. Paulo termina mostrando o resultado negativo da história de Israel debaixo da lei. Não foi a lei que aprisionou Israel, mas o próprio Deus. Com base nas Escrituras Israel é culpado. A lei do Sinai não demonstrou “o poder de conceder vida”. A justiça não veio da lei, mas ela apontou para a fé em Cristo.

Conclusão:
Se você quer ser salvo e na eternidade estar com Deus, é preciso deixar Cristo conduzir sua vida, pois só Ele poderá te levar até a presença de Deus, nada e ninguém mais pode fazer isso por você. 

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