Texto: Mateus 25.14-30
Tema: Envolvimento e Serviço
Título: Igreja com Talentos, mas
sem “Tá Lento”
Introdução:
·
Esta parábola é um complemento à parábola das dez virgens relatada em
Mateus 25.1-13. Na parábola das virgens Jesus revela a necessidade de atenção
ao caráter Interno do cristão; nesta dos talentos ele impõe a necessidade de
prática externa dos dons.
·
As dez virgens ensinam a vigilância interior, os talentos ensinam o
dever do trabalho exterior até a vinda de Cristo.
·
As virgens esperavam pelo Senhor, os servos da parábola trabalhavam
para Ele. A vida interna e externa voltadas para Deus são igualmente importantes.
Só vamos agir externamente para o Senhor, se mantermos a chama do Espírito
Santo acesa internamente nos nossos corações.
·
As linhas de interpretação da parábola são as seguintes:
o Senhor Rico. Representa Jesus
Cristo;
o A sua viagem. Representa a
ida de Cristo aos céus;
o Os servos. Representam de
imediato os doze apóstolos, e estende-se a todo os cristãos;
o Os talentos. São os dons
entregue a nós;
o A negociação. É o uso fiel
que o povo de Deus deveria fazer dos dons e oportunidades de servir;
o Os elogios do senhor. São os
galardoes que se pode esperar no dia do julgamento;
o A condenação do servo
infiel. É a advertência contra o não uso, ou uso indevido dos dons do céu.
1. A NATUREZA E O NUMERO DE
TALENTOS. v.14,15
·
O que é talento?
o Nos dias de hoje talento é
ter uma habilidade natural elevada, ou seja, é uma qualidade que é própria da
pessoa. A exemplo podemos citar os músicos, esportistas, escritores, etc.
o No contexto bíblico e
especificamente no texto de Mateus, talento expressa quantidade, hoje um
talento equivale a cerca de mil dólares. O talento é algo que Cristo possui e empresta
aos seus servos para serem usados para o Reino.
·
Qual a importância espiritual dos talentos?
o É como uma espécie de
estoque de coisas que temos que repartir com os outros: a revelação bíblica; as
boas novas do evangelho; o amor; a graça salvadora; os dons espirituais.
o Devemos considerar que tudo
isso é dele, do Senhor, os talentos não pertencem a nós, o que devemos fazer é
repartir estes talentos para o crescimento do reino.
·
Consideração sobre a distribuição dos talentos.
o Um recebeu cinco, outro dois
e outro um. Isso nos ensina que os dons de Deus surtem mais efeito através de
alguns do que de outros. Os servos receberam medidas diferentes devido a sua
capacidade de administrar. Deus dá conforme podemos usar e cobrará pelo que nos
foi dado. Quanto maior a medida dos dons, maior será a cobrança.
o Não importa quantos dons
tenhamos, Deus vai cobrar não pela quantidade, mas pela fidelidade no uso e
prática destes dons em favor do crescimento do Reino.
2. O USO E ABUSO DOS
TALENTOS. v.16-18
·
Os dois primeiros servos ao receberem os talentos do seu Senhor saíram imediatamente. Eles não sabiam quanto
tempo o Senhor estaria ausente devido a viagem, por isso não perderam tempo e
começaram a negociar com os talentos que receberam.
·
Eles foram bem sucedidos, a ponto de dobrar o capital recebido. Se o
terceiro servo tivesse feito o mesmo, provavelmente teria o mesmo sucesso que
os dois primeiros.
·
Devemos nos perguntar se temos crescido espiritualmente a ponto de
dobrar diante de Deus em graça, em sabedoria, em influência e trabalho para
Jesus.
·
Nosso trabalho é motivado pelo amor que temos pelo Senhor. Temos que
refletir se aproveitamos os dons recebidos colocando-os em prática por amor ao
nosso Senhor.
·
A tragédia no texto está no homem que não negociou nem multiplicou seu
talento. Ele enterrou o que não era seu, mas do seu Senhor. Teve medo de perder
aquilo que não ira usar. Nunca perdemos o que usamos para o Reino.
·
Esse servo ficou inativo, foi desobediente. Ele representa muitos
cristãos formais de hoje, os quais têm todos os privilégios do Evangelho, mas
não usam nem aumentam o que receberam de Deus, pelo contrário, enterram seus
talentos.
3. O RETORNO DO SENHOR E AS
RECOMPENSAS DOS TALENTOS. v.19-30
·
Algum tempo depois o senhor volta e os servos apresentam as contas da
sua administração. Os dois primeiros foram recompensados da seguinte forma:
o Foram louvados: “bem está
servo bom e fiel, foste fiel no pouco”
o Receberam uma promessa: “sobre
o muito te colocarei”
o Foram glorificados: “entra
no gozo do teu Senhor”
·
O gozo do Senhor é:
o A alegria completa pelo
serviço fiel a ele empregado;
o A aprovação recebida de Deus;
o É ver outras pessoas no céu
devido a nosso testemunho e evangelismo.
·
Os dois primeiros receberam quantidades diferentes, mas foram
igualmente fieis na administração. Assim nossa recompensa não será pela fama ou
o quanto fazemos na Igreja, mas pela nossa fidelidade ao Senhor e para o
exercício daquilo que recebemos.
·
A condenação veio sobre o servo infiel que tinha uma falsa ideia a
respeito do seu mestre, ele julgava-o um homem duro demais, e usou isso como
desculpa. Ele ficou na defensiva, e por isso perdeu o talento que havia
recebido. O seu senhor ele ouve o seguinte juízo:
o Servo mau. Pois pensava que
o Senhor fosso duro e injusto por colher onde não plantou e ajuntar de onde não
espalhou.
o Servo negligente. Pois deixou
de usar seu talento, nem ao menos colocou no banco para render juros, ao invés
foi e enterrou.
·
A lição que aprendemos com este servo é “use ou perca”. Quem pratica o
que recebeu sempre aumentará o quem tem, aquele que esconde vai perder o que
guarda. O servo não enterrou porque havia recebido só um talento, o fez porque
era mau e negligente.
CONCLUSÃO:
·
O desejo do Senhor para sua Igreja é que ela seja cheia de talentos, e
não de pessoas lentas em servir na obra. O que se envolve demonstra seu
talento, o que é preguiçoso, demonstra que “tá lento”.
·
Use os dons para o crescimento do Reino, não abuse deles para seu bel
prazer e orgulho. Os talentos não são nossos, o Senhor nos empresta para
glorificar seu nome e não o nosso.
·
Um dia o Senhor via retornar, quem for dedicado vai ouvir “servo bom e
fiel, sobre o muito te colocarei”, mas quem for negligente, ouvirá “servo mau e preguiçoso, lançai-o nas trevas,
ali haverá choro.
Fonte: Todas as Parábolas da Bíblia. Herbert Lockyer