17 de nov. de 2011

A Santificação

A Santificação é um processo no qual os crentes, após serem lavados pelo sangue de Cristo, passam a buscar uma vida santa: deixar os pecados, abandonar os vícios, costumes, hábitos e qualquer outro comportamento que ofende a Santidade de Deus - Lev 20:7:  “Portanto, santificai-vos e sede santos, pois eu sou o SENHOR, vosso Deus”  - 1 Pedro 1:16:  “porque escrito está: Sede santos, porque eu sou santo.”
Portanto, Santidade em nossas vidas é uma obrigação não uma opção.

1. A falta de santidade na vida do crente e da Igreja, impede que as bênçãos de Deus fluam sobre nós - Isaías 59:2  “Mas as vossas iniquidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que vos não ouça”.

2. Não só a falta de santidade, mas uma falsa moral também revolta o Deus santo - Zacarias 7:5  “Já faz setenta anos que vocês choram e jejuam no quinto mês e também no sétimo. Mas não é em minha honra que vocês fazem isso.”

3. Muitos não se santificam porque ainda não foram salvos por Jesus. Ainda não experimentaram a transformação, não nasceram de novo, não “estão em Cristo” e não foram feitos “novas criaturas” conforme  2 Coríntios 5:17. Só busca santidade aquele que deixou o velho homem - Efésios 4:22  “no sentido de que, quanto ao trato passado, vos despojeis do velho homem, que se corrompe segundo as concupiscências do engano”.

4. Outro motivo para a falta de santificação é o grande apego às coisas do mundo - 1 João 2:15  “Não ameis o mundo nem as coisas que há no mundo. Se alguém amar o mundo, o amor do Pai não está nele”. Santidade é romper com os prazeres do mundo, com as falsas alegrias que ele oferece. A fonte de prazer do crente deve estar nas coisas de Deus; ir a Igreja e se envolver com sua obra, orar, ler a bíblia - Salmos 1:2  “Antes, o seu prazer está na lei do SENHOR, e na sua lei medita de dia e de noite.”

5. A comodidade espiritual impede a santificação, por comodidade entendemos falta da arrependimento, de humilhação na presença do Senhor - 2 Crônicas 7:14  “se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e me buscar, e se converter dos seus maus caminhos, então, eu ouvirei dos céus, perdoarei os seus pecados e sararei a sua terra.” Busca santidade aquele que se aproxima do Senhor e dá a Ele permissão para agir naquelas áreas que vão doer mais, mas que precisam ser tratadas.

6. Um homem chamado Acã pecou pegando despojos de guerra que deveriam ser destruídos. Por causa disso, quando Israel foi guerrear contra a cidade de Ai, eles foram derrotados. Deus revelou a Josué que a derrota foi devido ao pecado de Acã - Josué capítulo 7.

7. Na igreja de Cristo não é diferente, quando não buscamos  santidade, sofremos derrotas individuais e coletivas. Israel só venceu a cidade de Ai depois que o pecado de Acã foi purificado. Enquanto não buscarmos santificação estaremos sendo derrotados pelo inimigo, não avançaremos, não teremos vitória.

8. A falta de santidade na Igreja impede o agir do Senhor. Nas vestes do Sacerdote havia uma placa escrita: “Santidade ao Senhor” (Ex 28.36). Esta placa deve estar escrita em cada coração.

15 de nov. de 2011

Jesus dá Uma Segunda Chance

Texto: João 2.1-11
Tema: Novo Nascimento no Casamento
Título: Jesus dá Uma Segunda Chance

Introdução:
a.       Como foi que você conheceu sua esposa? Por que você se casou com ela? Os motivos por que as pessoas se casam são muitos e bem variados. E alguns são lamentáveis. Um diz: “Estava parado observando o desfile, alguém chegou e me beijou. Depois de algum tempo nos casamos.” Outro: “Não via a hora de sair de casa. Me casei com o primeiro que apareceu.” E ainda: “Começamos a ter relações sexuais, ela engravidou, e com a pressão nos casamos.”
b.      Na maioria dos casos de aconselhamento, o compromisso matrimonial acha-se seriamente prejudicado devido a falhas do passado. Começa a surgir dúvida se o companheiro é a pessoa certa. Guarda-se rancor contra o outro por algum erro do passado. E assim os alicerces do relacionamento são um lamaçal de mágoas, ressentimentos, mal-entendidos, suspeitas e sentimentos de culpa, e não uma desejada e sólida rocha. “Um casamento pode ser um céu na terra; mas pode ser também um verdadeiro inferno.
c.       Independente da maneira e motivações pelas quais você iniciou um relacionamento conjugal, ou independente de como você está vivendo hoje no seu casamento, Deus tem um projeto para cada casal, esse projeto é chamado de novo nascimento no casamento, e isso só é possível porque Jesus dá uma segunda chance para seu casamento.
d.      O primeiro milagre público de Jesus foi num casamento (v.11). Isso não é coincidência, é uma demonstração de que Jesus deseja salvar e dar uma nova oportunidade aos conjugues.

Transição: O que é preciso fazer para o casamento ter uma segunda chance?

1.       JESUS PRECISA SER CONVIDADO – v.2
a.       No verso primeiro o texto relata que Maria a mãe de Jesus estava no casamento. Talvez Maria estivesse ajudando a servir (v.3-5), já que em tais ocasiões, somente os homens participavam do banquete formal. Além dela, o texto diz que os discípulos de Jesus também estavam lá, mas o personagem principal é Jesus, tanto que ele se destaca no texto mais que até o próprio noivo.
b.      Quando surge o problema, acabou o vinho, não são os serventes, não é Maria, não são os discípulos, não é o mestre-sala e nem é o noivo que soluciona o problema. É Jesus que faz o milagre e possibilita que a festa transcorra em alegria.
c.       Meus irmãos, podemos ter várias pessoas a nossa volta, pais, irmãos, cunhados, amigos, e muito mais, mas só Jesus é que pode e tem autoridade para solucionar os problemas que surgem no casamento ameaçando a alegria e estabilidade do relacionamento.
d.      Por isso, Jesus precisa ser convidado. Ele é a terceira dobra do cordão (Eclesiastes 4.12). Para Jesus estar presente no casamento, primeiro ele precisa estar presente na vida de cada um dos conjugues. Ele precisa ser o Salvador pessoal do marido e o Salvador pessoal da mulher.

Transição: O que é preciso fazer para o casamento ter uma segunda chance?

2.       JESUS PRECISA TOMAR AS DECISÕES – v.3,4,7
a.       O momento crítico da festa se instalou. Agora ninguém sabe o que fazer. Os serventes, os discípulos, Maria, todos estavam atônitos, o que fazer? No momento de crise, se uma decisão for mal tomada, a crise aumenta, logo não podia ser qualquer decisão, tinha que ser a decisão sábia e certa.
b.      Quem naquele contexto estava em condição de tomar essa decisão? Quem naquele casamento não estava embriagado? (Os casamentos eram celebrados publicamente com um banquete. As festas costumavam durar até uma semana). A decisão precisava ser tomada por alguém sóbrio e que não expusesse os noivos ao ridículo, imagina se os convidados soubessem que havia acabado o vinho.
c.       De onde se poderia tirar tanto vinho em tão pouco tempo? Mesmo que fosse comprado, qual a qualidade que esse vinho teria, seria melhor ou pior que aquele que acabou? Como justificar ao noivo um gasto tão grande não planejado? Só uma decisão sábia para diminuir todos esses pormenores.
d.      Mas como a decisão foi tomada por Jesus, não poderia haver erro. Encham as seis talhas de água (cerca de 22 a 40 litros cada talha), a água era abundante, ninguém questionaria ao ver as talhas usadas para se lavar sendo cheias de água, pelo contrário, seria algo mais que natural. Mas isso em si não resolveria o problema, a simples ação humana nunca é suficiente. Então Jesus faz o que só ele podia fazer, a água é transformada em vinho.
e.      Meus irmãos, os problemas virão no casamento, o vinho pode acabar em algum momento, e quando isso acontecer, vá até Jesus para que Ele oriente a decisão sábia e certa através da Palavra (Salmo 1.1). Quando buscamos no Senhor tomas decisões dentro do casamento, pode ter certeza que será a melhor e mais correta de todas.

Transição: O que é preciso fazer para o casamento ter uma segunda chance?

3.       AS ORDENS DE JESUS DEVEM SER CUMPRIDAS – v.5,7,8
a.       Obedecer ordens é naturalmente uma tarefa difícil para muitos, ainda mais se quem dá as ordens não tem muita importância ou influência. A obediência às ordens está diretamente ligada a quem as pronuncia. No contexto da festa, qual a pessoa mais autorizada a dar ordens?
b.      O dono da festa era o noivo, logo as suas ordens seriam cumpridas, mas o noivo nem sabia do que estava acontecendo (v.9,10). Talvez o mestre-sala seria o segundo na hierarquia, mas pelo texto nem ele soube do ocorrido (v.8). A terceira opção seria Maria, talvez como a responsável por servir, mas ela abdica desta prerrogativa (v.5). Os serventes (v.5) eram apenas empregados que não tinham autoridade nem autonomia a dar ordens. Então ocorre algo inusitado, um convidado (v.2) passou a dar as ordens para solucionar o problema.
c.       Mas não era um convidado qualquer, pois a grande maioria já estava embriagada, e vale notar que é Maria quem transmite a Jesus o poder de decisão (v.5), o que nos leva a crer que ela já havia presenciado um milagre de Cristo antes, o texto diz que este foi o primeiro milagre público de Jesus (v. 11). Assim sendo, Maria teve segurança e certeza, pois sabia que Ele poderia ser o agente de benção naquele momento.
d.      Quando acontece uma situação inesperada, o que não falta é gente para dar opinião. Todos com boas intenções tentam ajudar a solucionar o problema, mas o que acontece é que a situação acaba se agravando mais. A grande questão não é simplesmente obedecer ordens, mas é preciso discernir de quem partiu esta ordem, pois isso determinará o sucesso ou o fracasso. Naquele momento só Jesus poderia dar ordens.
e.      Meus irmãos, vai acontecer no casamento de não faltar gente para dar ordens. Não vai faltar pessoas (mãe, pai, sogra, cunhada, irmão, amigo, etc.) para dar opinião. Todos vão querer contribuir para solucionar o problema. Sabe o que vai acontecer?
f.        Dentro do casamento só Jesus deve dar as ordens, pois ele é Deus, foi ele quem instituiu o casamento, foi ele quem nos criou e é só Ele que conhece os corações, só ele sabe o que se passa entre quatro paredes, logo as únicas ordens a ser obedecidas são as de Jesus.

CONCLUSÃO:
a.       Se Jesus não estive presente nesta festa, talvez o noivo teria que oferecer uma segunda festa, despedir todos os convidados e depois convidá-los novamente.
b.      Só Jesus pode dar uma segunda chance, e não entendamos isso como segundo casamento. Ele dá uma segunda oportunidade para o casamento ser transformado, ele pode fazer com que o casamento experimente o novo nascimento.
c.       Só Jesus pode fazer excelente aquilo que estava ruim (v.10). Logo a solução para os casamentos falidos, para os conjugues feridos não é a separação e um novo casamento, a solução é deixar Jesus transformar os corações e por consequência, transformar a relação.
d.      Você não precisa viver um casamento só de aparência. Você não precisa experimentar a dor de uma separação. Você não precisa passar por situações constrangedoras. Você deve deixar Jesus fazer renascer o seu casamento.
e.      Convide Jesus para estar em sua vida e no seu casamento. Em oração deixe Ele tomar as decisões que dizem respeito a todas as áreas de sua vida, inclusive no casamento. Tenha humildade e fé para obedecer a tudo quanto ele mandar.
f.        Jesus pode transformar água em vinho, ele pode mudar seu casamento.

Boletim 13 Novembro 22011

Queridos leitores, está a sua disposição nosso informativo desta semana. Apreciem a Pastoral que fala sobre uma segunda chance no casamento, mas não deixe de conferir a agenda da semana e demais informações.
Deus os abençoe.
Pr. Elias Colombeli

11 de nov. de 2011

O Bom, Nem Sempre é o Melhor.

Texto: Jeremias 24.6,7
Tema: O Bom, Nem Sempre é o Melhor.

Introdução:
1.      Esse texto me faz lembrar a história do homem sem experiência que foi apostar em rinha de galos. Chegando ao local pediu a uma pessoa: qual é o galo bom? A pessoa apontou e disse: é este aqui. Então o homem aposta tudo naquele galo. Começada a rinha, o seu galo perdeu e feio, então ele protestou para quem lhe havia indicado dizendo: você não me disse que este era o galo bom? A que o outro responde: sim este é o bom, mas o outro é o “marvado”.
2.      Deus fala a Jeremias por meio de uma visão, usando uma fruta muito apreciada pelos judeus, o figo. Os bolos de figo secos eram um alimento excelente e um presente aceitável (1 Samuel 25.18). Isaías receitou uma massa ou pasta de figos como emplasto para ser posta sobre a úlcera de Ezequias (2 Reis 20.7). Jesus quando chegou a uma figueira e não encontrou frutos amaldiçoou a figueira.
3.      Nessa visão Deus mostra ao profeta dois cestos de figos, sendo que em um deles havia figos bons e no outro havia figos ruins que não podiam ser comidos. Então Deus pergunta: o que você vê? Jeremias responde: figos. Os bons são muito bons, mas os ruins são intragáveis, ou seja, não podiam ser comidos. Então o Senhor começa a esclarecer sua visão e mostrar o que Deus queria ensiná-lo.

1.      TEMPO/CONTEXTO DA VISÃO – v.1
a.      O tempo de Deus para nossas vidas sempre é o melhor. Apesar de sabermos isso, é difícil nos submeter a esse princípio e exclamamos: puxa, logo agora. Talvez para nós esse não seria o melhor momento, mas para quem tem o controle e sabe de todas as coisas, sempre o momento é o melhor. Devemos nos submetera soberania de Deus.
b.      Depois que Nabucodosor levou cativo o rei, os príncipes, os artífices, os ferreiros. O que isso significa? O melhor foi levado cativo, os que estavam nas cabeças, os líderes, aqueles que pagavam o preço de conduzir e produzir para o bem estar da nação.
c.       A nata, o melhor, os mais produtivos, as pessoas de destaque foram levados nessa primeira deportação que deu-se em 597 a.C. (2 Reis 24.14-16). Neste grupo estavam Daniel e seus amigos.
d.      Que implicação isso tem? As pessoas que não foram exiladas podiam se considerar mais afortunadas ou melhores que os exilados. Estar escravo não é uma condição boa, basta lembrar-se de Israel no Egito, ou a condição transitória em Canaã onde o povo dependia dos juízes para livrá-los: Gideão, Debora, Sansão, e outros.
e.      Os que ficaram diziam: vocês estão presos, não podem curtir, não aproveitam a vida, mas nós temos liberdade, podemos viver a vida que queremos. Alguém já disse isso a você? Sua igreja proíbe você de fazer as coisas, nós não, nós somos livres para fazer o que queremos. É esse pensamento de “liberdade” que está matando nossa sociedade.

2.      OS FIGOS RUINS – v.8-10
a.      São os líderes corruptos, que estão fora de alcance da redenção e só podem ser destruídos pelo juízo divino. São os que ficaram em Judá, e de tão ruins que eram nem o diabo (Nabucodosor) os quis.
b.      Os figos ruins são a turma de Zedequias que ficou com ele na terra de Judá e os que fugiram depois para o Egito, contra o mandado de Deus. Mas o que vai acontecer aos figos ruins (Jeremias 24.8-10)?
                                                              i.      Serão objeto de terror e desgraça;
                                                            ii.      Servirão de exemplo negativo;
                                                          iii.      Servirão de maldição e ridículo;
                                                           iv.      Serão consumidos pela guerra;
                                                             v.      Passarão fome;
                                                           vi.      Serão acometidos por doenças;
                                                         vii.      E por fim serão eliminados.
c.       Aqueles que se exaltavam, que supunham que teriam uma condição melhor, os que se achavam donos da verdade, agora eram vistos como repúdio. O juízo de Deus veio sobre os filhos da desobediência. Jesus disse: quem se humilha será exaltado, quem se exalta será humilhado.
d.      Devemos estar debaixo da poderosa mão do Senhor, sujeito a sua vontade para não nos tornarmos figos ruins. Se talvez a impressão de falta de liberdade nos incomoda, saibamos que nem sempre o ser “livre” trará as melhores recompensas.
e.      Paulo chama a atenção da Igreja na Galácia para a questão da liberdade em Cristo e o perigo de abusar dessa liberdade para dar ocasião à carne (Gálatas 5.1-6; 13-15).

3.      OS FIGOS BONS – v.5-7
a.      Os figos bons são aqueles que foram levados para o exílio e cujos corações Deus sabia que se tinham mantido fieis a Ele. Foram restaurados a terra e a prosperidade por causa da lealdade ao Senhor.
b.      Temos que considerar o fator de preservação do cativeiro, pois teve um efeito de separação da influencia da idolatria de Canaã que tomou conta dos que ficaram e por isso serão destruídos por sua indiferença para com Deus.
c.       Para entendermos a expressão “figos temporãos” temos que considerar que a figueira produzia três espécies de figos:
                                                              i.      Figos tardios (no outono). Fornecem a colheita principal, que vai de agosto até o inverno.
                                                            ii.      Figos verdes ou de inverno. Não amadurecem cedo, passam o inverno nos ramos e ficam vermelhos na primavera, são figos pequenos e caem facilmente com o vento.
                                                          iii.      Primeiros figos maduros ou “figos temporãos”. São os que ficaram na árvore, não caíram com o vento e vão amadurecer no verão, de junho em diante.
d.      São estes que resistiram o frio do cativeiro, os ventos da escravidão que o Senhor chamou de “figos bons”. Veja o que acontecerá a eles (Jeremias 24.5-7):
                                                              i.      Deus fará bem a eles;
                                                            ii.      Os olhos do Senhor estão sobre eles;
                                                          iii.      Serão edificados;
                                                           iv.      Serão plantados;
                                                             v.      Receberão um novo coração;
                                                           vi.      Serão o povo de Deus.
e.      Se tornar figos bons às vezes demanda passar pelos invernos da vida. Enfrentar uma situação de dor, de perda, de tragédia, para através disso provar a fidelidade e a perseverança. A Bíblia diz que aquele que perseverar até o fim será salvo.
f.        Os grandes homens e mulheres da Bíblia não tiveram vida fácil. Abraão, Moisés, José, Jacó, Isaque, os profetas Isaías, Jeremias, Elias e outros. Os apóstolos Paulo, João, Pedro, enfim.
g.      O povo não sabia o porquê irem para o cativeiro, mas Deus sabia. E um dia o cativeiro terminou e eles voltaram para ser a o povo do Senhor, a nação santa e cumprir o grande projeto de Deus e tornar seu nome conhecido em todas as nações através destes.
h.      Meus queridos, o propósito de Deus não mudou, ele chama uma geração para se apartar do pecado, para através destes (a Igreja) o Evangelho de Jesus ser conhecido em todas as nações. Ide e fazei discípulos de todas as nações. Esse ainda continua sendo o desejo de Senhor.

Lições do Cinto

Texto: Jeremias 13.1-11
Tema: As Lições do Cinto

Introdução:
a.      Quando crianças aprendemos preciosas lições com cintos. Embora não fosse um aprendizado agradável, sempre que o cinto entrasse em cena ele cumpria sua missão. Com ele aprendemos a respeitar, a obedecer, a pedir perdão entre outras preciosas lições que guardamos até hoje.
b.      Este texto que pode ser compreendido como uma parábola, fala de um cinto de linho que Jeremias deveria comprar e usar, e ele o fez. Tempos depois Deus aparece novamente a ele e diz para pegar o cinto e esconder numa fenda da rocha, próximo a um rio. Após certo tempo, o cinto foi recolhido e havia apodrecido.
c.       Qual a utilidade de um cinto? O que provocou o apodrecimento? Uma vez podre, serve para ser usado? Que lições o Senhor nos quer ensinar através desse cinto? Será que um cinto pode nos ensinar algo?

1.      A UTILIDADE DO CINTO – v.1,2
a.      O profeta Elias vestia-se com um cinto de couro (2 Reis 1.8). O profeta Jeremias usou um cinto de linho (Jeremias 13.1). O sumo sacerdote usava um cinto de linho. Paulo fala que devemos nos cingir com o cinto da verdade (Efésios 6.14).
b.      O cinto servia para amarar, prender a roupa junto ao corpo afim de dar liberdade de movimento. Sem o cinto a roupa (que era diferente das roupas de hoje, era na sua maioria uma espécie de roupão)ficava solta dificultando certos movimentos.
c.       Para ilustrar, pense na roupa que os judocas usam, sem o faixa (ou o cinto) os movimentos ficariam comprometidos.

2.      O PERIGO DA APATIA – v.3-5
a.      O cinto que estava sendo usado, foi escondido numa fenda de pedra próximo ao rio Eufrates. Ali, separado da cintura de Jeremias, sujeito a humidade, a degradação, o cinto vai perdendo seu potencial de unir, amarar, juntar.
b.      O que mais chama a atenção é a mudança de ambiente ou a mudança de ação que o cinto sofre. Da cintura de Jeremias para o buraco, da notoriedade para o esquecimento, e assim suas propriedades vão mudando. A resistência vai aos poucos sendo perdida, a capacidade de ação dá lugar a impotência.
c.       Jesus nos conta a parábola dos talentos (Mateus 25.14ss) onde nos fala que a uma pessoa fora dado cinco talentos, a outra dois talentos e a uma um talento. Após algum tempo essas pessoas são cobradas e o que recebeu cinco produziu mais cinco, o que recebeu dois produziu mais dois e o que recebeu um, enterrou não produzindo nada.
d.      Quando nos escondemos ou enterramos nossos tesouros e talentos estamos entrando numa apatia perigosa e maléfica.

3.      UMA TRISTE REALIDADE – v.6,7
a.      Passados alguns dias, Deus ordenou a Jeremias que pegasse o cinto que estava escondido. Suponhamos que o cinto fizera falta para ele, e agora ele vai com ansiedade e entusiasmo ao encontro do cinto, uma expectativa toma conta dele.
b.      O mais rápido possível ele chega ao local, encontra o lugar exato, começa a cavar, ele está ansioso, apreensivo. Cada pá de terra que tira seu coração bate mais forte.
c.       Imagine sua decepção ao ver o cinto podre e sem serventia. O que poderia durar muitos anos na cintura, perdeu o valor em poucos dias. Não servia mais para prender a roupa de Jeremias, não servia mais para dar firmeza, seu triste fim seria uma lata de lixo comum.
d.      Em Mateus 5.13-16 Jesus nos fala que somos o sal da terra e a luz do mundo. Ressalta que se o sal perder o sabor não serve para mais nada, a não ser jogado fora e pisado pelos homens. O que antes dava sabor, conservava contra degradação, era matéria de troca e de lucro, agora estava desprezado, pisado pelos homens e pelos animais.

4.      PRIMEIRA LIÇÃO DO CINTO – v.8-10
a.      O povo se afastou do Senhor devido ao orgulho, a impiedade, não quis ouvir suas palavras, passaram a seguir seus próprios corações, adorando outros deuses.
b.      Quando nos afastamos do Senhor, ficamos com o cinto, vamos perdendo nossas características, vamos nos deteriorando até ficarmos sem utilidade. Um cinto podre, é assim que Deus vê aqueles que se afastam.
c.       O rei Saul se afastou do Senhor, acabou morrendo sobre a sua própria espada. Sansão se afastou dos conselhos de seus pais e do Senhor, acabou humilhado, com os olhos furados, movendo a pedra no templo dos filisteus. O filho pródigo deixou a casa do pai, saiu para viver sua vida e depois de perder tudo, volta para casa maltrapilho, sujo, cheirando mal, sem nada.
d.      Essa primeira lição mostra o resultado do abandono. Sempre que abandonamos o Senhor as consequências serão muito sérias, os prejuízos imensos. Longe de Deus vamos nos deteriorando e perdemos a essência de cristãos, de filhos de Deus.

5.      SEGUNDA LIÇÃO DO CINTO – v.11
a.      Novamente voltamos à imagem do cinto. O desejo de Deus era que o povo ficasse sempre com ele, como o cinto em volta da cintura de um homem. Desde o Éden até o Apocalipse, o Senhor age para trazer o homem para perto de si.
b.      Essa proximidade trará livramento, preservação, durabilidade, utilidade. Quando estamos com o Senhor, o pecado não nos corrompe, o Diabo não nos atinge, não perdemos nossa moral, nossa ética, nossos valores.
c.       Estar com o Senhor é um querer, ser o seu povo é um querer, ser o seu renovo é um querer, ser o seu louvor é um querer, ser sua honra é um querer. Não somos obrigados a estarmos com Ele, mas somos constrangidos pelo seu amor e misericórdia.
d.      Diferente do cinto que não tinha vontade própria, nós temos livre arbítrio, o direito de escolher. O cinto não pode escolher ficar preso a Jeremias, mas nós podemos escolher ficar com o Senhor.
e.      Essa segunda lição nos ensina que temos que nos apegar a Deus assim como o cinto se apega a cintura. Longe do Senhor só colecionaremos tristezas, dores, pesares. Todos aqueles que se aproximaram do Senhor foram acolhidos, abençoados.
f.        Se você está longe do Senhor, ele te chama hoje a voltar aos seus braços.