11 de nov. de 2011

Lições do Cinto

Texto: Jeremias 13.1-11
Tema: As Lições do Cinto

Introdução:
a.      Quando crianças aprendemos preciosas lições com cintos. Embora não fosse um aprendizado agradável, sempre que o cinto entrasse em cena ele cumpria sua missão. Com ele aprendemos a respeitar, a obedecer, a pedir perdão entre outras preciosas lições que guardamos até hoje.
b.      Este texto que pode ser compreendido como uma parábola, fala de um cinto de linho que Jeremias deveria comprar e usar, e ele o fez. Tempos depois Deus aparece novamente a ele e diz para pegar o cinto e esconder numa fenda da rocha, próximo a um rio. Após certo tempo, o cinto foi recolhido e havia apodrecido.
c.       Qual a utilidade de um cinto? O que provocou o apodrecimento? Uma vez podre, serve para ser usado? Que lições o Senhor nos quer ensinar através desse cinto? Será que um cinto pode nos ensinar algo?

1.      A UTILIDADE DO CINTO – v.1,2
a.      O profeta Elias vestia-se com um cinto de couro (2 Reis 1.8). O profeta Jeremias usou um cinto de linho (Jeremias 13.1). O sumo sacerdote usava um cinto de linho. Paulo fala que devemos nos cingir com o cinto da verdade (Efésios 6.14).
b.      O cinto servia para amarar, prender a roupa junto ao corpo afim de dar liberdade de movimento. Sem o cinto a roupa (que era diferente das roupas de hoje, era na sua maioria uma espécie de roupão)ficava solta dificultando certos movimentos.
c.       Para ilustrar, pense na roupa que os judocas usam, sem o faixa (ou o cinto) os movimentos ficariam comprometidos.

2.      O PERIGO DA APATIA – v.3-5
a.      O cinto que estava sendo usado, foi escondido numa fenda de pedra próximo ao rio Eufrates. Ali, separado da cintura de Jeremias, sujeito a humidade, a degradação, o cinto vai perdendo seu potencial de unir, amarar, juntar.
b.      O que mais chama a atenção é a mudança de ambiente ou a mudança de ação que o cinto sofre. Da cintura de Jeremias para o buraco, da notoriedade para o esquecimento, e assim suas propriedades vão mudando. A resistência vai aos poucos sendo perdida, a capacidade de ação dá lugar a impotência.
c.       Jesus nos conta a parábola dos talentos (Mateus 25.14ss) onde nos fala que a uma pessoa fora dado cinco talentos, a outra dois talentos e a uma um talento. Após algum tempo essas pessoas são cobradas e o que recebeu cinco produziu mais cinco, o que recebeu dois produziu mais dois e o que recebeu um, enterrou não produzindo nada.
d.      Quando nos escondemos ou enterramos nossos tesouros e talentos estamos entrando numa apatia perigosa e maléfica.

3.      UMA TRISTE REALIDADE – v.6,7
a.      Passados alguns dias, Deus ordenou a Jeremias que pegasse o cinto que estava escondido. Suponhamos que o cinto fizera falta para ele, e agora ele vai com ansiedade e entusiasmo ao encontro do cinto, uma expectativa toma conta dele.
b.      O mais rápido possível ele chega ao local, encontra o lugar exato, começa a cavar, ele está ansioso, apreensivo. Cada pá de terra que tira seu coração bate mais forte.
c.       Imagine sua decepção ao ver o cinto podre e sem serventia. O que poderia durar muitos anos na cintura, perdeu o valor em poucos dias. Não servia mais para prender a roupa de Jeremias, não servia mais para dar firmeza, seu triste fim seria uma lata de lixo comum.
d.      Em Mateus 5.13-16 Jesus nos fala que somos o sal da terra e a luz do mundo. Ressalta que se o sal perder o sabor não serve para mais nada, a não ser jogado fora e pisado pelos homens. O que antes dava sabor, conservava contra degradação, era matéria de troca e de lucro, agora estava desprezado, pisado pelos homens e pelos animais.

4.      PRIMEIRA LIÇÃO DO CINTO – v.8-10
a.      O povo se afastou do Senhor devido ao orgulho, a impiedade, não quis ouvir suas palavras, passaram a seguir seus próprios corações, adorando outros deuses.
b.      Quando nos afastamos do Senhor, ficamos com o cinto, vamos perdendo nossas características, vamos nos deteriorando até ficarmos sem utilidade. Um cinto podre, é assim que Deus vê aqueles que se afastam.
c.       O rei Saul se afastou do Senhor, acabou morrendo sobre a sua própria espada. Sansão se afastou dos conselhos de seus pais e do Senhor, acabou humilhado, com os olhos furados, movendo a pedra no templo dos filisteus. O filho pródigo deixou a casa do pai, saiu para viver sua vida e depois de perder tudo, volta para casa maltrapilho, sujo, cheirando mal, sem nada.
d.      Essa primeira lição mostra o resultado do abandono. Sempre que abandonamos o Senhor as consequências serão muito sérias, os prejuízos imensos. Longe de Deus vamos nos deteriorando e perdemos a essência de cristãos, de filhos de Deus.

5.      SEGUNDA LIÇÃO DO CINTO – v.11
a.      Novamente voltamos à imagem do cinto. O desejo de Deus era que o povo ficasse sempre com ele, como o cinto em volta da cintura de um homem. Desde o Éden até o Apocalipse, o Senhor age para trazer o homem para perto de si.
b.      Essa proximidade trará livramento, preservação, durabilidade, utilidade. Quando estamos com o Senhor, o pecado não nos corrompe, o Diabo não nos atinge, não perdemos nossa moral, nossa ética, nossos valores.
c.       Estar com o Senhor é um querer, ser o seu povo é um querer, ser o seu renovo é um querer, ser o seu louvor é um querer, ser sua honra é um querer. Não somos obrigados a estarmos com Ele, mas somos constrangidos pelo seu amor e misericórdia.
d.      Diferente do cinto que não tinha vontade própria, nós temos livre arbítrio, o direito de escolher. O cinto não pode escolher ficar preso a Jeremias, mas nós podemos escolher ficar com o Senhor.
e.      Essa segunda lição nos ensina que temos que nos apegar a Deus assim como o cinto se apega a cintura. Longe do Senhor só colecionaremos tristezas, dores, pesares. Todos aqueles que se aproximaram do Senhor foram acolhidos, abençoados.
f.        Se você está longe do Senhor, ele te chama hoje a voltar aos seus braços.

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