25 de fev. de 2022

Preparação para o Ministério

  • Marcos 1.9-13
  •  Preparação para o Ministério

Jesus é apresentado por Marcos como o Servo de Deus. A primeira testemunha é o próprio Marcos (v.1); a segunda são os profetas (vv.2-3); a terceira é João Batista (vv.4-8); sendo o Pai e o Espírito a última (vv.9-11).

 1. A SUBMISSÃO PELO BATISMO

Jesus sai de Nazaré e anda uns 110km, vai para a região conhecida como Bate-Arabá, que fica a uns 40km a oeste de Jerusalém, nas proximidades da foz do rio Jordão, que desagua no mar Morto.

Quando Jesus foi batizado houve a manifestação da Trindade: o Espírito veio sobre ele em forma de pomba, o Pai falou dos céus e identificou seu Filho amado. Com exceção de Jesus e de João, os que estavam presentes não ouviram a voz nem viram a pomba (ver Jo 1:29-34).

A palavra amado não apenas declara afeição, mas também significa "o único". A declaração do Pai vinda dos céus nos traz à memória o Salmo 2:7 e Isaías 42:1. A tradução A Mensagem diz: “Você é o meu Filho, escolhido e marcado pelo meu amor, a alegria da minha vida”.

Pode ser interessante tomar nota das seguintes referências no Evangelho de Marcos que mostram Jesus Cristo como o Filho de Deus: Marcos 1:1, 11; 3:11; 5:7; 9:7; 12:1-11; 13 :32; 14:61, 62 e 15 :39. Marcos não escreveu apenas sobre um servo judeu, mas sobre o Filho de Deus que veio dos céus para morrer pelos pecados do mundo.

Por certo, Jesus é Servo, porém um Servo diferente. Afinal, normalmente é o servo quem prepara o caminho para os outros e anuncia a chegada deles. No entanto, outros prepararam o caminho para Jesus e anunciaram sua vinda. Até mesmo os céus registraram! Esse Servo é o Filho de Deus.

Aplicação. Através do batismo nos submetemos a Deus e iniciamos nossa jornada na Igreja, que é a família espiritual. Negar, rejeitar ou postergar o batismo reflete insubmissão a Deus e à sua vontade para nós.

 2. AUTORIDADE PARA O MINISTÉRIO – V.12.13

Esperamos que um servo esteja sujeito a alguma autoridade e receba ordens, mas o Servo de Deus exerce autoridade e dá ordens até mesmo aos demônios -, e suas ordens são obedecidas. Nesta seção (vv.12 a 28), Marcos descreve três cenas que revelam a autoridade de nosso Senhor como Servo de Deus: 1ª cena - sua tentação (vv. 12, 13); 2ª cena - sua pregação (vv. 1422); 3ª cena - suas ordens (vv. 23-28).

 2.1. Primeira cena - sua tentação (vv. 12,13).

Marcos não apresenta um relato tão extenso quanto o de Mateus (4:1-11) e o de Lucas (4:1-13), mas acrescenta alguns detalhes que os outros deixam de fora.

O Espírito o "impeliu" para o deserto. Trata-se de uma palavra forte, que Marcos usa onze vezes em seu texto original para descrever a expulsão de demônios. O termo não sugere que Jesus estava relutante ou temeroso de enfrentar Satanás.

Pelo contrário, é a forma que Marcos emprega para expressar a intensidade da experiência. Não gasta tempo falando da glória celeste da voz ou da presença da pomba. O Servo tem uma tarefa a cumprir e se põe imediatamente a realizar seu trabalho.

 2.2. Duas imagens simbólicas

De forma concisa, Marcos apresenta duas imagens simbólicas.

1.      Os quarenta dias de nosso Senhor no deserto lembram os quarenta anos de Israel no deserto. Israel fracassou ao ser testado, mas Cristo foi vitorioso. Tendo triunfado sobre o inimigo, Jesus pôde prosseguir e chamar um novo povo para entrar na herança espiritual. Não é difícil ver o paralelo, pois o nome Jesus é a forma grega do nome "Josué".

2.     A segunda imagem é a do "último Adão" (1 Co 15:45). O primeiro Adão foi testado num jardim maravilhoso e falhou, enquanto Jesus foi tentado num deserto perigoso e conquistou a vitória.

a.     Por causa de seu pecado, Adão perdeu o "domínio" sobre a Criação (Gn 1:28; Sl 8), mas em Cristo, esse domínio foi restaurado para todo o que crê no Senhor (Hb 2:6-8).

b.     Jesus estava junto de animais selvagens, mas não lhe fizeram mal. Com isso, o Senhor demonstrou o dia vindouro de paz e de retidão, em que voltará e estabelecerá seu reino (Is 11 :9; 35:9). Ele é um Servo com autoridade!

 2.3. A tentação: Estratégias de Satanás

O ministério de Jesus começou com Jejum de 40 dias e noite, “uma preparação espiritual para a luta com o diabo”, que aparece na hora do esgotamento, em que Jesus estava mais frágil. Para vencer esta batalha de 3 etapas, Jesus usa a Palavra.

É importante observar que Jesus enfrentou o inimigo como homem, não como Filho de Deus. Suas primeiras palavras foram: "não só de pão viverá o homem" (Mt 4:4).

Jesus usou os mesmos recursos espirituais à disposição de todos nós hoje: o poder do Espírito Santo (Mt 4:1) e o poder da Palavra de Deus ("está escrito").

1.      A Tentação da CARNE. Satisfação ilícita dos apetites, ou do “eu” (Gl 5.19-21), tentação vencida pela renúncia (Rm 12.1; Cl 3.5-10; 1 Pe 2.11);

2.     A Tentação do MUNDO. O apelo à gloria ilícita ou à vaidade (1Jo 2.15,16), tentação vencida pelo repúdio e a fuga (1Tm 6.11);

3.      A Tentação do DIABO. O desejo do poder ilícito, ou de ser igual a Deus (Gn 3.5; Tg 5.12-15), tentação vencida pela resistência e a vigilância (1Pe 5.8,9).

 Aplicação: Através da consagração e da vitória sobre as tentações é que adquirimos autoridade para o ministério. Não adianta passar pelo batismo se, fugimos da luta espiritual. O mesmo Espírito que veio sobre Jesus no Batismo, foi quem o impeliu para a tentação.

Aplicação. Portanto, quem quer ser usado pelo Senhor para o ministério, precisa ser obediente e aceitar o batismo, mas precisa, por meio da consagração, ser cheio do Espírito para ter autoridade.

Aplicação. Submissão a Deus e autoridade espiritual são os elementos essenciais para um ministério vitorioso.

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