- Marcos 1.9-13
- Preparação para o Ministério
Jesus é
apresentado por Marcos como o Servo de Deus. A primeira testemunha é o próprio
Marcos (v.1); a segunda são os profetas (vv.2-3); a terceira é João Batista
(vv.4-8); sendo o Pai e o Espírito a última (vv.9-11).
Jesus
sai de Nazaré e anda uns 110km, vai para a região conhecida como Bate-Arabá, que
fica a uns 40km a oeste de Jerusalém, nas proximidades da foz do rio Jordão,
que desagua no mar Morto.
Quando Jesus foi batizado houve a manifestação da Trindade: o Espírito veio sobre ele em forma de pomba, o Pai falou dos céus e identificou seu Filho amado. Com exceção de Jesus e de João, os que estavam presentes não ouviram a voz nem viram a pomba (ver Jo 1:29-34).
A
palavra amado não
apenas declara afeição, mas também significa "o único".
A declaração do Pai vinda dos céus nos traz à memória o Salmo 2:7 e Isaías
42:1. A tradução A Mensagem diz: “Você é o meu Filho, escolhido e marcado
pelo meu amor, a alegria da minha vida”.
Pode
ser interessante tomar nota das seguintes referências no Evangelho de Marcos
que mostram Jesus Cristo como o Filho de Deus:
Marcos 1:1, 11; 3:11; 5:7; 9:7; 12:1-11; 13 :32; 14:61, 62 e 15 :39. Marcos não
escreveu apenas sobre um servo judeu, mas sobre o
Filho de Deus que veio dos céus para morrer pelos pecados do mundo.
Por
certo, Jesus é Servo, porém
um Servo diferente.
Afinal, normalmente é o servo quem prepara o caminho para os outros e anuncia a
chegada deles. No entanto, outros prepararam o caminho para
Jesus e anunciaram sua vinda. Até mesmo os céus
registraram! Esse Servo é o Filho de Deus.
Aplicação. Através do batismo nos submetemos a
Deus e iniciamos nossa jornada na Igreja, que é a família espiritual. Negar,
rejeitar ou postergar o batismo reflete insubmissão a Deus e à sua vontade para
nós.
Esperamos
que um servo esteja sujeito a alguma autoridade e
receba ordens, mas o Servo de Deus exerce autoridade e dá ordens até
mesmo aos demônios -, e suas ordens são obedecidas. Nesta seção (vv.12 a 28),
Marcos descreve três cenas que revelam a autoridade de nosso Senhor como Servo
de Deus: 1ª cena - sua tentação (vv.
12, 13); 2ª cena - sua pregação (vv.
1422); 3ª cena - suas ordens (vv.
23-28).
Marcos
não apresenta um relato tão extenso quanto o de Mateus (4:1-11) e o de Lucas
(4:1-13), mas acrescenta alguns detalhes que os outros deixam de fora.
O
Espírito o "impeliu"
para o deserto. Trata-se de uma palavra forte, que Marcos usa onze vezes em seu
texto original para descrever a expulsão de
demônios. O termo não sugere que Jesus estava relutante ou temeroso de
enfrentar Satanás.
Pelo
contrário, é a forma que Marcos emprega para expressar a intensidade da experiência. Não
gasta tempo falando da glória celeste da voz ou da presença da pomba. O Servo
tem uma tarefa a cumprir e se põe imediatamente a realizar seu trabalho.
De
forma concisa, Marcos apresenta duas imagens simbólicas.
1.
Os quarenta dias de nosso Senhor no deserto lembram os quarenta
anos de Israel no deserto. Israel fracassou ao ser testado, mas Cristo
foi vitorioso. Tendo triunfado sobre o inimigo, Jesus pôde prosseguir e chamar um novo
povo para entrar na herança espiritual. Não é difícil ver o paralelo, pois o
nome Jesus é a
forma grega do nome "Josué".
2.
A segunda imagem é a do "último Adão" (1 Co 15:45). O primeiro Adão foi
testado num jardim maravilhoso e falhou, enquanto Jesus foi tentado num deserto perigoso e conquistou a vitória.
a.
Por causa de seu pecado, Adão perdeu o "domínio" sobre a Criação (Gn 1:28;
Sl 8), mas em Cristo, esse domínio foi restaurado para todo o que crê no
Senhor (Hb 2:6-8).
b.
Jesus estava junto de animais selvagens, mas não lhe fizeram mal.
Com isso, o Senhor demonstrou o dia vindouro de paz e de retidão, em que voltará e
estabelecerá seu reino (Is 11 :9; 35:9). Ele é um Servo com autoridade!
O
ministério de Jesus começou com Jejum de 40 dias e noite, “uma preparação
espiritual para a luta com o diabo”, que aparece na hora do esgotamento, em que
Jesus estava mais frágil. Para vencer esta batalha de 3 etapas, Jesus usa a
Palavra.
É importante
observar que Jesus enfrentou o inimigo como homem, não como Filho de
Deus. Suas primeiras palavras foram: "não só de pão viverá o homem"
(Mt 4:4).
Jesus
usou os mesmos recursos espirituais à disposição de todos nós hoje: o poder do
Espírito Santo (Mt 4:1) e o poder da Palavra de Deus ("está
escrito").
1.
A Tentação da CARNE. Satisfação ilícita dos
apetites, ou do “eu” (Gl 5.19-21), tentação vencida pela renúncia (Rm 12.1; Cl
3.5-10; 1 Pe 2.11);
2.
A Tentação do MUNDO. O apelo à gloria ilícita
ou à vaidade (1Jo 2.15,16), tentação vencida pelo repúdio e a fuga (1Tm 6.11);
3.
A Tentação do DIABO. O desejo do poder ilícito,
ou de ser igual a Deus (Gn 3.5; Tg 5.12-15), tentação vencida pela resistência
e a vigilância (1Pe 5.8,9).
Aplicação.
Portanto, quem quer ser usado pelo Senhor para o ministério, precisa ser
obediente e aceitar o batismo, mas precisa, por meio da consagração, ser cheio
do Espírito para ter autoridade.
Aplicação.
Submissão a Deus e autoridade espiritual são os elementos essenciais para um
ministério vitorioso.
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