10 de set. de 2021

NOVA VIDA EM CRISTO

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 Efésios 2

NOVA VIDA EM CRISTO PARA VIVER EM COMUNIDADE


Paulo começou a carta mostrando a obra da Trindade: o Pai nos escolheu, o Filho nos redimiu e o Espírito nos selou.

Devido a esta benção, Paulo passa a orar pela Igreja: exaltando a fé e o amor1, pedindo que ela receba o espírito de sabedoria, revelação para serem iluminados2 e contemplem as riquezas de sua glória3.

Nesta mesma oração Paulo foca o poder de Deus que foi capaz de ressuscitar a Cristo, colocando-o sobre todas as coisas a exercer o domínio pleno. Esse mesmo poder ele agora transfere para a Igreja que é o seu corpo.

Para que nos tornemos a Igreja-corpo, Paulo fala sobre a necessidade de salvação, que é segundo a graça, processo este no qual saímos da condição de morto espiritualmente, recebemos a vida e passamos a justificar nossa criação.

Este aspecto pessoal (Ef 2.1-10) é expandido para o aspecto coletivo (Ef 2.11-22) onde a tônica é a pacificação dos relacionamentos por meio da obra de Cristo Jesus.

 

1. A NOVA VIDA EM CRISTO – (vv.1-10)

1.1. Quando Mortos no Pecado (vv.1-3)

O texto começa dizendo que Ele nos deu vida, estando vós mortos, então não resta dúvidas de que o todo ser humano começa morto espiritualmente devido ao pecado original herdado de Adão e Eva (Gn 2.16,17; 3.23,24, Rm 3.10-12,23).

Uma vez morto nos pecados o homem tem as seguintes características:

            I.            Andam conforme o mundo. A multidão incrédula; a massa inteira de homens alienados de Deus, e por isso hostil a causa de Cristo.

          II.            Seguem o Diabo. O príncipe dos demônios, o autor de toda a maldade, criador de inimizade entre a humanidade e Deus, instigando ao pecado.

       III.            Satisfazem a carne (1Pe 4.1-4). Natureza sensual do homem, a depravação moral, desejos que incita a pecar (Rm 1.24-27).

       IV.            São filhos da ira de Deus. Se dizem cristãos, mas estão engando pessoas, tentando enganar a si mesmas e a Deus, com aparência piedosa, mas são lobos devoradores.

Esse estilo vida traz as seguintes consequências  (v.12):

        I.            Vivem sem Cristo: estavam naquele tempo sem Cristo

     II.            Estão excluídos: separados da comunidade de Israel”

  III.            Não tem esperança: “estranhos às alianças e promessas, sem esperança”

   IV.            Andam sem Deus: “e sem Deus no mundo”

Hoje há muitas pessoas vivendo assim, são mortos-vivos, tem vida no corpo, mas não no espírito. Comem, trabalham, se divertem, se casam, etc. Mas quando terminar esta vida na terra, irão para a eternidade longe de Deus (Inferno).

 

 

1.2. Quando Recebemos a Vida (vv.4-9)

O texto começa dizendo “mas Deus sendo rico em misericórdia, pelo imenso amor”, vemos que só recebemos a vida pelos atributos do Pai: misericórdia1 e amor2. Não é por nosso mérito ou qualquer outro motivo. É uma iniciativa de Deus.

Quando recebemos a vida as seguintes características nos acompanham:

              i.      Somos amados – v.4. Amor este que é demonstrado onde o Pai envia seu Filho para morrer e salvar àqueles que estavam longe (Rm 5.8, Jo 3.16);

            ii.      Temos vida – v.5. Somente pela intervenção divina, para trazer ao homem uma nova vida, como em Joao 3, onde Jesus fala do novo nascimento;

         iii.      Nos ressuscitou – v.6. Essa promessa é descrita em 1 Coríntios 15, onde Paulo fala da certeza da nossa ressureição

          iv.      Estamos assentados – v.6. Somos transportados para uma outra “dimensão”, deixamos de ser seres terrenos, para sermos celestiais. O foco agora na nova vida é o céu e suas recompensas;

            v.      Somos um exemplo – v.7. Nossa condição transformada agora serve de testemunho. Não há como contestar a ação de Deus em favor do homem perdido.

Esta mudança gera algumas consequências positivas:

                                I.Estamos próximos – v.13. “viestes para perto pelo sangue de Cristo”

                             II.Fazemos parte do corpo – 14. “derrubando a parede de separação, em seu corpo desfez a inimizade”

                          III.Temos paz – v.15. “fazendo assim temos paz”

                           IV.Temos acesso ao pai – v.18. “temos acesso ao Pai no mesmo Espírito”

Quando recebemos a vida, mudamos, não por nosso mérito, não porque fizemos boas obras suficientes, não porque somos menos maus, mas exclusivamente pela graça (v.8,9), que é uma expressão do amor de Deus (v.4).

Agora devemos valorizar essa nova vida, vivendo de tal maneira que retribua o amor de Deus por nós, principalmente andando em novidade de vida. Produzindo frutos que demonstrem o arrependimento. Deixando para traz o velho homem.

 

1.3. Hora de Justificar Nossa Criação (v.10)

A expressão “fomos feitos... criados... para...” aponta qual era o propósito e expectativa de Deus em relação a nós. Ele nos fez para as boas obras, ou produzir coisas boas, atos e comportamentos relativos ao propósito de Deus, e para que andemos dessa forma.

O homem sem Deus não consegue viver nesta forma pela interferência do pecado, daí a necessidade de um novo nascimento, para em uma nova vida, poder praticar e andar em boas obras.

Se assim não procedemos, não justificamos nossa criação, estamos em débito com Deus e para com as pessoas que nos cercam. Não viveremos em família (v.19); não cresceremos para ser santuário (v.21); não seremos habitação para o Espírito (v.22).

 

2. A NOVA VIDA EM COMUNIDADE – (vv.11-22)

2.1. A Realidade Passada: Inimigos De Deus - (vv.11-12)

Gentios por natureza – v.11. Esta é uma descrição de todos os que não são judeus por nascimento.

Viviam sem Cristo – v.12. Jesus veio primeiramente para os judeus, e uma vez que estes não o reconheceram, a salvação foi estendida a todos os povos. Os efésios eram gentios por natureza e assim estavam sem Cristo.

Separados do povo de Deus. Israel era considerado o “povo de Deus” escolhido para perpetuar o nome do Senhor entre as demais nações.

Estranhos às alianças. Feitas com Israel ao longo de sua história.

Sem esperança. A base das alianças era a esperança vinda das mesmas. Israel esperava - e ainda espera - pelo Messias para restaurar a nação e livrar dos opressores.

Sem Deus no mundo. Os gentios não podiam contar com o Todo Poderoso, apesar de ter suas divindades, estavam longe da verdade.

 

2.2.  Realidade Presente: Família De Deus – (vv.13-17)

A vida em Cristo. O sangue de Cristo nos tornou aceitáveis diante de Deus. Essa nova vida que recebemos pela graça, traz agora algumas responsabilidades as quais devemos cumprir.

Fomos aproximados pelo sangue. Já vimos que a salvação é pela graça mediante a fé (Ef 2.8,9), independe de nossos esforços.

A separação deu lugar à paz – v.14-17. Cristo é a fonte de paz e pode irradiar paz aos nossos relacionamentos. Não há mais separação, Cristo removeu todo obstáculo e inimizades.

 

2.3. Benefícios Desta Realidade: Uma Vida Em Unidade – (vv.18-22)

Temos acesso ao Pai – (v.18). Não importa se judeu ou gentio. Antes só os sacerdotes podiam chegar a presença de Deus e interceder pelos judeus. Os gentios não tinham este privilégio. Quis Deus então remover toda barreira para que todos tivessem acesso a Ele.

Fazemos parte da família de Deus – (v.19). As divisões agora dão lugar a um novo sentimento, pertencer a uma FAMÍLIA. Estar unido com o Pai e ser filho junto com o Filho.

Estamos edificado sobre sólido fundamento – (v.20). Os profetas falavam em nome de Deus transmitindo sua Palavra. Os apóstolos eram enviados por Deus para pregar a Palavra. O fundamento é a Palavra que tem como alicerce o próprio Verbo, Jesus.

Crescemos para ser templo do Senhor – (v.21,22). Deus tomou a iniciativa para que nos tornássemos morada do Espírito. Edifício é uma referência à Igreja, que recebeu o poder (Ef 1.19,22,23), que deve estar bem ajustado (em paz), tornando-se cada vez maior.

 

CONCLUSÃO:

Igreja de Cristo, composta por homens salvos do pecado, devem viver em unidade e paz, para que com o acréscimo de novas vidas, se torne na morada de Deus.

Este é um compromisso de todo o corpo, viver juntos, ser edificado para receber a habitação do Espírito. Aqui o salmo 133 toma sentido para nós, a união gera bênçãos e crescimento. É como o próprio Jesus disse que uma casa dividida contra si mesma não vai subsistir.

Jesus pacifica nossos relacionamentos numa perspectiva pessoal onde passamos e viver em paz com Ele. Essa pacificação agora se estende para o aspecto coletivo, pelo fato de Ele ter derrubado toda barreira e unido dois povos em um.

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