19 de nov. de 2019

Multiplicar Oração – Razão do Crescimento



ATOS 1.12-15
Multiplicar Oração – Razão Do Crescimento

INTRODUÇÃO
Richard Foster em seu livro sobre oração, fala de 21 formas diferentes de oração. Temos que admitir que desconhecemos estas formas tão diversificadas de orar.
Emil Brunner aponta a dificuldade que enfrentamos para ter uma vida de oração significativa: “orar é mais difícil do que trabalhar, exigindo tanto mais esforço. De cem homens que não temem o esforço do trabalho, apenas alguns poucos suportam o esforço da oração. A grande maioria evita orar.”
J. M. Drescher disse que a primeira coisa que faria, se começasse seu ministério de novo, seria procurar ser mais disciplinado no cultivo de sua própria vida espiritual.
O livro de Salmos nos mostra que o povo de Israel orava em todos os momentos da vida, seja na abundancia ou na escassez. O salmo 13 nos dá uma compreensão mais profunda sobre a oração, pois o texto é uma oração de Davi.

Podemos expressar em oração as mais diferentes emoções pelo simples fato de que há um Deus que está disposto a nos ouvir. A oração é uma importante disciplina da vida espiritual, mas não é a única:
- Há disciplinas interiores: meditação, oração, jejum e estudo.
- Há disciplinas exteriores: simplicidade, silêncio, submissão e serviço.
- E disciplinas coletivas: confissão, adoração, orientação e celebração.
Precisamos orar sobre tudo e todo instante. A oração é parte de uma vida espiritual, pois é diversificada e rica. A oração é a porta de entrada para uma vida espiritual de grande profundidade. Podemos começar a explorar toda esta riqueza espiritual a partir de uma vida de mais comunhão e oração.

1. A ORAÇÃO É A BASE DO MINISTÉRIO (v.13)
Depois de chegar em Jerusalém eles foram orar. Foram a uma casa, subiram no andar superior e lá passaram vários dias em oração (v.15). Percebamos que eles não saíram imediatamente às ruas, batendo de casa em casa, entregando convites ou mensagens pregando e testemunhando.
Toda atividade ministerial deve ser precedida de oração. Se temos poucas pessoas nos cultos, se temos poucos alunos na EBD, se não temos visitantes, se não chegam pessoas novas, se a igreja não cresce, a falha não está no modelo de ministério, mas na negligência da oração, seja ela individual ou coletiva.
Antes de evangelizar, antes de testemunhar, antes de convidar pessoas, antes de tudo que venhamos a fazer, precisamos orar. Estamos em uma luta espiritual, e neste luta, a primeira arma é a oração. Sem oração não há conversões, não há batismos, não há crescimento.


No cap. 3 de Atos, Pedro e João vão ao templo para a reunião de oração. Ao chegarem lá, eles encontram um homem aleijado, ministram a cura e o conduzem para dentro do templo. Pedro prega uma mensagem, três mil se convertem.
No cap. 4.23,24 de Atos, depois que Pedro e João foram soltos, eles foram até os outros irmãos para dar testemunho e orar juntos para continuar com coragem de testemunhar. No cap. 6 de Atos os apóstolos elegem diáconos para que eles se dedicassem a duas coisas: à oração e a pregação da palavra, perceba que a oração vem em primeiro lugar.
Não estou falando da oração individual e devocional, todos nós deveríamos fazer isso, mas as vezes, nem isso fazemos. Estou falando da oração coletiva, onde a igreja se reúne para orar, da disposição de fazer da oração coletiva uma prioridade na minha agenda, pois é nesta reunião, mais que a Celebração, que somos edificados.

2. A ORAÇÃO GERA CRESCIMENTO v.15
Foi uma primeira reunião tímida, com no máximo 25 a 30 pessoas, tanto que foi possível para Lucas fazer uma lista: 11 discípulos; 4 irmãos de Jesus (Mc 6.3); Maria a mãe de Jesus; provavelmente as irmãs de Jesus (duas no mínimo) e as “diversas mulheres”.
Mas o que começou pequeno, foi com o passar do tempo crescendo “continuou vários dias... num dia em que mais ou menos 120...” (v.15). A reunião continuou com o mesmo propósito – A ORAÇÃO – não mudou o foco, a pregação e o testemunhando vieram depois, eles “só” oravam.
Quando nós pensamos em estratégias para o crescimento da Igreja, buscamos melhorar várias coisas: o ambiente físico, tornar o programa mais “leve e atrativo”, melhor a qualidade de música, servir lanche, ter mais momentos de comunhão, atender as crianças, ter bons recepcionistas. Talvez nos esqueçamos do principal: A ORAÇÃO COMUNITÁRIA.
Não tenho dúvida que o crescimento da igreja em Jerusalém foi fruto mais da oração do que das pregações de Pedro, ou do testemunho, sinais, milagres dos apóstolos, ou da comunhão da igreja. Foi a oração que gerou o crescimento por meio de conversão, não de proselitismo.
O crescimento da igreja será proporcional ao tempo que ela investe em oração. Aqui está a chave para as cadeiras vazias, a falta oração. Quando passarmos como igreja a orar mais, proporcionalmente as cadeiras vazias irão começar a diminuir.

CONCLUSÃO
A falta de um despertamento/multiplicação para oração tem me incomodado como pastor, parte dessa responsabilidade sei que é minha. Mas o que vemos aqui é um norte:
Precisamos como igreja e como discípulos orar mais e mais, orar pelas pessoas não salvas, pelos irmãos afastados, pelos que estão desanimados.
Precisamos do poder do Espírito para orar, pregar e testemunhar de Jesus.
Precisamos estar perto das pessoas sem cristo, trazê-las para nós para levá-las a Jesus.

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