ATOS 1.12-15
Multiplicar Oração – Razão Do Crescimento
INTRODUÇÃO
Richard
Foster em seu livro sobre oração, fala de 21 formas diferentes de oração. Temos
que admitir que desconhecemos estas formas tão diversificadas de orar.
Emil
Brunner aponta a dificuldade que enfrentamos para ter uma vida de oração significativa:
“orar é mais difícil do que trabalhar,
exigindo tanto mais esforço. De cem homens que não temem o esforço do trabalho,
apenas alguns poucos suportam o esforço da oração. A grande maioria evita orar.”
J. M.
Drescher disse que a primeira coisa que faria, se começasse seu ministério de novo,
seria procurar ser mais disciplinado no cultivo de sua própria vida espiritual.
O
livro de Salmos nos mostra que o povo de Israel orava em todos os momentos da vida,
seja na abundancia ou na escassez. O salmo 13 nos dá uma compreensão mais profunda
sobre a oração, pois o texto é uma oração de Davi.
Podemos
expressar em oração as mais diferentes emoções pelo simples fato de que há um
Deus que está disposto a nos ouvir. A oração é uma importante disciplina da
vida espiritual, mas não é a única:
- Há
disciplinas interiores: meditação, oração, jejum e estudo.
- Há
disciplinas exteriores: simplicidade, silêncio, submissão e serviço.
- E
disciplinas coletivas: confissão, adoração, orientação e celebração.
Precisamos
orar sobre tudo e todo instante. A oração é parte de uma vida espiritual, pois
é diversificada e rica. A oração é a porta de entrada para uma vida espiritual
de grande profundidade. Podemos começar a explorar toda esta riqueza espiritual
a partir de uma vida de mais comunhão e oração.
1. A ORAÇÃO É A BASE DO MINISTÉRIO (v.13)
Depois
de chegar em Jerusalém eles foram orar. Foram a uma casa, subiram no andar
superior e lá passaram vários dias em oração (v.15). Percebamos que eles não
saíram imediatamente às ruas, batendo de casa em casa, entregando convites ou
mensagens pregando e testemunhando.
Toda
atividade ministerial deve ser precedida de oração. Se temos poucas pessoas nos
cultos, se temos poucos alunos na EBD, se não temos visitantes, se não chegam
pessoas novas, se a igreja não cresce, a falha não está no modelo de
ministério, mas na negligência da oração, seja ela individual ou coletiva.
Antes
de evangelizar, antes de testemunhar, antes de convidar pessoas, antes de tudo
que venhamos a fazer, precisamos orar. Estamos em uma luta espiritual, e neste
luta, a primeira arma é a oração. Sem oração não há conversões, não há batismos,
não há crescimento.
No
cap. 3 de Atos, Pedro e João vão ao templo para a reunião de oração. Ao
chegarem lá, eles encontram um homem aleijado, ministram a cura e o conduzem
para dentro do templo. Pedro prega uma mensagem, três mil se convertem.
No
cap. 4.23,24 de Atos, depois que Pedro e João foram soltos, eles foram até os
outros irmãos para dar testemunho e orar juntos para continuar com coragem de
testemunhar. No cap. 6 de Atos os apóstolos elegem diáconos para que eles se
dedicassem a duas coisas: à oração e a pregação da palavra, perceba que a
oração vem em primeiro lugar.
Não
estou falando da oração individual e devocional, todos nós deveríamos fazer
isso, mas as vezes, nem isso fazemos. Estou falando da oração coletiva, onde a
igreja se reúne para orar, da disposição de fazer da oração coletiva uma
prioridade na minha agenda, pois é nesta reunião, mais que a Celebração, que
somos edificados.
2. A ORAÇÃO GERA CRESCIMENTO v.15
Foi
uma primeira reunião tímida, com no máximo 25 a 30 pessoas, tanto que foi
possível para Lucas fazer uma lista: 11 discípulos; 4 irmãos de Jesus (Mc 6.3);
Maria a mãe de Jesus; provavelmente as irmãs de Jesus (duas no mínimo) e as
“diversas mulheres”.
Mas o
que começou pequeno, foi com o passar do tempo crescendo “continuou vários dias... num dia em que mais ou menos 120...”
(v.15). A reunião continuou com o mesmo propósito – A ORAÇÃO – não mudou o
foco, a pregação e o testemunhando vieram depois, eles “só” oravam.
Quando
nós pensamos em estratégias para o crescimento da Igreja, buscamos melhorar
várias coisas: o ambiente físico, tornar o programa mais “leve e atrativo”,
melhor a qualidade de música, servir lanche, ter mais momentos de comunhão,
atender as crianças, ter bons recepcionistas. Talvez nos esqueçamos do
principal: A ORAÇÃO COMUNITÁRIA.
Não
tenho dúvida que o crescimento da igreja em Jerusalém foi fruto mais da oração
do que das pregações de Pedro, ou do testemunho, sinais, milagres dos
apóstolos, ou da comunhão da igreja. Foi a oração que gerou o crescimento por
meio de conversão, não de proselitismo.
O crescimento
da igreja será proporcional ao tempo que ela investe em oração. Aqui está a
chave para as cadeiras vazias, a falta oração. Quando passarmos como igreja a
orar mais, proporcionalmente as cadeiras vazias irão começar a diminuir.
CONCLUSÃO
A
falta de um despertamento/multiplicação para oração tem me incomodado como pastor,
parte dessa responsabilidade sei que é minha. Mas o que vemos aqui é um norte:
Precisamos
como igreja e como discípulos orar mais e mais, orar pelas pessoas não salvas, pelos
irmãos afastados, pelos que estão desanimados.
Precisamos
do poder do Espírito para orar, pregar e testemunhar de Jesus.
Precisamos
estar perto das pessoas sem cristo, trazê-las para nós para levá-las a Jesus.
Nenhum comentário:
Postar um comentário