10 de set. de 2021

UMA NOVA IDENTIDADE

1 Pedro 1

A SALVAÇÃO REQUER UMA NOVA IDENTIDADE

Pedro escreve para cristãos “eleitos... peregrinos dispersos” em cinco regiões (v.1). Ele destaca a obra da salvação realizada pela trindade: Deus Pai através do Espírito Santo na pessoa de Jesus (v.2), conforme lemos em Efésios 1.3-14.

Em misericórdia fomos regenerados, e assim temos uma viva esperança (v.3), esperança esta de receber uma herança não perecível, não neste mundo, mas que está guardada nos céus, por isso não parece nem perde o valor (v.4).

A fé é o elemento, a senha, a chave para acessar essa herança (v.5). Sendo uma herança celestial, ainda não se pode usufruir totalmente dela, o que exige força para passar pelas provações, perseguições que entristece, abate, abala e leva ao desânimo (v.6).

Esta tribulação humana era para provar se a fé era genuína, e honraria a Cristo tanto em vida quanto na morte e até mesmo após a morte (v.7). Esta fé capacita a crer em Cristo, mesmo nunca tendo visto, mas acima de tudo é esta fé que vai livrar a alma da condenação (v.8).

Uma vez salvos, agora é preciso viver em santidade, ou estar prontos para agir, estar alertas e colocar a esperança em Jesus para seguir firme na caminhada (v.17).

“Não é difícil seguir alinha de raciocínio de Pedro. Tudo começa com a salvação, o relacionamento pessoal com Deus por meio de Cristo. Conhecer a Cristo como Salvador traz esperança! Com esperança, é possível andar em santidade e em harmonia. Assim, não fica difícil sujeitar-se aos semelhantes na sociedade, em casa e na igreja. A salvação e a submissão preparam para o sofrimento; mas, com o foco em Cristo, é possível vencer, e Deus transformará o sofrimento em glória. (Warren W. Wiersbe)

 

1. Nova Identidade Requer SANTIDADE – v.13-21

Vemos aqui um argumento lógico e simples. Os filhos herdam a natureza dos pais. Deus é santo; portanto, como seus filhos, devemos ter uma vida de santidade. Somos "coparticipantes da natureza divina" (2 Pe 1:4) e devemos revelar essa natureza em uma vida piedosa (v.14).

A santidade de Deus é parte de sua natureza. "Deus é luz, e não há nele treva nenhuma" (1 Jo 1:5). Toda santidade que o ser humano tenha em caráter e em conduta deriva-se de Deus (v.15).

Ser santificado envolve a separação do que é impuro e a completa consagração a Deus (2 Co 6:14 - 7:1). Devemos ser santos "em todo o [nosso] procedimento", de modo que tudo o que fizermos reflita a santidade de Deus (cap. 2.11; 4.3).

Para um cristão dedicado, a divisão entre "secular" e "sagrado" não existe (v.17). Ao viver para a glória de Deus, a vida toda é santa. Até mesmo atividades comuns, como comer e beber, podem ser realizadas para a glória de Deus (1 Co 10:31). Se algo não pode ser feito para a glória de Deus, então não está de acordo com a vontade de Deus.

 

2. Nova Identidade Requer AMOR – v.22-25

Não há como celebrar o Príncipe da Paz vivendo em guerra, assim como não há como celebra o amor de Deus carregando o ódio nos corações (v.22). O primeiro passo para amar é a purificação através da obediência à verdade, que conforme João 14.6 é o próprio Cristo.

A profundidade ou a qualidade do amor que transmitimos aos outros está proporcionalmente relacionada ao quanto Jesus já trabalhou em nossas vidas (v.23a). Quando Pedro é questionado por Jesus se o amava (Joao 21.15-17), na verdade Jesus estava medindo o quanto Pedro havia sido de fato transformado.

Podemos amar uns aos outros com um coração puro, porque fomos regenerados através da Palavra de Deus que vive e permanece para sempre (v.23b).

 

3. Nova Identidade Requer CRESCIMENTO – 2.1-3

A Palavra de Deus tem vida, dá vida e sustenta a vida. É preciso ansiar pela Palavra de Deus como recém-nascidos famintos! Devemos desejar a Palavra pura, não adulterada, pois somente ela pode nos ajudar a crescer (v.2).

É triste quando os cristãos não têm anseio algum pela Palavra de Deus e preferem "alimentar-se" de entretenimento religioso. Ao crescer, descobrimos que a Palavra é leite para as criancinhas e carne substanciosa para os cristãos maduros (1 Co 3:1-4; Hb 5:11-14). Também é pão (Mt 4:4) e mel (SI 119:103).

Pedro adverte seus leitores a que se "despojem" de certas atitudes incorretas do coração que podem ser um empecilho para seu anseio pela Palavra e para seu cresci mento espiritual (v.1). Quem é culpado de maldade e de dolo tenta esconder tais coisas lançando mão da hipocrisia.

Se tais atitudes e ações estiverem presentes na vida, não haverá anseio algum pela Palavra pura de Deus. Se pararmos de nos alimentar da Palavra, deixaremos de crescer e de desfrutar ("experimentar") a graça que encontramos no Senhor.

 

CONCLUSÃO:

Podemos viver com esperança, paz, alegria e amor até a sua volta. Isso é desfrutar da vida eterna que ele nos tem dado. Se você busca a esperança, a paz, a alegria e o amor, busque em Jesus, há pra você uma herança na eternidade.

Somos peregrinos neste mundo a caminho da eternidade. Por causa da nossa fé em Jesus como Salvador, muitas vezes somos incompreendidos ou até mesmo perseguidos, mas devemos nos manter firmes, pois pela herança que nos espera vale a pena o sofrimento momentâneo. A fé que nos salvou se torna o “combustível” para perseverança.

Mas a jornada não é fácil, seremos tentados a apostatar da fé, ou descuidar da santidade, esquecer o temor. Para que isso não ocorra, devemos buscar santidade, viver em obediência, praticando o amor fraternal, pois foi para isso que fomos salvos e regenerados. Não podemos continuar vivendo da mesma maneira.

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