2 de nov. de 2020

POR AMOR, SEGUIMOS FAZENDO MISSÕES


Marcos 6.7-13

POR AMOR, SEGUIMOS FAZENDO MISSÕES


Porque Ele me amou... este é o tema desta campanha de Missões Nacionais. Nestes últimos quatro domingos enfatizamos o acróstico a partir da palavra AMOR:

AMO o próximo não por uma imposição ou obrigação, mas como forma de gratidão e de retribuição a Deus;

MULTIPLICO discípulos de Cristo, levando esse amor aos quatro cantos do País;

ORO para que os que ainda não conhecem esse extraordinário amor sejam alcançados por ele;

REPARTO o que tenho com os que têm pouco ou nada.

Mas o que fazemos, seja como discípulos ou como Igreja após o encerramento da promoção de uma Campanha missionária? Continuamos orando por missões! Continuamos ofertando até alcançar o alvo! Continuamos dispostos a fazer tudo de novo na próxima campanha! Sim, tudo isso é louvável, mas será que não podemos fazer algo a mais?

O texto nos mostra que até este momento o treinamento dos discípulos fora mais teórico que prático (Sermão do Monte - cap. 5 a 7 de Mateus). A prática deles se limitou em ver Jesus em ação ministrando (diversas curas, acalmando a tempestade, expulsando demônios). A teoria ganhou companhia da observação.

A partir do discurso de Mateus 9.35-38, Jesus então decide colocar os discípulos em ação. Após a sensibilização para com a “multidão aflita e abandonada como sem pastor” (v.36); Jesus decide dar pastores para aquelas pessoas enviando os doze com poder e autoridade.

Agora que concluímos a promoção da campanha de missões, é hora de experimentarmos na prática o que é ser um missionário. É hora de fazermos como os discípulos, sairmos pelas casas, ruas e bairros proclamando o evangelho do Reino e a Salvação em Jesus. Agora chegou o nosso momento de sermos missionários enviados por Jesus.

 

1. FAZEMOS MISSÕES EXERCENDO AUTORIDADE. (v.7)

Nos textos paralelos de Mateus 10.5-15 e Lucas 9.1-6 fica ainda mais clara a autoridade outorgada por Jesus aos discípulos. Mateus registra: “curem doentes; ressuscitem mortos e expulsem demônios” (v.8). Lucas aponta: “lhes deu poder e autoridade para expulsar todos os demônios e curar doenças... para anunciarem o Reino de Deus” (v.1,2).

O Reino de Deus não estava penetrando em um vácuo de poder. Levar as boas novas é entrar em guerra com o Diabo. Todo discípulo que deseja resgatar pessoas precisa dominar primeiro o “espaço” ou derrubar as “fortalezas” (Ef. 6.12).

Até então os discípulos haviam visto Jesus fazendo isso, mas eles mesmos não haviam experimentado o exercício desta autoridade. Agora enviados, os discípulos vão viver suas próprias experiências para fortalecer a fé e confiança no poder de Jesus (Lc 10.17-20).

Cada discípulo sendo um missionário e exercendo autoridade foi e ainda continua sendo um forte instrumento de evangelização e salvação de vidas, assim como uma forma saudável de expansão do Reino de Deus. “Discípulo que não é um missionário é um mercenário.”

 

2. FAZEMOS MISSÕES NA DEPENDÊNCIA DE DEUS. (v.8-9)

O discípulo missionário não se preocupa com a escassez material exterior, pois estando ele cheio do Espírito Santo, as provisões não são uma preocupação. Isso mostra uma total dependência de Deus. Eles deveriam apresentar simplicidade, ninguém deveria temê-los, nem eles a ninguém, pois iram anunciar as obras do Senhor.

Pelo fato de não levar sacola, dinheiro nem comida não significa que eles iam passar necessidades, mas os ensina a depender das possibilidades comuns no caminho. Além de usufruir das leis do sustento dos viajantes, não ostentar bens era uma questão de segurança.

Para o discípulo missionário, é salutar ser modesto em tudo o que é exterior, a ostentação e a soberba, assim como a pobreza e mendicância não refletem o perfil missionário, que leva o amor e salvação sem distorcer a mensagem. O missionário não está interessado em vantagens próprias, eles não faz da religião uma fonte de renda, esta é sua missão de vida.

O discípulo missionário deve estar totalmente dependente do Senhor que o envia. Essa dependência é em termos espirituais e materiais. Da mesma forma que ele não deve se preocupar com seu sustento material, deve ter a certeza que vencera toda oposição.

 

3. FAZEMOS MISSÕES SENDO ACEITOS E REJEITADOS. (v.10-11)

Ao chegar num povoado e receber hospedagem, os discípulos não deveriam trocar de alojamento por outro melhor, muito menos com justificativa “espiritual”, até porque era uma questão de boa educação.

O discípulo missionário deve estar preparado para duas reações dos ouvintes: aceitaçãofiquem na casa que forem recebidos” ou rejeiçãose em algum lugar as pessoas não quiserem recebe-los”. Na verdade, não somos nós que seremos aceitos ou rejeitados, mas o próprio Jesus que nos enviara.

Não vemos nenhum indício de desapontamento nos discípulos diante de uma rejeição, apesar de não ser registrado conversões em massa nem fundação de igrejas. Eles cumpriram uma ação simbólica e profética, que apontava para frente e só se cumpriu mais tarde, ou ainda está por se cumprir.

O discípulo missionário aprende como é essa duplicidade de sentimento: alegria de ver a mensagem ser acolhida e vivida; a tristeza e pesar ao vê-la rejeitada e ignorada. Não temos domínio sob a forma como as pessoas vão reagir a nossa pregação, mesmo assim devemos pregar.

 

4. FAZEMOS MISSÕES COMPARTILHANSO EXPERIÊNCIAS. (v.12,13,30)

Temos aqui a confirmação do conteúdo da pregação dos discípulos: salvação e perdição. Faz parte da tarefa de um mensageiro que ele preste relatório depois da execução, este relato precisa ser minucioso e abrangente (At 14.26-28).

Apesar da rejeição, eles também tiveram boa acolhida, realizaram sinais, prodígios e maravilhas o que os deixou “muito alegres”. Mas para Jesus, o mais importante era que os seus nomes estivessem escritos no livro da vida (Lc 10.20).

Mais do que aquilo que realizamos quando somos enviados, e do que temos para compartilhar no retorno, a nossa real condição espiritual para eternidade é que importa (Mt 7.22-23). Jesus não estava menosprezando o que eles fizeram, mas lembrando do que era mesmo importante.

Muitos discípulos não tem experiência pessoal nenhuma para compartilhar devido ao fato de não se disporem a ser enviados como missionários. Viver a vida cristã nos redutos do templo limita as oportunidades de ver a ação e o poder de Deus sobre a vida das pessoas. O discípulo que não sai, nada tem a relatar.

 

CONCLUSÃO:

Sermos missionários é uma das muitas lições a serem aprendidas por nós como discípulos, ela não finaliza a nossa formação, mas agrega e muito a nossa vida espiritual.

O discípulo que é missionário está em constante treinamento, por isso não pode se afastar do seu mestre. Ele deve estar na presença do Cristo, orar, estudar, congregar e servir.

Esta não é a última campanha que nos despertará para a necessidade do nosso envio como missionários: “Eu vos envio como ovelhas para o meio de lobos” (Mt 10.16); “Assim como o Pai me enviou, eu também vos envio” (Jo 20.21).

Ainda hoje Jesus continua enviando seus discípulos, para que sejam missionários que preguem com autoridade e ministrem as bençãos aos cativos e oprimidos.

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