30 de ago. de 2020

PAZ EM MEIO AO SOFRIMENTO

Jeremias 45
ENCONTRE PAZ EM MEIO AO SOFRIMENTO

Estamos a cinco meses como Baruque dizendo que são dias maus, vendo tantas desgraças, uma atrás da outra, vivendo como se estivéssemos “amontoando sofrimento”. Como resultado disso, muitos estão exaustos, sem nenhuma perspectiva de um futuro melhor, onde tudo isso passe e voltemos a viver em paz. Mas será que tínhamos paz antes de tudo isso começar?

Antes da pandemia e do isolamento você tinha paz consigo mesmo? Tinha paz em sua família? Tinha paz nas outras relações? Tinha paz com Deus? Será que estes cinco meses não serviram para potencializar o que você já vivia antes, mas ainda não tinha se dado conta disso? Será que não está aproveitando o momento para se isentar da culpa?

No texto em questão, em meio a tantas tragédias, Deus manda uma mensagem para Baruque, um fiel amigo e escrivão de Jeremias (32.11-15; 36.4-8). Baruque se queixava dos dias que eram maus, das constantes e sucessivas desgraças que sofriam, do repetitivo e cumulativo sofrimento, o que produzia cansaço, desanimo, apatia, falta de confiança, fazendo com que ele perdesse as esperanças de um futuro melhor.

Baruque não ouve de Deus o que ele gostaria. Ele ouve uma advertência e uma promessa. A palavra do Senhor foi mais para prepará-lo para o que viria, do que dar esperança de mudança da situação. De uma forma direta o Senhor diz que as coisas iriam piorar, que ele não deveria fazer grandes planos, mas ele teria como garantia sua vida poupada.

 

1. A CAUSA DA TRISTEZA E SOFRIMENTO – v.3

A queixa de Baruque foi que o Senhor “acrescentou tristeza ao meu sofrimento”; devia-se ao fato de ter reconhecido os pecados de seu povo e estar sofrendo em espírito por causa da pecaminosidade deles. Depois, escrevera para Jeremias as profecias de destruição que haviam aumentado ainda mais sua tristeza.

Baruque foi forçado a esconder-se com Jeremias por causa da oposição oficial às profecias de Jeremias. Depois da queda de Jerusalém, quando Jeremias proíbe os que ficaram de fugir ao Egito, os judeus furiosos culparam Baruque pela mensagem (43.3).

Baruque ainda era jovem, ele foi designado para escrever as profecias de Jeremias, e lê-las (cap. 36), e por causa disto foi ameaçado pelo rei. Os jovens principiantes da fé tendem a se desencorajar com as primeiras pequenas dificuldades que comumente encontram no serviço a Deus.

As queixas e temores vêm de suas decepções. Baruque havia elevado demais as suas expectativas em relação a este mundo, e isto fez com que a angústia e o problema em que estava se tornassem ainda mais difíceis de suportar.

Não devemos buscar aqui no mundo grandes coisas para nós, onde tudo é pequeno e incerto. O Senhor conhece a causa real do nosso afã e depressão, melhor do que nós mesmos, e devemos rogar-lhe que examine os nossos corações e reprima em nós todo o desejo mal.

2. O JUÍZO DE DEUS SOBRE A NAÇÃO – v.4

A constante pecaminosidade do povo de Deus não deixara outra saída ao Senhor, senão a de castigá-lo severamente. É o reverso do plano revelado a Jeremias, de demolir para depois edificar (1.10). As tentativas de edificação serão eliminadas até que os falsos alicerces do paganismo sejam totalmente derribados.

Diante deste quadro, a mensagem visava fortalecer a fé de Baruque, secretário, representante e conselheiro de Jeremias, que estava desanimado devido ao aparente fracasso do ministério de Jeremias, e por causa do juízo sobre Judá (cap. 36).

Tanto Baruque quanto Jeremias não eram os responsáveis por toda desgraça e calamidade que a nação estava passando, porém, como judeus estavam sofrendo na pele todas aquelas dores. Deus estava trazendo juízo sobre a nação como punição pelos pecados. Jeremias estava alertando para o que viria sobre eles, e naturalmente, sofreu junto com Baruque.

Não podemos afirmar que estamos sofrendo uma espécie de juízo de Deus, nem que estamos sendo castigados. O fato é que estamos vivendo dias difíceis, que não gostaríamos, com consequências trágicas, que nos atinge, nos desestabiliza, e nos faz muitas vezes questionar a Deus os motivos de tudo isso.

 

3. A PROMESSA DE DEUS A BARUQUE– v.5

A vida de Baruque foi gasta servindo em segundo lugar. A crise nacional era tal que ele não podia esperar por recompensa nesta vida, embora, por sua linguagem, era escriba real, oriundo de uma família proeminente envolvida nessa profissão, tivesse o direito de uma alta posição política. Assim foi a vida dos apóstolos: mereciam tempo para descansar, mas os necessitados do povo da época não paravam de se fazer sentir (Mc 6.30-34).

Deus lhe falou que não deveria buscar para si poder nem posição (Mt 20.26-28). Por causa de sua fidelidade a Jeremias e à mensagem de Deus, Baruque sobreviveria à destruição de Jerusalém.

A única recompensa que Deus poderia dar a Baruque era poupar sua vida, esse seria o eu grande prêmio (21.9; 38.2 39.18). O despojo era algo tomado apressadamente e levado para longe.

Jesus disse que “neste mundo teríamos aflições”, mas afirma que “nEle podemos ter paz” (João 16.33). Essa é a mensagem ideal para o momento que vivemos.

Nós queremos e pedimos para que as coisas mudem, Deus promete dar Sua paz, mesmo que “em meio às aflições”. Para termos paz não é preciso cessar a aflição. Paz não é ausência de aflição. Paz é a presença de Cristo. Paz é poder contar com Deus em todos os momentos. Seja grato a Deus por sua vida, viva em paz com Ele.

 

CONCLUSÃO:

Se não podemos evitar as aflições, podemos em meio a elas, encontrar paz em Jesus.

Agradeça a Deus pelo seu cuidado e livramento sobre sua vida, agradeça a vida.


 

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