19 de ago. de 2020

Esperança e Salvação para Todos

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Isaías 64

ESPERANÇA E SALVAÇÃO PARA TODOS

 Isaías significa “O Senhor deu salvação”, profetiza por 40 anos, sua pregação foi governada pelo tema de que é só o Senhor que salva, sendo vãos os esforços humanos.

Isaías foi o “rei dos profetas”, foi digno e intrépido; sua pregação foi majestosa; suas palavras tinham força e beleza poética. Principalmente na segunda metade a compaixão sacerdotal marca sua pregação.

Ele claramente descreve o Cristo: como o Rei messiânico (AT - nos capítulos 1-39); como Servo sofredor do Senhor (NT - nos capítulos 40-66). Desta forma e com justiça Isaías é chamado o evangelista do antigo pacto. Cerca de 400 citações aparecem no N.T., o próprio Jesus proferiu muitas delas, seu maior número está em Mateus.

Esta terceira sessão do livro (cap. 58-66) procura estimular a comunidade que veio do Exílio na Babilônia e se reuniu em Jerusalém com os que estavam dispersos. Prediz que o Messias vindouro fará com que a justiça brilhe com fulgor, e que a salvação chegue às nações como uma tocha ardente (cap. 62.1).

Isaías neste capítulo 64 faz uma afirmação que traz conforto e confiança em tempo de crise. Este Deus que trabalha para o bem e vai ao encontro, nem sempre é bem compreendido (v.4). Após a afirmação, Isaías lança uma dúvida: “existe alguma esperança para nós? Podemos ser salvos?” (v.5) Isso demonstra o que se passa na mente de algumas pessoas, reconhecem que Deus é amoroso, mas duvidam que podem ser amadas.

Esta dúvida deriva principalmente da vida de pecados que levam, e esta consciência pecadora, coloca em dúvida a misericórdia e graça de Deus, cegando o entendimento, e não podendo ver que apesar dos pecados, Deus continua amando e disposto a perdoar e restaurar. Para estas pessoas, suas falhas são grandes demais, e, portanto, imperdoáveis.

A mensagem da salvação é uma mensagem de esperança para todos. João 3.16 diz que Deus amou o mundo... e deu seu filho para que todos os que creem possam ser salvos. Nenhuma falha é maior que o amor de Deus. Não há pecador que, em se arrependendo, não possa ser salvo. Creia e receba!

 

1. DEUS É AMOROSO E SALVADOR – v.1-3

Do lamento (63.17-19) o profeta retorna à suplica, diante da intensa aflição do povo, a resposta deveria ser com poder e urgência. O coração pecador e árido almeja pela presença do Senhor (v.1), aqueles que voltaram as costas para Deus querem que Ele se manifeste contra seus inimigos. Este é o contraste da natureza humana, abandona a Deus, mas exige que ele os salve das aflições.

A verso 2 descreve a descida de Deus de maneira minuciosa. Ele deve vir com irreversível demonstração de força, como a que o fogo exerce sobre os ramos que incendeia, ou sobre a água que faz ferver borbulhante e ruidosamente (semelhante a Elias e os profetas de Baal – 1 Reis 18.38). O objetivo disso é tornar Seu nome conhecido do Seu povo e dos inimigos deste, é leva-los a experimentar quem Ele é, e assim fazer com que as nações que oprimem Israel tremam diante dEle.

Diferente de qualquer outro deus, o Senhor se manifesta presencialmente, Isaías no verso 3 se refere as vezes que Deus se manifestou no Monte Sinai e no Tabernáculo. Mas a maior manifestação foi na pessoa de Jesus, através de quem demonstrou todo seu amor e em quem executou seu plano de salvação.

 

2. SOMOS PECADORES IMUNDOS E INDIGNOS – v.4-7

De acordo com Isaías, há boas razoes para orar desta forma ao Deus de Israel, e não a qualquer outro. Ele é um Deus que “trabalha para aqueles que nele espera/confia” (v.4). E Ele é o único: desde os tempos antigos nenhum ouvido percebera e nenhum olho vira um Deus de quem se pudesse dizer o mesmo (1 Co 2.9).

Isaias segue no verso 5 dizendo que Deus “sai ao encontro daquele que com alegria pratica justiça” e dos que “se lembram de ti nos teus caminhos”, a saber, fazendo Sua vontade e confiando nEle.

Mas a realidade presente está muito longe disso, é um contexto completamente diferente do que deveria ser. Em contraposição à bondade de Deus, coloca-se o fato de que Ele agora está irado; e em contradição com o caminhar piedoso que há pouco foi retratado, surge o fato de que o povo de Israel se conduz de maneira pecaminosa e ímpia.

O verso 6 explica a sua conduta pecaminosa. A sua degradação foi tão extensa que aos olhos de Deus todos se haviam tornado como alguém que é impuro, e todos os seus atos retos se haviam tornado, por assim dizer, impuros trapos. O povo não tem nada a mostrar, a não ser pecado impuro.

O verso 6 aponta para o leproso, coberto dos trapos da imundícia, é uma ilustração drástica do pecador que, por si mesmo, está completamente perdido. Assim como o profeta se inclui nesta confissão humilde, nós também, de igual modo, devemos reconhecer e confessar nossa total corrupção natural, pelos pecados que diariamente cometemos.

Só esta confissão pode nos abrir o caminho para o verdadeiro arrependimento, o reconhecimento dos méritos de Jesus Cristo, e à aceitação da sua morte expiatória em prol dos pecadores. Nenhum ser humano está sem pecado aos olhos de Deus.

O castigo não foi sonegado. Todos haviam murchado como plantas secas. A vida do povo e dos indivíduos fora privada de sua beleza e força. E os seus pecados, assim como o vento, os haviam espalhado, causando ruína e ocasionando a sua dispersão entre as nações.

Naquele estado de ruína não havia ninguém (v.7) que, enquanto rugia a tempestade do juízo de Deus, invocasse o nome do Senhor, para implorar a Sua compaixão pelo seu povo ferido, ninguém que “se desperte” para deter o Senhor. Pois Ele escondeu do Seu povo a Sua face, e o entregou ao poder do seu pecado, fazendo com que ele se consuma.

 

3. SERÁ QUE AINDA HÁ ESPERANÇA E SALVAÇÃO? – v.8-12

 

Agora Isaías levanta sua voz ao céu em favor do povo. Ele dirige-se ao Senhor como “nosso Pai”. A palavra “pai” no verso 8, segundo o contexto, refere-se ao criador, e não ao nome consolador do Deus de amor (63.16), ele apresenta como defesa este relacionamento de paternidade que que o Senhor constituiu com o Seu povo, descrevendo-o nos termos mais íntimos.

A paternidade divina acarreta, entre outras coisas, o fato de Deus ser o Criador, o formador de Israel; isto é pintado mais detidamente através da imagem do barro e do oleiro. Como o barro nas mãos do oleiro, somos impotentes para mudar a nossa própria condição. A soberania divina e a dependência humana são enfatizadas pela expressão “obras das tuas mãos”. Por serem totalmente obrar das suas mãos, os israelitas podem esperar que o Senhor se interessará pela sua morte.

Desta convicção brota a oração para que Deus não permita que a Sua ira aja infinitamente, e para que Ele não se lembre dos seus pecados nunca mais: “todos nós somos o teu povo” (v.9). Em seguida a oração se transforma em um lamento, Isaías menciona a destruição das Suas “santas Cidades” (Sião e Jerusalém).

O profeta aponta para o Templo, o lugar mais sagrado, dado a Israel, era o lugar onde se deveria servir e louvar a Deus, algo que os pais não haviam feito; portanto, não apenas Israel, mas o próprio Deus está envolvido nele. A destruição do lugar mais amado enfatizava a culpa do povo por terem se afastado do Senhor.

A oração acaba perguntando ao amor paternal de Deus se, depois de tudo isto, Ele ainda Se conteria (63.14), e permitiria que a opressão de Israel continuasse além de toda medida.

 

CONCLUSÃO:

Algumas pessoas desejam que Deus se manifeste a eles e a favor deles, mas a única maneira de isso acontecer é através de Cristo, agora ou na segunda vinda.

Deus é amoroso e salvador, sempre está procurando meios de neutralizar a ação do pecado na vida de cada pessoa que deseja realmente viver em santidade.

Diante da nossa pecaminosidade e imundícia, as vezes fica difícil perceber o amor e a graça do Senhor, logo vivendo alheios a seu perdão por estar cegos para Sua pessoa.

Mas a Bíblia nos deixa uma mensagem de esperança, dizendo que há esperança, é possível o pecador ser salvo, desde que se entregue e se disponha a ter uma vida diferente.

 

 

 

 

 

                               


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