Texto:
Atos 2.40-47
Tema: A Evangelização da Igreja
Introdução:
·
Evangelizar é “tornar conhecido, em palavra e em ação, o
amor do Cristo crucificado e ressuscitado no poder do Espírito Santo, a fim de
que as pessoas se arrependam, creiam e recebam a Cristo como seu Salvador e, em
obediência, sirvam a ele como seu Senhor na comunhão de sua igreja”.
·
Qual é o nosso
papel quanto discípulos neste processo de evangelização? “Qualquer homem que seja um cristão silencioso e que não professe
abertamente a sua fé, ocultando-se e disfarçando-se... dará aos outros ocasião
para duvidar... que ele tenha dentro de si a graça do Espírito Santo...”
·
C.H.Spurgeon declarou
“Todo cristão ou é um missionário ou um
impostor”
VÁRIAS
FORMAS DE EVANGELIZAR
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Pessoal. Jesus e a mulher samaritana no poço (João 4.4-15).
Felipe e o etíope na carruagem (Atos 8.26-35). É nosso dever aproveitar as
oportunidades para compartilhar a Cristo.
·
De massa. Jesus pregava pras multidões. Paulo pregou aos
pagãos em Listra (Atos 14.14-18) e aos filósofos em Atenas (Atos 17.22-23).
Lembra-se das Cruzadas com Billy Graham, das séries de conferencias nas Igrejas?
·
Igreja local. É o método mais normal, natural e produtivo de
evangelismo. Há exemplos nas Escrituras sobre isso, cada igreja pode
desenvolver sua Estratégia para alcançar sua comunidade.
1.
A TEOLOGIA – A AUTO COMPREENSÃO. Atos 2.40-42;47 – João 17.14-18
·
Qual é a
identidade e a vocação da igreja? Quais as falsas imagens que se fazem da
Igreja?
o
Clube
Religioso. Pessoas que se
consideram religiosas, fazem coisas juntas, pagam suas mensalidades, sentem-se
no direito de gozar privilégios. Esquecem de que “a igreja é a única sociedade
cooperativa do mundo que existe para o benefício de seus não-membros”.
o
Missão
secular. Uma reação ao
egocentrismo eclesiástico que motivou a troca da igreja pelo mundo, os cultos
de adoração não eram importantes, somente o servir aos outros, uma espécie de
cristianismo sem religião.
·
Dupla
identidade da igreja.
Um povo chamado para sair do mundo a fim de adorar a Deus (ela é santa), e enviado
de volta ao mundo a fim de testemunhar e servir (ela é apostólica). A igreja é
chamada para ser diferente do mundo e ao mesmo tempo participante na vida deste
mundo.
o
A semelhança de
Cristo que desceu ao nosso mundo mas não deixou sua identidade, nós somos
enviados por ele para sermos neste mundo como ele foi.
o
Devemos ter o
cuidado para não valorizar demais a santidade, afastando-se, negligenciando a
missão no mundo, nem a mundanidade, adaptando-se aos valores do mundo.
2.
AS ESTRUTURAS – A ORGANIZAÇÃO. Atos 2.46b – Lucas 10.1-3
·
O erro mais comum
da igreja é ser estruturada para a “santidade” – para o culto e a comunhão; em
vez de para a “mundanidade” – para sua missão na comunidade.
·
A igreja tem se
tornado “igreja de espera, estrutura de vinda” quando deveria ser “estrutura de
ida”. A igreja que é missionária não se preocupa consigo mesma – ela é uma
igreja para os outros... seu centro está fora, e não dentro dela”.
·
A consequência é
um programa superlotado de atividades concentradas na igreja, uma coisa para
cada noite da semana ocupando o tempo e a energia das pessoas. Isso prejudica a
vida da família, os membros não se envolvem na comunidade.
·
Quando as
estruturas tornam-se um fim em sim mesmas, não são um meio ou agente de salvar
o mundo. Se nos espalhássemos para evangelizar durante a semana e nos
encontrássemos no domingo (trazendo os frutos) só para adorar e receber
instruções e ter comunhão?
·
Nossas estruturas
refletem a nossa identidade? Elas atentem as necessidades da comunidade local?
o
Nossa comunidade.
Qual o perfil das pessoas, como é a educação, o comércio, as moradias, meio de
diversão, como é o serviço público, a religião, houve mudanças?
o
Nossa igreja. O
que o prédio transmite, os cultos são para os de dentro ou os de
fora, qual o nível de maturidade e envolvimento dos membros na igreja e na comunidade, o programa escraviza ou libera os membros para servir a Cristo e a
comunidade?
·
Estamos sofrendo
com uma falsa imagem de nós mesmos? O que devemos reestruturar? É preciso mudar
o foco de alguns trabalhos?
3.
A MENSAGEM – EXPRESSÃO DA IGREJA. Atos 2.40, 42 – 1 Cor 15.3-5
·
Foi, é e sempre
será as Boas Novas do Evangelho, que tem como essência, a vida, ministério, e
os ensinos de Jesus Cristo, que morreu, foi sepultado e ressuscitou (1 Cor
15.3-5). Para apresentar esta boa nova, precisamos evitar dois extremos:
o
Rigidez total. É a escravização à palavras e fórmulas que engessam
a mensagem de tal forma que muitos não entendem, ou se exige um certo linguajar
exclusivo para ser pregado. O evangelho não pode ser encaixotado como uma
franquia, ele pode ser ministrado de diversas formas, só não podemos
modifica-lo.
o
Fluidez total. Não existe um evangelho que pode ser pregado no
vazio. A compreensão do evangelho vai depender da situação e do contexto de
cada pessoa.
·
Temos que
combinar estas duas preocupações. Apresentar a Palavra para o mundo de tal
forma que ela seja significativa. Precisamos ser fieis às Escrituras e
sensíveis para com as pessoas.
4.
A VIDA – SER IGREJA. Atos 2.47 – João 14.7-9
·
A igreja precisa
expressar todas as facetas do evangelho, vivendo de tal maneira que demonstre
para comunidade que está sob o domínio de Deus. A boa nova deve ser expressa
verbal e visualmente, com palavras e ações. Se a vida contradiz a mensagem, a
evangelização será ineficaz.
·
As pessoas vão
ver o Deus invisível através das atitudes da igreja, não pelos seus sentidos
naturais. Apesar de Jesus ter vindo em carne, na forma humana há dois mil anos,
hoje através dos cristãos, muitos ainda podem vê-lo.
·
Deus chama a
igreja para ser uma comunidade de amor, como uma família, pois é pela qualidade
de nosso amor que Deus se faz visível hoje. A falta de amor prejudica a vida da
igreja
CONCLUSÃO:
·
A Igreja precisa
compreender-se teologicamente, vivendo de acordo com sua dupla identidade.
·
Precisa
organizar-se estruturalmente, desenvolvendo uma estratégia missionária que
reflita essa dupla identidade.
·
Precisa
expressar-se verbalmente, articulando o seu evangelho para ser fiel às Escrituras
e relevante para o mundo.
·
Precisa ser ela
mesma moral e espiritualmente, transformando-se em uma comunidade de amor
através da qual o Deus invisível se torne visível para o mundo.
(STOTT, John. Ouça o Espírito, Ouça o Mundo)

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