18 de jul. de 2016

A Evangelização da Igreja


Texto: Atos 2.40-47

Tema: A Evangelização da Igreja

Introdução:
·        Evangelizar é “tornar conhecido, em palavra e em ação, o amor do Cristo crucificado e ressuscitado no poder do Espírito Santo, a fim de que as pessoas se arrependam, creiam e recebam a Cristo como seu Salvador e, em obediência, sirvam a ele como seu Senhor na comunhão de sua igreja”.
·        Qual é o nosso papel quanto discípulos neste processo de evangelização? “Qualquer homem que seja um cristão silencioso e que não professe abertamente a sua fé, ocultando-se e disfarçando-se... dará aos outros ocasião para duvidar... que ele tenha dentro de si a graça do Espírito Santo...
·        C.H.Spurgeon declarou “Todo cristão ou é um missionário ou um impostor


VÁRIAS FORMAS DE EVANGELIZAR
·        Pessoal. Jesus e a mulher samaritana no poço (João 4.4-15). Felipe e o etíope na carruagem (Atos 8.26-35). É nosso dever aproveitar as oportunidades para compartilhar a Cristo.
·        De massa. Jesus pregava pras multidões. Paulo pregou aos pagãos em Listra (Atos 14.14-18) e aos filósofos em Atenas (Atos 17.22-23). Lembra-se das Cruzadas com Billy Graham, das séries de conferencias nas Igrejas?
·        Igreja local. É o método mais normal, natural e produtivo de evangelismo. Há exemplos nas Escrituras sobre isso, cada igreja pode desenvolver sua Estratégia para alcançar sua comunidade.

1. A TEOLOGIA – A AUTO COMPREENSÃO. Atos 2.40-42;47 – João 17.14-18
·        Qual é a identidade e a vocação da igreja? Quais as falsas imagens que se fazem da Igreja?
o   Clube Religioso. Pessoas que se consideram religiosas, fazem coisas juntas, pagam suas mensalidades, sentem-se no direito de gozar privilégios. Esquecem de que “a igreja é a única sociedade cooperativa do mundo que existe para o benefício de seus não-membros”.
o   Missão secular. Uma reação ao egocentrismo eclesiástico que motivou a troca da igreja pelo mundo, os cultos de adoração não eram importantes, somente o servir aos outros, uma espécie de cristianismo sem religião.
·        Dupla identidade da igreja. Um povo chamado para sair do mundo a fim de adorar a Deus (ela é santa), e enviado de volta ao mundo a fim de testemunhar e servir (ela é apostólica). A igreja é chamada para ser diferente do mundo e ao mesmo tempo participante na vida deste mundo.
o   A semelhança de Cristo que desceu ao nosso mundo mas não deixou sua identidade, nós somos enviados por ele para sermos neste mundo como ele foi.
o   Devemos ter o cuidado para não valorizar demais a santidade, afastando-se, negligenciando a missão no mundo, nem a mundanidade, adaptando-se aos valores do mundo.

2. AS ESTRUTURAS – A ORGANIZAÇÃO. Atos 2.46b – Lucas 10.1-3
·        O erro mais comum da igreja é ser estruturada para a “santidade” – para o culto e a comunhão; em vez de para a “mundanidade” – para sua missão na comunidade.
·        A igreja tem se tornado “igreja de espera, estrutura de vinda” quando deveria ser “estrutura de ida”. A igreja que é missionária não se preocupa consigo mesma – ela é uma igreja para os outros... seu centro está fora, e não dentro dela”.
·        A consequência é um programa superlotado de atividades concentradas na igreja, uma coisa para cada noite da semana ocupando o tempo e a energia das pessoas. Isso prejudica a vida da família, os membros não se envolvem na comunidade.
·        Quando as estruturas tornam-se um fim em sim mesmas, não são um meio ou agente de salvar o mundo. Se nos espalhássemos para evangelizar durante a semana e nos encontrássemos no domingo (trazendo os frutos) só para adorar e receber instruções e ter comunhão?
·        Nossas estruturas refletem a nossa identidade? Elas atentem as necessidades da comunidade local?
o   Nossa comunidade. Qual o perfil das pessoas, como é a educação, o comércio, as moradias, meio de diversão, como é o serviço público, a religião, houve mudanças?
o   Nossa igreja. O que o prédio transmite, os cultos são para os de dentro ou os de fora, qual o nível de maturidade e envolvimento dos membros na igreja e na comunidade, o programa escraviza ou libera os membros para servir a Cristo e a comunidade?
·        Estamos sofrendo com uma falsa imagem de nós mesmos? O que devemos reestruturar? É preciso mudar o  foco de alguns trabalhos?

3. A MENSAGEM – EXPRESSÃO DA IGREJA. Atos 2.40, 42 – 1 Cor 15.3-5
·        Foi, é e sempre será as Boas Novas do Evangelho, que tem como essência, a vida, ministério, e os ensinos de Jesus Cristo, que morreu, foi sepultado e ressuscitou (1 Cor 15.3-5). Para apresentar esta boa nova, precisamos evitar dois extremos:
o   Rigidez total. É a escravização à palavras e fórmulas que engessam a mensagem de tal forma que muitos não entendem, ou se exige um certo linguajar exclusivo para ser pregado. O evangelho não pode ser encaixotado como uma franquia, ele pode ser ministrado de diversas formas, só não podemos modifica-lo.
o   Fluidez total. Não existe um evangelho que pode ser pregado no vazio. A compreensão do evangelho vai depender da situação e do contexto de cada pessoa.
·        Temos que combinar estas duas preocupações. Apresentar a Palavra para o mundo de tal forma que ela seja significativa. Precisamos ser fieis às Escrituras e sensíveis para com as pessoas.

4. A VIDA – SER IGREJA. Atos 2.47 – João 14.7-9
·        A igreja precisa expressar todas as facetas do evangelho, vivendo de tal maneira que demonstre para comunidade que está sob o domínio de Deus. A boa nova deve ser expressa verbal e visualmente, com palavras e ações. Se a vida contradiz a mensagem, a evangelização será ineficaz.
·        As pessoas vão ver o Deus invisível através das atitudes da igreja, não pelos seus sentidos naturais. Apesar de Jesus ter vindo em carne, na forma humana há dois mil anos, hoje através dos cristãos, muitos ainda podem vê-lo.
·        Deus chama a igreja para ser uma comunidade de amor, como uma família, pois é pela qualidade de nosso amor que Deus se faz visível hoje. A falta de amor prejudica a vida da igreja

CONCLUSÃO:
·        A Igreja precisa compreender-se teologicamente, vivendo de acordo com sua dupla identidade.
·        Precisa organizar-se estruturalmente, desenvolvendo uma estratégia missionária que reflita essa dupla identidade.
·        Precisa expressar-se verbalmente, articulando o seu evangelho para ser fiel às Escrituras e relevante para o mundo.

·        Precisa ser ela mesma moral e espiritualmente, transformando-se em uma comunidade de amor através da qual o Deus invisível se torne visível para o mundo.

(STOTT, John. Ouça o Espírito, Ouça o Mundo)

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