24 de mai. de 2016

Mente e Emoções

Texto: Marcos 12.29-31
Tema: A Mente Controla e Estimula as Emoções

Introdução:
·        O discipulado envolve toda a nossa personalidade, devemos amar a Deus com todo nosso coração, alma, entendimento e força.
·        Nossa mente deve ser renovada e nossas emoções purificadas, nossa consciência deve estar sempre limpa e nossa vontade submissa à vontade de Deus. (Rom 12.1,2)


1. MENTE. 1 Cor 14.20
·        O mundo moderno está produzindo pessoas que desistiram de pensar, mas Paulo nos exorta a crescer, tornando-nos maduros no pensar para entender a revelação bíblica.
a.     Usar a mente glorifica o nosso Criador. Ele é ser racional e nos fez como ele, com uma mente para poder explorar o que ele criou, há muito para ser explorado no universo. Os primeiro cientistas cristãos criam que “o Deus racional havia gravado sobre o mundo e sobre eles o selo da sua racionalidade”. Ao estudar as Escrituras buscamos entender a revelação de Deus para nós – a salvação dos pecadores através de Cristo. Assim devemos usar nossa mente para estudar, interpretar, sintetizar e aplicar seus ensinos à nós.
b.     Usar a mente enriquece a nossa vida cristã. Não há discipulado se não usamos a mente, logo a maioria das pessoas com problemas são as que não têm entendimento. Fé e razão não se opõe, fé e vista sim. Fé não é nem crença, nem superstição, mas a confiança em Deus (Isaías 26.3-4). Quando refletimos em Deus, nossa fé cresce, pois Deus nos guia racionalmente, pelo nosso entendimento (Salmo 32.8,9).
c.      Usar a mente fortalece o nosso testemunho evangelístico. O evangelismo não pode ser uma violação às emoções e à vontade, sem considerar a mente, que além de humilde, deve estar aberta à verdade de Deus. Em Corinto, Paulo abriu mão da retórica e da sabedoria do mundo, mas não abriu mão do conteúdo doutrinário (1Cor 2.1-5). Precisamos rejeitar as aberrações e o emocionalismo, assim como o elitismo e o intelectualismo.
a.     Elitismo. Limitar o cristianismo aos intelectuais e excluindo as classes operárias. Devemos incentivar o povo de Deus a pensar, e não desenvolver uma elite intelectual.
b.     Intelectualismo. Um cristianismo que seja muito “cerebral” e pouco “visceral”, que fica só na cabeça mas não chega aos sentimentos. Ao contrário devemos desenvolver uma mente cristã, um coração cristão, um espírito cristão, uma consciência cristã e uma vontade cristã.

2. AS EMOÇÕES. João 11.33-38
·        Jesus demonstrou suas emoções quando expulsou com raiva os vendedores do Templo; olhou para um jovem rico e o amou; chorou publicamente por duas vezes. Nossas emoções não são para serem reprimidas, elas são essenciais na natureza humana e no discipulado.
a.     As emoções cabem na experiência espiritual. Devemos sentir o agir de Deus em nós pelo Espírito, que testifica com nosso espírito nossa salvação e somos levados a dizer Aba Pai. Há experiências espirituais variadas, o que não podemos e querer que todos reproduzam a mesma experiência.
b.     As emoções cabem na adoração pública. Hebreus 12.22-24. Quando nos reunimos para adorar não estamos apenas inda à igreja (prédio), mas chegamos à presença do próprio Deus. Não importa o número de pessoas, o que importa é a presença de Deus. Na adoração somos transportados para além de nós mesmos, passando a uma realidade eterna e invisível, nos emocionamos e nos prostramos diante de Deus.
c.      As emoções cabem na pregação do evangelho. Paulo usava o raciocínio, cria na verdade de sua mensagem, gastava tempo e trabalho para defender, expor, argumentar e pregar a mensagem, mas não de forma fria ou árida. Ele implorava, até com lágrimas que as pessoas cressem.  É a combinação entre verdade e lágrimas, entre mente e emoção, razão e paixão, exposição e apelo, que faz o pregador de verdade.
d.     As emoções cabem no ministério pastoral e social. Diante do túmulo de Lázaro Jesus se torna nosso modelo na sua reação diante deste inimigo: indignação diante da morte e compaixão pelas vitimas.
a.     Indignado e com raiva – João 11.33.38. Jesus viu a maldade da morte, sua anormalidade, sua tirania.
b.     Tristeza e compaixão – João 11.35. Jesus sentiu compaixão das multidões famintas e sem líderes, da viúva de Naim, dos leprosos, mendigos e cegos. Ele chora de simpatia pelas irmãs enlutadas.

3. MENTE E EMOÇÕES. Gênesis 43.30-31
·        Não devemos ser tão emocionais que nunca cheguemos a pensar, nem tão intelectuais que nunca consigamos sentir. O que devemos é compreender a relação entre elas: a mente controla e estimula as emoções.
1.     O controle. Não podemos dar vazão para as emoções, pois elas foram corrompidas pelo pecado. Algumas emoções são boas, outras são más, precisamos separá-las. As emoções podem ser deturpadas pelo egoísmo, nunca devemos ceder a elas sem antes examinarmos com amente de forma crítica nossas emoções.
2.     Estímulo. Quando nós refletimos na verdade é que nosso coração arde (Lucas 24.32). Este arder íntimo é uma experiência emocional, a qual foi incendiada pelo ensino bíblico. É através de certas convicções que o amor de Cristo aperta o cerco em volta de nós.

CONCLUSÃO
·        É importante que a nossa mente e as nossas emoções permaneçam juntas, permitindo à mente controlar e estimular as nossas emoções.

·        Devemos ter cuidado com a teologia sem a devoção (mente sem coração), mas também da devoção sem teologia (coração sem mente).

STTOT, John. Ouça o Espírito, Ouça o Mundo

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