Tema: A Mente
Controla e Estimula as Emoções
Introdução:
·
O discipulado
envolve toda a nossa personalidade, devemos amar a Deus com todo nosso coração,
alma, entendimento e força.
·
Nossa mente deve ser renovada e nossas emoções purificadas, nossa consciência deve estar sempre limpa
e nossa vontade submissa à
vontade de Deus. (Rom 12.1,2)
1. MENTE. 1 Cor 14.20
·
O mundo moderno
está produzindo pessoas que desistiram de pensar, mas Paulo nos exorta a
crescer, tornando-nos maduros no pensar para entender a revelação bíblica.
a.
Usar a mente
glorifica o nosso Criador. Ele é
ser racional e nos fez como ele, com uma mente para poder explorar o que ele
criou, há muito para ser explorado no universo. Os primeiro cientistas cristãos
criam que “o Deus racional havia gravado sobre o mundo e sobre eles o selo da
sua racionalidade”. Ao estudar as Escrituras buscamos entender a revelação de
Deus para nós – a salvação dos pecadores através de Cristo. Assim devemos usar
nossa mente para estudar, interpretar, sintetizar e aplicar seus ensinos à nós.
b.
Usar a mente
enriquece a nossa vida cristã.
Não há discipulado se não usamos a mente, logo a maioria das pessoas com
problemas são as que não têm entendimento. Fé e razão não se opõe, fé e vista
sim. Fé não é nem crença, nem superstição, mas a confiança em Deus (Isaías
26.3-4). Quando refletimos em Deus, nossa fé cresce, pois Deus nos guia
racionalmente, pelo nosso entendimento (Salmo 32.8,9).
c.
Usar a mente
fortalece o nosso testemunho evangelístico. O evangelismo não pode ser uma violação às emoções e
à vontade, sem considerar a mente, que além de humilde, deve estar aberta à
verdade de Deus. Em Corinto, Paulo abriu mão da retórica e da sabedoria do
mundo, mas não abriu mão do conteúdo doutrinário (1Cor 2.1-5). Precisamos
rejeitar as aberrações e o emocionalismo, assim como o elitismo e o
intelectualismo.
a.
Elitismo. Limitar o cristianismo aos intelectuais e excluindo
as classes operárias. Devemos incentivar o povo de Deus a pensar, e não desenvolver
uma elite intelectual.
b.
Intelectualismo. Um cristianismo que seja muito “cerebral” e pouco
“visceral”, que fica só na cabeça mas não chega aos sentimentos. Ao contrário
devemos desenvolver uma mente cristã, um coração cristão, um espírito cristão,
uma consciência cristã e uma vontade cristã.
2. AS EMOÇÕES. João 11.33-38
·
Jesus demonstrou
suas emoções quando expulsou com raiva os vendedores do Templo; olhou para um
jovem rico e o amou; chorou publicamente por duas vezes. Nossas emoções não são
para serem reprimidas, elas são essenciais na natureza humana e no discipulado.
a.
As emoções
cabem na experiência espiritual.
Devemos sentir o agir de Deus em nós pelo Espírito, que testifica com nosso
espírito nossa salvação e somos levados a dizer Aba Pai. Há experiências
espirituais variadas, o que não podemos e querer que todos reproduzam a mesma
experiência.
b.
As emoções
cabem na adoração pública.
Hebreus 12.22-24. Quando nos reunimos para adorar não estamos apenas inda à
igreja (prédio), mas chegamos à presença do próprio Deus. Não importa o número
de pessoas, o que importa é a presença de Deus. Na adoração somos transportados
para além de nós mesmos, passando a uma realidade eterna e invisível, nos
emocionamos e nos prostramos diante de Deus.
c.
As emoções cabem
na pregação do evangelho. Paulo
usava o raciocínio, cria na verdade de sua mensagem, gastava tempo e trabalho
para defender, expor, argumentar e pregar a mensagem, mas não de forma fria ou
árida. Ele implorava, até com lágrimas que as pessoas cressem. É a combinação entre verdade e lágrimas,
entre mente e emoção, razão e paixão, exposição e apelo, que faz o pregador de
verdade.
d.
As emoções
cabem no ministério pastoral e social. Diante do túmulo de Lázaro Jesus se torna nosso modelo na sua reação
diante deste inimigo: indignação diante da morte e compaixão pelas vitimas.
a.
Indignado e
com raiva – João 11.33.38. Jesus
viu a maldade da morte, sua anormalidade, sua tirania.
b.
Tristeza e
compaixão – João 11.35. Jesus
sentiu compaixão das multidões famintas e sem líderes, da viúva de Naim, dos
leprosos, mendigos e cegos. Ele chora de simpatia pelas irmãs enlutadas.
3. MENTE E EMOÇÕES. Gênesis 43.30-31
·
Não devemos ser
tão emocionais que nunca cheguemos a pensar, nem tão intelectuais que nunca
consigamos sentir. O que devemos é compreender a relação entre elas: a mente
controla e estimula as emoções.
1.
O controle. Não podemos dar vazão para as emoções, pois elas
foram corrompidas pelo pecado. Algumas emoções são boas, outras são más,
precisamos separá-las. As emoções podem ser deturpadas pelo egoísmo, nunca
devemos ceder a elas sem antes examinarmos com amente de forma crítica nossas
emoções.
2.
Estímulo. Quando nós refletimos na verdade é que nosso coração
arde (Lucas 24.32). Este arder íntimo é uma experiência emocional, a qual foi
incendiada pelo ensino bíblico. É através de certas convicções que o amor de
Cristo aperta o cerco em volta de nós.
CONCLUSÃO
·
É importante que
a nossa mente e as nossas emoções permaneçam juntas, permitindo à mente
controlar e estimular as nossas emoções.
·
Devemos ter
cuidado com a teologia sem a devoção (mente sem coração), mas também da devoção
sem teologia (coração sem mente).
STTOT, John. Ouça o Espírito, Ouça o Mundo
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