Direção, Vocação e Ministério

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Texto: Efésios 5.17

Tema: Direção, Vocação e Ministério

Introdução:

·         Deus tem um propósito para nossas vidas, precisamos descobrir, discernir e realizá-lo. Nós fomos criados para boas obras (Ef 2.10), ao descobrir qual a vontade do Senhor (Ef 5.17; Cl 1.9) poderemos realiza-las.

·         Para entender a vontade de Deus precisamos compreender o que é direção, vocação e ministério, pois cada um deles é uma iniciativa de Deus, e possuem dois aspectos: geral e específico:

o   Direção. Pressupõe que Deus quer nos dirigir

o   Vocação. É o chamado de Deus para nós

o   Ministério. Deus quer que coloquemos nossas vidas a seu serviço.

1. DIREÇÃO. Provérbios 2.1-6

·         Só temos uma vida, por isso é preciso entender a vontade de Deus que é Universal: que sejamos como Cristo, esta está revelada nas Escrituras (Rm 8.29) e Específica: tem a ver com profissão, casamento, tempo, dinheiro, etc. e não está revelada explicitamente nas Escrituras, que trazem princípios que vão orientar estas escolhas.

·         Para descobrir a vontade Específica precisamos:

o   Ceder. Ou dar lugar ao propósito de Deus, se não nos rendemos levantamos obstáculos (Sl 25.9).

o   Orar. Esperar em oração e ser sustentado por Ela. Deus não estraga seus filhos dando o que eles não querem de fato receber (Mt 7,7; Tg 4.2).

o   Falar. Devemos compartilhar as decisões pedindo conselhos à família, irmãos na fé, amigos (Pv 13.10).

o   Pensar. A decisão final é nossa, assim precisamos refletir em cada situação, avaliando os prós e os contras (Sl 32.8,9)

o   Esperar. Não devemos ser impacientes com Deus. Não apressemos as coisas, se é possível, o mais sábio é esperar (Mt 2.13).

2. VOCAÇÃO. Mateus 4.18-22

·         Vocação não é “o que nós fazemos” (aspecto puramente humano), mas sim “o que Deus nos chamou a fazer” (aspecto essencialmente divino). Vocação é chamamento divino, é atender pessoal e individualmente a vontade de Deus. Para que é que Deus nos chama? Qual é a nossa vocação divina?

·         Chamado Universal. (Rm 1.6-7). Não é para fazer alguma coisa (um trabalho), mas para ser alguma coisa (uma pessoa), ser discípulos de Jesus, para vivermos uma vida nova na Igreja e no mundo, ou seja, “somos chamados para pertencer a Jesus Cristo”, e assim desfrutar de todas as bênçãos que Deus nos reservou, e receber sua herança:

o   Comunhão com Jesus. Mc 3.14 - Ele nos chama para o conhecermos e desfrutarmos de comunhão com ele.

o   Liberdade. Gl 5.13 – da condenação da lei através da libertação da culpa da consciência; libertação que dá acesso a Deus. Só não é liberdade para pecar ou não ter responsabilidades.

o   Paz. Cl 3.15 – resultado da reconciliação um com os outros na comunidade do reino a qual pertencemos agora.

o   Santidade. 1Pe 1.15 – Deus é santo e nos convida a sermos como Ele, buscando semelhança com Jesus no mundo real, não com uma piedade exterior, mas vazia.

o   Testemunhar. 1Pe 2.9 – O nosso antes e o agora. Não podemos guardar estas bênçãos para nós, devemos fazer brilhar a nossa luz diante das pessoas.

o   Sofrimento. 1Pe 2.20-21 – A hostilidade de Nero contra os cristãos era grande, a perseguição traria sofrimentos injustos, mas eles não deveriam buscar retaliação.

o   Glória. 1Pe 5.10 – Nosso chamado é uma vocação celestial. Sofrimento e glória estão intimamente ligados. Somos chamados não apenas para esta vida, mas para a eternidade com Ele.

·         Chamado Específico. (1Co 7.20). Tem a ver com detalhes individuais de nossas vidas. A conversão a Cristo não torna tudo o que tínhamos ou éramos desprezível.  Nossa condição doméstica, social e cultural não precisa ser repudiada.

o   Os coríntios pensaram que nada que fizesse parte da sua antiga vida poderia ser conservado. Achavam que tinham que se separar do cônjuge.

o   Cuidado ao aplicar este princípio do chamado. Paulo deixou de ser fariseu, os discípulos deixaram de ser pescadores, e se tivermos a chance de mudar para melhor, façamos, mas não mudar só por mudar, tomar decisões impensadas.

o   Todos temos um chamado divino (não só os clérigos), assim ser um empresário, autônomo, professor, funcionário público, etc., é tão divino como ser pastor ou missionário (1Co 12.14-26).

o   Todo cristão tem dois chamados: Universal – servir ao Senhor Jesus Cristo. Pessoal – um trabalho específico mediante o qual se distingue a sua utilidade em comunidade. Os dois devem manter-se em perfeito equilíbrio.

o   Toda nossa vida, tanto anterior à conversão como fora da religião, pertence a Deus e faz parte do seu chamado. Deus não passou a se preocupar conosco só depois da conversão e que só interessa pela nossa vida religiosa.

o   Considere sua vida antes da conversão, qual era seu chamado (profissão, talento, habilidades, etc.)? Não repudie essas coisas, deixe Deus redimir, santificar e transformar isso para sua glória.

o   Deus se preocupa com o nosso lar, família, amigos, trabalho, lazer e tudo mais. A soberania de Deus estende-se a todas as áreas da nossa vida.

3. MINISTÉRIO. Atos 20.24

·         Direção: para onde Deus vai nos levar. Vocação: para que ele vai nos chamar. Ministério: a melhor maneira em que podemos servi-lo.

o   Todos os cristãos são chamados a ministrar. (2Tm 4.5). Ministrar é exercer a diakonia, o serviço ao Senhor devido ao senhorio de Cristo sobre nós. Devemos imitar a Cristo na realização do serviço, seja qual for, nenhuma é desprezível demais para não fazermos.

o   Há uma variedade de ministérios cristãos. (Rm 12.6-8). Em Atos 6 os diáconos foram escolhidos para distribuir alimento entre as viúvas enquanto os apóstolos iriam dedicar-se ao ministério da palavra. Servir as mesas e ensinar a palavra era a mesma diakonia. Não há hierarquia no serviço ao Senhor.

§  Precisamos de pastores, missionários, professores, médicos, engenheiros, empresários, funcionários públicos, donas de casa, aposentados decididos a impregnar o seu contexto secular a fim de ganha-los para Cristo.

o   O ministério específico é determinado pelos talentos. (Mt 4.19). Veja que tipo de pessoa é a partir da criação e redenção de Deus, ele quer que os talentos sejam discernidos, cultivados e exercitados. Somos únicos e diferentes, devemos usar e gastar no serviço o que somos.

CONCLUSÃO:

·         Direção, Vocação e Ministério têm a ver com a vontade de Deus para nossas vidas e como descobri-la.

·         Não há porque temer a vontade de Deus, achando que ela é difícil, Deus quer nosso bem.

·         Fique tranquilo, você irá descobrir a vontade de Deus para sua vida para poder realizá-la.

STOTT, Johh. Ouça o Espírito, Ouça o Mundo.