24 de fev. de 2015

Resposta ao Julgamento Divino

Texto: Jonas 1.17-2.10
Tema: Arrependimento e Confissão
Titulo: A Resposta do Pecador ao Julgamento Divino

Introdução:
·         Ao ser chamado por Deus para sair da sua zona de conforto, da sua rotina religiosa, do seu dia a dia cristão, Jonas se levanta para fugir desse chamado e dessa responsabilidade.
·         Em lugar de obedecer e ir para Nínive a grande cidade inimiga e sanguinária, Jonas desce para Jope, paga a passagem e embarca no “navio da desobediência” julgando ser possível “fugir da presença do Senhor”.

·         Quando acorda do “sono dos desobedientes” o navio está em meio a uma tempestade, os marinheiros desesperados clamam a seus deuses e jogam a carga do navio ao mar na tentativa de se salvar.
·         Então a “sorte” caiu sobre Jonas e todos souberam que todo aquele transtorno era culpa de Jonas. Com a queda da máscara e não podendo mais se esconder, ele é jogado ao mar que se acalma e o navio segue seu curso.
·         Da barriga do peixe Jonas ora a Deus, em arrependimento e confissão, respondendo ao julgamento divino. Sua história é interrompida com um poema, um salmo de ações de graça e celebração pela libertação e misericórdia do Senhor.
·         Sua situação era simplesmente desesperadora. Vejamos o que ele fez...

1.      PEDIU POR LIVRAMENTO (v.2)
a.      O lugar onde esta oração foi feita não é muito comum, normalmente oramos no quarto, na igreja, mas dentro de um peixe, Jonas foi o único. Será que ele esteve três dias e três noites no ventre do peixe?
1.Um autor cita o caso de um baleeiro que foi engolido por um cachalote em 1891 e sobreviveu.
2.Há quem diga que a história é ficção literária, logo o fato não aconteceu.
3.Especula-se que Jonas ficou numa estalagem chamada “o Peixe” se recuperando por três dias.
4.Resta-nos crer que o fato é real, e um milagre foi feito por Deus na vida de Jonas.
b.      Aquele não havia orado no navio, ao contrário dos marinheiros, agora passa a orar. A oração de Jonas é em forma de poesia onde ele apresenta em dois versos poéticos sua oração e a resposta do Senhor:
1.         Na angústia – clamei – Senhor responde
2.         No abismo – gritei – Senhor ouviu
c.       Jonas reconhece que é resgatado de uma sepultura nas profundezas do mar, ou da beira da morte. Ele está dizendo que só não morreu porque Deus foi gracioso com ele e o salvou.
d.      Quantas vezes fomos objeto de um grande milagre de Deus, começando pelo milagre da salvação até seus livramentos diários que nem se quer percebemos. Assim como Jonas, precisamos do livramento do Senhor.

2.      EXPÔS O PROBLEMA (v.3-6)
a.      Vemos uma nítida lembrança da angústia da proximidade da morte, suas causas e resultados. Seu maior medo era a separação do Senhor (Sl 88.4-5,10-12).
b.      O sofrimento de Jonas era resultado do julgamento divino sobre a sua desobediência. Jonas desejava ardentemente a comunhão com Deus, comunhão esta que perdeu quando decidiu fugir do seu chamado (Jn 1.3,10).
c.       Jonas estava à beira da morte, sua silenciosa descida através das profundezas é apresentada pelo envolvimento nas algas marinhas, o silêncio das águas profundas, e as ondas passando alto por cima dele.
d.      Não adianta esconder ou querer disfarçar colocando “panos quentes” sobre os problemas. Não podemos ser tão infantis ao pensar que podemos esconder todo ou parte do problema perante Deus.
e.      Quando nos vemos em situações difíceis devido à nossa desobediência o melhor a fazer é abrir o jogo com Deus, expondo o problema ou a nossa limitação em obedecer ao seu chamado e à sua vontade.
f.        Deus espera de nós sinceridade de coração. Enquanto ficarmos tapando o sol com a peneira, nunca iremos experimentar as grandezas de Deus, como Jonas experimentou e serve de testemunho até hoje.
g.      Não espere chegar ao fundo do poço para reconhecer sua situação e pedir por socorro e livramento do Senhor.

3.      OROU POR LIBERTAÇÃO (v.6,7)
a.      Vemos aqui a importância e a eficácia da oração (Hb 4.16) que não se limita ao templo (v.7). Disciplina que em muitas vezes negligenciamos. Mas parecidos com Marta, nos ocupamos com os afazeres e não oramos como deveríamos.
b.      Apesar da situação sem esperança, o profeta arrependido é resgatado do domínio da morte e restaurado à comunhão com Deus.
c.       Sem saída, o profeta se volta para Deus em busca de ajuda, diante da impossibilidade física de livramento sua única alternativa era contar com a intervenção divina.
d.      A salvação é um ato divino diante do impossível, e Jonas, em sua oração, reconhece a preocupação e o cuidado de Deus com ele, preservando sua vida em condições adversas.
e.      Quando estivermos aflitos devemos orar. Sua oração propiciou um milagre ficando vivo dentro do peixe. Apesar de estar em desobediência, devemos orar, pois Deus ouve a oração do rebelde, do coração cheio de ira, de qualquer pecador.
f.        O livramento de Jonas fez brotar em seu coração o desejo de expressar a gratidão a Deus de alguma forma (v.9)

4.      AGRADECEU PELA LIBERTAÇÃO (v.8,9)
a.      Em contraste com sua oração, Jonas se lembra da oração dos marinheiros que não teve resposta, e condena aqueles que colocam a sua fé em ídolos.
b.      Agora Jonas declara sua lealdade ao Senhor assim como fez Josué (Js 24.14-15), e o exalta como a única fonte de salvação e livramento:
1.Ao conceder a salvação a Jonas, o Senhor levou o profeta da desobediência ao arrependimento;
2.Ao conceder a salvação aos ninivitas, ele os levará da idolatria à fé (Jn 3.5-10);
3.Ao conceder a salvação aos gentios dos dias atuais, ele os leva à fé e ao arrependimento (At 11.17-18).
c.       A verdadeira adoração é uma expressão de gratidão para com Deus e não um esforço de apaziguar Sua ira. Jonas estava se entregando totalmente à vontade de Deus para ele.
d.      Se nos tornamos pessoas melhores por causa de nossos problemas, devemos ver a ação de Deus nesses problemas. No retorno, Jonas era, pelo menos, uma pessoa um pouco melhor, não perfeito, mas diferente.
e.      Deus quer que nos tornemos pessoas melhores, para isso permite os grandes peixes em nossas vidas. Não podemos esquecer de agradecer por cada um dos seus livramentos.

CONCLUSÃO:
1.      O verso 10 demonstra a criação novamente respondendo com obediência às ordens soberanas do Criador (Jn 1.4,15,17).
2.      O peixe que poderia ter sido de Deus para a morte do profeta, pela graça se tornou em instrumento de libertação.
3.      A segurança de que Deus salva através de um ato do Seu poder (milagre), nos faz acreditar na veracidade da experiência de Jonas.

4.      Jonas foi salvo do grande peixe e se achou em terra firme, em segurança, mas castigado e disciplinado por Deus.

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