Texto: Jonas
1.17-2.10
Tema:
Arrependimento e Confissão
Titulo: A
Resposta do Pecador ao Julgamento Divino
Introdução:
·
Ao ser chamado
por Deus para sair da sua zona de conforto, da sua rotina religiosa, do seu dia
a dia cristão, Jonas se levanta para fugir desse chamado e dessa responsabilidade.
·
Em lugar de
obedecer e ir para Nínive a grande cidade inimiga e sanguinária, Jonas desce
para Jope, paga a passagem e embarca no “navio da desobediência” julgando ser
possível “fugir da presença do Senhor”.
·
Quando acorda do
“sono dos desobedientes” o navio está em meio a uma tempestade, os marinheiros
desesperados clamam a seus deuses e jogam a carga do navio ao mar na tentativa
de se salvar.
·
Então a “sorte”
caiu sobre Jonas e todos souberam que todo aquele transtorno era culpa de
Jonas. Com a queda da máscara e não podendo mais se esconder, ele é jogado ao
mar que se acalma e o navio segue seu curso.
·
Da barriga do
peixe Jonas ora a Deus, em arrependimento e confissão, respondendo ao
julgamento divino. Sua história é interrompida com um poema, um salmo de ações
de graça e celebração pela libertação e misericórdia do Senhor.
·
Sua situação era
simplesmente desesperadora. Vejamos o que ele fez...
1. PEDIU POR
LIVRAMENTO (v.2)
a.
O lugar onde esta
oração foi feita não é muito comum, normalmente oramos no quarto, na igreja,
mas dentro de um peixe, Jonas foi o único. Será que ele esteve três dias e três
noites no ventre do peixe?
1.Um
autor cita o caso de um baleeiro que foi engolido por um cachalote em 1891 e
sobreviveu.
2.Há
quem diga que a história é ficção literária, logo o fato não aconteceu.
3.Especula-se
que Jonas ficou numa estalagem chamada “o Peixe” se recuperando por três dias.
4.Resta-nos
crer que o fato é real, e um milagre foi feito por Deus na vida de Jonas.
b.
Aquele não havia
orado no navio, ao contrário dos marinheiros, agora passa a orar. A oração de
Jonas é em forma de poesia onde ele apresenta em dois versos poéticos sua
oração e a resposta do Senhor:
1.
Na angústia –
clamei – Senhor responde
2.
No abismo –
gritei – Senhor ouviu
c.
Jonas reconhece
que é resgatado de uma sepultura nas profundezas do mar, ou da beira da morte.
Ele está dizendo que só não morreu porque Deus foi gracioso com ele e o salvou.
d.
Quantas vezes
fomos objeto de um grande milagre de Deus, começando pelo milagre da salvação
até seus livramentos diários que nem se quer percebemos. Assim como Jonas,
precisamos do livramento do Senhor.
2. EXPÔS O
PROBLEMA (v.3-6)
a.
Vemos uma nítida
lembrança da angústia da proximidade da morte, suas causas e resultados. Seu
maior medo era a separação do Senhor (Sl 88.4-5,10-12).
b.
O sofrimento de
Jonas era resultado do julgamento divino sobre a sua desobediência. Jonas desejava
ardentemente a comunhão com Deus, comunhão esta que perdeu quando decidiu fugir
do seu chamado (Jn 1.3,10).
c.
Jonas estava à
beira da morte, sua silenciosa descida através das profundezas é apresentada
pelo envolvimento nas algas marinhas, o silêncio das águas profundas, e as
ondas passando alto por cima dele.
d.
Não adianta
esconder ou querer disfarçar colocando “panos quentes” sobre os problemas. Não
podemos ser tão infantis ao pensar que podemos esconder todo ou parte do
problema perante Deus.
e.
Quando nos vemos
em situações difíceis devido à nossa desobediência o melhor a fazer é abrir o
jogo com Deus, expondo o problema ou a nossa limitação em obedecer ao seu
chamado e à sua vontade.
f.
Deus espera de
nós sinceridade de coração. Enquanto ficarmos tapando o sol com a peneira, nunca
iremos experimentar as grandezas de Deus, como Jonas experimentou e serve de
testemunho até hoje.
g.
Não espere chegar
ao fundo do poço para reconhecer sua situação e pedir por socorro e livramento
do Senhor.
3. OROU POR
LIBERTAÇÃO (v.6,7)
a.
Vemos aqui a
importância e a eficácia da oração (Hb 4.16) que não se limita ao templo (v.7).
Disciplina que em muitas vezes negligenciamos. Mas parecidos com Marta, nos ocupamos
com os afazeres e não oramos como deveríamos.
b.
Apesar da
situação sem esperança, o profeta arrependido é resgatado do domínio da morte e
restaurado à comunhão com Deus.
c.
Sem saída, o
profeta se volta para Deus em busca de ajuda, diante da impossibilidade física
de livramento sua única alternativa era contar com a intervenção divina.
d.
A salvação é um
ato divino diante do impossível, e Jonas, em sua oração, reconhece a preocupação
e o cuidado de Deus com ele, preservando sua vida em condições adversas.
e.
Quando estivermos
aflitos devemos orar. Sua oração propiciou um milagre ficando vivo dentro do
peixe. Apesar de estar em desobediência, devemos orar, pois Deus ouve a oração
do rebelde, do coração cheio de ira, de qualquer pecador.
f.
O livramento de
Jonas fez brotar em seu coração o desejo de expressar a gratidão a Deus de alguma
forma (v.9)
4. AGRADECEU
PELA LIBERTAÇÃO (v.8,9)
a.
Em contraste com
sua oração, Jonas se lembra da oração dos marinheiros que não teve resposta, e
condena aqueles que colocam a sua fé em ídolos.
b.
Agora Jonas
declara sua lealdade ao Senhor assim como fez Josué (Js 24.14-15), e o exalta
como a única fonte de salvação e livramento:
1.Ao
conceder a salvação a Jonas, o Senhor levou o profeta da desobediência ao
arrependimento;
2.Ao
conceder a salvação aos ninivitas, ele os levará da idolatria à fé (Jn 3.5-10);
3.Ao
conceder a salvação aos gentios dos dias atuais, ele os leva à fé e ao arrependimento
(At 11.17-18).
c.
A verdadeira
adoração é uma expressão de gratidão para com Deus e não um esforço de
apaziguar Sua ira. Jonas estava se entregando totalmente à vontade de Deus para
ele.
d.
Se nos tornamos
pessoas melhores por causa de nossos problemas, devemos ver a ação de Deus
nesses problemas. No retorno, Jonas era, pelo menos, uma pessoa um pouco
melhor, não perfeito, mas diferente.
e.
Deus quer que nos
tornemos pessoas melhores, para isso permite os grandes peixes em nossas vidas.
Não podemos esquecer de agradecer por cada um dos seus livramentos.
CONCLUSÃO:
1.
O verso 10
demonstra a criação novamente respondendo com obediência às ordens soberanas do
Criador (Jn 1.4,15,17).
2.
O peixe que
poderia ter sido de Deus para a morte do profeta, pela graça se tornou em
instrumento de libertação.
3.
A segurança de
que Deus salva através de um ato do Seu poder (milagre), nos faz acreditar na
veracidade da experiência de Jonas.
4.
Jonas foi salvo
do grande peixe e se achou em terra firme, em segurança, mas castigado e
disciplinado por Deus.
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