23 de set. de 2014

Paciência e Esperança na Provação

Texto: Tiago 5.7-11
Tema: A Paciência que Persevera
Título: Paciência e Esperança Ajudam a Superar a Provação

Introdução:
·         O Salmo 37 é um cântico de ânimo dirigido ao justo, que é descrito como:
o   Pobre e necessitado (v.14);
o   Está a sofrer perseguição do ímpio (v.12-15, 32-33);
o   É tentado a invejar a prosperidade e bem-estar do ímpio (v.1,7);
o   Deseja que o ímpio seja logo julgado (v.10).
·        
Diante disto o salmista incentiva o justo a:
o   “Descansar no Senhor” (.7);
o   “Deixar a ira” (v.8);
o   Crer na defesa do Senhor (v.34-38).
·         Tiago escreve para pessoas justas, principalmente pobres, que estavam sofrendo a mesma situação do Salmo 37. Seu conselho é o mesmo: “sede pacientes”, pois “a vinda do Senhor”, quando os ímpios serão julgados (5.1-6) e os justo libertados “está próxima”.

1. EXERCA A VIRTUDE DA PACIÊNCIA. v.7
·         Tiago passa da denúncia e condenação profética aos ricos para uma palavra de incentivo aos crentes fiéis, uma vez que Deus irá punir os opressores, os crentes precisam esperar com paciência.
·         A palavra de ordem no texto é PACIÊNCIA. O que é paciência:
o   Atitude amorosa e longânima que devemos ter diante dos outros (1Cor 13.4; Ef 4.2);
o   Atitude determinada e forte com a qual devemos enfrentar circunstâncias difíceis (2 Tes 1.4);
o   Pode ser tanto a força nas provações como a capacidade de esperar pacientemente no Senhor.
·         No texto o incentivo à paciência é em relação à vinda do Senhor, como sendo nosso alvo de vida, mas também um período de tempo.
·         Como exemplo desta paciência Tiago usa o lavrador que precisa aguardar com paciência que a terra produza o precioso fruto do qual depende sua subsistência.

2. ENCHA O CORAÇÃO DE ESPERANÇA. v.8
·         Como o agricultor que espera pacientemente a semente germinar e a safra amadurecer, os crentes devem esperar com paciência a volta do Senhor que os libertará e julgará seus opressores.
·         Esta espera exige um fortalecimento do coração (1Tes 3.13; 2Tes 2.17). A recomendação é um firme apego à fé em meio de tentações e provações, e um fortalecer mútuo para a luta contra o pecado e dificuldades.
·         A vinda de Jesus é algo certo, e assim como o próprio Jesus não sabemos o dia nem a hora (Mc 13.32), mas devemos agir e ensinar aos demais a viver como se esta fosse a última geração da humanidade.
3. LIBERTE-SE DAS QUEIXAS. v.9
·         A queixa contra os outros é claramente uma tentação que acompanha a pressão das circunstâncias difíceis. Quantas vezes colocamos as frustrações de um dia difícil em cima de nossos amigos e familiares.
·         Não colocar sobre os outros nossas frustrações é uma característica da própria paciência que está ligada ao “suportar-nos uns aos outros” em amor conforme Efésios 4.2.
·         Logo, então os crentes não devem se queixar das dificuldades dos outros ou que eles não devem acusar os outros, por causa de suas dificuldades.
·         Por que não falar contra o irmão? Pois é uma forma de julgamento já condenado em 4.11-12 e semelhante a Mat 7.1. Além disso, o julgamento logo acontecerá, pois o juiz está à porta.
·         Além disso, exige-se de nós uma autoanálise, exige um exame de comportamento, para que quando o juiz chegar possamos estar preparado para recebê-lo.

4.  PERSEVERE NO SOFRIMENTO. v.10,11
·         Tiago cita os profeta e Jó como exemplos de paciência e resistência no meio das aflições. Jesus incentivou os discípulos a enfrentarem a perseguição com coragem  (Mat 5.12).
·         O que precisamos entender aqui é que o sofrimento suportado por eles era resultado não de erro, mas especificamente de sua fiel adesão à vontade de Deus, eles “falaram em nome do Senhor”.
·          Está perseverança em meio ao sofrimento os qualificou como “felizes” ou uma melhor tradução “bem-aventurados”, semelhante a Jesus que proferiu uma “bem-aventurança” sobre aqueles que são perseguidos (Mat 5.10).
·         Há uma diferença entre “ser feliz” e “ser bem-aventurado”:
o   Ser Feliz: normalmente sugere uma reação emocional e subjetiva. É fruto de uma circunstância pontual e passageira.
o   Bem-Aventurado: é a aprovação e a recompensa objetivas e inalteráveis de Deus. É um estado de graça resultante de uma perseverança nas provações.
·         Jó é um exemplo de firmeza. Ele reclamou da situação pontual que vivia, porém nunca abandonou a fé, se apegou a Deus e continuou a esperar nele (Jó 1.21, 2.10, 16.19-21, 19.25-27).
·         Tiago não diz que a paciência no sofrimento sempre será recompensada com prosperidade material. Mas ele procura incentivar nossa firmeza fiel e paciente na aflição nos lembrando da bem-aventurança que recebemos de Deus.

CONCLUSÃO:
Eu pedi a Deus


Eu pedi a Deus que tirasse meu orgulho.
E Deus disse não!
Não Lhe cabia tirá-lo, mas a mim deixá-lo...

Eu pedi a Deus que me desse paciência.
E Deus disse não!
Ele disse que a paciência nasce das atribulações;
Ela não é concedida, é merecida...

Eu pedi a Deus que me concedesse felicidade.
E Deus disse não!
Ele disse que me daria Suas bênçãos;
A felicidade viria de mim mesmo...

Eu pedi a Deus que me poupasse do sofrimento.
E Deus disse não!
Ele disse que a dor afasta-me das ilusões da vida
e leva-me para mais perto d’Ele...

Eu pedi a Deus que me fizesse crescer minha vida espiritual.
E Deus disse não!
Ele me disse que eu deveria crescer sozinho,
mas Ele vai podar-me como um ramo, para que produza frutos...

Eu perguntei a Deus se Ele me ama.
E Deus disse sim!
Ele deu-me Seu Único Filho, que morreu por mim
E quer-me um dia no céu, pela minha Fé...

Então, pedi a Deus que me ajudasse
a amar os outros como Ele me ama.
E Deus disse:
"Finalmente compreendeste!"

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