16 de jul. de 2014

A Verdadeira Fé Produz Obras

Texto: Tiago 2.14-26
Tema: Sobre Fé e Obras
Titulo: A Verdadeira Fé Produz Obras

Introdução:
·        Este texto é o ponto alto do apelo por uma “religião pura” que se justifica na ação, tema que é a grande preocupação de Tiago. A igreja tinha uma fé que se resumia a uma confissão verbal, ou seja, uma fé da boca pra fora.
·        Diante disso ele nos apresenta três questionamentos:
o   Há vantagem na fé sem obras? (v.14,16).
o   A fé não ativa pode salvar alguém? (v.14)
o   Que proveito há na fé que não estende a mão ao necessitado? (v.16)

·        Temos diante de nós uma união inseparável entre fé e obras. Paulo cita “as obras” referindo-se as obras da lei, a observância legalista dos rituais judaicos; Tiago se refere “às obras” para refletir os atos de amor e misericórdia praticados pelos cristãos em cumprimento da lei do amor.
·        Um ponto comum entre eles é que “obras” são “atos praticados em obediência a Deus”, a diferença está no contexto em que as obras são praticadas.
·        Paulo nega que as obras possam ter algum valor em nos colocar num relacionamento com Deus; Tiago insiste em que, uma vez estabelecido o relacionamento, as obras são essenciais.
·        A diferença entre Paulo e Tiago está na sequencia  das obras e da conversão. Paulo está negando a eficácia de obras praticadas antes da conversão, mas Tiago está apelando à necessidade absoluta de obras praticadas depois dela.

1. A FÉ QUE É CONDENADA
·        É a fé que consiste somente em palavras. Este tipo de fé “sem as obras” (atitudes de obediência), que quando confrontada pela necessidade nada faz.
·        Essa fé é considerada por Tiago como:
o   Morta (v.17,26). Quando a fé é apenas expressa em palavras e não é acompanhada de ações que correspondem a elas. Uma fé que se evidencia apenas da boca pra fora, para Tiago é morta.
o   Inoperante (v.20). O contraste não é entre fé e obras, mas entre fé “com obras” e fé “sem obras”. A fé sem obras é igual a um corpo sem espírito, sem vida. É uma fé vazia que não passa de informações sobre Deus, tal como a dos demônios.
o   Sem poder pra salvar (v.14) ou justificar (v.24). Essa suposta fé que não é vista através das obras, não vai ser operante a ponto de produzir os frutos do arrependimento para salvação. A fé que não produz a salvação também não produz obras.

2. A FÉ QUE É EXALTADA
·        Já a fé que ele possui é bem diferente, é uma fé real:
o   É acompanhada de obras (v.14-17). Tiago não é contra a fé e a favor das obras. A questão é que para Tiago a fé não pode ser estéril, que não produza nada. A fé genuína que agrada a Deus vem acompanhada de frutos, as obras.
o   É consumada pelas obras (v.22). A fé é a “ação” decisiva que conduz à justificação. Mas a “ação” deixa a marca de sua ocorrência – as obras. A fé não pode ser confundida com obras, mas também não pode ser separada delas. As obras são a coroação da fé que é verbalmente professada.
o   Opera juntamente com as obras (v.22). O que Tiago quer mostrar é que a fé não trabalha sozinha, ela precisa de uma companhia inseparável, as obras. Pois assim uma completa e dá credibilidade a outra.

3. A FÉ QUE É EXEMPLIFICADA
·        O primeiro exemplo é Abraão. Em Genesis 15.6 Deus faz uma aliança com ele. Com base nesta aliança ele ficou conhecido como “pai da fé”.
·        Deus pede a Abraão que ofereça em sacrifício seu filho Isaque o que é a sua maior “obra” que expressou sua fé, que o fez digno da aceitação por parte de Deus.
·        O outro exemplo é Raabe. Uma estrangeira que conheceu os feitos do Senhor e assim passou a ter fé nEle. Foi baseada nesta fé que ela acolheu e escondeu os emissários israelitas, praticando assim uma grande obra de hospitalidade e cuidado demonstrando sua fé.
·        Abraão o herói da fé e pai de Israel amplamente aclamado é comparado com a mulher pagã de baixa reputação. Mas tanto o patriarca quanto a prostituta são declarados justos com base nas obras que provinham da fé que possuíam.

CONCLUSÃO:
·        A chave para entender essa relação entre fé e obras “não é que as obras devem ser acrescentadas à fé, mas que a fé genuína as inclui, faz parte de sua natureza”.
·        Sem este tipo de fé operante, o cristianismo torna-se uma ortodoxia estéril e perde todo o direito de ser chamado de fé.
·        A fé genuína está sempre viva e ativa. Para esta fé é impossível não praticar coisas boas sem cessar. Não pede se as boas obras devem ser realizadas, ela já realizou e continua a praticá-la.

·        Portanto, qualquer pessoa que não pratica tais obras é uma descrente.

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