31 de mar. de 2014

Três Atitudes para Encher a Botija


Texto: 2 Reis 4.1-7
Tema: Milagre e Providência
Título: Três Atitudes para Encher Minha Botija

Introdução:
a.     Eliseu era sucessor do profeta Elias; foi profeta do reino do norte (Israel); ele pré-anunciou o castigo de Deus (pelos assírios - 722 a.C). O livro de 2 Reis começa narrando uma série de milagres realizados por Eliseu, dentre eles o milagre do azeite da viúva.
b.     O azeite na Bíblia tinha como função iluminar quando colocado na lamparina; alimentar quando misturado com farinha; ungir sendo derramado sobre a cabeça de reis, profetas, sacerdotes – símbolo de autoridade, força e honra. Era também um símbolo do Espírito (Isaías 61:1-3).
c.      Mas no caso desta mulher, o azeite tinha outra função; assim como aconteceu com outra mulher viúva de Sarepta durante o ministério de Elias (1 Reis 17.10), o azeite era para preservar a vida e a união da sua família, evitando assim a dor, o choro, a tristeza, o abandono etc.
d.     A botija vazia era sinal de dificuldades a vista. Quando a botija começa a secar, precisamos nos voltar para Deus, afim de que ele possa voltar a enchê-la, pois quando a botija seca os problemas começam a aparecer. Quando falta o Espírito as dificuldades se intensificam.

Transição: Para encher a nossa botija precisamos ter:
  
1.     CONSCIÊNCIA DA NECESSIDADE - v.1
a.      O texto narra a experiência de uma mulher que não revela seu nome, sabemos que era viúva de um profeta, e que não tinha posses. Além disso estava financeiramente falida, psicologicamente coagida a oferecer os filhos como pagamento de dívidas, enfim, sem perspectivas, porém ela clamou por socorro.
b.      Esta mulher foi influenciada pelo marido que tivera uma aliança com Deus, (ele era um profeta), e dele aprendeu a depender de Deus e de seus milagres. Quando ela vê outro homem de Deus, não tem dúvida, vai até ele e expõe seu problema, pois sabia que somente Deus através de seus homens santos, poderia trazer uma solução.
c.       No momento de necessidade, ela não tenta esconder ou disfarçar a realidade. Ela estava em apuros, em tremenda necessidade, e assume esta situação. Quando ela se faz humilde, começa a surgir a providência. A consciência da necessidade surge da humildade.
d.      Em Lucas 8.41-44 vemos dois exemplos de necessidade demonstrada. Jairo era uma pessoa importante, líder religioso, mas estava com sua filha doente e precisava de ajuda. A mulher com hemorragia tinha posses, mas ficara pobre buscando a cura. Ambos tinham uma grande necessidade, e a reconheceram diante de Jesus.
e.      Nem sempre nossa botija estará cheia. Em algum momento o azeite pode acabar. Quando isso acontecer devemos reconhecer e ter consciência dessa necessidade. Para isso, será importante uma atitude de humildade. Se a mulher fosse orgulhosa, estaria com sua botija vazia. Perderia seus filhos, a alegria, e porque não, talvez a própria vida.

Transição: Para encher a nossa botija precisamos ter:

2.      CONSCIÊNCIA DA POSSIBILIDADE - v.2-4
a)      POR CAUSA DO QUE SE TEM
a.      A pergunta de Eliseu demonstra que ela seria abençoada a partir do que já tinha em casa (v. 2). Ela tinha apenas uma botija de azeite. Mas o que era isso diante do tamanho da dívida. Ela precisou de muitas vasilhas para pagar o que devia. Deus age a partir daquilo que temos em nossas mãos.
b.      Na multiplicação dos pães, Jesus usou o pouco que um rapaz tinha para alimentar uma multidão (João 6.9-13). O pouco que temos nas mãos do Senhor se torna muito. Em Mateus 25.1-12 lemos sobre as virgens prudentes que tinham o Espírito (lâmpadas cheias) e assim entraram no Reino de Deus.
c.       O que há em nossas mãos para que o Senhor possa usar. Quando temos as mãos vazias não podemos ter a consciência da possibilidade da ação de Deus. A possibilidade se torna realidade, quando temos algo, mesmo que seja pouco, para oferecer a Deus.
b)      POR CAUSA DA PALAVRA
a.      Elizeu dá à viúva uma promessa de provisão (v. 3-4), o que exige dela ação, bom relacionamento e . Ela teve que agir indo à casa dos seus vizinhos e pedir emprestadas vasilhas vazias, fez isso crendo naquilo que Eliseu disse que aconteceria.
b.      Depois de conseguir um bom número de vasilhas, ela começa a experimentar o cumprimento da palavra de Eliseu. Ela enche uma, duas, três, etc., e o azeite da sua botija continua a jorrar até que todas as vasilhas vazias estejam cheias.
c.       Imagine o prazer e a satisfação daquela mulher ao ver o cumprimento da promessa do profeta. A alegria dela ao final de cada vasilha que se enchia. Mas isso só foi possível porque ele creu, agiu e se relacionou.

Transição: Para encher a nossa botija precisamos ter:

3.     DISPOSIÇÃO PARA OBEDECER - v.3-5
3.1.         Uma obediência sem questionamento.  Ela poderia ter se perguntado: “Será que os vizinhos têm vasilhas? Se têm, será que vão emprestar? Para que eu preciso de tantas vasilhas? Para que envolver os meus filhos nisso?  Para que eu preciso fechar a porta? Eu vou ter que fazer isso sozinha? Por que você não me ajuda? Ela simplesmente foi, entrou, fechou e encheu (v.5).
3.2.         A obediência é o pré-requisito da ação. Quando Elias disse a viúva de Sarepta para ir e fazer um bolo para ele primeiro, ela poderia questionar, mas decide obedecer, e assim, ela e seu filho tem mantimento durante toda a seca (1 Reis 17.15-16). Quando Jesus alimenta a multidão,  ele ordenou a ação dos discípulos (João 6.10), eles obedeceram, e todos foram saciados.
3.3.         A obediência que presta contas. Quando as vasilhas se encheram, a mulher vai a Eliseu e conta o que aconteceu. O resultado disso é a orientação certa do que fazer para bem aplicar os recursos vindos de Deus (v.7). Quando agimos sem prestar contas a Deus, corremos o risco de saber administrar bem aquilo que ele coloca em nossas mãos.
3.4.         A obediência que glorifica a Deus. O enchimento da botija não é para nossa ostentação, para satisfação de nossas emoções, para nos sentir superiores. É para glorificar o nome do Senhor que é o sustentador de nossas vidas.
CONCLUSÃO
a.     O azeite na botija é para quem precisa ser iluminado nos momentos de escuridão. É para os que precisam ser alimentados, seja física ou espiritualmente. É para os que precisam de autoridade espiritual para desempenhar seu ministério.
b.     Quando a botija está vazia, passa viver na escuridão moral, espiritual, existencial. Passa a experimentar a fome e necessidades em diversos âmbitos. Passa a ministrar sem autoridade e poder no Reino de Deus (Salmo 23).

c.      Precisamos encher nossas botijas com o azeite físico, ou seja, correr atrás do sustento para  a nossa família, para que não venhamos experimentar a dor e sofrimento. Precisamos encher nossa botija com o azeite do Espírito para o fortalecimento espiritual.

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