31 de mar. de 2014

Milagre e Providência


O azeite na Bíblia tinha como função iluminar, alimentar, ungir e era também um símbolo do Espírito (Isaías 61:1-3). No caso da mulher (2 Reis 4.1-7), o azeite era para preservar a vida e a união da sua família, evitando assim a dor, o choro, a tristeza, o abandono. A botija vazia era sinal de dificuldades a vista.
Milagre e providência acontecem quando temos consciência da necessidade. Essa  mulher era viúva de um profeta e não tinha posses. Estava falida, coagida, sem perspectivas, porém ela clamou por socorro. Ela aprendeu a depender de Deus e de seus milagres. Sabia que somente Deus através de seus homens santos, poderia trazer uma solução.
Na necessidade, ela não escondeu ou disfarçou a realidade. Ela estava em apuros, em tremenda necessidade, e assume esta situação. Quando ela se faz humilde, começa a surgir a providência. A consciência da necessidade surge da humildade.
Jairo e a mulher com hemorragia tinham uma grande necessidade, e a reconheceram diante de Jesus. Nem sempre nossa botija estará cheia. Devemos reconhecer e ter consciência da necessidade. Para isso, será importante uma atitude de humildade.
Milagre e providência acontecem quando temos consciência da possibilidade. Eliseu demonstra que ela seria abençoada a partir do que já tinha em casa (v. 2). Ela tinha apenas uma botija de azeite. Mas o que era isso diante do tamanho da dívida. Deus age a partir daquilo que temos em mãos. (João 6.9-13). O pouco, nas mãos do Senhor se torna muito.
Elizeu dá à viúva uma promessa de provisão (v. 3-4), o que exige dela ação, bom relacionamento e fé. Ela foi à casa dos vizinhos e pediu vasilhas vazias, fez isso crendo naquilo que Eliseu disse que aconteceria. Imagine a alegria dela ao final de cada vasilha que se enchia. Mas isso só foi possível porque ele creu, agiu e se relacionou.
Milagre e providência acontecem quando temos disposição para obedecer. Ela poderia ter questionado a si e ao profeta, mas ela simplesmente foi, entrou, fechou e encheu (v.5). A obediência é o pré-requisito da ação (1 Reis 17.15-16). Quando Jesus alimenta a multidão,  ele ordenou a ação dos discípulos (João 6.10), eles obedeceram.
A obediência leva a prestar contas. Ela vai a Eliseu e conta o que aconteceu. O resultado disso é a orientação certa do que fazer para bem aplicar os recursos vindos de Deus (v.7). Quando agimos sem prestar contas a Deus, corremos o risco de saber administrar bem aquilo que ele coloca em nossas mãos.  A obediência glorifica a Deus. O enchimento da botija não é para nossa ostentação, para satisfação de nossas emoções, para nos sentir superiores. É para glorificar o nome do Senhor que é o sustentador de nossas vidas.
Como está a sua botija? Tenha consciência da necessidade e da possibilidade e obedeça. Assim o milagre e a providência estarão em sua vida.
Pr. Elias Colombeli

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