10 de set. de 2012

O Abandono da Bíblia, devolve a Escravidão



Texto: Gálatas 4.7-20
Grande Ideia: “Quando deixamos o ensino Bíblico, retornamos à escravidão da Idolatria”

Introdução:
·         Paulo prepara o terreno em termos exegéticos e sistemáticos, agora ataca o problema prático das igrejas da galácia, pois querem estar debaixo da lei, para livrá-los da influencia dos falsos mestres usa diversos recursos:
o   Confronta o radicalismo – Gal 4.8-11;
o   Suplica que retornem ao ensino apostólico – Gal 4.12-20;
o   Insere uma alegoria sobre Sara e Agar – Gal 4.21-31;
o   Fala das consequências de passar para os judaístas – Gal 5.1-6
o   Levanta novas acusações contra eles – Gal 5.7-12.
·         Hoje abordaremos apenas os dois primeiros recursos:
o   Radicalismo: Comprometer-se com a lei de Moisés significa um retorno insensato à servidão sob os elementos cósmicos – 4.8-11;
o   Retorno ao ensino Bíblico/apostólico: Voltar-se aos judaístas seria um afastamento incompreensível da imitação apostólica – 4.12-20.

I. O PERIGO DO RETORNO À ESCRAVIDÃO – 8-11
1.      A vida antiga como gentio – v.8
a.      Não conhecem a Deus. Os gálatas eram uma igreja formada de gentios que se converteram, diferentes das igrejas formadas por judeus convertidos que conheciam a Deus.
                                                              i.      O não conhecer não os desculpa, apenas compreendemos o procedimentos deles. Nas trevas da ignorância, eram cegos.
                                                            ii.      O não conhecer os leva a lançar mão de qualquer coisa para transformar em seu deus, pois para o homem “um deus é necessário”, o levando a prostrar-se diante que algo que julga ser maior que ele.
                                                          iii.      O não conhecer faz com que passem a endeusar objetos, fenômenos da natureza, coisas naturais, conceitos, etc.
b.      Adoram em vão. Seus deuses não possuem qualidade divina, são inúteis, não realizam aquilo que deveriam fazer. Seus devotos são religiosos ateus “sem Deus no mundo” (Ef 2.12)
2.      A vida atual como cristão – v.9
a.      Conhecem a Deus. O conhecer não é um ato racional, mas envolve reconhecimento confirmado pela comunhão (Mc 14.68; Mt 7.23; Os 13.4).
                                                              i.      Os gálatas conheceram e se entregaram a Deus, agora como filhos, perderam a atração pelo falso que dominava sobre eles, fazendo com que os deuses gentílicos perdessem seu poder.
                                                            ii.      Conhecimento genuíno de Deus gera liberdade de elementos idólatras.
b.      São conhecidos por Deus. Nosso conhecimento de Deus não começou em nós, mas Ele deu o primeiro passo até a salvação definitiva (Rm 8.29,30).
c.       O erro que vão cometer. Estão prestes a reverterem sua conversão a Deus (2 Pe 2.22). A que eles querem retornar? A vida gentílica ou a dedicação à lei judaica com a idolatria anterior? Tanto faz, ambas levam a cultuar os elementos mundanos (Gl 4.3).
d.      Consequência do erro. Não são mais filhos libertos por Deus, mas outra vez escravos, outra vez no cárcere, outra vez sob vigilantes, tutores e administradores.
3.      A decepção de Paulo – v.10,11
a.      Ver seus filhos na fé voltarem às coisas criadas, fracas e precárias, que não tem poder para nada, muito menos leva-los a Deus.
                                                              i.      Devoção ao calendário. Marcada pelo ciclo de festas judaicas (Cl 2.16). Quando Cristo deixa de ser o centro, o que está à margem passa ter importância. As pessoas buscam socorro nos ritos, como escravos e não filhos.
                                                            ii.      Trabalho em vão. O esforço e sofrimento para arrancar os gálatas da idolatria, não garantem nada. Ser pessoa e ser cristão sempre estão sujeitos a perigo. Paulo não esperava que a reação da igreja e sua relação com ela fosse as mil maravilhas.

2. NECESSIDADE DO RETORNO AO ENSINO BÍBLICO/APOSTÓLICO – v.12-20
1.      Perseverança na imitação apostólica. 12a
a.      Sejam meus imitadores. Paulo chama os gálatas para ser como ele é, e aqui não cabe à simpatia particular, ou adesão amigável. É uma exortação igual a 1Co 11.1; Fl 3.17.
b.      A ordem é divina. Essa reivindicação não é pautada na devoção de Paulo, ou na sua vontade humana, ela vem de seu “comandante”, de Cristo. Há uma hierarquia de autoridade: Deus – Cristo – apóstolo – igreja (Lc 10.16).
c.       Sua honestidade. Ele não iniciou qualquer espécie de culto á sua pessoa, nem tampouco uma imitação cega de todas as suas decisões pessoais. Ele representa o Crucificado, em vista desta semelhança com Cristo, que pede que pratiquem a imitação apostólica.
2.      Lembra da primeira visita à Galácia. 12b-14
a.      Pausa involuntária que trouxe frutos. Ele queria chegar a Éfeso antes do inverno e para isso, iria passar rapidamente pela galácia, mas devido a uma doença, foi obrigado a se deter ali, em uma casa qualquer, aguardando a primavera para continuar a viagem.
3.      O primeiro amor, seu abandono e consequências. V.15-18
a.      Primeiro amor. Eles receberam a salvação, experimentaram o senhorio de Cristo com paz e alegria e foram cuidadosos com o apóstolo enfermo.
b.      Divergências. Agora estavam em choque com Paulo por este ser verdadeiro em suas afirmações.
c.       Os culpados. Paulo acusa-os e mostra os verdadeiros culpados: os judaístas que a semelhança dos escribas e fariseus não eram sinceros nem verdadeiros.
d.      Instabilidade. Longe do olhar de Paulo, eles estavam sendo engados, e como eram uma igreja jovem estavam sujeitos a dificuldades, mas precisavam achar seu caminho. O “não veio me visitar” é a acusação dos que se afastaram ou recaíram no pecado.
4.      A dor do apóstolo. 19,20
a.      Abandono da paternidade espiritual. Ele havia conduzido para a vida com Cristo, mas agora estavam mergulhados em problemas sendo o evangelho mudado, faltando a verdade e a liberdade de antes.
b.      Retorno à escravidão. Os gálatas estavam se colocando debaixo da escravidão dos fracos e precários elementos do mundo. A vinda de Cristo não tinha mais sentido; Cristo morreu em vão para eles; Cristo não servia pra nada.
c.       Formar Cristo neles. Paulo queria produzir neles doutrina e entendimento de Cristo não só pela oração, mas pela pregação e pelo ensino, um esforço intelectual e espiritual.
d.      Sem saída. Paulo confessa que não sabe o que fazer, o certo era estar na galácia devido ás vantagens de um encontro pessoal, mas 400km os separavam. O medo de ter trabalhado em vão volta a preocupa-lo.

CONCLUSÃO:
·         Cuide para não retornar à escravidão, para a vida antiga sem conhecer a Deus e ser conhecido por ele. Mantenha sua vida de comunhão com o Senhor, para não decepcionar aqueles que lutaram por você.
·         Firme-se no ensino bíblico-apostólico, cerque-se de pessoas temente a Deus e imite-as na vida de fé e comunhão.
·         Jamais abandone seu primeiro amor.

Nenhum comentário:

Postar um comentário