17 de set. de 2012

A Tolice da Submissão à Lei



Texto: Gálatas 4.21-31
Grande Ideia: “É tolice estar debaixo da lei, uma vez que ela mesma aponta para além de si”

1.  A VOZ DA LEI – v.21
a.     Paulo media um diálogo dos gálatas com a lei, pois mediante a pressão dos judaístas, eles já haviam concordado em se deixar circuncidar, e estariam debaixo da lei.  A culpa é toda deles.
b.     Os gálatas são pegos em sua própria armadilha, uma vez se submetendo à lei, estavam a desobedecendo.
c.      Como crentes hoje devemos ouvir a Palavra/Bíblia, pois ela é a luz e não dar ouvidos a ensinamentos de homens. Toda Escritura foi inspirada por Deus... 2Tm 3.16. Ouça, siga, viva a Bíblia.

2. OS DOIS FILHOS – v.22,23
a.     Conforme o direito antigo, uma escrava sempre dá à luz para a escravidão, mesmo quando o pai da criança era um homem livre. Assim como, a mulher livre dá à luz para a liberdade.
b.     A questão é qual dos filhos de Abraão que os gálatas querem ser? ISAQUE: o filho livre e herdeiro, ou ISMAEL: o filho escravo e sem herança.
c.      Livre não é o ser humano que pode fazer e deixar de fazer o que quiser, mas aquele que vive em comunhão com seu Criador e Redentor. Livre é o filho verdadeiro.
d.     ISMAEL foi gerado numa situação marcada por dúvida, resignação e impaciência (Gn 16.1-6). Abraão e Sara agem de maneira ética, mas transgridem a promessa de Deus. Tentaram empurrar a aliança para a linhagem de Ismael, agindo segundo à carne, distantes de Deus.
e.     ISAQUE foi gerado segundo o Espírito e mediante a promessa. O que Deus promete ele é capaz de realizar.
f.       Em Cristo podemos nos tornar ISAQUE - filhos para liberdade, participantes das promessas e da herança. Sem Jesus, somos ISMAEL - filhos da ira, escravos do pecado, sem Deus e sem esperança no mundo.

3. AS DUAS MÃES/ALIANÇAS – v.24,25
a.     As duas mulheres tornam-se figuras alegóricas e representam instituições divinas: Aliança do Sinai e Aliança do Gólgota. Os dois montes equivalem a dois tronos, de onde Deus outorgou dois tipos de ordens básicas para a comunhão Deus-pessoa.
b.     A ligação da escrava Agar com a lei do Sinai resulta pelo elemento comum da falta de liberdade. Agar é mãe do escravismo, pois a lei é uma prisão, um vigilante ou tutor.
c.      A equação Agar – Sinai é espantosa. A lei do Sinai foi dada ao povo de Israel, descendentes de Sara, a mãe da liberdade, e não aos ismaelitas, descendentes de Agar, a mãe da escravidão.
d.     O nome Agar tem uma semelhança fonética com o termo hatijar para os rochedos do Sinai. Além disso há uma indicação geográfica, o Sinai está na Arábia, ou seja, Israel não recebeu a lei na terra da promessa – Canaã, mas na terra dos descendentes de Agar, na terra da escravidão.
e.     Como crentes temos SARA como mãe e fazemos parte da nova aliança, feita pelo sangue de Cristo na Cruz e aguardamos a consolidação da nossa Jerusalém celestial – a glorificação da Igreja. Sem Cristo AGAR torna-se mãe e está debaixo da velha aliança feita por sangue de animais no monte Sinai, aguardando o Messias, que já veio.

4. AS DUAS JERUSALEM – v.25,26
a.     O elemento de escravidão liga uma terceira grandeza além de Agar e do Sinai, é incluída a Jerusalém daquele tempo, a sede e retaguarda dos legalistas de então.
b.     Quem se volta para a lei, espiritualmente habita entre os ismaelitas, pois Ismael é o ancestral de todos os legalistas, sejam árabes, judeus ou gentios. Ao tornar-se o reduto da lei, Jerusalém deixa de ser a cidade santa.
c.      Sara é apresentada como figura oposta, ao comparar Jerusalém com uma mãe, não a Jerusalém atual, mas a vindoura, composta pelos que creem em Cristo. Sara corresponde à Jerusalém de cima, mas presente, sendo a mãe dos cristãos, sendo livres da lei, filhos nascidos em liberdade.
d.     Como crentes temos nossa esperança na Jerusalém celestial livre, pois com ela virá nosso redentor para então morarmos juntos para sempre em paz e segurança. Sem Cristo, fixam-se os olhos na Jerusalém terrena escrava, a qual não pode oferecer paz e segurança, pois está em eterno conflito de guerra.

5. OS DOIS ESTADOS – v.27-31
a.     Citando Isaías 54.1, Paulo descreve a venturosa riqueza de filhos dessa Sara, da Jerusalém de cima enquanto uma nova aliança: ALEGRIA.
b.     Uma promessa inédita estava sendo preparada que se alegrar era o assunto da ordem do dia. Essa promessa resultou de um ato de expiação e misericórdia de Deus. A morte expiatória de Jesus fundou a “nova aliança no seu sangue” e igreja formada por todos os povos. Resta-nos rir com fez Sara.
c.      Os Gálatas são lembrados de seu lugar em meio a esse magnífico acontecimento, eles são nascidos de cima, receberam o Espírito e são filhos de Abraão na ordem correta.
d.     A atitude dos missionários estranhos é semelhante a de Ismael que perseguia Isaque. É assim que a Jerusalém atual perseguiu, em nome da lei do Sinai, o Jesus terreno e promoveu a sua crucificação, e era assim que ela perseguia o Cristo exaltado em sua igreja.
e.     Vem da Escritura como os gálatas devem proceder com os judaístas, o filho da escrava deve ser expulso do seu convívio. Paulo resume afirmando que os gálatas são filhos da livre, e assim, tem liberdade, pois foram gerados para ela.
f.       Com Cristo vivemos no esta da alegria e regozijo. A tristeza, a dor, a separação foram removidos pelo sacrifício de Cristo. Hoje podemos ter alegria plena, eterna, não baseada em prazeres do mundo que são passageiros e transitórios. 

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