Texto: Gálatas
4.21-31
Grande Ideia:
“É tolice estar debaixo da lei, uma vez que ela mesma aponta para além de si”
1. A VOZ DA LEI
– v.21
a.
Paulo media um
diálogo dos gálatas com a lei, pois mediante a pressão dos judaístas, eles já
haviam concordado em se deixar circuncidar, e estariam debaixo da lei. A culpa é toda deles.
b.
Os gálatas são
pegos em sua própria armadilha, uma vez se submetendo à lei, estavam a
desobedecendo.
c.
Como crentes
hoje devemos ouvir a Palavra/Bíblia, pois ela é a luz e não dar ouvidos a
ensinamentos de homens. Toda Escritura foi inspirada por Deus... 2Tm 3.16.
Ouça, siga, viva a Bíblia.
2. OS DOIS FILHOS – v.22,23
a.
Conforme o
direito antigo, uma escrava sempre dá à luz para a escravidão, mesmo quando o
pai da criança era um homem livre. Assim como, a mulher livre dá à luz para a
liberdade.
b.
A questão é qual
dos filhos de Abraão que os gálatas querem ser? ISAQUE: o filho livre e
herdeiro, ou ISMAEL: o filho escravo e sem herança.
c.
Livre não é o ser
humano que pode fazer e deixar de fazer o que quiser, mas aquele que vive em
comunhão com seu Criador e Redentor. Livre é o filho verdadeiro.
d.
ISMAEL foi
gerado numa situação marcada por dúvida, resignação e impaciência (Gn 16.1-6).
Abraão e Sara agem de maneira ética, mas transgridem a promessa de Deus.
Tentaram empurrar a aliança para a linhagem de Ismael, agindo segundo à carne,
distantes de Deus.
e.
ISAQUE foi
gerado segundo o Espírito e mediante a promessa. O que Deus promete ele é capaz
de realizar.
f. Em Cristo podemos nos tornar ISAQUE - filhos para
liberdade, participantes das promessas e da herança. Sem Jesus, somos ISMAEL -
filhos da ira, escravos do pecado, sem Deus e sem esperança no mundo.
3. AS DUAS MÃES/ALIANÇAS – v.24,25
a.
As duas mulheres
tornam-se figuras alegóricas e representam instituições divinas: Aliança do
Sinai e Aliança do Gólgota. Os dois montes equivalem a dois tronos, de onde
Deus outorgou dois tipos de ordens básicas para a comunhão Deus-pessoa.
b.
A ligação da
escrava Agar com a lei do Sinai resulta pelo elemento comum da falta de
liberdade. Agar é mãe do escravismo, pois a lei é uma prisão, um vigilante ou
tutor.
c.
A equação Agar –
Sinai é espantosa. A lei do Sinai foi dada ao povo de Israel, descendentes de
Sara, a mãe da liberdade, e não aos ismaelitas, descendentes de Agar, a mãe da
escravidão.
d.
O nome Agar tem
uma semelhança fonética com o termo hatijar
para os rochedos do Sinai. Além disso há uma indicação geográfica, o Sinai está
na Arábia, ou seja, Israel não recebeu a lei na terra da promessa – Canaã, mas
na terra dos descendentes de Agar, na terra da escravidão.
e.
Como crentes
temos SARA como mãe e fazemos parte da nova aliança, feita pelo sangue de
Cristo na Cruz e aguardamos a consolidação da nossa Jerusalém celestial – a
glorificação da Igreja. Sem Cristo AGAR torna-se mãe e está debaixo da velha
aliança feita por sangue de animais no monte Sinai, aguardando o Messias, que
já veio.
4. AS DUAS JERUSALEM – v.25,26
a.
O elemento de
escravidão liga uma terceira grandeza além de Agar e do Sinai, é incluída a
Jerusalém daquele tempo, a sede e retaguarda dos legalistas de então.
b.
Quem se volta
para a lei, espiritualmente habita entre os ismaelitas, pois Ismael é o
ancestral de todos os legalistas, sejam árabes, judeus ou gentios. Ao tornar-se
o reduto da lei, Jerusalém deixa de ser a cidade santa.
c.
Sara é
apresentada como figura oposta, ao comparar Jerusalém com uma mãe, não a
Jerusalém atual, mas a vindoura, composta pelos que creem em Cristo. Sara
corresponde à Jerusalém de cima, mas presente, sendo a mãe dos cristãos, sendo
livres da lei, filhos nascidos em liberdade.
d.
Como crentes
temos nossa esperança na Jerusalém celestial livre, pois com ela virá nosso
redentor para então morarmos juntos para sempre em paz e segurança. Sem Cristo,
fixam-se os olhos na Jerusalém terrena escrava, a qual não pode oferecer paz e
segurança, pois está em eterno conflito de guerra.
5. OS DOIS ESTADOS – v.27-31
a.
Citando Isaías
54.1, Paulo descreve a venturosa riqueza de filhos dessa Sara, da Jerusalém de
cima enquanto uma nova aliança: ALEGRIA.
b.
Uma promessa
inédita estava sendo preparada que se alegrar era o assunto da ordem do dia.
Essa promessa resultou de um ato de expiação e misericórdia de Deus. A morte
expiatória de Jesus fundou a “nova aliança no seu sangue” e igreja formada por
todos os povos. Resta-nos rir com fez Sara.
c.
Os Gálatas são
lembrados de seu lugar em meio a esse magnífico acontecimento, eles são
nascidos de cima, receberam o Espírito e são filhos de Abraão na ordem correta.
d.
A atitude dos
missionários estranhos é semelhante a de Ismael que perseguia Isaque. É assim
que a Jerusalém atual perseguiu, em nome da lei do Sinai, o Jesus terreno e
promoveu a sua crucificação, e era assim que ela perseguia o Cristo exaltado em
sua igreja.
e.
Vem da Escritura
como os gálatas devem proceder com os judaístas, o filho da escrava deve ser
expulso do seu convívio. Paulo resume afirmando que os gálatas são filhos da
livre, e assim, tem liberdade, pois foram gerados para ela.
f.
Com Cristo
vivemos no esta da alegria e regozijo. A tristeza, a dor, a separação foram
removidos pelo sacrifício de Cristo. Hoje podemos ter alegria plena, eterna,
não baseada em prazeres do mundo que são passageiros e transitórios.
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