Seguimos com a Missão de “ser um sinal visível do Reino, amando a Deus, fazendo discípulos e servindo à comunidade”. Dentro deste cenário, 2025 é o nosso “Ano ‘D’”. Juntos vamos avançar para consolidar a Visão, e no final do ano, estabelecer novos desafios.
Para isso se tornar realidade, precisamos como igreja
“recuperar” os princípios fundamentais para o desenvolvimento saudável da
Igreja. As cadeiras vazias não apenas incomodam, mas avisam que algo precisa
ser feito, e devemos começar recuperando, lembrando, aprendendo e vivendo esses
princípios.
Não precisamos criar novos princípios, pois tudo o
que precisamos saber como igreja está na Palavra, principalmente no livro de
Atos. O que precisamos é ir à Palavra para recuperá-los, depois devemos aprendê-los
e então praticá-los.
Você já se perguntou ou foi questionado por alguém do “por
quê nossas igrejas não crescem...”. Uma resposta para este questionamento
reside no fato de que:
·
Fomos muitos bons em ganhar pessoas para Jesus, mas ruins
em consolidá-las na Igreja. Assim, muitas pessoas saíram e foram para outras
igrejas, principalmente as comunidades. Hoje não melhoramos o processo de
consolidação, e pioramos no aspecto de ganhar pessoas.
Tenho a convicção de que como igreja, precisamos retornar
aos princípios estabelecidos por Jesus e praticados pelos primeiros discípulos.
Creio que uma reforma eclesiológica é urgente, pois as práticas religiosas
antigas estão matando a Igreja de Jesus Cristo.
1. A ORAÇÃO É A BASE
DO MINISTÉRIO - v.13
Depois de chegar em Jerusalém eles foram orar. Foram a uma
casa, subiram no andar superior e lá passaram vários dias em oração (v.14).
Percebamos que eles não saíram imediatamente às ruas, batendo de casa em casa,
entregando convites ou mensagens, nem pregando e testemunhando.
Toda atividade ministerial deve ser precedida de oração.
Se temos poucas pessoas nos cultos, se temos poucos alunos na EBD, se não temos
visitantes, se não chegam pessoas novas, se a igreja não cresce, a falha não
está no modelo de ministério, mas na negligência da oração, seja ela individual
ou coletiva.
Antes de evangelizar, antes de testemunhar, antes de
convidar pessoas, antes de tudo que venhamos a fazer, precisamos orar. Estamos
em uma luta espiritual, e nesta luta, a primeira arma é a oração. Sem oração
não há conversões, não há batismos, não há crescimento.
No cap. 3 de Atos, Pedro e João vão ao templo para a
reunião de oração. Ao chegarem lá, eles encontram um homem aleijado, ministram
a cura e o conduzem para dentro do templo. Pedro prega uma mensagem, três mil
se convertem.
No cap. 4.23,24 de Atos, depois que Pedro e João foram
soltos, eles foram até os outros irmãos para dar testemunho e orar juntos afim
de continuar com coragem para testemunhar. No cap. 6 de Atos os apóstolos
elegem diáconos para que eles se dedicassem a duas coisas: à oração e a
pregação da palavra. Perceba que a oração vem em primeiro lugar.
Não estou falando da oração individual e devocional, todos
nós deveríamos fazer isso, mas as vezes, nem isso fazemos. Estou falando da
oração coletiva, onde a Igreja se reúne para orar, da disposição de fazer da
oração coletiva uma prioridade na minha agenda, pois é nesta reunião, mais que
a Celebração, que somos edificados.
2. A ORAÇÃO GERA
CRESCIMENTO v.15
Foi uma primeira reunião tímida, com no máximo 25 a 30
pessoas, tanto que foi possível para Lucas fazer uma lista: 11 discípulos; 4
irmãos de Jesus (Mc 6.3); Maria a mãe de Jesus; provavelmente as irmãs de Jesus
(duas no mínimo) e as “diversas mulheres” (Lc 8.2,3; Mt 27.55; Mc 15.40,41):Maria
Madalena, Joana, Suzana, Maria – mãe de Tiago e José, Mulher de Zebedeu,
Salomé.
Mas o que começou pequeno, foi com o passar do tempo
crescendo “continuou vários dias... num
dia em que mais ou menos 120...” (v.15). A reunião continuou com o mesmo
propósito – A ORAÇÃO – não mudou o foco, a pregação e o testemunho vieram
depois, antes eles “só” oravam.
Quando nós pensamos em estratégias para o crescimento da
Igreja, buscamos melhorar várias coisas: o ambiente físico, tornar o programa
mais “leve e atrativo”, melhor a qualidade de música, servir lanche, ter mais
momentos de comunhão, atender as crianças, ter bons recepcionistas. Talvez nos
esqueçamos do principal: A ORAÇÃO COMUNITÁRIA.
Não tenho dúvida que o crescimento da igreja em Jerusalém
foi fruto mais da oração do que das pregações de Pedro, ou do testemunho,
sinais, milagres dos apóstolos, ou da comunhão da igreja. Foi a oração que
gerou o crescimento por meio de conversão, não de proselitismo.
O crescimento da igreja será proporcional ao tempo que ela
investe em oração. Aqui está a chave para as cadeiras vazias, a falta oração.
Quando passarmos como igreja a orar mais, proporcionalmente as cadeiras vazias
irão começar a diminuir.
CONCLUSÃO
A falta de um despertamento/multiplicação para oração tem
me incomodado como pastor, parte dessa responsabilidade sei que é minha. Mas o
que vemos aqui é um norte:
Precisamos como igreja e como discípulos orar mais e mais,
orar pelas pessoas não salvas, pelos irmãos afastados, pelos que estão desanimados.
Precisamos do poder do Espírito para orar, pregar e
testemunhar de Jesus.
Precisamos estar perto das pessoas sem cristo, trazê-las
para nós para levá-las a Jesus.
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