Quando um bebê nasce, ele fica dependente de seus pais por muito tempo, coisas simples como comer, higiene pessoal, dormir, locomover-se. Em tudo a criança é dependente. Diferente de certos animais que nascem correndo pelo campo. Mas por que isso? Por que o ser humano foi planejado para viver a comunhão.
O que é comunhão? DICIONÁRIO: 1. Ato de realizar ou desenvolver
alguma coisa em conjunto. 2. Harmonia no modo de sentir, pensar. 3. Onde há
união ou ligação; compartilhamento. BÍBLIA: A palavra é Koinonia:
“fraternidade, associação, comunidade, comunhão, participação conjunta,
relação”, que deriva de Koinonos: “companheiro, associado, colega, sócio
em algo” que provem de Koinos: “comum, ordinário, que pertence a
generalidade” que por fim, provem de Sun: com “preposição primária que
denota união”.
Comunhão é você estar com alguém, fazendo algo
em comum, é ter uma vida em comunidade, é estar em plena união com Deus e com
as pessoas.
1. BASES PARA COMUNHÃO. Atos 2.38
Arrependimento. Diferente de
“consciência pesada”, leva a pessoa a uma mudança. Quem se arrepende de fato,
não volta a cometer o mesmo erro. Quem diz que se arrependeu de matar, mas vive
cometendo homicídios, não se arrependeu. Assim quem continua mentindo,
fofocando, sendo rebelde, etc, é porque de fato não se arrependeu, passou pela
mudança e vive em união.
Testemunho. Alguém disse:
“pregue em todo o tempo, se for preciso fale”. Nosso modo de viver é uma
maneira de testemunhar. Muito mais que nossas palavras, as pessoas vão ouvir
nossa vida e nossos frutos. Mau testemunho afasta as pessoas da Igreja e da
comunhão.
Vida Santa. O pecado atrapalha a
comunhão com Deus (Gn 3.8), cria uma barreira entre as pessoas (Mat 18.15),
fecha a porta para relacionamentos, nutre as inimizades e mata a comunhão.
Ananias e Safira não tinham santidade, foram mortos para não colocar em risco a
comunhão da Igreja (Atos 5).
Vida com Deus. Embora a sociedade
secularizada pregue que você deve dar atenção para suas necessidades, correr
atrás dos seus sonhos, investir em você, sabemos que uma vida com Deus é algo
que jamais podemos negligenciar (Ageu 1.4).
2. ASPECTOS PRÁTICOS DA COMUNHÃO. v.41
A Comunhão interpessoal é consequência de uma comunhão com
Deus. Assim como eu só posso amar o outro de experimentar o amor de Deus na
minha vida, ficará mais simples ter comunhão com as pessoas de tenho uma
intimidade com Deus.
A Comunhão interpessoal exige um afastamento do pecado. v.
40
o Acolheram a
palavra – arrependimento. Muitas pessoas dentro de nossas igrejas não se
relacionam com outras porque não ouve perdão mútuo gerado através de
arrependimento. Intrigas, disputas, invejas e outros sentimentos brotam no
coração que não se arrependeu. A tal da raiz da amargura (Heb. 12.15) é o que
mata a comunhão na Igreja.
o Foram
batizados – testemunho. Em dia de jogo cada um coloca com orgulho a camisa do
seu time, porém se o time está mal na tabela, passa-se a esconder a torcida e
criticar o técnico e jogadores. Assim há muitos na Igreja que não assumem
publicamente seu compromisso com Cristo e com a Igreja local e ainda reclamam
do pastor do pastor e dos irmãos.
o Juntarem-se
a igreja – comunhão. Note que o aumento da Igreja foi assombroso. Hoje lutamos
para formar uma igreja grande e forte, mas as pessoas não querem o compromisso.
Não se juntam a Igreja, parece que há uma escala de rodízio na presença. Se
todos os membros viessem aos cultos, todo domingo a Igreja estaria cheia.
3. BENEFÍCIOS DA COMUNHÃO – v.42
O verso em questão afirma que a nova comunidade tinha um
estilo de vida que nos leva a pensar em 4 disciplinas espirituais fomentadas,
desenvolvidas e praticadas pela Igreja:
o Conhecimento
da Palavra – doutrina dos apóstolos. Veja que não é como as doutrinas dos
“apóstolos” modernos. Esta doutrina era simplesmente os ensinos que haviam
recebido de Cristo e agora estavam partilhando com a Igreja.
o Amizade e
companheirismo – comunhão. Era um povo que gostava de estar junto, infelizmente
hoje nós vivemos isolados que muitos não sabem a cor do sofá do irmão. É cada
um no seu mundinho, ninguém sabe nada de ninguém.
o Dividir os
pesos – partir do pão. A igreja ministrava a Ceia do Senhor como um pacto de
vida. Nas cavernas, nas catacumbas, as escondidas do Império Romano. Mas eles
não temiam, se preciso pagavam com a própria vida.
o Fortalecer a
fé – oração. Uma igreja sem oração não avança. É na oração que nos aproximamos
dos irmãos, e com as respostas a nossa fé aumenta. Não tenha medo nem receio de
pedir que outro irmão ore por você.
4. CONSEQUÊNCIAS DA COMUNHÃO – v.43-47
Podemos listar aqui algumas consequências de viver em
comunhão:
o Temor.
Provérbios diz que o “temor do Senhor” é o início para ser sábio. Quando
vivemos sem temor a Deus, vivemos para nós mesmos e nosso ego.
o Sinais.
Não podemos ser extremistas, a ponto de descrer dos sinais, mas não podemos
viver só em função e busca deles. Onde não há unidade, não haverá sinais de
Deus.
o União.
Não podemos achar que somos auto suficientes, principalmente na fé. A igreja é
um braseiro em chamas, ao afastar-se, enfriamos e apagamos.
o Comum.
O ego deve ir para lata do lixo. Não mais meu, e sim nosso. Não é meu carro,
minha casa, meu dinheiro, meus dons, etc.
o Repartir.
O individualismo nos leva a reter, guardar, acumular para estar tranquilo. Mas quanto
mais juntamos menos temos, e quanto mais repartimos com mais ficamos.
o Perseverança.
É o que falta hoje. As pessoas vem para Igreja, mas na primeira dificuldade, se
afastam e não voltam mais.
o Ir ao
templo. Com a tecnologia, muitos hoje cultuam em casa, dizimam no
internet bank, até a Ceia já pode ser virtual. O templo fica muito longe. Hoje
tá chovendo. Hoje tá muito frio ou muito calor. E assim ficamos em nossas
casas.
o Estar
nas casas. Temos que romper com uma cultura romana de pensa em culto só
no templo. Nós somos o templo. Nossas casas devem ser pequenas igrejas durante
a semana.
o Alegria.
Cantamos “a alegria está no coração de quem já conhece a Jesus”, as não
sorrimos, não brincamos, nos demonstramos esta tal “alegria”.
o Simplicidade.
Não confunda com pobreza e miséria. Ser simples é um estado de espírito que não
se altera pelo que tenho ou deixo de ter.
o Louvor.
No hebraico não existe termo para “agradecer”, era através do louvor que
expressavam sua gratidão ao Senhor.
o Aprovação.
A igreja caiu na graça do povo. Eram bem vistos e bem quistos pelos de fora.
Infelizmente hoje para algumas pessoas, o falar que é crente, gera muito
descrédito.
o CRESCIMENTO.
Preste atenção
no texto “dia a dia o Senhor acrescentava os que iam sendo salvos.” Perceba que
a o resultado final da comunhão era vidas sendo transformadas, agregadas à
Igreja que crescia diariamente. Deus não vai enviar pessoas para um lugar onde
há disputa, discórdia, facção, inveja, etc.
O salmo 133 é
um alerta de que viver em comunhão é um meio de gerar crescimento “ali o Senhor
ordena a benção”.
CONCLUSÃO:
O princípio que vai gerar um grande mover de crescimento
na Igreja chama-se COMUNHÃO. Quando entendemos isso, e vivemos dessa maneira,
as pessoas começam a chegar, conversão, batismo, dons, ministérios, nada para a
Igreja.
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