24 de abr. de 2024

Andar na Luz do Pai

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Efésios 5.1-17

Andar com Cuidado e Amor na Luz do Pai

Paulo está chamando a atenção para o “andar” dos cristãos. Devemos manter a unidade dentro da Igreja (Ef 4:1-16), perseverar em pureza para bom testemunho aos de fora (Ef 4:17-5:17), construir a harmonia dentro do lar (Ef 5:18-6:9) e desfrutar da vitória sobre as forças do mal (Ef 6:10-24).

Paulo argumenta que os filhos são como os pais, fato que, para os que têm filhos, pode ser ao mesmo tempo animador e embaraçoso. É bem possível que a maior parte do aprendizado das crianças se dê pela observação e imitação.

Somos filhos de Deus, e devemos imitar o Pai. Essa é a base para as três admoestações desta seção.

·        Deus é amor (1 Jo 4:8), portanto, devemos andar em amor (Ef 5:1,2).

·        Deus é luz (1 Jo 1:5), portanto, devemos andar como filhos da luz (Ef 5:3-14).

·        Deus é verdade (1 Jo 5:6), portanto, devemos andar em sabedoria (Ef 5:15-17).

 

1. ANDAR EM AMOR – v.1,2

Esta admoestação está ligada aos dois últimos versículos do capítulo anterior, em que Paulo nos adverte sobre a amargura e a ira. É triste quando essas atitudes aparecem na família de Deus. O que nos motiva a andar em amor?

a)   Somos filhos de Deus. É "co-participante da natureza divina" (2 Pe 1:4). A velha natureza é egoísta, levanta muros e declara guerra. Mas a nova natureza é amorosa e, portanto, constrói pontes e declara a paz.

b)   Somos filhos amados de Deus. Deus refere-se a nós da mesma forma que se refere a Jesus Cristo (Mt 3:17). Retribuamos este amor pelo modo de vivermos.

c)    Fomos comprados por um alto preço. A morte de Cristo satisfez a Lei santa de Deus e, portanto, é aceitável e agradável ao Pai.

Paulo começa com o "andar em amor", pois o amor é o elemento fundamental da vida cristã.

 

2. ANDAR COMO FILHOS DA LUZ – v.3-14

Uma vez que "Deus é luz" e estamos imitando o Pai, devemos andar na luz e não ter qualquer relação com as trevas do pecado. Para deixar isso claro, Paulo apresenta três descrições dos cristãos.

a)   Somos santos (v.3,4). Ou seja, "separados", e não pertencemos mais ao mundo de trevas a nosso redor. Fomos "[chamados] das trevas para a sua maravilhosa luz" (1 Pe 2:9).

Está abaixo da dignidade dos santos entregar-se aos pecados do mundo de trevas.  Quem possui desejos abjetos normalmente desenvolve uma forma de falar e um senso de humor igualmente abjetos, e, com frequência, são pessoas que cometem ou cometeram pecados sexuais e gostam de fazer piadas sobre esse tipo de coisa.

b)   Somos de outro reino (v.5,6). Entramos no reino de Deus por Cristo (Jo 3:3), e aguardamos a revelação plena de seu reino (2 Tm 4:1). Quem vive em pecado de modo persistente e deliberado não terá parte no reino de Deus (GI 5:21).

Essas advertências tratam da prática habitual do pecado, não de um ato pecaminoso isolado. Um cristão não é impecável, mas é, cada vez mais, uma pessoa sem pecado em sua vida.

c)    Somos luz (v.7-14). Essa imagem é a tônica da passagem, é impossível permanecer nas trevas e na luz ao mesmo tempo.

A luz produz "bondade", uma das manifestações do fruto do Espírito (GI 5:22). A bondade é o "amor em ação". A justiça refere-se à retidão de caráter diante de Deus e de atitudes diante dos homens. Essas duas qualidades são baseadas na verdade, que é a conformidade com a Palavra e a vontade de Deus.

·        Andar como "filhos da luz" significa viver diante de Deus, sem esconder coisa alguma.

·        Mas "andar como filhos da luz" também significa revelar a luz de Deus em nossa vida diária. Por meio de nosso caráter e conduta, levamos a luz de Deus a um mundo em trevas.

 

3. ANDAR EM SABEDORIA – v.15-17

Significa "olhar ao redor", "andem com cuidado e exatidão". Não podemos deixar a vida cristã por conta do acaso. Devemos tomar decisões sábias e procurar fazer a vontade de Deus.

Os versos 14 e 15 estão inter-relacionados: "Não andem enquanto dormem! Acordem! Abram os olhos! Infelizmente, muita gente que se diz cristã passa pela vida como um sonâmbulo, sem fazer o melhor uso possível das oportunidades que tem de viver para Cristo e servi-lo.

a)   É um sinal de sabedoria (v.15). Somente um insensato deixa-se levar pelas circunstancias da vida. Uma vida planejada está mais preparada para lidar com acontecimentos inesperados.

b)   A vida é curta (v.16a). "Aproveitá-lo ao máximo” as oportunidades. A brevidade da vida é um forte argumento para que se faça o melhor uso possível das oportunidades que Deus dá.

c)    Os dias são maus (v.16b). Significava que a perseguição romana estava a caminho (1 Pe 4:12-19). Não desperdicemos as oportunidades de ganhar os perdidos, em breve, podemos ser proibidos de fazê-lo.

d)   Deus nos deu entendimento (v.17a). Devemos usar nossa mente para descobrir e colocar em prática a vontade de Deus, não esperar por revelações.

e)   Deus tem um plano para a nossa vida (v.17b). Deus nos salvou e tem um propósito para nós, portanto devemos descobri-lo e conduzir a vida de acordo com ele (Ef 2:10).

 

Aplicações:

1.    Em um mundo cada vez mais frio – sobrinha com tio morto na cadeira de rodas – devemos demonstar que o amor é a chave para mudar a humanidade;

2.    Jesus disse que somos a luz do mundo – para o mundo. Não temos luz em nós, mas refletimos, com espelhos, a luz de Jesus.

3.    Os provérbios fazem uma distinção em tolo e o sábio. Nós não somos os tolos deste mundo. Devemos mostrar a sabedoria quem vem de Deus.

4.    O "andar em pureza", tem sua ênfase sobre a nova vida contrastada com a antiga vida, imitando a Deus, não ao mundo perverso a nosso redor.

 

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