17 de abr. de 2024

Andar em Pureza

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Efésios 4.17-32
Andar em Pureza: Vivendo Diferente dos Pecadores

Nos três últimos capítulos, Paulo admoesta a andar em unidade (Ef 4:1-16), pureza (Ef 4:17-5:17), harmonia (Ef 5:18-6:9) e vitória (Ef 6:10-24). Como podemos "andar em pureza"? 1. Andar de modo diferente dos outros gentios - 4:17-32; 2. Andar em amor - 5:1-6; 3. Andar como filhos da luz - 5:7-14; 4. Andar com cuidado - 5:15- 17. 

Na primeira parte desse capítulo, Paulo descreveu o relacionamento do crente com a igreja; agora, move-se para a relação com o mundo. Sem dúvida, estamos "em Cristo" e somos parte do corpo, todavia também estamos no mundo em que há tentação e impureza. 

Não podemos deixar o mundo, porque temos a responsabilidade de testemunhar para ele, mas temos de andar em pureza e não nos deixar corromper pelo mundo. 

Paulo está dizendo: "Eis o que Cristo fez por vocês. Diante disso, eis o que vocês devem fazer para Cristo". Devemos ser praticantes da Palavra, não apenas ouvintes (Tg 1:22). 

O fato de termos sido chamados em Cristo (Ef 1:18) deve servir de motivação para andarmos em unidade (Ef 4:1-16). E o fato de termos sido ressuscitados dentre os mortos (Ef 2:1-10) deve nos motivar a andar em pureza (Ef 4:17-5:17) ou, como Paulo diz em Romanos: "andemos nós em novidade de vida" (Rm 6:4). 

Estamos vivos em Cristo, não mortos no pecado; portanto: "[nos despojemos] do velho homem [...] e [nos revistamos] do novo homem" (Ef 4:22,24). Vamos tirar nossas vestes de mortos e colocar as vestes da graça! 

 

1. COMO VIVEM AS PESSOAS SEM JESUS-v.17-19 

Paulo inicia com uma negativa: não ande como o pagão não-salvo. Ele explica por que eles andam de forma ímpia: 

·        Creem em mentiras e não receberam a verdade, por isso têm a mente obscurecida; 

·        Estão mortos espiritualmente; 

·        Entregaram-se a todo tipo de pecado. 

Compare essa descrição com 2:1-3 e com 2 Coríntios 4. Pode-se resumir o andar errôneo deles ao fato de que não conhecem a verdade e nunca receberam a vida. Apenas o Cristo de João 14:6 pode preencher e satisfazer as necessidades espirituais 

deles. 

 

2. O QUE MUDA APÓS A SALVAÇÃO - v.20-24 

A vida cristã tem de ser radicalmente distinta da velha vida. Paulo espera que os efésios mudem e faz três admoestações: "despojeis" (v.22-23); "revistais" (v.24) e "deixando a mentira" (v.25ss). Romanos 6 afirma que, à medida que reconhecemos como verdade que o velho homem foi crucificado e sepultado, nos "despojamos" da velha natureza. 

Deus fez a sua parte. Cabe a nós crermos no que ele disse e "vestirmos a nova roupa". Aplica-se a todo cristão a instrução que Jesus deu em relação a Lázaro: "Desatai-o- tire as vestes funerárias - e deixai-o ir"! No entanto, não é tão simples morrer para a velha vida, também é preciso haver ressurreição e manifestação da nova vida. Despojamo-nos da "veste funerária" da velha vida e revestimo-nos das "vestes de graça" da nova vida. Somos parte da nova criação de Deus (v.24 e 2:10) e, por isso, andamos em novidade de vida (Rm 6:4). 

 

3. A MUDANÇA SE REFLETE NAS ATITUDES - v.25-32 

Paulo enumera os pecados que temos de "deixar". Observe como Paulo amarra cada mandamento a uma verdade espiritual: somos membros uns dos outros (v.25); estamos selados até o dia da redenção (v.30); Deus nos perdoou (v.32). 

Na Bíblia, doutrina e obrigação são bênçãos conjuntas, tanto a riqueza do cristão quanto seu andar em Cristo. 

a) Mentira - v.25 

Como podemos aceitar a mentira se pertencemos à verdade? Satanás é o pai da mentira (Jo 8:44), os espíritos dele contam mentiras (1 Jo 2:21,27); um dia, o mundo inteiro crerá na "mentira" (2 Ts 2:9-11). 

Paulo exorta para edificar o corpo de Cristo (Ef 4:16) e a fazê-lo em verdade. "Seguindo a verdade em amor" (Ef 4:15). Como "membros uns dos outros", exercemos influência mútua, e não é possível edificar uns aos outros sem a verdade. O primeiro pecado a ser julgado na Igreja primitiva foi a mentira (At 5:1-11). 

b) Ira - v.26,27 

A ira é uma exacerbação emocional causada por algo que nos desagrada. A ira, em si, não é pecado, pois Deus pode irar-se (Dt 9:8, 20; SI 2:12). A ira é um tipo de indignação que não é pecaminosa (Mc 3:5). 

Por vezes, a ira de uma pessoa arde em segredo - o que pode ser chamado de rancor; mas essa mesma ira pode irromper subitamente e destruir - o que pode ser chamado de furor. É difícil praticar a ira santa ou a indignação justa, pois nossas emoções são distorcidas pelo pecado. 

Mantemos nosso andar santo se nos indignamos com o pecado e com os princípios pecaminosos, mas pecamos se nos indignamos com a pessoa. É muito fácil o cristão chamar seu destempero de "indignação justa"! "A ira do homem não produz a justiça de Deus" (Tg 1:20). 

Dar lugar ao diabo (v.27) envolve mentir e sentir raiva, pois Satanás é um mentiroso e um assassino. Será que percebemos que a mentira, a hipocrisia e a raiva dão uma posição segura a Satanás em nossa vida? Caim mentiu, e a raiva levou-o a matar (Gn 4). 

 

c) Roubo - v.28 

O versículo 28 liga-se a 1 Tes. 4:11 e 2 Tes. 3:6-12. "Não furtarás" é um dos Dez Mandamentos, e, ao dar essa ordem, Deus instituiu o direito à propriedade privada. Roubar ou furtar era um pecado típico dos escravos no tempo de Paulo, mas não se limitava apenas aos escravos e era cometido pelos cidadãos em geral. 

Satanás transformou Judas em ladrão (Jo 12:6); fez de Eva uma ladra, pois ela tomou para si um fruto que lhe era proibido. O primeiro Adão roubou e foi expulso do paraíso; mas Cristo, o último Adão, disse a um ladrão: "Hoje estarás comigo no paraíso" (Lc 23:43). 

O ladrão rouba para agradar a si mesmo, mas a partir do momento em que é salvo deve trabalhar a fim de poder ajudar os outros. A graça é responsável por essa mudança maravilhosa no coração da pessoa. 

"Se alguém não quer trabalhar, também não coma" (2 Ts 3:10). Um cristão preguiçoso rouba de si mesmo, dos outros e de Deus. 

d) Palavras torpes - v.29 

Há uma relação muito próxima entre o coração e a boca. "Porque a boca fala do que está cheio o coração" (Mt 12:34). Quando uma pessoa aceita a Cristo, esperamos ver mudanças em sua maneira de falar. 

A boca do pecador é "cheia de maldição e de amargura" (Rm 3:14); mas quando ele crê em Cristo, com sua boca "[confessa] Jesus como Senhor" (Rm 10:9, 10). A boca do pecador condenado é calada diante do trono de Deus (Rm 3:19); mas da boca do cristão saem louvores a Deus (Rm 15:6). 

De nossos lábios devem sair apenas palavras que edifiquem (CI 4:6; SI 141:3). A depravação dos lábios apenas exterioriza a que existe no coração. 

e) Amargura - v.30-32 

A amargura refere-se a uma hostilidade arraigada que corrompe o ser interior. Alguém faz algo que nos contraria, e nutrimos uma disposição negativa para com essa pessoa. A amargura conduz à cólera, que é a manifestação exterior e explosiva de sentimentos interiores. A raiva e a ira com frequência levam ao tumulto ("gritaria") e à maledicência ("blasfêmia"). O primeiro caso envolve um conflito corporal, e o segundo, um conflito verbal. 

Três motivos pelos quais devemos evitar a amargura. 

·        Primeiro. Ela entristece o Espírito Santo. Ele habita dentro do cristão, e, quando o coração está cheio de amargura e de ira, o Espírito se entristece.

·        Segundo. Nosso pecado entristece a Deus o Filho, que morreu por nós. 

·        Terceiro. Entristece a Deus o Pai, que nos perdoou quando aceitamos a Cristo. 

Aplicação

Assim, devemos andar de modo puro, porque somos membros uns dos outros.

Satanás quer espaço para agir em nossa vida; devemos compartilhar com os outros; devemos edificar uns aos outros; e não devemos entristecer a Deus. 

Afinal, fomos ressuscitados dentre os mortos... então por que ainda usar vestes de mortos

 

 

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