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Colossenses 3.12-4.1
Preeminência de Cristo
nos Relacionamentos
Esta seção completa a exortação de Paulo aos cristãos para que vivam em santidade. Dá continuidade à ilustração das vestes: "despistes [...] revestistes [...l" (CI 3:8-10). O apóstolo exorta seus leitores a se despirem da mortalha do pecado e da antiga vida e a colocarem as vestes santas da graça e da nova vida em Cristo (Rm 6:4).
Cristo tem de ter supremacia também em nossa vida, não apenas no evangelho, na cruz, na criação e na igreja. Paulo deixa muito claro como devemos praticar a supremacia de Cristo. Primeiro ele trata da questão da “santidade pessoal” (v.1-11); depois avança para a “comunhão cristã” (v.12-17); “a família” (v.18-21) e “no trabalho” (3.22-4.1)
1. NA COMUNHÃO CRISTÃ (3:12-17)
a) A Graça de Cristo é Manifestada – v.12-14
I. Em nos Separar (santos) – v.12. Quem crê em Cristo é separado do mundo para o Senhor. Não somos de nós
mesmos; pertencemos inteiramente ao Senhor (1 Co 6:19, 20).
II. Em nos Amar – v.12. Quando um cristão peca, é um filho de Deus entristecendo o coração
amoroso do Pai. À medida que o amor por Deus cresce, também aumenta seu desejo
de obedecer ao Senhor e de andar na novidade de vida em Jesus Cristo.
III. Em nos Escolher – v.12. O termo "eleitos" significa "escolhidos de Deus"
(Dt 7.7-8). O milagre da eleição divina não depende de coisa alguma que
alguém seja ou tenha feito, pois Deus nos escolheu em Cristo "antes da
fundação do mundo" (Ef 1:4).
IV. Em nos Perdoar – v.13,14. O perdão de Deus é completo e definitivo; não é condicional nem
parcial. O perdão é possível pelo sacrifício de Jesus Cristo na cruz. Deus nos
perdoou "em Cristo" (Ef 4:32), não por algum mérito nosso.
è Agora, devemos nos revestir das virtudes da vida cristã, das quais Paulo
cita oito: misericórdia; bondade; humildade; mansidão; longanimidade; ser
suporte; perdão e amor.
Paulo passa do caráter para a conduta. De que
maneira o cristão pode saber se está fazendo a vontade de Deus?
b) A Paz de Cristo – v.15. No coração do discípulo e na igreja. Quando o cristão perde a paz
interior, sabe que, de algum modo, desobedeceu a Deus. Entretanto, devemos ter
cuidado com uma falsa paz no coração (Ex. Jonas). Se tivermos paz no coração,
estaremos em paz com a igreja. Somos chamados a constituir um só corpo, e nossa
relação com os membros da congregação deve ser de harmonia e de paz.
c) A Palavra de Cristo – v.16. Trata-se, evidentemente, da Palavra de Deus. Os falsos mestres chegaram
a Colossos com tradições e filosofias humanas e preceitos religiosos. Tentaram
conciliar a Palavra de Deus com seus ensinamentos, mas não havia como fazê-lo.
A Palavra de Deus sempre engrandece a Jesus Cristo.
d) O Nome de Cristo – v.17. Como cristãos, levamos o nome de Cristo. O termo cristão aparece apenas
três vezes em todo o Novo Testamento (At 11:26; 26:28; 1 Pe 4:16). A princípio,
era uma designação depreciativa, mas aos poucos se tornou um nome honrado.
Assim, o nome de Cristo representa identificação: pertencemos a Jesus Cristo. Levar
o nome de Jesus é um privilégio enorme, mas também uma grande responsabilidade.
Por causa do nome de Cristo, há perseguição (Jo 15:20,21).
Em Cristo, não há barreiras (v.11), somos um nele,
e ele é tudo. Se Cristo tiver primazia em nossa vida, conseguimos nos dar bem
com os outros para a glória dele. A paz de Deus "arbitra" (decide) em
nosso coração as divergências existentes à medida que nos alimentamos da Palavra
e que adoramos a Cristo.
Na igreja local, a comunhão cristã não pode ser
regida por estatutos, embora eles sejam úteis, pois a verdadeira comunhão vem
do interior, do coração dos crentes. Se um crente não comunga com outro é
porque um deles não está, ou, quem sabe, os dois não estejam, em comunhão com
Deus.
Paulo aconselha: "Tudo o que fizerdes, seja
em palavra, seja em ação, fazei-o em nome do Senhor Jesus" (v.17).
Leia Tiago 4 e veja que as guerras e as disputas acontecem quando os cristãos
fazem coisas por motivos egoístas, não para a glória de Deus. Veja, ao comparar
3:15-18 com Efésios 5:18-22, como impregnarmos da Palavra produz as mesmas bênçãos
de quando estamos cheios com o Espírito. Estar cheio do Espírito significa ser
controlado pela Palavra.
2. NA FAMÍLIA (3:18-21)
1. Maridos e Esposas: Amor e Submissão (Cl 3:18,19)
A fé em Jesus Cristo não muda apenas os indivíduos,
mas também os lares. A família é o primeiro lugar em que nossa fé cristã deve
operar. 1 Timóteo 5:4 determina: "Aprendam primeiro a exercer piedade para
com a própria casa". Por causa de Cristo, as esposas, se tirarem seu
alimento espiritual dele, o cabeça (2:19), serão submissas e obedientes. Para
informações adicionais a respeito desse tema, leia Efésios 5:22ss e 1 Pedro 3.
Claro que o marido também deve demonstrar amor e
carinho por sua esposa e por sua família. De acordo com Efésios 5:23ss, a
liderança do marido na família é um reflexo da liderança de Cristo na igreja.
2. Pais E Filhos: Encorajamento e Obediência (Cl
3:20,21)
Os filhos devem obedecer aos pais por causa de
Cristo, a fim de agradar ao Senhor. É triste quando os filhos, cristãos
confessos, rebelam-se contra os pais e, assim, pecam contra Cristo e a igreja.
Os filhos cristãos precisam viver de acordo com sua alta posição em Cristo como
membros do corpo dele.
Como nossa família seria abençoada se cada membro
dela dissesse: "Viverei cada dia para agradar a Cristo e fazê-lo soberano
em todas as coisas". Haveria menos egoísmo e mais amor; menos impaciência
e mais brandura; menos desperdício de dinheiro em tolices e uma vida mais
voltada para as coisas mais importantes.
3. NO TRABALHO DIÁRIO (3:22-4:16)
1. Senhores e Servos: Honestidade e Dedicação (Cl
3:22 - 4:1)
Na época de Paulo, os servos eram ligados à casa em
que serviam, mas podemos aplicar essas mesmas verdades aos empregados e aos empregadores
cristãos de hoje.
Paulo lembra aos servos que têm o senhor segundo a
carne e também o Senhor celestial, Cristo. O empregado cristão deve trabalhar
para honrar e agradar a Cristo.
No versículo 22, a palavra "vigilância"
refere-se a trabalhar quando o empregador vigia. Mas, não esqueçamos: o Senhor
celestial está sempre de vigília! Não temos de agradar aos homens, mas a
Cristo. "Singeleza de coração" refere-se ao coração voltado para um
objetivo - agradar a Cristo.
É uma bênção saber que, na verdade, os empregados
cristãos são ministros de Cristo quando operam suas máquinas, usam suas
ferramentas, dirigem seus caminhões ou desempenham suas tarefas, qualquer que seja
a vocação que tenham.
O trabalho deve ser feito de coração: "Fazei-o
de todo o coração, como para o Senhor"! O trabalho feito com indiferença é
um testemunho estéril. Em seu retorno, Cristo julgará o trabalhador infiel, indiferente,
portanto, convém que, por causa de Cristo, todos façamos nosso melhor em tudo.
Os empregadores também devem dirigir seus negócios
como cristãos. Não é certo o empregador cristão pagar pouco a seu empregado cristão,
porque todos eles estão em Cristo. Ele deve pagar-lhe o que é justo e equitativo.
É um desafio para o empregador cristão pôr Cristo em
primeiro lugar nos negócios nesses dias de acordos sindicais, de regulamentações
governamentais e de mercado competitivo, mas Deus promete honrar o crente que
faz isso. O empregador que põe Cristo em primeiro lugar e dá primazia a ele
pode encarar seu Senhor de coração limpo.
Muitos cristãos regozijam-se com as grandes
doutrinas dos capítulos 1-2, mas ignoram as obrigações dos capítulos 3-4. O
crente que leva uma vida superficial e desobediente não acredita realmente que
Cristo é tudo de que precisamos.
O cristão que depende do cabeça - seu Salvador
ressurrecto e glorificado - desfruta a vida cristã madura em sua plenitude.
Aplicações:
1. Cristo deve ser o cabeça do lar. Devemos viver
pelo poder e pela autoridade de Cristo. Se ele for preeminente em nossa vida,
amaremos uns aos outros, nos sujeitaremos uns aos outros, obedeceremos e trataremos
uns aos outros com justiça no Senhor.
2. Nossa vida deve estar plena da Palavra para
evidenciar uma vida de alegria, gratidão e submissão. Estar cheio do Espírito
significa ser controlado pela Palavra.
3. Se os membros da família forem controlados pelo
Espírito de Deus e pela Palavra de Deus, serão alegres, gratos e submissos, e
não terão grandes dificuldades em conviver uns com os outros.
4. Se estiverem cheios do Espírito e da palavra, também
os empregados e empregadores cristãos tratarão uns aos outros com justiça.
5. O cerne de todo problema é o que está no
coração, e somente o Espírito de Deus e a Palavra de Deus podem mudar e
controlar o coração.
As pessoas com as quais você convive podem observar
que você está cheio do Espírito e da Palavra?
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