21 de nov. de 2023

Preeminência de Cristo nos Relacionamentos

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Colossenses 3.12-4.1 
Preeminência de Cristo nos Relacionamentos

Esta seção completa a exortação de Paulo aos cristãos para que vivam em santidade. Dá continuidade à ilustração das vestes: "despistes [...] revestistes [...l" (CI 3:8-10). O apóstolo exorta seus leitores a se despirem da mortalha do pecado e da antiga vida e a colocarem as vestes santas da graça e da nova vida em Cristo (Rm 6:4).

Cristo tem de ter supremacia também em nossa vida, não apenas no evangelho, na cruz, na criação e na igreja. Paulo deixa muito claro como devemos praticar a supremacia de Cristo. Primeiro ele trata da questão da “santidade pessoal” (v.1-11); depois avança para a “comunhão cristã” (v.12-17); “a família” (v.18-21) e “no trabalho” (3.22-4.1)

 

1. NA COMUNHÃO CRISTÃ (3:12-17)

a) A Graça de Cristo é Manifestada – v.12-14

I. Em nos Separar (santos) – v.12. Quem crê em Cristo é separado do mundo para o Senhor. Não somos de nós mesmos; pertencemos inteiramente ao Senhor (1 Co 6:19, 20).

II. Em nos Amar – v.12. Quando um cristão peca, é um filho de Deus entristecendo o coração amoroso do Pai. À medida que o amor por Deus cresce, também aumenta seu desejo de obedecer ao Senhor e de andar na novidade de vida em Jesus Cristo.

III. Em nos Escolher – v.12. O termo "eleitos" significa "escolhidos de Deus" (Dt 7.7-8). O milagre da eleição divina não depende de coisa alguma que alguém seja ou tenha feito, pois Deus nos escolheu em Cristo "antes da fundação do mundo" (Ef 1:4).

IV. Em nos Perdoar – v.13,14. O perdão de Deus é completo e definitivo; não é condicional nem parcial. O perdão é possível pelo sacrifício de Jesus Cristo na cruz. Deus nos perdoou "em Cristo" (Ef 4:32), não por algum mérito nosso.

è Agora, devemos nos revestir das virtudes da vida cristã, das quais Paulo cita oito: misericórdia; bondade; humildade; mansidão; longanimidade; ser suporte; perdão e amor.

Paulo passa do caráter para a conduta. De que maneira o cristão pode saber se está fazendo a vontade de Deus?

b) A Paz de Cristo – v.15. No coração do discípulo e na igreja. Quando o cristão perde a paz interior, sabe que, de algum modo, desobedeceu a Deus. Entretanto, devemos ter cuidado com uma falsa paz no coração (Ex. Jonas). Se tivermos paz no coração, estaremos em paz com a igreja. Somos chamados a constituir um só corpo, e nossa relação com os membros da congregação deve ser de harmonia e de paz.

c) A Palavra de Cristo – v.16. Trata-se, evidentemente, da Palavra de Deus. Os falsos mestres chegaram a Colossos com tradições e filosofias humanas e preceitos religiosos. Tentaram conciliar a Palavra de Deus com seus ensinamentos, mas não havia como fazê-lo. A Palavra de Deus sempre engrandece a Jesus Cristo.

d) O Nome de Cristo – v.17. Como cristãos, levamos o nome de Cristo. O termo cristão aparece apenas três vezes em todo o Novo Testamento (At 11:26; 26:28; 1 Pe 4:16). A princípio, era uma designação depreciativa, mas aos poucos se tornou um nome honrado. Assim, o nome de Cristo representa identificação: pertencemos a Jesus Cristo. Levar o nome de Jesus é um privilégio enorme, mas também uma grande responsabilidade. Por causa do nome de Cristo, há perseguição (Jo 15:20,21).

Em Cristo, não há barreiras (v.11), somos um nele, e ele é tudo. Se Cristo tiver primazia em nossa vida, conseguimos nos dar bem com os outros para a glória dele. A paz de Deus "arbitra" (decide) em nosso coração as divergências existentes à medida que nos alimentamos da Palavra e que adoramos a Cristo.

Na igreja local, a comunhão cristã não pode ser regida por estatutos, embora eles sejam úteis, pois a verdadeira comunhão vem do interior, do coração dos crentes. Se um crente não comunga com outro é porque um deles não está, ou, quem sabe, os dois não estejam, em comunhão com Deus.

Paulo aconselha: "Tudo o que fizerdes, seja em palavra, seja em ação, fazei-o em nome do Senhor Jesus" (v.17). Leia Tiago 4 e veja que as guerras e as disputas acontecem quando os cristãos fazem coisas por motivos egoístas, não para a glória de Deus. Veja, ao comparar 3:15-18 com Efésios 5:18-22, como impregnarmos da Palavra produz as mesmas bênçãos de quando estamos cheios com o Espírito. Estar cheio do Espírito significa ser controlado pela Palavra.

 

2. NA FAMÍLIA (3:18-21)

1. Maridos e Esposas: Amor e Submissão (Cl 3:18,19)

A fé em Jesus Cristo não muda apenas os indivíduos, mas também os lares. A família é o primeiro lugar em que nossa fé cristã deve operar. 1 Timóteo 5:4 determina: "Aprendam primeiro a exercer piedade para com a própria casa". Por causa de Cristo, as esposas, se tirarem seu alimento espiritual dele, o cabeça (2:19), serão submissas e obedientes. Para informações adicionais a respeito desse tema, leia Efésios 5:22ss e 1 Pedro 3.

Claro que o marido também deve demonstrar amor e carinho por sua esposa e por sua família. De acordo com Efésios 5:23ss, a liderança do marido na família é um reflexo da liderança de Cristo na igreja.

 

2. Pais E Filhos: Encorajamento e Obediência (Cl 3:20,21)

Os filhos devem obedecer aos pais por causa de Cristo, a fim de agradar ao Senhor. É triste quando os filhos, cristãos confessos, rebelam-se contra os pais e, assim, pecam contra Cristo e a igreja. Os filhos cristãos precisam viver de acordo com sua alta posição em Cristo como membros do corpo dele.

Como nossa família seria abençoada se cada membro dela dissesse: "Viverei cada dia para agradar a Cristo e fazê-lo soberano em todas as coisas". Haveria menos egoísmo e mais amor; menos impaciência e mais brandura; menos desperdício de dinheiro em tolices e uma vida mais voltada para as coisas mais importantes.

 

3. NO TRABALHO DIÁRIO (3:22-4:16)

1. Senhores e Servos: Honestidade e Dedicação (Cl 3:22 - 4:1)

Na época de Paulo, os servos eram ligados à casa em que serviam, mas podemos aplicar essas mesmas verdades aos empregados e aos empregadores cristãos de hoje.

Paulo lembra aos servos que têm o senhor segundo a carne e também o Senhor celestial, Cristo. O empregado cristão deve trabalhar para honrar e agradar a Cristo.

No versículo 22, a palavra "vigilância" refere-se a trabalhar quando o empregador vigia. Mas, não esqueçamos: o Senhor celestial está sempre de vigília! Não temos de agradar aos homens, mas a Cristo. "Singeleza de coração" refere-se ao coração voltado para um objetivo - agradar a Cristo.

É uma bênção saber que, na verdade, os empregados cristãos são ministros de Cristo quando operam suas máquinas, usam suas ferramentas, dirigem seus caminhões ou desempenham suas tarefas, qualquer que seja a vocação que tenham.

O trabalho deve ser feito de coração: "Fazei-o de todo o coração, como para o Senhor"! O trabalho feito com indiferença é um testemunho estéril. Em seu retorno, Cristo julgará o trabalhador infiel, indiferente, portanto, convém que, por causa de Cristo, todos façamos nosso melhor em tudo.

Os empregadores também devem dirigir seus negócios como cristãos. Não é certo o empregador cristão pagar pouco a seu empregado cristão, porque todos eles estão em Cristo. Ele deve pagar-lhe o que é justo e equitativo.

É um desafio para o empregador cristão pôr Cristo em primeiro lugar nos negócios nesses dias de acordos sindicais, de regulamentações governamentais e de mercado competitivo, mas Deus promete honrar o crente que faz isso. O empregador que põe Cristo em primeiro lugar e dá primazia a ele pode encarar seu Senhor de coração limpo.

Muitos cristãos regozijam-se com as grandes doutrinas dos capítulos 1-2, mas ignoram as obrigações dos capítulos 3-4. O crente que leva uma vida superficial e desobediente não acredita realmente que Cristo é tudo de que precisamos.

O cristão que depende do cabeça - seu Salvador ressurrecto e glorificado - desfruta a vida cristã madura em sua plenitude.

 

Aplicações:

1. Cristo deve ser o cabeça do lar. Devemos viver pelo poder e pela autoridade de Cristo. Se ele for preeminente em nossa vida, amaremos uns aos outros, nos sujeitaremos uns aos outros, obedeceremos e trataremos uns aos outros com justiça no Senhor.

2. Nossa vida deve estar plena da Palavra para evidenciar uma vida de alegria, gratidão e submissão. Estar cheio do Espírito significa ser controlado pela Palavra.

3. Se os membros da família forem controlados pelo Espírito de Deus e pela Palavra de Deus, serão alegres, gratos e submissos, e não terão grandes dificuldades em conviver uns com os outros.

4. Se estiverem cheios do Espírito e da palavra, também os empregados e empregadores cristãos tratarão uns aos outros com justiça.

5. O cerne de todo problema é o que está no coração, e somente o Espírito de Deus e a Palavra de Deus podem mudar e controlar o coração.

As pessoas com as quais você convive podem observar que você está cheio do Espírito e da Palavra?

 

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