31 de out. de 2023

Jesus é Senhor Sobre Todas as Coisas

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Colossenses 1.13-23 
Jesus é Senhor Sobre Todas as Coisas

Os corpos celestes exercem alguma influência sobre nossa vida? As milhões de pessoas que consultam o horóscopo todos os dias diriam que sim. Existe alguma relação entre a alimentação e a vida espiritual? Deus comunica-se conosco de maneira direta em nossa mente ou apenas por meio de sua Palavra, a Bíblia? As religiões orientais têm algo a oferecer aos cristãos evangélicos?

Apesar de atuais, essas questões são tratadas por Paulo em Colossenses. Esta carta é tão relevante para nós hoje quanto era para os cristãos do ano 60 d.C., quando foi escrita.

O falso ensinamento que ameaçava a fé da Igreja de Colossos era uma mescla de: legalismo judaico, filosofia oriental, astrologia pagã, misticismo, asceticismo e até uma pitada de cristianismo. Havia algo para todos os gostos, e era justamente isso o que tornava essas doutrinas tão perigosas.

Os falsos mestres afirmavam que não estavam negando a fé cristã, mas sim elevando seu nível. Ofereciam plenitude e liberdade, uma vida gratificante com soluções para todos os problemas.

Temos alguma heresia semelhante nos dias de hoje? Sem dúvida! E é igualmente falaz e perigosa. Quando consideramos Jesus Cristo e a revelação cristã apenas parte de uma filosofia ou sistema religioso mais amplo, deixamos de lhe dar preeminência. Quando buscamos a todo custo a "perfeição espiritual" ou a "plenitude espiritual" por meio de fórmulas, disciplinas ou rituais, retrocedemos em vez de avançar.

Os cristãos devem guardar-se de misturar a fé cristã com quaisquer outras coisas, como ioga, meditação transcendental, misticismo oriental, por mais atraentes que sejam. Também devemos cuidar com líderes que pregam uma "vida mais profunda" e oferecem fórmulas para obter vitória e plenitude, mas deixam de fora a consagração ao Senhor.

Jesus Cristo deve ser preeminente em todas as coisas!

 

1. CRISTO É O SALVADOR - 1:13,14

O maior problema do ser humano e o pecado, problema que não pode ser resolvido por nenhum filosofo ou líder religioso. Os pecadores precisam de um Salvador.

Ele nos libertou (v.13a). Significa "livrou do perigo". Não poderíamos nos livrar da culpa e do castigo pelo pecado por conta própria, mas Jesus é capaz e o fez e fez mais: fomos libertos da autoridade de Satanás e dos poderes das trevas. Os falsos mestres gnósticos acreditavam que uma organização de espíritos perversos controlava o mundo (Cl 1:16; 2:10,15).

Ele nos transportou (v.13b). "Transportar" era usado para descrever a deportação de uma população de um país para outro. Jesus Cristo não nos libertou e nos colocou no próprio reino de luz e nos deu a vitória sobre o reino de trevas de Satanás. A experiência de Israel é uma ilustração dessa experiência espiritual, o Senhor nos tira das trevas para poder nos levar para a luz.

Ele nos redimiu (v.14a). Significa "libertar um prisioneiro mediante o pagamento de um resgate". Por meio de sua morte e ressurreição, jesus cumpriu os requisitos sagrados da Lei de Deus. Satanás quer nos acusar e aprisionar, mas o resgate já foi pago no Calvário, e, pela fé em Jesus, fomos libertos.

Ele nos perdoou (v.14b). A redenção e a remissão andam juntas (Ef 1:7). A remissão (perdão) tem o sentido de "mandar embora" ou de "cancelar uma dívida". Não há coisa alguma em nossa "ficha" que Satanás possa usar contra nós!

Nós precisamos redescobrir a liberdade do perdão. O perdão que Deus oferece aos pecadores é um ato de sua graça. Saber que fomos perdoados permite que tenhamos comunhão com Deus, que desfrutemos sua graça e que procuremos fazer sua vontade. O perdão é um estímulo à obediência. Pelo fato de termos sido perdoados, podemos perdoar a outros (Cl 3:13).

Jesus Cristo é preeminente na salvação. Nenhuma outra pessoa poderia nos redimir, perdoar, tirar do reino de Satanás, levar para o reino de Deus e fazer tudo isso inteiramente pela graça.

 

2. CRISTO É O CRIADOR - 1:15-17

Os falsos mestres ensinavam que a matéria e o corpo humano eram maus; que Jesus Cristo não teve um corpo de verdade. Os resultados foram trágicos: em um extremo, o asceticismo radical e, no outro, o pecado desenfreado. Paulo explica quatro aspectos da relação de Jesus Cristo com a criação.

- Ele existia antes da criação (v.15). “Primogênito” não se refere ao tempo, mas sim ao lugar ou situação. Jesus não foi o primeiro ser criado, ele é o Criador de todas as coisas. “Primogênito” significa que é o "primeiro em importância, do primeiro escalão"; significa "anterior a toda a criação". Jesus não é um ser criado; ele é a imagem do Deus eterno, é "a expressão exata do seu Ser" (Hb 1:3). Em sua essência, Deus é invisível, mas em Jesus Cristo ele se revelou a nós (Jo 1:18).

- Ele criou todas as coisas (v.16a). Uma vez que Cristo criou todas as coisas, ele próprio não foi criado. Jesus Cristo é o primogênito de tudo porque foi ele quem criou todas as coisas "Todas as coisas foram feitas por intermédio dele" (Jo 1:3).

- Todas as coisas existem para ele (v.16b). Todas as coisas existem nele, para ele e por meio dele. Jesus Cristo é o Âmbito da existência de todas as coisas, o Agente por meio do qual todas vieram a existir e Aquele para o qual foram criadas. Logo, nenhuma delas pode ser má em si mesma. Os preceitos dos gnósticos acerca da criação não passam de tolices (Cl 2:20-23).

- Ele mantém a união de todas as coisas (v.17). “Subsistir” é igual a "existir em união". Uma vez que Jesus "é antes de todas as coisas", pode mantê-las em união. Somente Deus existe antes de toda a criação e somente Deus pode dar coesão à criação. Considerar Jesus Cristo inferior a Deus é o mesmo que desentronizá-lo. Jesus Cristo fez todas as coisas, e, por meio dele, todas as coisas permanecem em união. Sem dúvida, este é o mundo de meu Pai!

 

3. CRISTO É O CABEÇA DA IGREJA - 1:18

Encontramos diversas imagens da Igreja no Novo Testamento, e o corpo é uma das mais importantes (Rm 12:4ss; 1Co 12:14; Ef 4:816). Isso não se refere a igreja local, pois este “corpo” é constituído de todos os cristãos verdadeiros. Quando uma pessoa crê em Jesus Cristo, é batizada no mesmo instante pelo Espírito Santo de modo a se tornar parte desse corpo (1 Co 12:12, 13).

Todo cristão é membro desse corpo espiritual, e Jesus Cristo é o cabeça. De acordo com seu uso na língua grega, o termo "cabeça" referia-se à "fonte" ou "origem" bem como a um "líder, governante". Jesus Cristo é a Origem e o Líder de seu corpo, a Igreja.

Nenhum cristão na Terra é cabeça da Igreja. Essa posição é reservada exclusivamente para Jesus Cristo. Vários líderes religiosos podem ter fundado congregações ou denominações, mas somente Jesus Cristo é o Fundador da Igreja, que é seu corpo.

A existência de "somente um corpo" neste mundo (Ef 4:4) não elimina nem minimiza a necessidade de grupos locais de cristãos. O fato de pertencermos à Igreja universal não nos isenta de responsabilidades para com a igreja local.

Jesus Cristo é o cabeça e o princípio da Igreja; também é o "primogênito de entre os mortos". Cristo é a Pessoa mais importante dentre todas as que ressuscitaram, pois sem a ressurreição dele não poderia haver ressurreição para os outros (1Co 15:20ss). O túmulo foi como um ventre do qual Cristo surgiu em vitória, pois a morte não pôde detê-lo (At 2:24). O Filho foi gerado na glória da ressurreição (SI 2:7; At 13:33).

Isso nos leva ao tema da carta: "para em todas as coisas ter a primazia" (Cl 1:18). Esse foi o propósito de Deus ao fazer de seu Filho o Salvador, Criador e Cabeça da Igreja.

 

4. ELE É O AMADO DO PAI - 1:19,20

Paulo declara que, em Cristo, "reside toda a plenitude"! O termo grego traduzido por "plenitude" é pleroma, significa "a soma total dos poderes e atributos divinos".

A palavra "residir" é igualmente importante. Significa muito mais do que apenas "morar". A forma verbal quer dizer: "estar no lar em caráter permanente". O Pai não concederia seu pleroma em caráter permanente a algum ser criado.

Uma vez que Jesus Cristo é Deus, ele é capaz de fazer o que nenhum mero ser humano jamais poderia fazer: reconciliar os pecadores com um Deus santo. Para isso Deus poderia rebaixar seus padrões, fechar os olhos para o pecado e fazer concessões aos seres humanos, ou estes pudessem encontrar uma forma de agradar a Deus, mas não são capazes de fazer coisa alguma para salvar-se nem para agradar a Deus (Rm 8:8).

A reconciliação entre o ser humano e Deus, a iniciativa e a ação partiram do Ser divino. Deus foi reconciliado com o homem em Cristo (2 Co 5:19) por meio da morte de Cristo. Ele "[fez] a paz pelo sangue da sua cruz" (Cl 1:20).

A reconciliação que temos em Jesus Cristo é perfeita, completa e definitiva, ela envolve todo o universo! (Cl 1:20).

Paulo afirma que, na cruz, Cristo resolveu o problema do pecado de uma vez por todas. Isso significa que, um dia, Deus poderá unir em Cristo tudo o que lhe pertence (Ef 1:9, 10). Poderá glorificar os cristãos e castigar os incrédulos, e o fará com justiça, por causa da morte de Cristo na cruz.

Ao contrário do que os gnósticos ensinavam, Jesus Cristo era um ser humano real, com um corpo real. Era Deus habitando em carne humana (Jo 1:14). Quando morreu na cruz, cumpriu os requisitos justos da Lei, pois sofreu o castigo pelos pecados dos homens (1 Pe 2:24). A reconciliação foi consumada na cruz (Rm 5:11).

 

Aplicações:

1. Jesus Cristo cuidou de todas as coisas. Todas as coisas foram criadas por ele e para ele. Existia antes de todas as coisas e, hoje, mantém a união de todas as coisas. Reconciliou todas as coisas mediante a cruz.

2. Tudo de que precisamos encontra-se em Jesus Cristo. Nele, temos toda a plenitude de Deus e somos "aperfeiçoados" (CI 2:10). Não há necessidade de acrescentar coisa alguma à pessoa ou à obra de Cristo.

3. Deus tem prazer em ver seu Filho, Jesus Cristo, honrado e recebendo preeminência. Algumas pessoas dizem que são cristãs, mas ignoram ou negam Jesus Cristo. Dizem adorar somente ao Pai, pois o resto é dispensável.

4. Jesus Cristo é o Salvador, o Criador, o Cabeça da Igreja e o Amado do Pai. Ele é o Deus eterno e merece a preeminência em nossa vida. Jesus Cristo tem a primazia em sua vida?

 

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