Marcos termina com a missão dada por Jesus aos discípulos de ir por todo o mundo e pregar o evangelho a toda criatura (Mc 16.15). Após a descida do Espírito Santo (At 2), eles foram e pregaram por toda parte, cooperando com eles o Senhor e confirmando a palavra por meio de sinais.
Em Atos 8 a Igreja sofre grande perseguição em Jerusalém, Estevão é morto, Saulo queria destruir a Igreja, indo de casa em casa para prender os cristãos. Neste intento, ele vai para Damasco, mas no caminho Jesus se revela a ele (Atos 9), e isso vai mudar o futuro da Igreja.
O perseguidor Saulo se converte a Cristo e se torna
o Apóstolo Paulo, que vai realizar três viagens missionárias para pregar as
boas novas de Jesus a outras cidades. Em sua segunda viagem missionária, por
volta do ano 52 d.C, Paulo chegou a Filipos pela primeira vez.
Paulo teve que deixar Filipos depois de desatar-se
a tormenta da perseguição que o reduziu a uma prisão ilegal. Quando Paulo escreveu esta Carta
encontrava-se preso em Roma por volta do ano 62 d.C.
·
Tem as notas
características das cartas que um amigo dirige a seus amigos. Paulo não evoca a
autoridade apostólica;
·
Eles são escravos
de Jesus Cristo o faz por três motivos:
o
Deixa situado que
é possessão absoluta de Cristo;
o
Deixa claro que
se deve a Cristo com uma obediência absoluta;
o
Como os profetas
do A.T. ele é um “servo de Deus”.
·
Paulo escreve
para os santos em Cristo Jesus pensa nos que são diferentes
de outros e estão consagrados a Deus por sua especial relação com Jesus Cristo.
·
Bispos é uma função – supervisor, não um título; Diáconos
era uma função – servir.
·
Sua saudação usa
os termos graça e paz (caris
e eirene), são uma síntese maravilhosa. Toma as saudações de duas
grandes nações e os refunde em uma. Caris é a saudação
normal grega, com o qual começavam todas as cartas. Eirene é a saudação normal hebraica – a expressão com que se saudavam os
judeus ao encontrar-se.
I. A cidade
Filipos era uma colônia romana, governada pelas
leis romanas e sujeita ao governante romano. Era uma pequena Roma no meio da
cultura grega, da mesma forma que a igreja é uma "colônia celestial" na
terra (em Fp 3:20, "pátria" significa "cidadania").
A cidade recebeu esse nome do rei Filipe, da
Macedônia, que a tirou dos trácios. A cidade era conhecida por suas minas de
ouro e de prata, bem como por sua lavoura, pois tinha solo fértil. Localizava-se
na Macedônia, hoje Grécia, na Europa. Uma posição estratégica do ponto
geográfico, divide a Europa da Ásia, o Oriente do Ocidente.
II. A igreja
Em sua segunda viagem missionária, Paulo fundou, em
Filipos, a primeira igreja da Europa (veja At 16). Os crentes filipenses
enviaram ajuda a Paulo quando este foi para Tessalônica (Fp 4:15 e veja 2 Co 11:9).
Cinco anos depois, Paulo, em sua terceira viagem, visitou Filipos quando estava
a caminho de Corinto e também na viagem de volta (At 20:1-6).
A narração se centra em torno de três personagens:
Lídia (asiática), a vendedora de púrpura – classe alta; a jovem (grega) escrava
demente usada por seus donos com fins de lucro – classe baixa; e o carcereiro (romano)
uma espécie de funcionário público – classe média.
Havia um amor profundo e recíproco que unia Paulo
aos filipenses. Sem dúvida, a igreja não deu muito trabalho a Paulo. Não é de
surpreender que ele gostasse de conviver com eles!
III. A carta
A igreja soubera da prisão domiciliar de Paulo e
queria enviar ajuda para ele. Ela enviou Epafrodito (talvez ele fosse
presbítero) a Roma com a oferta para o necessitado apóstolo. Em geral, a viagem
de Filipos a Roma levava um mês.
Epafrodito ficou com Paulo, em Roma, e ministrou muito
ali, tanto a Paulo como com ele, que ficou doente (Fp 2:25-30). Aparentemente, Paulo
mencionou o amigo doente quando escreveu seu agradecimento para a igreja.
Assim, a igreja ficou muito preocupada com ele, como
também com Paulo. Também é possível que a igreja reclamasse do atraso de Epafrodito
em retornar, pois este ficou alguns meses a mais com Paulo.
De qualquer modo, Paulo enviou Epafrodito de volta
para casa com a carta que conhecemos como epístola aos Filipenses quando ele
recuperou as forças. Ele tinha diversos objetivos em mente ao escrever essa
carta:
1.
Explicar sua situação a alguns amigos que
estavam preocupados com ele;
2.
Explicar a situação de Epafrodito e
defendê-lo de seus críticos;
3.
Agradecer, mais uma vez, aos filipenses a
ajuda generosa;
4.
Encorajá-los a persistir na vida cristã;
5.
Estimular a união da igreja.
IV. A ênfase
Em Filipenses, um dos temas-chave é a alegria.
Esses quatro breves capítulos mencionam dezenove vezes termos relacionados, de
forma ou de outra, com "alegria".
Essa epístola também enfatiza a mente. Ao ler
Filipenses, observe como Paulo fala muitas vezes em lembrar e em pensar.
Podemos resumir o tema desse relato como "a mente semelhante à de Cristo
traz alegria para o cristão".
Paulo descreve, a cada capítulo, o tipo de mente
que o cristão deve ter para usufruir da paz e da alegria de Cristo. Com
certeza, nossos pensamentos influenciam muito nossa vida, e a forma errada de
pensar leva ã vida errada.
Prestemos atenção aos quatro tipos de mente apresentados
na sugestão de esboço:
·
a mente sincera,
·
a mente submissa,
·
a mente espiritual e,
·
a mente firme.
Não conclua que essas são as únicas lições a tirar
dessa magnífica carta. Paulo nos ensina muito mais sobre Cristo nessa epístola:
·
Ele é nossa vida (cap. 1),
·
Ele é o nosso exemplo (cap. 2),
·
Ele é o nosso objetivo (cap. 3) e,
·
Ele é a nossa força (cap. 4).
Filipenses não menciona a palavra
"pecado", e, em 3:2,18 encontramos a única menção a sofrimento,
quando Paulo chora pelos cristãos confessos que têm mente mundana e, por isso,
desonram Cristo.
As pessoas parecem entender o termo comunhão
de várias maneiras diferentes, e,
talvez, ele esteja perdendo seu cunho original.
Apesar das circunstâncias difíceis em que se
encontra como prisioneiro em Roma,
Paulo se regozija. O segredo dessa alegria é a determinação
do apóstolo; ele vive somente para Cristo e
para o evangelho "Porquanto, para mim, o viver é Cristo, e o morrer é lucro" (Fp 1:21).
O termo cooperação também pode ser traduzido por comunhão,
que significa, simplesmente, "ter em
comum". Não podemos desfrutar comunhão com alguém a menos que tenhamos algo
em comum e, no caso da comunhão cristã, isso significa ter a vida eterna dentro
do coração.
Em Filipenses 2:1, Paulo escreve sobre a "comunhão
do Espírito", pois quando uma pessoa nasce de novo, recebe o dom do
Espírito (Rm 8:9). Também há uma "comunhão dos seus
sofrimentos" (Fp 3:10). Quando compartilhamos aquilo que temos com os
outros, também temos comunhão (Fp 4:15, "se associou").
Assim, a verdadeira comunhão cristã é muito
mais do que ter o nome no rol de membros ou comparecer a uma reunião. Uma das fontes
da alegria cristã é essa comunhão que os cristãos têm em Jesus Cristo. Paulo
estava em Roma e seus amigos estavam a quilômetros de distância em Filipos, mas
sua comunhão espiritual era real e gratificante.
Tema-chave: A
alegria do Senhor - Versículo-chave: Filipenses 3:1
I. DETERMINAÇÃO - Capítulo 1
a. A cooperação no evangelho - 1:1-11
b. O progresso do evangelho - 1:12-26
c. A fé do evangelho - 1:27-30
II. SUBMISSÃO - Capítulo 2
a. O exemplo de Cristo - 2:1-11
b. O exemplo de Paulo - 2:12-18
c. O exemplo de Timóteo e Epafrodito - 2:19-30
III. DISPOSIÇÃO ESPIRITUAL – Capítulo
3
a. O passado de Paulo - 3:1-11 - (o contador - "considero")
b. O presente de Paulo - 3:12-16 - (o atleta - "avanço")
c. O futuro de Paulo - 3:17-21 - (o estrangeiro - "aguardo")
IV. SEGURANÇA - Capítulo 4
a. A paz de Deus - 4:1-9
b. O poder de Deus - 4:10-13
c. A provisão de Deus - 4:14-23
CONTEÚDO
1.
Nutrindo a alegria - Fp 1:1-11
2.
Procuram-se pioneiros - Fp 1:12-26
3. A
seus postos! - Fp 1:27-30
4. O
exemplo supremo – Fp 2:1-11) 94
5. A
prática da vida cristã – Fp 2:12-18
6.
Colaboradores inestimáveis – Fp 2:19-30
7.
Aprendendo a contar – Fp 3:1-11
8.
Vamos vencer a corrida! – Fp 3:12-16
9.
Vivendo no futuro – Fp 3:17-21
10.
Vencendo a ansiedade – Fp 4:1-9
11. O
segredo do contentamento – Fp 4:10-23
12.
Colocando Filipenses em Prática

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