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Jesus Cristo "foi entregue por causa das nossas transgressões e ressuscitou por causa da nossa justificação" (Rm 4:25). Um Salvador morto não pode salvar ninguém. A ressurreição de Cristo dentre os mortos é parte tão essencial do evangelho quanto sua morte sacrificial na cruz (1 Co 15:1-8). Na verdade, no Livro de Atos, vemos a Igreja dando testemunho principalmente da ressurreição (At 1:22; 4:2,33).
A ressurreição prova que Jesus Cristo é quem afirmava ser: o Filho de Deus (Rm 1:4). Havia dito aos discípulos que ressuscitaria dentre os mortos, mas eles não haviam compreendido o significado dessa verdade, tanto que as mulheres que se dirigiram logo cedo ao túmulo não esperavam vê-lo com vida. Na verdade, compraram especiarias para terminar o embalsamamento que José e Nicodemos haviam começado às pressas.
I. MILAGRE INESPERADO (16:1-8)
As mulheres vão à sepultura a fim de preparar de forma apropriada o corpo
de Jesus para o sepultamento definitivo e, embora nos maravilhemos com a
fidelidade delas, perguntamo-nos por que esqueceram as muitas promessas que ele
fizera de que ressuscitaria.
Agora que o sábado acabara, as lojas estavam abertas, e elas puderam
comprar a grande quantidade de aromas necessária para a preparação do corpo. O maior
problema delas era entrar na sepultura, pois uma grande pedra bloqueava a
entrada.
O que elas encontraram no jardim era totalmente inesperado: a pedra fora
afastada, o corpo sumira, e um mensageiro esperava para contar-lhes as boas-novas
da ressurreição dele!
Não era suficiente que fossem testemunhas do fato; elas tinham de ser embaixadoras
e contar a notícia aos outros. A responsabilidade em relação à ressurreição é:
"Vinde ver... Ide e dizei..." (Mt 28:6-7).
Observe que o anjo disse uma palavra de encorajamento para Pedro e de
orientação para todos os discípulos (v. 7). Os homens, como as mulheres,
esqueceram as promessas e as instruções de Jesus (14:28).
As mulheres estavam emocionalmente preparadas para transmitir essa mensagem?
Elas tremiam, estavam assombradas e temerosas e fugiram do local! Mateus relata que elas estavam "tomadas
de medo e grande alegria" (Mt 28:8), porque a notícia era boa demais
para ser verdade!
Elas contaram aos discípulos, mas estes duvidaram do que ouviam, e Pedro
e João examinaram a sepultura aberta (Jo 20:1-10; Lc 24:12).
II. MENSAGEM INACREDITÁVEL (16:9-14)
Essa seção enfatiza a descrença dos próprios discípulos de Cristo quando se
confrontam com a ressurreição dele. Os discípulos "se achavam tristes e
choravam", em vez de estarem regozijando e louvando a Deus.
Lucas relata em detalhes a aparição de Jesus para os dois homens na
estrada para Emaús (Lc 24:13-32), e João 20:19-25 apresenta detalhes de sua
aparição no cenáculo. Era uma igreja que chorava, em vez de testemunhar, porque
eles não acreditavam realmente que seu Mestre estivesse vivo.
O milagre de sua ressurreição
corpórea é importante para a mensagem do evangelho e é a motivação para que o povo
de Deus testemunhe e sirva (At 1:21-22; 2:32; 4:10,33).
Mas o mais precioso desta passagem se encontra em três palavras que não
estão em nenhum dos outros evangelhos. "Ide", disse o mensageiro. “Dizei
a seus discípulos e a Pedro”. Como
deve haver-se alegrado o coração de Pedro quando ouviu esta mensagem! Ele
estaria torturado pela lembrança de sua deslealdade, e subitamente vem a
mensagem, uma mensagem especial para ele.
De todos os discípulos, tinha sido escolhido ele. É característico de
Jesus que pensasse, não no mal que Pedro lhe tinha feito, e sim somente no
remorso que estava experimentando. Jesus estava muito mais ansioso para
consolar ao pecador penitente que para castigar o pecado.
Alguém disse: "O mais precioso de Jesus é a forma em que confia em
nós no campo de nossa derrota."
Implicações:
De nossa fé na ressurreição se desprendem várias coisas.
1. Jesus não é um personagem de um livro, é uma presença viva. Não
basta estudar a história de Jesus como estudamos a vida de qualquer outro
personagem histórico importante. Podemos começar assim, mas devemos terminar
com um encontro pessoal.
2. Jesus não é uma lembrança, é uma presença. A lembrança mais
querida se desvanece. Os gregos tinham uma palavra com a qual descreviam o
tempo, que significa o tempo que apaga tudo. O tempo teria apagado a lembrança
do Jesus se não tivesse sido uma permanente presença viva conosco. Jesus não é
alguém a quem discutimos, é alguém com quem nos encontramos.
Aplicações:
1. A vida cristã não é a vida do homem que sabe a respeito de Jesus,
mas sim do homem que conhece a Jesus. O maior erudito do mundo, o homem
que sabe tudo sobre Jesus, é menos que o cristão mais humilde que o conhece
cada dia.
2. A fé cristã tem uma qualidade interminável. A fé cristã nunca deveria
permanecer estática. Porque nosso Senhor é um Senhor vivente sempre há novas
maravilhas e novas verdades esperando ser descobertas.
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