11 de abr. de 2023

Ressurreição: Fé, Testemunho e Serviço

Marcos 16.1-13
Ressurreição:  Chamado para a Fé, Testemunho e Serviço

Jesus Cristo "foi entregue por causa das nossas transgressões e ressuscitou por causa da nossa justificação" (Rm 4:25). Um Salvador morto não pode salvar ninguém. A ressurreição de Cristo dentre os mortos é parte tão essencial do evangelho quanto sua morte sacrificial na cruz (1 Co 15:1-8). Na verdade, no Livro de Atos, vemos a Igreja dando testemunho principalmente da ressurreição (At 1:22; 4:2,33).

A ressurreição prova que Jesus Cristo é quem afirmava ser: o Filho de Deus (Rm 1:4). Havia dito aos discípulos que ressuscitaria dentre os mortos, mas eles não haviam compreendido o significado dessa verdade, tanto que as mulheres que se dirigiram logo cedo ao túmulo não esperavam vê-lo com vida. Na verdade, compraram especiarias para terminar o embalsamamento que José e Nicodemos haviam começado às pressas.

 I. MILAGRE INESPERADO (16:1-8)

As mulheres vão à sepultura a fim de preparar de forma apropriada o corpo de Jesus para o sepultamento definitivo e, embora nos maravilhemos com a fidelidade delas, perguntamo-nos por que esqueceram as muitas promessas que ele fizera de que ressuscitaria.

Agora que o sábado acabara, as lojas estavam abertas, e elas puderam comprar a grande quantidade de aromas necessária para a preparação do corpo. O maior problema delas era entrar na sepultura, pois uma grande pedra bloqueava a entrada.

O que elas encontraram no jardim era totalmente inesperado: a pedra fora afastada, o corpo sumira, e um mensageiro esperava para contar-lhes as boas-novas da ressurreição dele!

Não era suficiente que fossem testemunhas do fato; elas tinham de ser embaixadoras e contar a notícia aos outros. A responsabilidade em relação à ressurreição é: "Vinde ver... Ide e dizei..." (Mt 28:6-7).

Observe que o anjo disse uma palavra de encorajamento para Pedro e de orientação para todos os discípulos (v. 7). Os homens, como as mulheres, esqueceram as promessas e as instruções de Jesus (14:28).

As mulheres estavam emocionalmente preparadas para transmitir essa mensagem? Elas tremiam, estavam assombradas e temerosas e fugiram do local!  Mateus relata que elas estavam "tomadas de medo e grande alegria" (Mt 28:8), porque a notícia era boa demais para ser verdade!

Elas contaram aos discípulos, mas estes duvidaram do que ouviam, e Pedro e João examinaram a sepultura aberta (Jo 20:1-10; Lc 24:12).

 II. MENSAGEM INACREDITÁVEL (16:9-14)

Essa seção enfatiza a descrença dos próprios discípulos de Cristo quando se confrontam com a ressurreição dele. Os discípulos "se achavam tristes e choravam", em vez de estarem regozijando e louvando a Deus.

Lucas relata em detalhes a aparição de Jesus para os dois homens na estrada para Emaús (Lc 24:13-32), e João 20:19-25 apresenta detalhes de sua aparição no cenáculo. Era uma igreja que chorava, em vez de testemunhar, porque eles não acreditavam realmente que seu Mestre estivesse vivo.

O milagre  de sua ressurreição corpórea é importante para a mensagem do evangelho e é a motivação para que o povo de Deus testemunhe e sirva (At 1:21-22; 2:32; 4:10,33).

Mas o mais precioso desta passagem se encontra em três palavras que não estão em nenhum dos outros evangelhos. "Ide", disse o mensageiro. “Dizei a seus discípulos e a Pedro”. Como deve haver-se alegrado o coração de Pedro quando ouviu esta mensagem! Ele estaria torturado pela lembrança de sua deslealdade, e subitamente vem a mensagem, uma mensagem especial para ele.

De todos os discípulos, tinha sido escolhido ele. É característico de Jesus que pensasse, não no mal que Pedro lhe tinha feito, e sim somente no remorso que estava experimentando. Jesus estava muito mais ansioso para consolar ao pecador penitente que para castigar o pecado.

Alguém disse: "O mais precioso de Jesus é a forma em que confia em nós no campo de nossa derrota."

 Implicações:

De nossa fé na ressurreição se desprendem várias coisas.

1. Jesus não é um personagem de um livro, é uma presença viva. Não basta estudar a história de Jesus como estudamos a vida de qualquer outro personagem histórico importante. Podemos começar assim, mas devemos terminar com um encontro pessoal.

2. Jesus não é uma lembrança, é uma presença. A lembrança mais querida se desvanece. Os gregos tinham uma palavra com a qual descreviam o tempo, que significa o tempo que apaga tudo. O tempo teria apagado a lembrança do Jesus se não tivesse sido uma permanente presença viva conosco. Jesus não é alguém a quem discutimos, é alguém com quem nos encontramos.

 Aplicações:

1. A vida cristã não é a vida do homem que sabe a respeito de Jesus, mas sim do homem que conhece a Jesus. O maior erudito do mundo, o homem que sabe tudo sobre Jesus, é menos que o cristão mais humilde que o conhece cada dia.

2. A fé cristã tem uma qualidade interminável. A fé cristã nunca deveria permanecer estática. Porque nosso Senhor é um Senhor vivente sempre há novas maravilhas e novas verdades esperando ser descobertas. 

 

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