23 de nov. de 2022

Jesus tem Toda Autoridade


Marcos 11.27-12.12
 O Servo tem Autoridade para Desafiar seus Adversários

O Ministério do Servo em Jerusalém – cap. 11-16

       I.            Ensino em público e controvérsias no Templo - 11:1-12:44

 

Esta é a terceira vez que Jesus vai ao Templo. A primeira é registrada em 11.11; a segunda em 11.15. Os líderes religiosos ficaram com raiva do que Jesus fez e disse (v.15-17). Eles estavam determinados a destruí-lo (v. 18); todavia, antes disso tinham de reunir evidências suficientes para acusá-lo.

Tudo girava em torno da autoridade (vv. 28-29,33): que direito ele tinha de limpar o templo e chamá-lo de sua casa? Ele estava afirmando que era Deus!

Fatos importantes a serem notados aqui: a continuada inimizade dos chefes religiosos; eles reconhecem que Jesus agiu com autoridade na purificação do templo; a pergunta dos sacerdotes não merecia resposta direta, por isso responde com outra pergunta; Jesus quis tocar a consciência dos líderes.

 

1. JESUS, O SERVO, TEM AUTORIDADE – v.27-33

A pergunta dos chefes religiosos é uma armadilha.

a)    Se dissesse que atuava por sua própria autoridade poderiam prendê-lo como um megalômano antes de que fizesse mais dano.

b)    E se dissesse que o fazia pela autoridade de Deus, poderiam prendê-lo sob a acusação de blasfêmia, porque era óbvio que Deus nunca daria autoridade a ninguém para criar uma perturbação nos pátios de sua própria casa.

Então Jesus os fez voltar três anos no tempo, à época em que João Batista ministrava ao povo. Ele perguntou: "O batismo de João era do céu ou dos homens?" (v. 30). Essa pergunta deixou os escribas, os anciãos e os principais sacerdotes em um dilema, pois qualquer resposta que dessem lhes traria problema!

a) Se dissessem que era divina, sabiam que Jesus lhes perguntaria por que tinham estado contra ele.

Pior ainda: se dissesse que era divina, Jesus poderia lhes replicar que em realidade João tinha dirigido a todos os homens a Ele, e que, portanto, Ele tinha o testemunho divino e não necessitava outra autoridade. Se aqueles membros do Sinédrio concordassem em que a obra de João era divina, poderiam ver-se compelidos a aceitar a Jesus como o Messias.

b) Por outro lado, se dissessem que a obra do João era puramente humana, agora que João tinha, além disso, a distinção de ter morrido como mártir, sabiam bem que o povo que ouvia provocaria uma revolta.

Talvez esses líderes tivessem esquecido a decisão deles a respeito de João Batista, mas a decisão deles não os esquecera.

Por fim, ela os pegava e os condenava. Eles rejeitaram o ministério de João (Lc 7:29-30) e, além disso, não estavam dispostos a receber Jesus e crer nele. Em sua covardia e descrença, eles até permitiram que Herodes Antipas matasse João Batista, e logo pediriam a Pilatos que crucificasse Jesus.

 

2. JESUS, O SERVO, DESAFIA SEUS ADVERSÁRIOS – 12.1-12

Ainda é terça-feira da Semana Santa. Após calar os fariseus, escribas e anciãos, apresenta uma parábola contra eles. Ao longo da Bíblia, a não judaica é comparada a três árvores: à vinha (Is 5.1-7; Sl 80.8-16), à oliveira, e à figueira. Antigamente a nação era como uma vinha frutífera, depois uma figueira estéril, e mais tarde será uma oliveira florescente.

 

2.1. PARÁBOLA DOS LAVRADORES MAUS – V.1-9

2.1.1. Ensinos da primeira parábola

a)    Deus prepara as circunstâncias do seu povo, de maneira tal que esse possa dar fruto. Notemos que o homem plantou, cercou, fundou e edificou antes de arrendar a vinha;

b)    Que Ele conta com algum resultado que lhe seja aceitável;

c)     Que Ele espera haver da parte dos lavradores um reconhecimento de responsabilidade, e um esforço adequado no serviço;

d)    Que há uma tendência da natureza humana pecaminosa para:

                                         i.      Tomar para seu próprio gozo aquilo que pertence ao dono;

                                       ii.      Perseguir os que vêm lembrar do dever;

                                     iii.      Pensar que por meios violentos pode-se tomar posse e fazer próprio aquilo que é apenas arrendado.

e)    Que, afinal, haverá um castigo para os malvados;

f)     Que outros entrarão na posse da herança violada.

2.1.2. Significado para Israel

a)    A vinha tinha gozado de privilégios e proteção especial – plantada em uma terra que manava leite e mel, cercada de providências divinas, instruída e admoestada por profetas;

b)    Que Israel não deu fruto aceitável a Deus;

c)     Que Israel perseguiu os profetas;

d)    Que, por isso, Israel está sob a reprovação de Deus.

2.1.3. Significado para nós hoje

a)    Deus nos tem cercado de cuidados, privilégios, oportunidades, e responsabilidades, a afim de darmos fruto para a sua glória;

b)    Ele manda seus servos exortar-nos a esse respeito;

c)     É possível maltratarmos os servos do Senhor, ou, talvez, apenas desprezarmos as suas mensagens;

d)    Os privilégios e as oportunidades que não se aproveitam podem ser dados a outros.

2.2. PARÁBOLA DA PEDRA REJEITADA – V.10-12

2.2.1.  Jesus é rejeitado

O Cordeiro de Deus da Páscoa (Jo 1:29) foi "examinado" pelos líderes judeus e provou ser perfeito (1 Pe 1:18-19), embora não o aceitassem.

Como é trágico quando as pessoas devotas prendem-se a suas tradições e rejeitam a verdade viva que está tão evidente! Na verdade, o Senhor Jesus revelava os pecados do coração deles ao responder às muitas perguntas que eles faziam.

2.2.2. Jesus conhece as intensões do coração

Jesus sabia que seus inimigos queriam matá-lo e, nessa parábola, ele revela o desejo pecaminoso deles de destruí-lo e de reivindicar a herança para si mesmos (Jo 11:45-53). A vinha identifica de imediato a nação de Israel (Is 5:1-7; SI 80:8-1 6; Jr 2:21), e os lavradores são os líderes da nação (v. 10; At 4:11).

Em Levítico 19:23-25, veja as instruções em relação ao tempo da colheita. O proprietário tinha de receber uma quantia como "pagamento" a fim de manter seus direitos sobre a terra.

Os arrendatários, ao não pagar o estabelecido, perdiam seus direitos à terra. Se os herdeiros morressem, então a terra ficaria com os que moravam nela. Essa era uma artimanha egoísta que punha as posses à frente das pessoas.

2.2.3. Jesus se apresenta como Messias

Jesus cita Salmos 118, um salmo messiânico (118:22-23; e compare com Mc 11:9 e SI 11 8:25-26), e permite que seus ouvintes profiram a própria sentença (Mt 21:41). Jesus, ao aplicar a si mesmo a imagem de "pedra angular", afirmou que, na verdade, ele era o Messias (At 4:11; 1 Pe 2:7). Para os líderes religiosos, isso era blasfêmia, e eles o teriam prendido na mesma hora se não temessem o povo.

 

Aplicações.

·        Temos um exemplo do que acontece aos homens que não querem enfrentar a verdade. Para evita-la, têm que torcer-se e retorcer-se e no final, não têm nada a dizer.

·        Enfrentar a verdade exige humilhação e reconhecer que estava equivocado, e colocar-se ao lado dela, o que lhe garante um futuro forte e brilhante.

·        O homem que não enfrenta a verdade se torna cada vez mais incapaz e ineficaz.

·        Deus quer nos cercar com seus cuidados para darmos frutos para Sua glória.

·        Ao rejeitar a Jesus, rejeitamos a verdade, logo viveremos no erro e não frutificaremos.

 

 

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