2 de ago. de 2022

A Fé Produz a Generosidade

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Marcos 6.30-44
 Fé no Servo - A Incredulidade Neutraliza a Compaixão
A Fé Produz a Generosidade

Jesus foi com seus discípulos a um lugar isolado, a fim de que pudessem descansar um pouco de todos os seus trabalhos. Queria conversar sobre o ministério deles e prepará-los para a próxima missão.

Como disse Vance Havner: "Se não nos retirarmos para descansar, acabaremos por nos desintegrar". Até mesmo o Servo de Deus precisou de um tempo para repousar, desfrutar da comunhão com os amigos e ter suas forças renovadas pelo Pai.

Outro fator que o levou a retirar-se foi a oposição crescente dos líderes políticos e religiosos. O assassinato de João Batista por Herodes foi evidência suficiente de que o "clima" estava mudando e de que Jesus e seus discípulos deveriam usar de cautela.

No capítulo seguinte, veremos a hostilidade dos líderes religiosos e, também, o entusiasmo político das multidões, sempre um problema sério (Jo 6:15ss). A melhor coisa a fazer era retirar-se.

No entanto, as multidões não deixaram Jesus em paz. Elas o seguiram até perto de Betsaida na esperança de vê-lo realizar curas milagrosas (Lc 9:10,11; Jo 6:1 ss). Apesar dessa interrupção em seus planos, Jesus recebeu o povo, ensinou a Palavra e curou os aflitos.

Uma vez que também já experimentei muitas interrupções em minha vida e ministério, sempre me admiro da paciência e graça de Jesus. Que exemplo para nós!

 

1. A COMPAIXÃO SUPRE AOS NECESSITADOS

Jesus enviou doze apóstolos para ministrar porque tinha compaixão dos necessitados (Mt 9:36-38). Dessa vez, porém, os necessitados foram até eles, e os discípulos quiseram mandá-los embora!

Ainda não haviam aprendido a olhar a vida com os olhos de seu Mestre. Para eles, as multidões eram um problema, talvez até mesmo uma inconveniência, mas para Jesus, eram como ovelhas sem pastor.

Quando alguém perguntou a um menino por que caminhava tamanha distância para comparecer àquela Escola Bíblica Dominical do sr. Moody, ele respondeu: "Porque lá eles amam as pessoas!" As crianças sentiam a diferença.

 

2. A COMPAIXÃO NOS FAZ VER SOLUÇÕES

Os discípulos ofereceram duas sugestões para resolver o problema: mandar as pessoas procurarem a própria comida ou juntar dinheiro suficiente para comprar um pedaço pequeno de pão para cada um. Para os discípulos, eles estavam no lugar errado, na hora errada, e nada havia que pudessem fazer!

Com essa atitude, poderiam muito bem ter formado uma comissão! Alguém definiu uma comissão como um grupo de pessoas que, individualmente, não é capaz de fazer coisa alguma e, coletivamente, decide que não há nada a fazer.

 

3. A COMPAIXÃO APROVEITAS OPORTUNIDADES

Jesus não considerou aquela situação um problema, mas sim uma oportunidade de crer no Pai e de glorificar seu nome. Um líder eficiente é alguém que vê potencial nos problemas e que está disposto a tomar uma atitude pela fé.

Agindo com base na sabedoria humana, os discípulos viram o problema, mas não o potencial. É tão comum ouvir o povo de Deus queixar-se: "Se tivéssemos um pouco mais de dinheiro, poderíamos fazer alguma coisa!"

 

4. A COMPAIXÃO EMPREGA RECURSOS

Duzentos denários correspondiam ao salário anual de um trabalhador comum! O primeiro passo é não medir nossos recursos, mas determinar a vontade de Deus e crer que ele suprirá nossas necessidades.

Foi André quem encontrou o rapaz com a comida (Jo 6:8, 9). O Senhor orientou o povo a assentar-se em grupos sobre a grama (ver SI 23:2; 78:19) - um contraste e tanto com a festa pomposa e sensual de Herodes.

Então, Jesus pegou o lanche, abençoou, partiu e deu a seus discípulos para que distribuíssem aos famintos. O milagre realizou-se nas mãos do Mestre, não dos discípulos, pois Jesus pode abençoar e multiplicar tudo o que colocamos em suas mãos. Não somos produtores, mas apenas distribuidores.

 

5. A COMPAIXÃO REVELA O PÃO DA VIDA

João diz que Jesus usou esse milagre como ponto de partida para o sermão sobre o "pão da vida" (Jo 6:22ss). Afinal, apesar de ser importante suprir as necessidades humanas, esse não foi o único motivo pelo qual Jesus realizou milagres. Seu desejo era que cada milagre revelasse algo sobre o Filho de Deus e fosse um "sermão prático".

A maioria das pessoas maravilhou-se com os milagres, sentiu-se grata pela ajuda que recebeu do Senhor, mas não foi capaz de entender a mensagem espiritual (Jo 12:37). Essas pessoas queriam as dádivas, mas não o Doador, a alegria das bênçãos físicas, mas não o Abençoador.

 

6. A COMPAIXÃO REVELA O BOM PASTOR

Jesus se encheu de piedade diante da necessidade da multidão. Olhou-os; estavam tão desesperadamente ansiosos; queriam tanto o que só Jesus podia lhes dar, que lhe pareceram ovelhas sem pastor. O que significava isto?

1. Uma ovelha sem pastor não pode achar o caminho. Se ficarmos à mercê de nossa própria capacidade, extraviamo-nos na vida. A vida pode ser algo muito confuso. Podemos nos encontrar em uma encruzilhada e não saber que caminho tomar. Só quando Jesus nos guia podemos achar o caminho a seguir.

2. Uma ovelha sem pastor não pode achar pastos e alimento. Nesta vida estamos obrigados a procurar nossa manutenção. Necessitamos forças para prosseguir o caminho; necessitamos a inspiração que nos eleve fora e por cima de nós mesmos. Quando a buscamos em outra parte nossas mentes ficam insatisfeitas, nossos corações continuam inquietos, nossas almas insaciadas. Só podemos obter força para a vida naquele que é o pão de vida.

3. Uma ovelha sem pastor não tem defesa contra os perigos que a ameaçam. Não pode defender-se a si mesmo nem dos ladrões nem dos animais selvagens. Se algo nos ensinar a vida, é que não podemos viver sozinhos. Ninguém pode defender-se das tentações que o assaltam e do mal do mundo que o ataca. Só em companhia de Jesus podemos andar pelo mundo e manter nossas vestimentas sem mancha do mundo. Sem Ele estamos indefesos; com Ele estamos seguros.

 

Aplicações

1.      Jesus ensina a necessidade do descanso e tranquilidade. Ele considerou e providenciou os meios. No entanto, o descanso foi interrompido.

2.    O pouco pode ter muito valor com a bênção de Deus. O que temos, mesmo que seja pouco, deve ser repartido com nossos semelhantes.

3.     Os discípulos demonstram simpatia e falta de fé. Eles sentiram a necessidade do povo, mas nunca pensaram em supri-la, quando são desafiados a fazer, só enxergam dificuldades.

4.    Jesus opera por meio disponíveis. Ele multiplicou os pães e os peixes disponíveis. Devemos oferecer a Jesus nossos dons e talentos, recursos financeiros e bens materiais para Jesus operar através deles.

 

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