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Jesus foi com seus discípulos a um lugar isolado, a fim de que pudessem descansar um pouco de todos os seus trabalhos. Queria conversar sobre o ministério deles e prepará-los para a próxima missão.
Como
disse Vance Havner: "Se não nos retirarmos para descansar, acabaremos por
nos desintegrar". Até mesmo o Servo de Deus precisou de um tempo para
repousar, desfrutar da comunhão com os amigos e ter suas forças renovadas pelo
Pai.
Outro fator que o levou a retirar-se foi a oposição crescente dos líderes políticos e religiosos. O assassinato de João Batista por Herodes foi evidência suficiente de que o "clima" estava mudando e de que Jesus e seus discípulos deveriam usar de cautela.
No capítulo
seguinte, veremos a hostilidade dos líderes religiosos e, também, o entusiasmo político
das multidões, sempre um problema sério (Jo 6:15ss). A melhor coisa a fazer era
retirar-se.
No
entanto, as multidões não deixaram Jesus em paz. Elas o seguiram até perto de Betsaida
na esperança de vê-lo realizar curas milagrosas (Lc 9:10,11; Jo 6:1 ss). Apesar
dessa interrupção em seus planos, Jesus recebeu o povo, ensinou a Palavra e
curou os aflitos.
Uma vez
que também já experimentei muitas interrupções em minha vida e ministério,
sempre me admiro da paciência e graça de Jesus. Que exemplo para nós!
1. A COMPAIXÃO SUPRE AOS NECESSITADOS
Jesus
enviou doze apóstolos para ministrar porque tinha compaixão dos necessitados (Mt
9:36-38). Dessa vez, porém, os necessitados foram até eles, e os discípulos
quiseram mandá-los embora!
Ainda
não haviam aprendido a olhar a vida com os olhos de seu Mestre. Para eles, as
multidões eram um problema, talvez até mesmo uma inconveniência, mas para
Jesus, eram como ovelhas sem pastor.
Quando
alguém perguntou a um menino por que caminhava tamanha distância para comparecer
àquela Escola Bíblica Dominical do sr. Moody, ele respondeu: "Porque lá
eles amam as pessoas!" As crianças sentiam a diferença.
2. A COMPAIXÃO NOS FAZ VER SOLUÇÕES
Os
discípulos ofereceram duas sugestões para resolver o problema: mandar as
pessoas procurarem a própria comida ou juntar dinheiro suficiente para comprar
um pedaço pequeno de pão para cada um. Para os discípulos, eles estavam no
lugar errado, na hora errada, e nada havia que pudessem fazer!
Com
essa atitude, poderiam muito bem ter formado uma comissão! Alguém definiu uma
comissão como um grupo de pessoas que, individualmente, não é capaz de fazer
coisa alguma e, coletivamente, decide que não há nada a fazer.
3. A COMPAIXÃO APROVEITAS OPORTUNIDADES
Jesus não
considerou aquela situação um problema, mas sim uma oportunidade de crer no Pai
e de glorificar seu nome. Um líder eficiente é alguém que vê potencial nos problemas
e que está disposto a tomar uma atitude pela fé.
Agindo
com base na sabedoria humana, os discípulos viram o problema, mas não o
potencial. É tão comum ouvir o povo de Deus queixar-se: "Se tivéssemos um pouco
mais de dinheiro, poderíamos fazer alguma coisa!"
4. A COMPAIXÃO EMPREGA RECURSOS
Duzentos
denários correspondiam ao salário anual de um trabalhador comum! O primeiro
passo é não medir nossos recursos, mas determinar a vontade de Deus e
crer que ele suprirá nossas necessidades.
Foi
André quem encontrou o rapaz com a comida (Jo 6:8, 9). O Senhor orientou o povo
a assentar-se em grupos sobre a grama (ver SI 23:2; 78:19) - um contraste e tanto
com a festa pomposa e sensual de Herodes.
Então,
Jesus pegou o lanche, abençoou, partiu e deu a seus discípulos para que
distribuíssem aos famintos. O milagre realizou-se nas mãos do Mestre, não dos discípulos,
pois Jesus pode abençoar e multiplicar tudo o que colocamos em suas mãos. Não
somos produtores, mas apenas distribuidores.
5. A COMPAIXÃO REVELA O PÃO DA VIDA
João
diz que Jesus usou esse milagre como ponto de partida para o sermão sobre o
"pão da vida" (Jo 6:22ss). Afinal, apesar de ser importante suprir as
necessidades humanas, esse não foi o único motivo pelo qual Jesus realizou
milagres. Seu desejo era que cada milagre revelasse algo sobre o Filho de Deus
e fosse um "sermão prático".
A maioria
das pessoas maravilhou-se com os milagres, sentiu-se grata pela ajuda que
recebeu do Senhor, mas não foi capaz de entender a mensagem espiritual (Jo 12:37).
Essas pessoas queriam as dádivas, mas não o Doador, a alegria das bênçãos
físicas, mas não o Abençoador.
6. A COMPAIXÃO REVELA O BOM PASTOR
Jesus se encheu de piedade diante da necessidade da multidão.
Olhou-os; estavam tão desesperadamente ansiosos; queriam tanto o que só Jesus
podia lhes dar, que lhe pareceram ovelhas sem pastor. O que significava isto?
1. Uma ovelha sem pastor não pode achar o
caminho. Se ficarmos à mercê de nossa própria
capacidade, extraviamo-nos na vida. A vida pode ser algo muito confuso. Podemos
nos encontrar em uma encruzilhada e não saber que caminho tomar. Só quando
Jesus nos guia podemos achar o caminho a seguir.
2. Uma ovelha sem pastor não pode achar
pastos e alimento. Nesta vida estamos obrigados a procurar
nossa manutenção. Necessitamos forças para prosseguir o caminho; necessitamos a
inspiração que nos eleve fora e por cima de nós mesmos. Quando a buscamos em outra
parte nossas mentes ficam insatisfeitas, nossos corações continuam inquietos,
nossas almas insaciadas. Só podemos obter força para a vida naquele que é o pão
de vida.
3. Uma ovelha sem pastor não tem defesa
contra os perigos que a ameaçam. Não pode defender-se a si mesmo
nem dos ladrões nem dos animais selvagens. Se algo nos ensinar a vida, é que
não podemos viver sozinhos. Ninguém pode defender-se das tentações que o
assaltam e do mal do mundo que o ataca. Só em companhia de Jesus podemos andar
pelo mundo e manter nossas vestimentas sem mancha do mundo. Sem Ele estamos
indefesos; com Ele estamos seguros.
Aplicações
1. Jesus ensina a necessidade do
descanso e tranquilidade. Ele considerou e providenciou os meios. No entanto, o
descanso foi interrompido.
2. O pouco pode ter muito valor com a
bênção de Deus. O que temos, mesmo que seja pouco, deve ser repartido com
nossos semelhantes.
3. Os discípulos demonstram simpatia e
falta de fé. Eles sentiram a necessidade do povo, mas nunca pensaram em
supri-la, quando são desafiados a fazer, só enxergam dificuldades.
4. Jesus opera por meio disponíveis. Ele
multiplicou os pães e os peixes disponíveis. Devemos oferecer a Jesus nossos
dons e talentos, recursos financeiros e bens materiais para Jesus operar
através deles.
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