Estamos vendo a ênfase sobre aquilo que o
“Servo nos OFERECE”: Perdão, Satisfação e Liberdade. Nas
últimas exposições, enfatizamos o PERDÃO dos
pecados e a “SATISFAÇÃO” com
salvação, alegria e novidade.
Hoje fechamos este
bloco, analisando a questão da LIBERDADE. O
tema central é a controvérsia sobre o sábado.
Cristo viu o povo apegado ao ritualismo, por isso ensinou que ritos, cerimônias
e dias de guarda não devem ser uma lei de ferro.
O sábado era uma bênção, não uma carga. O
sábado era para o homem e não o homem para o sábado.
Os judeus consideravam o sábado uma instituição sagrada. Deus deu esse dia ao povo de Israel depois
que saíram do Egito (Êx 20:8-11; Ne 9:14), e ele era um sinal especial entre Israel e Jeová (Êx
31:13-17). Não há registro nas
Escrituras de que Deus tenha dado o
sábado a qualquer outra nação.
Assim, quando Jesus começou a quebrar abertamente as tradições do sábado, foi como declarar guerra contra a religião dos judeus. Jesus começou sua campanha curando um homem que esteve doente por 38 anos (João 5.1-18) e prosseguiu com os acontecimentos registrados nesta seção (Mc 2.23-3.6).
De
acordo com a tradição judaica, havia 39
atividades que não podiam ser realizadas no sábado. Moisés proibira o trabalho no
sábado, mas não havia dado mais detalhes específicos (Êx 20:10).
Não era permitido acender uma fogueira para
cozinhar (Êx 35:3), apanhar lenha (Nm
15:32ss), carregar fardos (Jr
17:21ss) nem realizar negócios (Ne
10:31; 13:15,19). Porém, a tradição judaica
desenvolveu os detalhes acerca da Lei,
chegando até a informar as distâncias exatas que poderiam ser percorridas no
sábado (cerca de 1.320m).
Em
resumo, o sábado havia se transformado num
fardo impossível de carregar, símbolo da escravidão religiosa que
prendia a nação.
1. LIBERTA DO RITUALISMO RELIGIOSO VAZIO– vv.2.23-3.6
1.1. Jesus é o Senhor do Sábado – 2.23-28
A Lei permitia que
uma pessoa com fome apanhasse um pouco de cereal ou de frutas de seu vizinho,
desde que não enchesse um recipiente nem
usasse qualquer implemento agrícola (Dt 23:24,25). Mas não foi isso o que exasperou os fariseus, mas
sim, o fato de os discípulos
estarem trabalhando no dia de sábado!
Quando
lemos o relato de Mateus desse
acontecimento, notamos que Jesus apresentou três argumentos para
defender seus discípulos:
1. O que Davi fez
(Mt 12:3, 4);
2. O que os
sacerdotes faziam (Mt 12:5, 6);
3. O que o profeta
Oséias disse (Mt 12:7, 8).
O
argumento é lógico: se um rei faminto e seus homens
receberam permissão de comer do pão sagrado do tabernáculo
(1 Sm 21 :1-6), então também era correto o Senhor do
sábado permitir que seus homens comessem grãos de seu
campo.
Davi transgrediu uma lei de Moisés, pois
o pão da proposição só poderia ser consumido pelos sacerdotes (Lv 24:5-9). Os discípulos, no
entanto, haviam quebrado apenas uma tradição
humana.
Por
certo, Deus está mais preocupado em suprir as
necessidades das pessoas do que em proteger tradições
religiosas. As prioridades dos fariseus não
estavam em ordem.
1.2. Jesus Faz o Bem no Sábado – 3.1-6
Naquele
mesmo sábado, Jesus foi à sinagoga para adorar e,
enquanto estava lá, curou um homem. Por
certo, poderia ter esperado mais um dia; porém, quis
desafiar novamente a tradição legalista farisaica.
Dessa
vez, os fariseus esperavam que realizasse
uma cura (3.2; Lc 6:7), de modo que ficaram observando. Os inimigos de Jesus não responderam à sua pergunta em
Marcos 3:4.
Uma vez que o mal atua no mundo todos os
dias, inclusive aos sábados, então por que não se pode fazer também o bem nesse
dia? A morte está sempre trabalhando, mas isso não deve nos impedir de
procurar salvar vidas.
Jesus
poderia ver "o endurecimento do coração"
(tradução literal) desses líderes, e seus pecados acenderam a ira do Senhor. Jesus nunca se aborreceu com publicanos e pecadores, mas expressou sua ira contra os fariseus moralistas (Mt
23). Preferiam proteger suas tradições a ver um
homem ser curado!
Os fariseus enfureceram-se de tal
modo com o que Jesus havia feito que se uniram aos
herodianos e começaram a tramar para prendê-lo e dar
cabo de sua vida. Em resposta à
oposição unida, Jesus simplesmente se retirou, mas
não conseguiu evitar que as multidões o seguissem.
2. LIBERTA DOS MALES FÍSICOS E ESPIRITUAIS – 3.7-12
Essas multidões
representavam um risco para sua causa, pois
não possuíam motivação espiritual, e as autoridades poderiam acusá-lo de organizar uma insurreição
popular contra os romanos.
Ainda
assim, Jesus recebeu o povo, curou os enfermos e libertou os endemoninhados. Mais
uma vez, advertiu os demônios a não revelar quem ele era (Mc 1:23-26).
Aqui, Jesus chega a um ponto crítico de seu
ministério. Multidões
enormes o seguiam, mas não estavam interessadas nas coisas
espirituais. Os líderes religiosos desejavam destruí-lo, e até mesmo alguns dos amigos
de Herodes começaram a envolver-se.
Os próximos passos de Jesus seriam
passar a noite em oração (Lc
6:12), chamar doze homens
para auxiliá-lo como
apóstolos e pregar um sermão - o
Sermão do Monte -, explicando a base espiritual de seu reino.
Jesus ofereceu-lhes perdão, satisfação e liberdade,
mas os judeus recusaram a oferta. Você já aceitou essa oferta?
A
partir do próximo domingo, veremos “o SERVO, AS MULTIDÕES E O REINO” (Marcos
3:13-4:34): 1. Fundou uma nova nação; 2. Instituiu uma nova família; 3.
Anunciou um novo reino.
APLICAÇÕES.
1.
Jesus quer nos libertar de ritualismos religiosos vazios que só colocam
fardos pesados sobre nossos ombros, mas não nos dão alegria e satisfação em
seguir a Jesus (Mt 11.28-30).
2.
Para muitas pessoas, ir a Igreja, servir em um ministério; ler a Bíblia e
Orar é mais uma obrigação do que um prazer. Isso não agrada ao Senhor!
3.
Se Jesus é o meu Senhor e Salvador, não importa qual o dia da semana, ou
que tipo de reunião eu frequento, farei com alegria, prazer, dedicação...
4.
O sábado era parte da Aliança com o povo de Israel, não com a igreja. Jesus
cumpriu todos os preceitos da Lei de Moisés, e fez uma Nova Aliança com a
Igreja no seu sangue.
5.
Portanto, o que vigora sobre nós não é Lei de Moisés, mas a Graça de
Cristo. O vinho novo do Evangelho precisa ser colocado em odres novos – o
coração das pessoas.
6.
Não são as tradições religiosas que vão nos libertas dos males físicos e
espirituais, mas sim Jesus, o Servo-Deus, que morreu, ressurgiu e levou sobre
si nossos males.
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