CICLO é uma
série de fenômenos que se sucedem numa ordem determinada, ou seja, que se
renovam de forma constante. Exemplo:
o ciclo da água, as estações do ano, o ciclo solar, os governos, etc.
Em
Josué 1.1-3, vemos o fim de um siclo e o começo de outro. Moisés foi o grande
líder do povo de Israel (Dt 34.10-12), mas seu ciclo/ministério chegou ao fim porque aprouve a Deus determinar esse fim.
Moisés estava com 120 anos, era um coroa enxuto (v.7), tinha ainda muito gás
para queimar, mas Deus decidiu que
este era o momento do fim.
Deus em sua soberania rege os seus ministros e cuida dos ministérios os quais eles servem. Deus pastoreia os rebanhos e também os pastores, por isso só Ele tem autoridade para determinar quando chega o tempo de encerrar um ciclo/ministério.
Os
israelitas podiam estar questionando: “Mas logo agora Senhor? Depois de todos
estes 40 anos no deserto, o Senhor resolve interromper o ministério de Moises?”
A resposta é: SIM, eu sou soberano, eu
sei o que é o melhor para vocês.
Paulo
está encerrando um siclo de viagens missionárias e plantação de Igrejas. Ele
está em Mileto, e lá reúne-se com os líderes da Igreja de Éfeso para se
despedir daqueles amados irmãos, com a certeza de que cumpriu sua missão.
1. PAULO SERVIU EM HUMILDADE – v.19
Seu modo
de ministrar foi exemplar (At 20:18, 19). Levou uma vida coerente que qualquer
um poderia investigar, pois não tinha coisa alguma a esconder. Trabalhou com humildade,
não como uma "celebridade religiosa" exigindo que outros o servissem.
Mas sua
humildade não era sinal de fraqueza, pois teve a coragem de enfrentar
tribulações e perigos sem desistir. Paulo não se envergonhava de admitir a seus
amigos que também enfrentara tempos de lágrimas (ver também At 20:31,37; Rm
9:1, 2; 2 Co 2:4; Fp 3:18).
2. PAULO FOI FIEL NA PREGAÇÃO E NO ENSINO – v.20
A mensagem
de seu ministério (At 20:20,21) tornou-se amplamente conhecida, pois ele a
proclamou e ensinou publicamente (At 19:9), bem como em várias igrejas reunidas
nos lares da congregação.
3. PAULO TESTEMUNHOU E PREGOU A SALVAÇÃO – v.21
Disse
aos pecadores que se arrependessem de seus pecados e cressem em Jesus Cristo.
Essa mensagem era "o evangelho da graça de Deus" (At 20:24), e é a única
mensagem que pode salvar o pecador (1 Co 15:1-8; GI1:6-12).
4. PAULO FOI OBEDIENTE AO ESPÍRITO – v.22,23
Não
escondeu deles o fato de que havia resolvido, em seu espírito (At 19:21), ir a
Jerusalém, apesar de saber dos perigos e até do risco de ser morto.
Uma
cidade após a outra, o Espírito havia lhe dado testemunho dessa mensagem. Qualquer
indivíduo com menos caráter teria encontrado uma forma de fugir, mas não Paulo.
Era comprometido demais com seu chamado e com sua devoção a Jesus Cristo para
simplesmente procurar uma saída fácil e segura. Em seu testemunho, Paulo usou seis
imagens para explicar por que estava determinado a ir a Jerusalém e, se
necessário, morrer por Jesus Cristo.
1.
Se considerava um contador (At 20:24) que havia feito um balanço de sua vida e
decidido que Jesus Cristo era seu bem mais precioso.
2.
Se considerava um corredor que desejava terminar a corrida com uma vitória
jubilosa (Fp 3:12-14; 2 Tm 4:8).
3.
Se considerava um despenseiro, pois seu ministério era algo que havia
"[recebido] do Senhor".
4.
Se considerava uma testemunha do "evangelho da graça de Deus" (At 20:21,
24).
5.
Se considerava um arauto (At 20:25). O termo pregar significa
"proclamar a mensagem como o arauto do rei". A testemunha conta o que
lhe aconteceu, mas o arauto proclama o que o rei lhe ordena.
6.
A mais dramática, se considerava um vigia (At 20:26). Como em Atos
18:6, trata-se de uma referência ao "atalaia" de Ezequiel 3:17-21;
33:1-9.
5. PAULO FOCOU EM CONCLUIR SEU MINISTÉRIO – v.24
O termo
traduzido por testemunhar significa "dar testemunho solene" e
lembra a seriedade da mensagem e do ministério. Compartilhar o evangelho com
outros é uma questão de vida ou morte (2 Co 2:15, 16). Paulo foi uma testemunha
fiel tanto por seu modo de viver (At 20:18) quanto pela mensagem que pregou.
CONCLUSÃO
Os
ciclos de liderança humana chegam ao fim para que novos ciclos comecem. Tanto aquele
que vai, quanto aqueles que ficam precisam estar atentos e abertos para estes
momentos de transição, que quando feito no tempo de Deus, todos são edificados.
O
adiantar ou o atrasar o fim de um ciclo pode gerar consequências irreparáveis
no ministro e na Igreja.
Ao
findar-se um ciclo, a igreja precisa se unir e se fortalecer para
imediatamente, se abrir ao novo que Deus vai proporcionar.
A despedida saudável não é fim, mas um novo começo para se chegar ainda mais longe, e isso vale pro ministro e para a Igreja.
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