Mateus
9.35-38
ESPERANÇA PARA
AS CIDADES
MISSÃO: A Igreja
Batista no Morumbi existe para ser um sinal visível do Reino: Amando a Deus1,
Fazendo discípulos2 e Servindo à comunidade3.
O Brasil tem 5.570 cidades. Conforme (PNAD) de 2015,
a maior parte da população brasileira, 84,72%, vive em áreas urbanas. Já 15,28%
dos brasileiros vivem em áreas rurais. A Grande Região com maior percentual de
população urbana é o Sudeste, com 93,14% das pessoas nas cidades. A Região
Nordeste é a que conta com o maior percentual de habitantes vivendo em áreas
rurais, 26,88%.
Nas décadas de 1970 e 1980 o Brasil sofreu um intenso processo de êxodo rural. A mecanização da produção agrícola expulsou trabalhadores do campo que se deslocaram para as cidades em busca de oportunidades de trabalho. Hoje, o deslocamento do campo para a cidade continua, porém, em percentuais menores.
O intenso processo de urbanização no Brasil gerou o
fenômeno da metropolização (ocupação urbana que ultrapassa os limites das
cidades) e, consequentemente, o desenvolvimento de grandes centros
metropolitanos como São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Salvador, Goiânia,
Manaus, entre outros.
A urbanização sem um devido planejamento tem como
consequência vários problemas de ordem social, destacam-se as questões da moradia,
desemprego, desigualdade social, saúde, educação, violência e exclusão social.
Por isso precisamos proclamar que Jesus é a única esperança para as cidades.
Vemos no texto de Mateus o resumo do ministério de Jesus:
1. percorrer; 2. ensinar; 3. evangelizar e 4. curar (povoados e cidades). Vemos
aqui o Cristo que fala e que trabalha, ou seja, a atuação com palavras e atos,
com cuidado pela alma e cuidado pelo corpo. Jesus é a esperança para as
cidades.
A maneira de nos relacionar e tratar as pessoas vai
depender de como olhamos para elas, se com amor, piedade, desprezo ou
superioridade. Demos olhar para as pessoas como Jesus olhava (v.36), vendo
pessoas que precisam de Deus; pecadores que precisam de arrependimento, não
como pessoas que devam ir para o inferno.
1. JESUS IA AO ENCONTRO DAS
PESSOAS – v.35
Percorria a região –
cidades e povoados.
Ele procurava as pessoas lá onde elas estavam em
suas casas. Jesus não espera que as pessoas venham a Ele (como João Batista no
deserto). Ele vai até elas e as procura, não importa a classe social, condição
moral ou espiritual. Ele realiza visitas domiciliares “A chave para as almas
das pessoas está pendurada em sua casa. Por isso é necessário ir até elas,
procurá-las em sua vida cotidiana, em suas aflições, em suas doenças, em sua
solidão” (Samuel Keller)
1. Ensinava na
Sinagoga ≠ Templo – MENTE
Refere-se à instrução da Palavra dada ao povo e às
controvérsias com os fariseus e escribas. Jesus ensinava a partir da autoridade
da Palavra pelo Espírito Santo, não dos ensinos meramente humanos.
2. Falava da salvação
= ALMA
Juntamente com o ensino ele “anunciava e proclamava
a alegria do reino”, este apelo era para que as pessoas se tornassem cidadãos
do Reino eterno.
3. Agia fisicamente =
CORPO
O ensino e a proclamação eram acompanhados de ação.
Diante da Palavra caem as amarras do pecado, as fortalezas da doença, os laços
da morte. A grande miséria física, social e econômica eram sim do interesse de
Jesus.
Para Cristo a totalidade da pessoa é importante. Era
o Evangelho todo para a pessoa toda. As necessidades físicas, emocionais e
espirituais devem ser sim o foco da igreja ao tratar com as pessoas.
A conversão das
pessoas livra a cidade da destruição, vejamos a diferença entre Sodoma e
Gomorra (Gn 18.22-26; 19.14,24-25) e Nínive(Jn 3.4,10).
2. JESUS VIA AS PESSOAS COM
COMPAIXÃO – v.36
Jesus mostra sua sincera compaixão com o povo. Ele
viu as pessoas e suas condições, o que hoje nem todos conseguem ou querem, como
dizia o poeta Horácio “Odeio o povo simples e mantenho-me longe dele”. Diferente
dos fariseus (João 7.49), Jesus percebe a existência das pessoas e sua condição
e sente compaixão delas. Mais do que a condição econômica, físico ou social, o
mal terrível era que este povo estava enfermo na alma.
Jesus via que lhes faltava consolo e confiança, fé,
amor e esperança, esse era o olhar de amor e de Salvador, essa condição doía na
alma de Jesus. Pessoas vivendo e morrendo sem salvação. Essa é a forma que a
igreja precisa ver as pessoas hoje, pois nossa relação com Jesus precisa abrir
nosso olhar, não continuar no velho julgamento com dureza de coração e com uma
falsa justiça farisaica.
A compaixão deve nos levar a identificação com as
pessoas, afinal nós também somos pessoas, estivemos na condição que eles estão.
Muitas pessoas encontram em líderes e Igrejas aproveitadores, mas elas precisam
é da grande misericórdia de Deus.
3. JESUS NOS CHAMA À AÇÃO –
v.37,38
Essas pessoas comparadas a um rebanho desgovernado
(Ezequiel 34 e Zacarias 11) precisam ser salvas pelo Bom Pastor – Cristo, assim
Jesus declara que “a colheita é grande”, o que anuncia também o dia do Juízo.
Quando a Palavra é anunciada, decisões são feitas
para a vida e morte, salvação e condenação. É aqui que as pessoas determinam
qual será seu futuro eterno, no céu com Deus ou no inferno separadas dEle.
Existe um contraste entre o muito trabalho (quando
se olha para Deus) e os poucos ceifeiros
(quando se olha para a humanidade). Diante disso a solução é a oração séria e
persistente.
Para todas as carreiras há concorrência, há milhares
de pessoas procurando vagas, mas para o ministério poucas pessoas se oferecem.
Há grande necessidade de discípulos cheios do Espírito, plenos de fé, animados
pelo amor e equipados com o olhar de Jesus que queiram ajudar nesta colheita.
Ele não quer perder
ninguém – v.38
PEDE PARA ORAR. Não basta a pessoa querer ou gostar,
é necessário uma vocação divina, condicionada à comunhão com Deus pela oração.
O “mandar” significa “lançar para longe, expulsar,
mandar com energia” dando ideia da dinâmica e da urgência da missão (Ef 4.11,12).
Devemos estar conscientes que as pessoas têm um
valor incalculável, e que passarão a eternidade no céu ou no inferno,
dependendo de como vão reagir à mensagem do evangelho, se esta lhes for
pregada.
CONCLUSÃO:
Se as pessoas não são nossa prioridade como Igreja,
é porque não estamos vendo-as, não estamos olhando com os olhos de Jesus.
Quando olhamos de forma meramente humana, as pessoas
se tornam invisíveis aos nossos olhos.
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