21 de set. de 2021

Esperança de Restauração


 Amós 9.11-15

ESPERANÇA DE RESTAURAÇÃO PLENA


MISSÃO: A Igreja Batista no Morumbi existe para ser um sinal visível do Reino: Amando a Deus1, Fazendo discípulos2 e Servindo à comunidade3.

Autor. Amós viva em Tecoa, região montanhosa de Judá, o reino do sul, cerca de 7 km de Jerusalém. Fazia parte do ramo de criação de animais (pastor e agricultor, cultivava figos silvestres – 7.14), há quem diga que era um camponês simples e ignorante.

Ele não pertencia a nenhuma das comunidades de profetas “profissionais” que viviam à serviço do rei e oravam juntos: era homem comum, ciente do que acontecia além da fronteira, em Israel, mas não se intrometeu até que Deus o enviou para o norte com uma mensagem, isso por volta do ano 748 a.C.

Publico. Os inimigos estrangeiros de Israel (Egito, Babilônia, Assíria), estavam temporariamente enfraquecidos; por isso, a economia nacional estava em alta. Os mais capazes e com boas relações estavam muito ricos. Eles contratavam advogados para fraudar pequenos fazendeiros e adquirir suas terras, construíam mansões (1.4; 3.12)) e viviam fazendo festa (3.15).

Os ricos tornavam-se muito ricos, enquanto as pessoas comuns se tornavam escravos e trabalhadores explorados. Os ricos davam glórias a Deus, gastando sem limites nos santuários para agradecer a ele (e a seus outros deuses) por tê-los abençoado.

Amós avisou-os de que Deus iria esfacelar o país por causa da injustiça social que promoviam, isso aconteceu cerca de 30 anos depois. Amos inclui os seguintes temas:

1.      Justiça social. Amós demonstra que períodos incomuns de prosperidade podem conduzir:

a.      Ao desvanecimento espiritual e à negligencia ética (6.1-6);

b.      Opressão contra os pobres (2.6,7; 5.12; 8.4,6)

c.       Injustiça nos tribunais (2.7; 5.7,12; 6.12)

d.      Imoralidade sexual (2.7)

e.      Sacrilégios (2.8);

f.        Violência (3.10);

g.      Idolatria (5.26);

h.      Práticas comerciais ilícitas (8.5)

Amós ensina que a verdadeira fé é expressa por ações, especialmente aquelas que dizem respeito à justiça social.

2.      Julgamento.

a.      A injustiça e a exploração contra os pobres seriam castigadas (2.13-16; 6.8,14; 8.9-9.10);

b.      O que viviam em fartura à custa dos outros perderiam tudo (3.15-4.3; 5.16,17; 6.4-7).

c.       Deus revelaria a hipocrisia e a falsa piedade de seu povo (4.4,5; 5.21-23).

Antes disso, Deus os convida a voltar para ele (5.4-6), para que possam “ter vida”. Depois de juízo, Deus irá restaurar seu povo (9.11-15).

 

Amós lida com os cinco aspectos fundamentais do futuro dia do Senhor: o rei (v. 11), as nações (v. 12), a terra (v. 13), o povo (v. 14) e o país (v. 15).

1. O REI - JESUS

O tabernáculo de Davi (v. 11). Seu uso mais comum no Antigo Testamento, "tabernáculo" significa aquilo que é frágil e temporário, ou aquilo que oferece sombra mas não proteção.

Na frase “tabernáculo de Davi” vemos um símbolo daquilo que, em si mesmo, só poderia entrar em colapso, mas que, na mão de Deus, se tomará glorioso e forte.

Os quatro verbos do versículo 11 colocam sobre a atividade do Senhor como único Agente na total restauração: levantando os caídos (v.11a), reparando o que está quebrado (v.11b), restaurando o que foi destruído (v.11c) e reanimando as glórias do passado (v.11d).

O levantamento do tabernáculo de Davi significa a introdução do Mediador real perfeito, o rei que será tudo aquilo que já se desejou para um sacerdote real.

2. AS NAÇÕES - HUMANIDADE

A esperança messiânica no Antigo Testamento é essencialmente universal, como seria de se esperar, uma vez que suas raízes estão nas promessas divinas feitas especialmente a Eva (Gn 3: 15) e a Abraão (Gn 12:1ss.). Amós não faz exceção. Ele vê as nações envolvidas nos privilégios do reinado do novo Davi (v.12).

Edom foi usado simbolicamente pelos profetas como uma personificação da hostilidade do mundo para com o reino de Deus. A derrota de Edom, portanto, fala de um fim real e completo de toda a oposição. Mas fala também da presença e do poder do novo Davi – Jesus.

3. A TERRA - O FIM DAMALDIÇÃO

Se o Messias é o segundo Davi, ele é também o segundo Adão reinando em um Éden restaurado. Os termos de sua visão são claros: a terra produzirá com abundância generosa e espontânea. Será tão generosa que não haverá tempo suficiente para colher todo o cereal e a safra de uvas.

Significa que as realidades espirituais e morais básicas foram colocadas nos seus devidos lugares. Tudo está bem entre Deus e o homem. Do lado do homem não há mais rebeldia, do lado de Deus houve uma grande reconciliação.

4. O POVO: O FIM DO DESAPONTAMENTO E DA FRUSTRAÇÃO - FARTURA

O v.13 aponta para abundância; o v.14, para o seu desfrute pelo povo (5.11). Amós olha para o futuro vê o dia em que o poder do pecado é destruído. O pecado já não mais arruinará, nem desapontará nem frustrará as pessoas.

5. O PAÍS: O FIM DA INSEGURANÇA – HERANÇA CELESTIAL

Os cidadãos do reino estão livres da penalidade do pecado. Não podem, nunca mais, ser roubados de sua herança (v. 15). A terra é sua para sempre.

Não temos só a promessa de segurança eterna, temos a garantia desta segurança. Deus que se compromete a levantar o rei no seu reino (v.11), para restauração da sorte do seu povo (v.14) e para plantá-lo em sua herança com segurança eterna (v.15).

CONCLUSÃO

Amós 9: 11-15 pode ser dividido em duas seções. Nos versículos 11 e 12, vimos o rei e o reino; em 13-15, o tema é a vida e a liberdade dentro do reino, a experiência dos seus cidadãos.

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