5 de jan. de 2021

Fé Prática para 2021


Hebreus 11.4-40

2021: DEMONSTRE SUA FÉ NA PRÁTICA

Em Hebreus 11, todos os cristãos são chamados a viver pela fé. Neste capítulo, o autor trata de dois tópicos importantes relacionados à fé. O primeiro é a “descrição da fé” (vv.1-3), o outro é a “demonstração de fé” (vv.4-40). Hoje vamos abordar os exemplos registrados na galeria dos “heróis da fé”.

Três termos em Hebreus 11:1-3 resumem a verdadeira fé bíblica: certeza, convicção e testemunho. Em cada exemplo que veremos hoje, encontramos os mesmos elementos de fé: 1. Deus lhes falou por meio da sua Palavra; 2. O ser interior deles foi tocado de maneiras diferentes; 3. Obedeceram a Deus; 4. Deus deu testemunho deles.

 1. ABEL - FÉ E ADORAÇÃO (v.4).

A história que serve de contexto encontra-se em Gênesis 4:1-10. Abel era um homem justo por causa da sua fé (Mt 23:35). Deus havia revelado a Adão e a seus descendentes como adorar, e Abel obedeceu a Deus pela fé. Na verdade, sua obediência custou-lhe a vida. Caim não era um filho de Deus (1 Jo 3:12), pois não tinha fé. Era religioso, mas não era justo. Hoje, Abel é considerado o primeiro mártir da fé.

2. ENOQUE - FÉ E VIVÊNCIA (v.5,6).

A fé em Deus cresce à medida que se tem comunhão com ele. Devemos ter tanto o desejo de lhe agradar quanto o zelo de buscá-lo. Orar, meditar sobre a Palavra, adorar e ter disciplina - tudo isso ajuda a andar com Deus.

Enoque andou com Deus em um mundo perverso antes do dilúvio e manteve a vida pura. Um dia, Enoque foi levado para o céu ("trasladado"="levado de um lugar para outro") e não foi mais visto.

Abel teve morte violenta, mas Enoque não morreu. Deus tem um plano diferente para cada pessoa que crê nele. Alguns veem no traslado de Enoque uma imagem do arrebatamento da Igreja quando Jesus Cristo voltar (1Ts 4:13-18).

3. NOÉ - FÉ E TRABALHO (v.7).

A fé de Noé envolveu seu ser como um todo: sua mente foi alertada por Deus; seu coração foi movido de temor e, por sua volição, agiu de acordo com o que Deus havia lhe dito.

Uma vez que, naquela época, ninguém jamais havia visto um dilúvio (talvez nem mesmo uma tempestade), as ações de Noé devem ter gerado um bocado de interesse e, provavelmente, também zombaria. A fé de Noé influenciou sua família, e todos os seus familiares foram salvos. Também condenou o mundo inteiro, pois sua fé revelou a incredulidade dos outros.

Os acontecimentos subsequentes provaram que Noé estava certo! Jesus usou essa experiência como uma advertência para que as pessoas estejam prontas para a sua volta (Mt 24:36-42). No tempo de Noé, o povo estava de tal modo envolvido com as atividades inocentes do quotidiano que ignorou completamente o testemunho de Noé (2 Pe 2:5).

4. OS PATRIARCAS - FÉ E ESPERA (v.8-22).

A ênfase desta seção é sobre a promessa de Deus e sobre seus planos para a nação de Israel (Hb 11:9,11,13,17). A nação começou com o chamado de Abraão. Deus prometeu um filho a Abraão e Sara, mas eles tiveram de esperar 25 anos pelo cumprimento da promessa.

Seu filho Isaque gerou Jacó e Esaú, e foi Jacó que constituiu, de fato, a nação de Israel, por meio de seus doze filhos. José salvou a nação na terra do Egito e Moisés libertou o povo do Egito.

Para mim, a espera é uma das disciplinas mais difíceis da vida. No entanto, a fé autêntica é capaz de esperar pelo cumprimento dos propósitos de Deus no tempo de Deus. Mas, enquanto esperamos, devemos ser obedientes. "Pela fé, Abraão [...] obedeceu" (Hb 11:8).

4.1. Ele obedeceu sem saber para onde estava indo (Hb 11:8-10). Vivia em tendas, pois era estrangeiro e peregrino no mundo e tinha de estar pronto para se deslocar quando Deus assim ordenasse. Os cristãos de hoje também são estrangeiros e peregrinos (1Pe 1:1; 2:11). Abraão tinha os olhos voltados para a cidade celestial e viveu "no tempo futuro".

4.2. Também obedeceu sem saber de que maneira Deus realizaria sua vontade (Hb 11:11,12). Tanto Abraão quanto Sara eram velhos demais para ter filhos. No entanto, os dois creram que Deus operaria esse milagre (Rm 4:13-25). A incredulidade pergunta: "como saberei isso?" (Lc 1:18-20). A fé pergunta: "como será isso?" (Lc 1:34-37).

4.3. Abraão creu e obedeceu a Deus sem saber quando Deus cumpriria suas promessas (Hb 11:13-16). Nenhum dos patriarcas viu o cumprimento pleno das promessas de Deus, mas viram "de longe" aquilo que Deus estava fazendo. George Morrison, um grande pregador escocês, disse certa vez: "O mais importante não são as circunstâncias em que vivemos, mas sim o que buscamos". Esses homens e mulheres viveram em tendas, mas sabiam que havia uma cidade celestial a sua espera. Quer de imediato quer no final das contas, Deus sempre cumpre suas promessas a seu povo de fé.

                    

4.4. Por fim, Abraão obedeceu a Deus pela fé sem saber por que Deus operava de tal modo (Hb 11:17-19). Por que Deus desejava que Abraão sacrificasse o filho que ele próprio havia concedido? A vida de Isaque continha todas as promessas de uma nação futura. À medida que andamos com Deus, os testes da fé tornam-se cada vez mais difíceis e, no entanto, as recompensas são cada vez mais maravilhosas! Não se deve esquecer, também, da fé obediente de Isaque.

Encontramos em Abraão, Isaque, Jacó e José quatro gerações de fé. Foram homens que, por vezes, fracassaram, mas que, em sua essência, viveram pela fé. Não eram perfeitos, mas eram dedicados a Deus e creram em sua Palavra. Isaque transmitiu as bênçãos e as promessas a Jacó (Gn 27), que as compartilhou com seus doze filhos (Gn 48 - 49). Jacó foi um peregrino, pois, mesmo à beira da morte, apoiou-se em seu bordão de peregrino.

Por certo, José demonstrou extraordinária fé. A julgar pelo modo como sua família o havia tratado, seria de se esperar que ele abandonasse sua fé; em vez disso, porém, ela foi fortalecida. Nem mesmo as influências ímpias do Egito abalaram sua confiança em Deus. José não usou sua família, seu trabalho nem suas circunstâncias como desculpa para se entregar à incredulidade. José sabia em que cria: um dia, Deus libertaria seu povo do Egito (Gn 50:24-26). José também sabia onde era seu lugar: em Canaã, não no Egito, de modo que fez os hebreus prometerem que levariam consigo os restos mortais dele quando deixassem o Egito. E foi exatamente o que fizeram (ver Êx 13:19 e Is 24:32).

É impossível não admirar a fé dos patriarcas. Não tinham a Bíblia completa e, no entanto, possuíam uma fé inabalável. Transmitiram as promessas de Deus de uma geração para outra e, apesar de seus fracassos e tribulações, esses homens e mulheres creram em Deus, e ele deu testemunho de sua fé. Sendo assim, devemos ter muito mais fé!

5. MOISÉS - FÉ E CONFLITO (v.23-29).

Moisés foi abençoado com pais tementes a Deus. Sem dúvida, agiram pela fé quando esconderam seu bebê das autoridades, como vemos no relato de Êxodo 2:1-10. Os pais de Moisés chamavam-se Anrão e Joquebede [Êx 6:20). Apesar de ser verdade que pais piedosos não têm como transmitir suas crenças aos filhos como se fossem traços genéticos, podem criar dentro de casa um ambiente de fé e ser exemplos para os filhos. O lar deve ser a primeira escolada fé para a criança.

Encontramos na vida de Moisés três grandes temas relacionados à fé. Primeiro, vemos a recusa pela fé (Hb 11:24,25). Como filho adotivo de uma princesa egípcia, Moisés poderia ter levado uma vida tranquila no palácio. Mas sua fé levou-o a recusar esse tipo de vida. Antes, escolheu identificar-se com o povo aflito de Deus. A verdadeira fé leva o cristão a cultivar valores corretos e a tomar decisões corretas. A expressão "prazeres transitórios do pecado" não se refere somente à lascívia e a outros pecados vulgares. Aqui, descreve um modo de vida que chamaríamos hoje de "bem-sucedido": posição elevada, prestígio, poder, riqueza e ausência de problemas.

A recusa de Moisés pela fé levou-o a sofrer o opróbrio pela fé (Hb 11:26a). Ele deixou o palácio e nunca mais voltou a sua antiga vida! Identificou-se com os escravos hebreus! Com frequência, homens e mulheres de fé precisam suportar o opróbrio e o sofrimento. Os apóstolos sofreram por causa de sua fé. Hoje, cristãos que vivem em países onde não há liberdade religiosa sabem o que é suportar afrontas. Se o opróbrio é uma evidência de fé autêntica, perguntamo-nos quanta fé assim existe em nosso país hoje!

Por fim, há a recompensa da fé (Hb 11:26b-29). Deus sempre recompensa a fé autêntica - senão imediatamente, no final. Em contraste com os "tesouros do Egito", Moisés "[contemplou] o galardão". Nas palavras de Vance Havner: "Moisés escolheu o imperecível, viu o invisível e fez o impossível".

A fé de Moisés permitiu que ele encarasse o Faraó sem medo e confiasse que Deus lidaria com o inimigo. A perseverança de Moisés não era um dom natural, pois, por natureza, ele era hesitante e tímido. Essa perseverança e coragem foram-lhe concedidas como recompensa por sua fé, como também o foi o livramento dele e de seu povo (ver  Êx 11-13 para o relato empolgante da primeira Páscoa dos hebreus). A fé nos faz sair do cativeiro (Hb 11:28), passar por experiências (Hb 11:29) e entrar em nossa herança (Hb 11:30). Quando cremos em Deus, recebemos o que Deus pode fazer; mas, quando confiamos em nós mesmos, recebemos o que os frágeis seres humanos podem fazer. A experiência de Moisés é prova de que a verdadeira fé bíblica implica obedecer a Deus apesar das circunstâncias e das consequências.

Se tivéssemos escrito este capítulo de Hebreus, a próxima sessão seria sobre fé e perambulação, mas o autor não faz menção alguma do fracasso de Israel e dos quarenta anos desperdiçados no deserto. Isso porque tal experiência retrata a falta de fé, não a fé! O autor usa essa experiência em Hebreus 3 e 4 como uma ilustração da incredulidade para com a Palavra. Mas em parte alguma de Hebreus 11 encontramos qualquer relato de fracasso decorrente da incredulidade. A fé registra apenas as vitórias.

6. JOSUÉ E RAABE - FÉ E VITÓRIA (v.30,31).

O relato da conquista de Jericó pode ser encontrado em Josué 2 a 6. Josué foi o sucessor de Moisés como líder de Israel e se tornou bem-sucedido porque confiou no mesmo Deus no qual Moisés havia crido. Deus muda de obreiros, mas não de princípios em sua obra. Ele abençoa a fé e julga a incredulidade.

Do ponto de vista humano, Jericó era uma cidade inconquistável. No entanto, o primeiro passo de fé que Josuê deu não foi derrotar a cidade, mas sim cruzar o rio Jordão. Pela fé, a nação cruzou o rio da mesma forma que a geração anterior havia atravessado o mar Vermelho. Foi um testemunho e um aviso para as nações cananeias de que Israel marchava avante pelo poder de Deus.

Raabe era uma meretriz, uma candidata improvável a crer no Deus verdadeiro de Israel! Ela foi liberta pela graça, pois os outros habitantes da cidade estavam condenados a morrer. Em sua graça e misericórdia, Deus permitiu que Raabe vivesse. Mas foi salva pela fé. O conhecimento que ela possuía de Deus encontra-se registrado em Josué 2:814. Sabia que Jeová havia libertado Israel do Egito e que ele abrira o mar Vermelho. Mas isso tudo havia ocorrido quarenta anos atrás! Também sabia que Deus havia derrotado outras nações durante a perambulação de Israel pelo deserto. "Porque o SENHOR, vosso Deus, é Deus em cima nos céus e embaixo na terra" (Js 2:11). Esse foi seu testemunho de fé, e Deus o honrou.

Ela foi salva para boas obras. A verdadeira fé deve sempre ser demonstrada por meio de boas obras (Tg 2:20-26). Raabe protegeu os espias, colocou o cordão na janela, conforme foi instruída (Os 2:15-21) e, ao que parece, ganhou sua família para a fé verdadeira (Js 2:13; 6:25), obedecendo ao Senhor em tudo. Raabe não apenas foi liberta do julgamento como também se tornou parte de Israel. Casou-se com Salmom e deu à luz Boaz, um antepassado do rei Davi (Mt 1:46). Que coisa mais extraordinária uma meretriz pagã tornar-se parte da genealogia de Jesus Cristo! É isso o que a fé pode fazer!

Sem dúvida, a experiência de Raabe serve de repreensão para os incrédulos que criam justificativas para não crer em Jesus Cristo. Uma desculpa que ouço com frequência é: "Não conheço a Bíblia muito bem". Raabe conhecia poucas verdades espirituais, mas agiu com base no conhecimento que possuía. Outra desculpa comum é: "Sou ruim demais para ser salvol" Raabe era uma meretriz pagã condenada! Outra desculpa, ainda, é: "O que minha família vai pensar?" A primeira preocupação de Raabe foi salvar sua família e não se opor a seus familiares. Assim, ela é apresentada na Bíblia como uma das grandes mulheres de fé.

 

7. OUTROS HERÓIS DA FÉ (v.32-40).

A fé pode operar na vida de qualquer pessoa que tiver a coragem de ouvir a Palavra de Deus e de se sujeitar à vontade de Deus. Quantas personalidades diferentes encontramos nesta passagem! Gideão era um agricultor assustado, cuja fé não se fortaleceu de imediato (Jz 6:11-7:25). Baraque conquistou uma vitória sobre Sísera, mas precisou da profetisa Débora para encorajá-lo (ver Jz 4:1-5:31). Tanto Gideão quanto Baraque servem de estímulo a nós, os que vacilamos em nossa fé.

A história de Sansão é conhecida (Jz 13-16). Não consideraríamos Sansão um homem piedoso, pois ele se entregou a seus desejos carnais. Era um nazireu, o que significa que havia sido consagrado e não poderia jamais cortar o cabelo nem beber vinho (é importante não confundir os nazireus com os nazarenos, habitantes de Nazaré). Sansão creu que Deus o ajudaria e o livraria e, no final, se mostrou disposto a dar a vida para derrotar o inimigo. Não se deve concluir, porém, que os cristãos de hoje podem levar uma vida dupla e, ainda assim, desfrutar as bênçãos de Deus.

A história de Jefté é fascinante (Jz 11:1-12:7). É difícil crer que ele tenha sacrificado a única filha como holocausto, pois tal prática era proibida em Israel. O mais provável é que a tenha consagrado ao Senhor com base na "lei dos votos" (Lv 27), dedicando-a à virgindade perpétua (Jz 11:34-40).

Não temos como examinar cada um desses exemplos de fé, e até mesmo o autor de Hebreus parou de citar nomes depois de mencionar Davi e Samuel, certamente grandes homens de fé. Temos exemplos de homens e mulheres do Antigo Testamento que conquistaram as vitórias citadas em Hebreus 11:33-35. Por certo, Davi subjugou reinos e praticou a justiça. A fé de Daniel "[fechou] a boca de leões" (Dn 6), e os três jovens hebreus extinguiram a violência do fogo na fornalha (Dn 3:23-28). A história das mulheres de fé mencionadas em Hebreus 11:35 é relatada em 1 Reis 17:17-24 e 2 Reis 4:18-37.

A transição em Hebreus 11:35 é importante: nem todos os homens e mulheres de fé foram miraculosamente libertos. Alguns foram torturados e morreram! O termo traduzido por "outros", em Hebreus 11:36, significa "outros de um tipo diferente". Esses "outros" tinham fé, mas Deus não achou por bem tratá-los da mesma forma como tratou Moisés, Gideão e Davi.

Enquanto visitava uma pessoa no hospital, encontrei uma paciente chorando em seu leito. "Qual o problema?", perguntei. Em resposta, ela me entregou um livro que havia recebido pelo correio. A obra falava de "cura divina" e do "poder da fé". Uma anotação anônima na contracapa dizia: "Leia este livro; ele lhe dará fé para ser curada". Essa paciente era uma cristã consagrada que continuava a crer em Deus, mesmo em meio ao sofrimento, mas a pessoa que lhe escreveu aquela dedicatória acreditava que todos os que têm fé devem ser miraculosamente libertos.

Tenho experiências pessoais do toque miraculoso de Deus em meu corpo em ocasiões nas quais muitos estavam certos de que eu morreria. Sei que Deus pode curar. Mas também sei que Deus não precisa curar a fim de provar que eu tenho fé. O autor de Hebreus (11:36-38) registra o fato de que muitos homens e mulheres de fé anônimos não foram libertos de circunstâncias difíceis; no entanto, Deus honrou sua fé. Na verdade, é preciso mais fé para suportar do que para escapar. Como os três jovens hebreus, devemos crer em Deus e obedecer a ele, mesmo que não nos liberte (Dn 3:16-18).

Do ponto de vista dos homens, esses heróis da fé eram desprezíveis; por isso, foram presos, torturados e, em alguns casos, mortos. Mas Deus os via de modo totalmente diferente e afirmou que o mundo não era digno deles! O apóstolo Paulo é um bom exemplo disso. Festa declarou que Paulo estava louco (At 26:24). Os judeus afirmaram que ele não deveria viver (At 22:22). O próprio Paulo relatou: "temos chegado a ser considerados lixo do mundo, escória de todos" (1Co 4:13). No entanto, o apóstolo foi um vaso escolhido de Deus, provavelmente o maior cristão que já viveu!

CONCLUSÃO

A fé nos permite recusar a aprovação do mundo e a buscar somente a aprovação de Deus. O Senhor pode achar por bem ser glorificado livrando seu povo ou não dando livramento. De uma forma ou de outra, não se deve jamais concluir que a ausência de livramento significa falta de fé da parte dos filhos de Deus.

A fé olha para o futuro, pois é lá que se encontram as maiores recompensas. As pessoas citadas neste capítulo (por nome ou anônimas) não receberam "a concretização da promessa" (o que foi prometido, Hb 11:13), mas receberam o testemunho de Deus de que sua fé, um dia, será recompensada. O plano de Deus envolve tanto os santos do Antigo Testamento quanto os do Novo Testamento! Um dia, todos nós viveremos na cidade celestial, para a qual os santos olham pela fé.

Devemos dar graças por esses santos de outrora, pois foram fiéis em tempos difíceis; no entanto, somos nós que recebemos a "coisa [bênção] superior". Vislumbraram algumas das bênçãos de longe (ver Jo 8:56), mas hoje nós as desfrutamos por meio de Jesus Cristo. Se os santos de outrora não tivessem confiado em Deus e obedecido à sua vontade, Israel teria perecido, e o Messias não teria nascido.

"De fato, sem fé é impossível agradar a Deus" (Hb 11:6). Mas esse tipo de fé cresce à medida que ouvimos a Palavra de Deus (Rm 10:17) e temos comunhão em adoração e em oração. A fé está à disposição de cristãos de todo tipo em situações de todo tipo. Não é um luxo acessível apenas para os santos de "elite". É uma necessidade para todo o povo de Deus. Senhor, aumenta a nossa fé!

(Créditos: Comentário Warren W. Wiersbe)

 

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