2021: DEMONSTRE SUA FÉ NA PRÁTICA
Em Hebreus 11, todos
os cristãos são chamados a viver pela fé. Neste capítulo, o autor trata de dois
tópicos importantes relacionados à fé. O primeiro é a “descrição da fé”
(vv.1-3), o outro é a “demonstração de fé” (vv.4-40). Hoje vamos
abordar os exemplos registrados na galeria dos “heróis da fé”.
Três termos em Hebreus
11:1-3 resumem a verdadeira fé bíblica: certeza, convicção
e testemunho. Em cada exemplo que veremos hoje, encontramos os
mesmos elementos de fé: 1. Deus lhes falou por meio da sua Palavra; 2. O ser
interior deles foi tocado de maneiras diferentes; 3. Obedeceram a Deus; 4. Deus
deu testemunho deles.
A história que serve de contexto encontra-se em Gênesis 4:1-10. Abel era um homem justo por causa da sua fé (Mt 23:35). Deus havia revelado a Adão e a seus descendentes como adorar, e Abel obedeceu a Deus pela fé. Na verdade, sua obediência custou-lhe a vida. Caim não era um filho de Deus (1 Jo 3:12), pois não tinha fé. Era religioso, mas não era justo. Hoje, Abel é considerado o primeiro mártir da fé.
2. ENOQUE - FÉ E
VIVÊNCIA (v.5,6).
A fé em Deus cresce à
medida que se tem comunhão com ele. Devemos ter tanto o desejo de lhe agradar
quanto o zelo de buscá-lo. Orar, meditar sobre a Palavra, adorar e ter disciplina
- tudo isso ajuda a andar com Deus.
Enoque andou com Deus
em um mundo perverso antes do dilúvio e manteve a vida pura. Um dia, Enoque foi
levado para o céu ("trasladado"="levado de um lugar para
outro") e não foi mais visto.
Abel teve morte
violenta, mas Enoque não morreu. Deus tem um plano diferente para cada pessoa que
crê nele. Alguns veem no traslado de Enoque uma imagem do arrebatamento da
Igreja quando Jesus Cristo voltar (1Ts 4:13-18).
3. NOÉ - FÉ E TRABALHO
(v.7).
A fé de Noé envolveu
seu ser como um todo: sua mente foi alertada por Deus; seu coração foi movido de
temor e, por sua volição, agiu de acordo com o que Deus havia lhe dito.
Uma vez que, naquela
época, ninguém jamais havia visto um dilúvio (talvez nem mesmo uma tempestade),
as ações de Noé devem ter gerado um bocado de interesse e, provavelmente, também
zombaria. A fé de Noé influenciou sua família, e todos os seus familiares foram
salvos. Também condenou o mundo inteiro, pois sua fé revelou a incredulidade
dos outros.
Os acontecimentos subsequentes
provaram que Noé estava certo! Jesus usou essa experiência como uma advertência
para que as pessoas estejam prontas para a sua volta (Mt 24:36-42). No tempo de
Noé, o povo estava de tal modo envolvido com as atividades inocentes do
quotidiano que ignorou completamente o testemunho de Noé (2 Pe 2:5).
4. OS PATRIARCAS - FÉ
E ESPERA (v.8-22).
A ênfase desta seção é
sobre a promessa de Deus e sobre seus planos para a nação de Israel (Hb 11:9,11,13,17).
A nação começou com o chamado de Abraão. Deus prometeu um filho a Abraão e
Sara, mas eles tiveram de esperar 25 anos pelo cumprimento da promessa.
Seu filho Isaque gerou
Jacó e Esaú, e foi Jacó que constituiu, de fato, a nação de Israel, por meio de
seus doze filhos. José salvou a nação na terra do Egito e Moisés libertou o
povo do Egito.
Para mim, a espera é
uma das disciplinas mais difíceis da vida. No entanto, a fé autêntica é capaz
de esperar pelo cumprimento dos propósitos de Deus no tempo de Deus. Mas,
enquanto esperamos, devemos ser obedientes. "Pela fé, Abraão [...] obedeceu"
(Hb 11:8).
4.1. Ele obedeceu sem saber
para onde estava indo (Hb 11:8-10). Vivia em tendas, pois era
estrangeiro e peregrino no mundo e tinha de estar pronto para se deslocar
quando Deus assim ordenasse. Os cristãos de hoje também são estrangeiros e
peregrinos (1Pe 1:1; 2:11). Abraão tinha os olhos voltados para a cidade
celestial e viveu "no tempo futuro".
4.2. Também obedeceu sem
saber de que maneira Deus realizaria sua vontade (Hb 11:11,12).
Tanto Abraão quanto Sara eram velhos demais para ter filhos. No entanto, os
dois creram que Deus operaria esse milagre (Rm 4:13-25). A incredulidade
pergunta: "como saberei isso?" (Lc 1:18-20). A fé pergunta: "como
será isso?" (Lc 1:34-37).
4.3. Abraão creu e
obedeceu a Deus sem saber quando Deus cumpriria suas promessas (Hb
11:13-16). Nenhum dos patriarcas viu o cumprimento pleno das promessas de Deus,
mas viram "de longe" aquilo que Deus estava fazendo. George Morrison,
um grande pregador escocês, disse certa vez: "O mais importante não são as
circunstâncias em que vivemos, mas sim o que buscamos". Esses homens e
mulheres viveram em tendas, mas sabiam que havia uma cidade celestial a sua
espera. Quer de imediato quer no final das contas, Deus sempre cumpre suas
promessas a seu povo de fé.
4.4. Por fim, Abraão
obedeceu a Deus pela fé sem saber por que Deus operava de tal modo
(Hb 11:17-19). Por que Deus desejava que Abraão sacrificasse o filho que ele próprio
havia concedido? A vida de Isaque continha todas as promessas de uma nação futura.
À medida que andamos com Deus, os testes da fé tornam-se cada vez mais difíceis
e, no entanto, as recompensas são cada vez mais maravilhosas! Não se deve
esquecer, também, da fé obediente de Isaque.
Encontramos em Abraão,
Isaque, Jacó e José quatro gerações de fé. Foram homens que, por vezes,
fracassaram, mas que, em sua essência, viveram pela fé. Não eram perfeitos, mas
eram dedicados a Deus e creram em sua Palavra. Isaque transmitiu as bênçãos e
as promessas a Jacó (Gn 27), que as compartilhou com seus doze filhos (Gn 48 -
49). Jacó foi um peregrino, pois, mesmo à beira da morte, apoiou-se em seu
bordão de peregrino.
Por certo, José
demonstrou extraordinária fé. A julgar pelo modo como sua família o havia
tratado, seria de se esperar que ele abandonasse sua fé; em vez disso, porém, ela
foi fortalecida. Nem mesmo as influências ímpias do Egito abalaram sua
confiança em Deus. José não usou sua família, seu trabalho nem suas
circunstâncias como desculpa para se entregar à incredulidade. José sabia em
que cria: um dia, Deus libertaria seu povo do Egito (Gn 50:24-26). José também sabia
onde era seu lugar: em Canaã, não no Egito, de modo que fez os hebreus prometerem
que levariam consigo os restos mortais dele quando deixassem o Egito. E foi
exatamente o que fizeram (ver Êx 13:19 e Is 24:32).
É impossível não
admirar a fé dos patriarcas. Não tinham a Bíblia completa e, no entanto,
possuíam uma fé inabalável. Transmitiram as promessas de Deus de uma geração para
outra e, apesar de seus fracassos e tribulações, esses homens e mulheres creram
em Deus, e ele deu testemunho de sua fé. Sendo assim, devemos ter muito mais
fé!
5. MOISÉS - FÉ E
CONFLITO (v.23-29).
Moisés foi abençoado
com pais tementes a Deus. Sem dúvida, agiram pela fé quando esconderam seu bebê
das autoridades, como vemos no relato de Êxodo 2:1-10. Os pais de Moisés
chamavam-se Anrão e Joquebede [Êx 6:20). Apesar de ser verdade que pais piedosos
não têm como transmitir suas crenças aos filhos como se fossem traços genéticos,
podem criar dentro de casa um ambiente de fé e ser exemplos para os filhos. O
lar deve ser a primeira escolada fé para a criança.
Encontramos na vida de
Moisés três grandes temas relacionados à fé. Primeiro, vemos a recusa
pela fé (Hb 11:24,25). Como filho adotivo de uma princesa egípcia, Moisés
poderia ter levado uma vida tranquila no palácio. Mas sua fé levou-o a recusar esse
tipo de vida. Antes, escolheu identificar-se com o povo aflito de Deus. A
verdadeira fé leva o cristão a cultivar valores corretos e a tomar decisões
corretas. A expressão "prazeres transitórios do pecado" não se refere
somente à lascívia e a outros pecados vulgares. Aqui, descreve um modo de vida
que chamaríamos hoje de "bem-sucedido": posição elevada, prestígio,
poder, riqueza e ausência de problemas.
A recusa de Moisés
pela fé levou-o a sofrer o opróbrio pela fé (Hb 11:26a). Ele
deixou o palácio e nunca mais voltou a sua antiga vida! Identificou-se com os
escravos hebreus! Com frequência, homens e mulheres de fé precisam suportar o
opróbrio e o sofrimento. Os apóstolos sofreram por causa de sua fé. Hoje,
cristãos que vivem em países onde não há liberdade religiosa sabem o que é
suportar afrontas. Se o opróbrio é uma evidência de fé autêntica, perguntamo-nos
quanta fé assim existe em nosso país hoje!
Por fim, há a
recompensa da fé (Hb 11:26b-29). Deus sempre recompensa a fé autêntica
- senão imediatamente, no final. Em contraste com os "tesouros do
Egito", Moisés "[contemplou] o galardão". Nas palavras de Vance
Havner: "Moisés escolheu o imperecível, viu o invisível e fez o
impossível".
A fé de Moisés
permitiu que ele encarasse o Faraó sem medo e confiasse que Deus lidaria com o
inimigo. A perseverança de Moisés não era um dom natural, pois, por natureza,
ele era hesitante e tímido. Essa perseverança e coragem foram-lhe concedidas como
recompensa por sua fé, como também o foi o livramento dele e de seu povo (ver Êx 11-13 para o relato empolgante da primeira
Páscoa dos hebreus). A fé nos faz sair do cativeiro (Hb 11:28), passar por
experiências (Hb 11:29) e entrar em nossa herança (Hb 11:30). Quando cremos em
Deus, recebemos o que Deus pode fazer; mas, quando confiamos em nós mesmos,
recebemos o que os frágeis seres humanos podem fazer. A experiência de Moisés é
prova de que a verdadeira fé bíblica implica obedecer a Deus apesar das
circunstâncias e das consequências.
Se tivéssemos escrito
este capítulo de Hebreus, a próxima sessão seria sobre fé e perambulação, mas o
autor não faz menção alguma do fracasso de Israel e dos quarenta anos
desperdiçados no deserto. Isso porque tal experiência retrata a falta de fé,
não a fé! O autor usa essa experiência em Hebreus 3 e 4 como uma ilustração da
incredulidade para com a Palavra. Mas em parte alguma de Hebreus 11 encontramos
qualquer relato de fracasso decorrente da incredulidade. A fé registra apenas
as vitórias.
6. JOSUÉ E RAABE - FÉ
E VITÓRIA (v.30,31).
O relato da conquista
de Jericó pode ser encontrado em Josué 2 a 6. Josué foi o sucessor de Moisés
como líder de Israel e se tornou bem-sucedido porque confiou no mesmo Deus no
qual Moisés havia crido. Deus muda de obreiros, mas não de princípios em sua
obra. Ele abençoa a fé e julga a incredulidade.
Do ponto de vista
humano, Jericó era uma cidade inconquistável. No entanto, o primeiro passo de
fé que Josuê deu não foi derrotar a cidade, mas sim cruzar o rio Jordão. Pela
fé, a nação cruzou o rio da mesma forma que a geração anterior havia
atravessado o mar Vermelho. Foi um testemunho e um aviso para as nações cananeias
de que Israel marchava avante pelo poder de Deus.
Raabe era uma
meretriz, uma candidata improvável a crer no Deus verdadeiro de Israel! Ela
foi liberta pela graça, pois os outros habitantes da cidade estavam
condenados a morrer. Em sua graça e misericórdia, Deus permitiu que Raabe
vivesse. Mas foi salva pela fé. O conhecimento que ela possuía de Deus
encontra-se registrado em Josué 2:814. Sabia que Jeová havia libertado Israel
do Egito e que ele abrira o mar Vermelho. Mas isso tudo havia ocorrido quarenta
anos atrás! Também sabia que Deus havia derrotado outras nações durante a
perambulação de Israel pelo deserto. "Porque o SENHOR, vosso Deus, é Deus
em cima nos céus e embaixo na terra" (Js 2:11). Esse foi seu testemunho de
fé, e Deus o honrou.
Ela foi salva para
boas obras.
A verdadeira fé deve sempre ser demonstrada por meio de boas obras (Tg
2:20-26). Raabe protegeu os espias, colocou o cordão na janela, conforme foi
instruída (Os 2:15-21) e, ao que parece, ganhou sua família para a fé
verdadeira (Js 2:13; 6:25), obedecendo ao Senhor em tudo. Raabe não apenas foi
liberta do julgamento como também se tornou parte de Israel. Casou-se com
Salmom e deu à luz Boaz, um antepassado do rei Davi (Mt 1:46). Que coisa mais
extraordinária uma meretriz pagã tornar-se parte da genealogia de Jesus Cristo!
É isso o que a fé pode fazer!
Sem dúvida, a
experiência de Raabe serve de repreensão para os incrédulos que criam
justificativas para não crer em Jesus Cristo. Uma desculpa que ouço com frequência
é: "Não conheço a Bíblia muito bem". Raabe conhecia poucas verdades espirituais,
mas agiu com base no conhecimento que possuía. Outra desculpa comum é:
"Sou ruim demais para ser salvol" Raabe era uma meretriz pagã
condenada! Outra desculpa, ainda, é: "O que minha família vai pensar?"
A primeira preocupação de Raabe foi salvar sua família e não se opor a seus
familiares. Assim, ela é apresentada na Bíblia como uma das grandes mulheres de
fé.
7. OUTROS HERÓIS DA FÉ
(v.32-40).
A fé pode operar na
vida de qualquer pessoa que tiver a coragem de ouvir a Palavra de Deus e de se
sujeitar à vontade de Deus. Quantas personalidades diferentes encontramos nesta
passagem! Gideão era um agricultor assustado, cuja fé não se fortaleceu de
imediato (Jz 6:11-7:25). Baraque conquistou uma vitória sobre Sísera, mas
precisou da profetisa Débora para encorajá-lo (ver Jz 4:1-5:31). Tanto Gideão
quanto Baraque servem de estímulo a nós, os que vacilamos em nossa fé.
A história de Sansão é
conhecida (Jz 13-16). Não consideraríamos Sansão um homem piedoso, pois ele se
entregou a seus desejos carnais. Era um nazireu, o que significa que havia sido
consagrado e não poderia jamais cortar o cabelo nem beber vinho (é importante
não confundir os nazireus com os nazarenos, habitantes de Nazaré). Sansão creu
que Deus o ajudaria e o livraria e, no final, se mostrou disposto a dar a vida
para derrotar o inimigo. Não se deve concluir, porém, que os cristãos de hoje
podem levar uma vida dupla e, ainda assim, desfrutar as bênçãos de Deus.
A história de Jefté é
fascinante (Jz 11:1-12:7). É difícil crer que ele tenha sacrificado a única
filha como holocausto, pois tal prática era proibida em Israel. O mais provável
é que a tenha consagrado ao Senhor com base na "lei dos votos" (Lv
27), dedicando-a à virgindade perpétua (Jz 11:34-40).
Não temos como
examinar cada um desses exemplos de fé, e até mesmo o autor de Hebreus parou de
citar nomes depois de mencionar Davi e Samuel, certamente grandes homens de fé.
Temos exemplos de homens e mulheres do Antigo Testamento que conquistaram as
vitórias citadas em Hebreus 11:33-35. Por certo, Davi subjugou reinos e
praticou a justiça. A fé de Daniel "[fechou] a boca de leões" (Dn 6),
e os três jovens hebreus extinguiram a violência do fogo na fornalha (Dn
3:23-28). A história das mulheres de fé mencionadas em Hebreus 11:35 é relatada
em 1 Reis 17:17-24 e 2 Reis 4:18-37.
A transição em Hebreus
11:35 é importante: nem todos os homens e mulheres de fé foram miraculosamente
libertos. Alguns foram torturados e morreram! O termo traduzido por
"outros", em Hebreus 11:36, significa "outros de um tipo diferente".
Esses "outros" tinham fé, mas Deus não achou por bem tratá-los da
mesma forma como tratou Moisés, Gideão e Davi.
Enquanto visitava uma
pessoa no hospital, encontrei uma paciente chorando em seu leito. "Qual o
problema?", perguntei. Em resposta, ela me entregou um livro que havia
recebido pelo correio. A obra falava de "cura divina" e do
"poder da fé". Uma anotação anônima na contracapa dizia: "Leia
este livro; ele lhe dará fé para ser curada". Essa paciente era uma cristã
consagrada que continuava a crer em Deus, mesmo em meio ao sofrimento, mas a
pessoa que lhe escreveu aquela dedicatória acreditava que todos os que têm fé
devem ser miraculosamente libertos.
Tenho experiências
pessoais do toque miraculoso de Deus em meu corpo em ocasiões nas quais muitos
estavam certos de que eu morreria. Sei que Deus pode curar. Mas também sei que
Deus não precisa curar a fim de provar que eu tenho fé. O autor de Hebreus
(11:36-38) registra o fato de que muitos homens e mulheres de fé anônimos não
foram libertos de circunstâncias difíceis; no entanto, Deus honrou sua fé. Na verdade,
é preciso mais fé para suportar do que para escapar. Como os três jovens hebreus,
devemos crer em Deus e obedecer a ele, mesmo que não nos liberte (Dn 3:16-18).
Do ponto de vista dos homens,
esses heróis da fé eram desprezíveis; por isso, foram presos, torturados e, em
alguns casos, mortos. Mas Deus os via de modo totalmente diferente e afirmou
que o mundo não era digno deles! O apóstolo Paulo é um bom exemplo disso. Festa
declarou que Paulo estava louco (At 26:24). Os judeus afirmaram que ele não
deveria viver (At 22:22). O próprio Paulo relatou: "temos chegado a ser
considerados lixo do mundo, escória de todos" (1Co 4:13). No entanto, o
apóstolo foi um vaso escolhido de Deus, provavelmente o maior cristão que já
viveu!
CONCLUSÃO
A fé nos permite
recusar a aprovação do mundo e a buscar somente a aprovação de Deus. O Senhor
pode achar por bem ser glorificado livrando seu povo ou não dando livramento.
De uma forma ou de outra, não se deve jamais concluir que a ausência de
livramento significa falta de fé da parte dos filhos de Deus.
A fé olha para o
futuro, pois é lá que se encontram as maiores recompensas. As pessoas citadas
neste capítulo (por nome ou anônimas) não receberam "a concretização da
promessa" (o que foi prometido, Hb 11:13), mas receberam o testemunho de Deus
de que sua fé, um dia, será recompensada. O plano de Deus envolve tanto os
santos do Antigo Testamento quanto os do Novo Testamento! Um dia, todos nós viveremos
na cidade celestial, para a qual os santos olham pela fé.
Devemos dar graças por
esses santos de outrora, pois foram fiéis em tempos difíceis; no entanto, somos
nós que recebemos a "coisa [bênção] superior". Vislumbraram algumas das
bênçãos de longe (ver Jo 8:56), mas hoje nós as desfrutamos por meio de Jesus
Cristo. Se os santos de outrora não tivessem confiado em Deus e obedecido à sua
vontade, Israel teria perecido, e o Messias não teria nascido.
"De fato, sem fé
é impossível agradar a Deus" (Hb 11:6). Mas esse tipo de fé cresce à
medida que ouvimos a Palavra de Deus (Rm 10:17) e temos comunhão em adoração e
em oração. A fé está à disposição de cristãos de todo tipo em situações de todo
tipo. Não é um luxo acessível apenas para os santos de "elite". É uma
necessidade para todo o povo de Deus. Senhor, aumenta a nossa fé!
(Créditos:
Comentário Warren W. Wiersbe)
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