A notícia mais
fantástica e importante de toda história foi dada por um anjo. "HOJE, NA
CIDADE DE DAVI, VOS NASCEU O SALVADOR!"
O nascimento de Jesus
é o ápice da história, o clímax desta existência. Não há nada mais
"bombástico" do que a notícia de que o Deus soberano, Juiz de toda
Terra, Senhor dos Exércitos, está entre nós.
É a notícia que muda
as nossas vidas, que converte nossos corações dominados pelo pecado, que lava
as nossas almas da tragédia do Édem e que nos garante a eternidade diante do
Criador.
Agora que Ele nasceu nossas vidas podem voltar a ter sentido. Eu já não existo para pecar, existo para adorar, vivo para servir. Agora que Ele nasceu já não me rendo às correntes do pecado, não suporto a lama da devassidão e me rebelo profundamente contra o domínio da carne, para viver no Espírito.
Porque Ele nasceu, a
morte está condenada. Ela não tem mais poder sobre mim, não tenho medo e nem me
preocupo com ela. O meu Salvador nasceu, Ele é a ressurreição e a vida, Ele
enxuga do meu rosto toda lágrima, Ele me prepara um lugar na Cidade Santa, Ele
habita e preenche tudo aquilo que eu chamado de "vida".
Hoje, na Cidade de
Davi, vos nasceu o Salvador! Ele nasceu, e eu nasci de novo. Glória a Deus nas
maiores alturas!
1. LEVOU MARIA E JOSÉ
A BELÉM – v.1-7
César Augusto era o
governante, mas Deus estava no controle, pois usou o édito do imperador para
levar Maria e José a percorrer os quase 130 quilômetros que separavam Nazaré de
Belém. A cada catorze anos, o governo romano realizava um censo com fins
militares e fiscais, e todos os homens judeus tinham de voltar à cidade de seus
antepassados para registrar seu nome, ocupação, propriedades e família.
Ao declarar: "Que
se cumpra em mim conforme a tua palavra" (Lc 1:38), Maria estava
dizendo que, dali em diante, sua vida faria parte do cumprimento da profecia
divina. Deus prometera que o Salvador seria um ser humano, não um anjo (Gn
3:15, Hb 2:16), um judeu, não gentio (Gn 12:1-3; Nm 24:17). Viria da tribo de
Judá́ (Gn 12:1-3; Nm 24:17). da família de Davi (2 Sm 7:117), e nasceria de uma
virgem (Is 7:14) em Belém, a cidade de Davi (Mq 5:2).
Tudo isso se deu
exatamente como as Escrituras haviam dito e, mesmo sem saber; César teve um
papel importante. Como A. T. Pierson costumava dizer: "nossa história é a
história de Deus", e o presidente dos Estados Unidos James A. Garfield
chamou a história de "o rolo aberto da profecia".
Se nossa vida é
controlada pela Palavra de Deus, os acontecimentos da história servem para nos
ajudar a cumprir a vontade do Senhor. "Porque eu velo sobre a minha
palavra para a cumprir" (Jr 1:12).
Maria e José eram
marido e esposa, mas uma vez que só consumaram o casamento depois do nascimento
de Jesus, ela é referida como sendo "desposada com José" (Mt 1:18-25).
A viagem deve ter sido muito difícil para ela, porém Maria alegrou-se em fazer
a vontade de Deus e, sem dúvida, ficou contente em poder afastar-se das más línguas
de Nazaré.
Naquele tempo, as mães
embrulhavam os bebês em longas faixas de tecido para proteger e apoiar os
braços e as pernas. O termo traduzido por "manjedoura" (Lc 2:7, 12,
16) também é usado em Lucas 13:15 e pode significar um cocho ou um cercado para
animais.
Ao visitar a Terra
Santa hoje em dia, ainda é possível ver cochos de pedra, provavelmente do mesmo
tipo daquele em que Maria colocou o menino Jesus. Muitos estudiosos acreditam
que Jesus nasceu numa caverna que costumava ser usada como abrigo para animais,
não numa cabana de madeira, como as que vemos nos presépios modernos.
O nome Belém significa
"casa do pão", lugar ideal para o nascimento do "pão da vida"
Jo 6:35). A rica herança histórica dessa cidade incluía fatos importantes, como
a morte de Raquel e o nascimento de Benjamim (Gn 35:1 &-20; ver também Mt
2:1 &-18), o casamento de Rute e os feitos heroicos de Davi.
É interessante lembrar
que o nome Benjamim significa "filho da minha destra", (filho da
minha mão direita), e o nome Davi, significa “amado”. Estes dois nomes aplicam-se a Jesus, pois ele
é o Filho Amado (Lc 3:22) e está assentado à destra de Deus (Sl 110:1).
2. TROUXE OS ANJOS DOS
CÉUS – v.8-14
Os anjos devem ter se
maravilhado ao ver o Criador nascer como criatura, o Verbo na forma de um bebê
incapaz de falar. O melhor comentário sobre isso é 2 Coríntios 8:9, e a melhor
resposta de nosso coração é uma atitude de admiração e de adoração. Grande é o
mistério da piedade: Aquele que foi manifestado na carne" (1 Tm 3:16).
A primeira proclamação
do nascimento do Messias foi feita a um grupo de pastores desconhecidos. Por
que pastores? Por que não sacerdotes ou escribas? Ao visitar os pastores, o
anjo revelou a graça de Deus para com a humanidade.
Na realidade, os pastores
viviam à margem da sociedade de Israel. Seu trabalho não apenas os tornava cerimonialmente
impuros, mas também os obrigava a passar meses longe do templo, de modo que não
poderiam ser purificados. Deus não chama ricos e poderosos, mas sim pobres e
humildes (Lc 1:51-53; 1 Co 1:26-29).
O Messias veio como o
Bom Pastor (Jo 10) e como o Cordeiro de Deus sacrificado pelos pecados do mundo
(Jo 1:29). Talvez esses pastores estivessem cuidando de rebanhos que seriam
usados para fornecer sacrifícios aos cultos no templo. Nada mais apropriado que
as boas novas sobre o Cordeiro de Deus serem dadas em primeiro lugar a simples
pastores.
Não é fácil enganar
pastores. São homens práticos, que vivem num mundo sem grandes fantasias. Se
disseram que viram anjos e que encontraram o Messias, podemos crer que foi
exatamente o que aconteceu. Deus escolheu homens trabalhadores e esforçados ara
ser as primeiras testemunhas de que seu Filho havia chegado ao mundo.
Primeiro, um anjo
(Gabriel?) apareceu e proclamou as boas novas; em seguida, um coral de anjos
juntou-se a ele e entoou um hino de louvor. Pela primeira vez em séculos, a
glória de Deus voltou à Terra. Se aqueles pastores corajosos se assustaram com
o que viram e ouviram, podemos estar certos de que foi real!
"Não
temais!" é um dos temas-chave da história de Natal (Lc 1:13, 30, 74; ver
Mt 1:20). "Eis aqui vos trago boa-nova de grande alegria, que o será para
todo o povo", declarou o anjo usando um termo que significa "pregar
as boas-novas", usado com frequência por Lucas tanto em seu evangelho quanto
no Livro de Atos. Vemos, aqui, a ênfase de Lucas sobre a universalidade do Evangelho:
as boas-novas para todos, não apenas para os judeus.
Quais eram as
boas-novas? Não de que Deus havia enviado um soldado, um juiz ou um reformador,
mas que mandara um Salvador para suprir a maior necessidade do ser humano. Era
uma mensagem de paz a um mundo que passara por inúmeras guerras. A famosa pax
romana (a "paz romana") estava em vigor desde 27 a.c., mas a ausência
de guerra não é garantia de paz.
De acordo com o
filósofo estoico Epíteto: "O imperador pode fazer cessar a guerra, dando
paz à terra e aos mares, mas não é capaz de fazer cessar a paixão, aflição e
inveja. Não é capaz de dar a paz ao coração, pela qual o homem anseia mais do
que qualquer outra paz exterior".
O termo hebraico shalom
(paz) significa muito mais do que uma trégua das batalhas da vida. Significa
bem-estar, prosperidade, segurança, integridade e plenitude. É mais relacionado
ao caráter do que às circunstâncias.
A vida naquele tempo
era tão difícil quanto hoje. Os impostos e o desemprego estavam cada vez mais
altos, os padrões morais cada vez mais baixos e um governo militar controlava o
povo. Nem a lei romana, nem a filosofia grega, nem mesmo a religião judaica
eram capazes de suprir as necessidades do coração humano. Então, Deus enviou
seu Filho!
Os anjos louvaram a
Deus na criação (Jó 38:7), e agora o louvavam no início da nova criação. O
propósito do plano da salvação é a "glória a Deus" (ver Ef 1:6, 12, 14).
A glória de Deus habitou no tabernáculo (Êx 40:34) e no templo (2 Cr 7:1-3),
mas partiu por causa do pecado de Israel (1 Sm 4:21; Ez 8:4; 9:3; 10:4, 18;
11:22,23). No período em questão, vemos a glória de Deus voltar à Terra na
pessoa de seu Filho Jo 1:14). Aquela manjedoura humilde transformou- se no
Santo dos Santos, pois Jesus estava lá!
3. LEVOU OS PASTORES
DOS CAMPOS A BELÉM – v.15-20
A expressão "até
Belém" indica que esses homens estavam a uma certa distância da cidade,
mas que se dispuseram a fazer a viagem a fim de ver o Messias recém-nascido.
Por certo, providenciaram para que outros cuidassem de seus rebanhos, enquanto
iam a Belém. Halford Luccock chama esse episódio de lia primeira correria de
Natal", mas por certo foi diferente de nossa correria de Natal atual!
O verbo
"acharam", em Lucas 2:16, significa "encontraram depois de
investigar". Os pastores sabiam quem deveriam procurar: um bebê
recém-nascido envolto em faixas e deitado numa manjedoura. Foi exatamente isso
o que encontraram! Adoraram a Jesus e se maravilharam com a graça e a bondade de
Deus e com o milagre que havia realizado por eles.
Esses pastores servem
de exemplo para nós. Receberam pela fé a mensagem que Deus lhes enviou e
responderam imediatamente em obediência. Depois de encontrarem o bebê,
transmitiram as boas novas a outros, "glorificando e louvando a
Deus". Assumiram o papel dos anjos! (Lc 2:13, 14). Em seguida, voltaram
humildemente a seus afazeres de sempre, não exatamente como antes, pois eram
homens transformados.
Por algum motivo, os
pastores não tinham permissão de testemunhar em tribunais, mas Deus usou alguns
pastores humildes para ser as primeiras testemunhas humanas de que a profecia
havia se cumprido e de que o Messias havia nascido.
Os anjos nunca
experimentaram a graça de Deus, de modo que não podem testemunhar da mesma
forma que nós. Falar do Salvador a outros é uma obrigação séria e também um
privilégio, e nós, cristãos, de
CONCLUSÃO
O nascimento de Jesus
não movimentou apenas sua família, mas foi o motivo pelo qual muitas famílias
se movimentaram até Belém.
Movimentou os céus,
provocando êxtase nos anjos. Movimentou a sociedade representada pelos
pastores, que foram ver e depois testemunharam do que viram.
Diante destes
movimentos, podemos concluir que Jesus quer nos levar da vida de pecado para
sua presença, afim de receber o perdão por sua graça.
Não fique indiferente
ao nascimento de Jesus, mova-se em Sua direção, mova-se para a salvação.
(Créditos:
Comentário Warren W. Wiersbe)

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