16 de set. de 2020

Amamos Porque Ele Amou Primeiro


1 João 4.17-21

DEVEMOS AMAR POIS ELE NOS AMOU PRIMEIRO

As duas realidades mais difíceis da vida são o amor e Deus. Com mais frequência do que se pensa, os problemas da vida humana têm sua origem no fracasso, na estupidez ou na mesquinhez em uma dessas áreas ou em ambas.

A convicção cristã básica e bíblica é que as duas áreas estão intrinsecamente relacionadas. Se quisermos nos relacionar com Deus da maneira correta, temos de aprender a amar da maneira correta. Se quisermos amar da maneira correta, temos de nos relacionar com Deus da mineira correta. Deus e o amor não podem ser separados.

As três cartas de João providenciam uma orientação maravilhosamente explícita sobre como Deus e o amor se relacionam. Jesus, o Messias, é o foco: Jesus providencia o entendimento pleno e verdadeiro de Deus e nos mostra a obra madura do amor. Em Jesus, Deus e o amor são ligados de maneira acurada, intrínseca e indissolúvel.

Mas há sempre alguém que não deseja se submeter ao Deus revelado por Jesus e ao amor que Jesus manifesta. Alguns preferem criar um conceito próprio de Deus, bem como um estilo próprio de amor.

João era pastor de uma igreja (ou de igrejas) perturbada ou (perturbadas) por gente assim. Em suas cartas, nós o vemos restabelecer a unidade orgânica original de Deus e o amor que vem para se tornar disponível a nós em Jesus Cristo.

 

1. O FUNDAMENTO DO AMOR - v.7-10

1.1. O amor é de Deus (7,8)

        O amor não é simplesmente uma qualidade que Deus possui, mas o amor é aquilo que Ele é por Sua própria natureza. Mais ainda, sendo Deus amor, o amor que Ele demonstra brota dEle mesmo e não externamente.

1.2. O amor é de Cristo (9,10)

        A manifestação do amor de Deus está na oferta do Seu Filho, que veio para que nós vivêssemos. O amor não se relaciona a qualquer coisa que os seres humanos possam fazer, mas expressa-se no dom de Cristo.

 

2. OS RESULTADOS DO AMOR - v.11-21

2.1. Leva-nos a amar os outros (11,12)

        Se Deus nos amou até o ponto de dar seu filho, nossa obrigação é amar uns aos outros. Uma vez que nunca ninguém viu a Deus, a única maneira de se ver Aquele que é amor, é através do amor de Seus filhos entre si, comprovando assim a semelhança familiar. Nosso amor por Deus é aperfeiçoado enquanto nós amamos os irmãos.

 

2.2. Leva-nos a conhecer o Deus que habita em nós (13-16)

        Se não podemos ver a Deus, Ele nos deu evidências de Sua presença em nós por meio do Espírito. Ao receber o Espírito Santo, recebemos dons para colocar em prática como demonstração de amor. A confissão não é apenas de boca, mas implica em submissão e também obediência, pois é o próprio amor que trabalha em nós.

2.3. Dá-nos ousadia no dia do Juízo (17)

        O amor de Deus nos alcançou e nos gerou selando com o Espírito Santo. Aquele que tem o perfeito amor em sua vida terrena pode enfrentar o tribunal de Cristo sem vexame, pois como Cristo, não somos deste mundo. A base para esta ousadia é nossa semelhança com Cristo nesta vida, e particularmente, de acordo com este contexto, nossa semelhança em amor.

2.4. Lança fora o medo (18)

        O contrário de ousadia é o medo. Uma vez que o amor busca o mais alto bem para o outro, o medo, que é esquivar-se do outro, não pode ser uma parte do amor. O amor é o contraveneno para o temor. Onde há amor aperfeiçoado, o próprio terror da morte desvanece, o que é amplamente demonstrado pelos mártires.

2.5. Comprova a realidade de nossa profissão (19-21)

        A capacidade de amar nos é concedida pelo amor de Deus derramado em nossos corações. Nosso amor aos irmãos, uma coisa visível, comprova o nosso amor a Deus, um ser invisível. É fácil dizer “eu amo a Deus”, mas a verdadeira piedade cristã é comprovada no amor fraternal, no cumprimento deste mandamento de Cristo. Desprezar a quem Deus ama e criou na Sua imagem não corresponde com qualquer declaração de amor para com Deus (5.2).

 

3. EM BUSCA DA PERFEIÇÃO

O amor de Deus é perfeito em si mesmo e traz para nós a firme promessa da perfeição tão logo o recebemos (v.12,17; 2.5). Mas, visto estarmos sendo aperfeiçoados em seu amor ao longo do tempo (3.2), os remanescentes do temor podem coexistir temporiamente com o amor. O “perfeito amor” da parte de Deus “lança fora o medo” de forma progressiva, não instantânea.

O amor aperfeiçoado produz plena confiança no futuro e obediência no presente (2.5). A Alegria aperfeiçoada surge da comunhão na luz (1.4-7). A Fé aperfeiçoada se revela em boas obras (Tg 2.22).

 

CONCLUSÃO:

Não estamos preparados para amar por nós mesmos. O máximo que podemos fazer é odiar menos. A capacidade de amar vem de Deus sobre nós.

Só é capaz de amar aquele que provou o amor de Deus em sua vida. Quando sentimos os benefícios do amor de Deus em nós, somos capazes de retribuir na vida de outros.

O amor que dispensamos para as pessoas também não é nosso, apenas transmitimos o amor que Deus coloca em nossos corações.

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