Diante
da situação/contaminação de Naamã, podemos observar as várias reações
diferentes das pessoas citadas neste capítulo. Vejamos:
A jovem israelita escrava pensou no bem estar do seu senhor, apontando a
cura de sua doença através do “homem de Deus”. Ela tinha o vírus da bondade
e da graça.
O rei da Síria, por se achar um deus, enviou Naamã para ser curado pelo
rei de Israel, este sabendo que nada podia fazer, se ofendeu e se indignou. Eles
tinham o vírus da arrogância e da altivez.
Eliseu, o “homem de Deus” ao saber da confusão age para que Naamã tivesse um
encontro com o Deus único e verdadeiro. Este tinha o vírus da salvação, da
cura.
Os soldados de Naamã o motivam a fazer o que Eliseu havia dito. Eles tinham
o vírus da humildade e da fé.
Geazi, o servo de Eliseu, age com interesse nos presentes que foram trazidos por
Naamã, mas rejeitados pelo profeta. Geazi tinha o vírus do pecado que
manifestou a ganancia, a mentira, o engano, a perdição.
O verso 27 fala que Geazi, o ajudante do profeta Eliseu,
foi tomado/contaminado pela ganância, mentiu para ficar com alguns dos
presentes que Naamã trouxe a Eliseu. Por consequência deste pecado, a lepra de
Naamã recaiu sobre ele e sua descendência.
1. O MAL DA LEPRA TRAZIA SÉRIAS CONSEQUÊNCIAS
A lepra era uma doença registrada frequentemente na
Bíblia, seja no Antigo ou no Novo Testamento. Domingo passado falamos sobre os
quatro homens leproso do cap. 7.3,4.
Esta doença acometia todo tipo de pessoas, de mendigos a
reis. Em Israel, era uma doença tratada com seriedade, tanto que não seria
possível um leproso ocupar uma posição de destaque (Lv 13.45,46).
Se fosse realmente leproso, o homem deveria aparecer como
quem está de luto, e recluir-se em quarentena (Jó 2.7,8).
Era considerado “imundo” pelo fato de sua doença poder ser
transmitida a outros, e era também ritualmente imundo, o que quer dizer que
mesmo depois da cura só podia ser considerado “limpo” depois de ter sido
ritualmente purificado (Lv 14.1-32).
Com o desenvolvimento posterior das sinagogas, foram
admitidos ao culto num lugar à parte. Entravam no local do culto antes dos
demais adoradores, e saíram depois que a congregação deixava o recinto.
2. A LEPRA TEM RELAÇÃO COM O PECADO
A lepra pode ser encarada como símbolo
do pecado nos seguintes pontos:
1.
Era
contagiosa, assim como o pecado de Adão passou a todos os homens (Rm 5.12);
2.
Era
progressiva, os pecados e os hábitos depravados tendem a aumentar, dominando
suas vítimas;
3.
Era
motivo de isolamento, assim como o pecado causa separação de Deus (Is 59.1,2),
e separa os vários membros do povo de Deus (2Co 6.17);
4.
Causa
angústia, tormento e até a morte (Rm 6.23)
Em muitos pormenores,
as leis sobre a lepra se assemelham a realidades espirituais, sobre a
contaminação do pecado. Os sinais são:
1.
A
inchação: Pecado da mente (sugere o orgulho) – Jesus compara ao fermento (Mt
16.6);
2.
A
pústula: pecado do corpo (sugere a deformação produzida pela sensualidade) (1Pe
4.3);
3.
A
mancha lustrosa: pecado do espírito (sugere o brilho da falsa religiosidade, a
hipocrisia) (Mt 23.13-15).
3. A CONSTATAÇÃO DA
CONTAMINÇÃO
O sacerdote era o
responsável por examinar, identificar e se pronunciar, atestando o estado de
lepra. Da mesma forma que hoje, o Ministro reconhece os sinais do pecado e os
anuncia ao povo.
A lepra é contagiosa,
o pecado também é. A doença espiritual se reconhece quando as obras da carne se
revelam de maneira crua e dramática em nossas vidas (Lv 13.14,15; (Gl 5.19-21).
A úlcera descrita nos
vv 18-23, é comparável às feridas recebidas no mundo; as mágoas e os maus
hábitos antigos, normalmente são um ponto fraco para onde converge o pecado.
A queimadura descrita
nos vv.24-28 de Levítico 13, pode representar alguma paixão, como se descreve
em 1 Coríntios 7.9, que levaria ao pecado se não fosse regulada e dominada pela
Palavra de Deus.
Os impulsos naturais
são parte do nosso ser, mas não nos devem imergir no pecado.
Mas o discípulo recebe
os golpes da vida com fé e com coragem, e então qualquer estrago causado pelo
mundo não o levará à corrupção do pecado, não ficará “mais fundo do que a
pele”, não produzirá o pelo branco do desfalecimento espiritual.
4. A CURA PARA A
CONTAMINAÇÃO
Os “sacerdotes”
humanos nada podem fazer para eliminar a lepra, e muito menos o pecado que ela
simboliza. Mas Cristo, o Sumo Sacerdote eterno e perfeito, só Ele tem poder
para salvar o pecador (Hb 7. 23-27).
Talvez a doença da
pele, mencionada nos versos 12 e 13 de Levítico 13, sugere que quando o pecado
se torna claramente visível ao pecador, a situação pode se transformar
totalmente pela ação do Espírito Santo que:
1.
O
convence do pecado (para reconhecer seu estado);
2.
O
convence da justiça (apontando-o para o Salvador que o purifica de todo o
pecado);
3.
O
convence do juízo (fazendo compreender que Cristo já o pronuncia limpo aqui na
terra – Jo 15.3 – e também no julgamento final – Jo 16.7-11).
Esta mudança do estado
de contaminação é simbolizada pela cura da lepra que é descrita no v.16,17 de
Levítico 13.
CONCLUSÃO
A pandemia de COVID-19
é só mais uma forma contagiosa e letal que traz suas consequências, como era a
lepra, e como é o pecado.
Ainda não há vacina
para o novo vírus, mas já existe tratamento da lepra (hanseníase) e a morte de
Jesus na Cruz é a cura – com 100% de eficácia - para o pecado.

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