24 de fev. de 2019

Levando Pessoas a Jesus


Mateus 28.16-20
Evangelizar: LEVAR PESSOAS A JESUS
INTRODUÇÃO
Esta é a quarta mensagem desta série “focados em Jesus”.
A primeira, baseada em Romanos 11.36 abordou a necessidade de ter a “vida” completamente alinhada com Jesus: Deus é a fonte (dEle), o veículo (por meio dEle) e o fim (para Ele) de todas as coisas (v.36).
A segunda, baseada em Hebreus 12.2 tratou da “vida espiritual” dependente de Jesus: Ele é o “autor e consumador da nossa fé”, e por isso nos exorta e “manter nossos olhos fixo nEle”.
A terceira, baseada em Mateus 6.9 apontou para uma “vida de oração” voltada para Jesus: orar não só para pedir o que precisamos, mas para ter um relacionamento com Ele.
Hoje vamos tratar da “evangelização” ou da “multiplicação de discípulos” que glorifiquem a Jesus.  A “Grande Comissão” não é uma opção, mas uma obrigação para os discípulos (v.16), não só os onze do contexto, mas a todos até os dias atuais.  É para os adoradores e até para os que duvidam (v.17), mesmo que não queiramos, temos que cumpri-la. Esta missão não será realizada pela nossa capacidade, mas sim na “autoridade” (v.18) de Jesus que é transferida aos discípulos (Atos 1.8).
A missão é simples e composta por quatro etapas: vão... façam discípulos... batizem... e ensinem. O discípulo que não se dispõe a ir, sair da comodidade, deixar as paredes do templo, nunca experimentará a alegria de ver uma pessoa se converter, nunca terá o prazer de batizar (mesmo que indiretamente) e jamais saberá de como é prazeroso ensinar sobre a Palavra e sobre Deus.

A igreja não cresce e o reino de Deus não avança sobre as trevas (Mat 16.18), porque nós como discípulos perdemos de vista a nossa responsabilidade pessoal no cumprimento da Grande Comissão. Deixamos isso para os missionários, para os líderes da Igreja, para os pastores. Ficamos acomodados em nossa rotina religiosa, gastando mais tempo com as “atividades” da Igreja do que com os não convertidos. Nós, que nos intitulamos discípulos, somos os inimigos da Grande Comissão.
O primeiro passo é entender a necessidade de desenvolver RD’s, a chave para a Igreja evangelizar e discipular, meio pelo qual novas pessoas chegarão à igreja e serão acompanhadas, possibilitando a igreja alcançar sua comunidade. “A proclamação (evangelização) e o cuidado pessoal (discipulado) andam de mãos juntas para o cumprimento da grande comissão”.
A comunicação do evangelho tem três dimensões: chamar, agregar e aperfeiçoar discípulos. Assim, a evangelização e o discipulado andam juntos; são ações contínuas e integradas, um processo que está em harmonia com a grande comissão de Matues 28: ir..., batizar... e ensinar... Jesus nos ensina que não há como separar a evangelização do discipulado.
A missão de fazer discípulos é uma tarefa que fazemos em parceria com Jesus, Ele motiva e participa do processo, assim, a evangelização começa com oração. Na oração nossas motivações são ajustadas e Jesus começa a trabalhar na vida da pessoa que iremos evangelizar. Jesus precisa chegar antes de nós para remover obstáculos e preparar o coração para receber a semente do evangelho.
O Pr. Paulo Cabral usa a seguinte ilustração para explicar nosso papel na evangelização discipuladora: “Jesus é a água da vida que sacia a sede espiritual de qualquer pessoa, e nós somos a mangueira que levará essa água até quem precisa dela.” Sejamos instrumentos nas mãos de Jesus, dispostos a trabalhar para sua glória.

1. TESTEMUNHE PARA GLORIFICAR A JESUS
Todo o processo de evangelização começa com um bom testemunho de vida (vida focada em Jesus). Viver de maneira coerente com a mensagem que anunciamos, nos dá o direito de sermos ouvidos. O bom testemunho não substitui a pregação do evangelho, mas abre portas para compartilhar a razão da nossa fé (1 Pedro 3.15).
Nosso chamado para testemunhar da fé em Jesus para todas as pessoas (Atos 1.8), em qualquer que estamos temos uma mensagem a compartilhar, testemunhando a respeito daquilo que sabemos sobre Cristo e o que vivemos com Ele. Este testemunho se dá de forma presencia, e hoje com o advento das redes social, para os de longe e até pessoas que não conhecemos, por isso, devemos cuidar como usamos estas ferramentas.
A ênfase do testemunho não é sobre nossa vida, mas sobre a vida de Jesus, assim devemos priorizar a mensagem de dEle, Suas promessas, Seu amor pelos homens e os propósitos para a vida. Nosso alvo é ganhar a pessoa para Jesus, fazer discípulo para Jesus e que glorifique a Jesus. Naturalmente é nosso desejo que a pessoa seja tudo isso em nossa igreja, fazendo parte da nossa comunidade local.
Testemunhar envolve a necessidade da pregação que anuncie com clareza quem é Jesus e o que Ele pode fazer. A pregação distorcia do evangelho leva as pessoas a se converterem a um Jesus imaginário, a um deus diferente do Deus das Escrituras. Por isso, ao anunciar o evangelho, devemos falar das más e das boas notícias:
Más notícias: o pecado nos separa de Deus; a consequência do pecado é a morte; boas obras e religiosidade não podem nos salvar.
Boas notícias: Deus nos ama e enviou Jesus para nos salvar; Cristo levou sobre si nossa condenação; por meio da fé nEle seremos salvos.

2. FAZER DISCÍPULOS DEPENDENTES DE JESUS
Alguns modelos de discipulado geram dependência entre o discipulador e o discípulo, chegando a uma relação doentia de controle e até abuso espiritual. O discipulado não deve ser usado para controlar ou manipular a vida das pessoas.
O objetivo do discipulado é ensinar o discípulo a depender de Cristo e não do homem. Quando Jesus é o foco do discipulado, o processo é saudável, simples e transferível. Aquilo que o discípulo aprende, ele tem facilidade em repassar. Toda a forma de fazer discípulo precisa convergir para Jesus, para que o senhorio de Cristo seja consolidado.
No começo do processo, a presença do discipulador é mais notória na vida do discípulo (o ideal é um encontro por semana). Na medida em que a pessoa vai aprofundando seu relacionamento com Jesus, a influência e por consequências os encontros semanais ficam mais espaçados, podendo ser quinzenais e posteriormente mensais. À medida que Jesus vai suprindo as necessidades do discípulo, por meio da oração e reflexão na Palavra, o discipulador vai saindo de sena.
Fazer discípulos é semelhante a educar filhos. Você ama, cuida e instrui, mas cada um é livre para fazer suas escolhas, alguns seguem suas orientações, obedecem à Palavra de Deus, têm experiências marcantes com Deus; outros não perseveram, não permitem que Jesus os transforme, e depois de algum tempo, desistem de uma vida em comunhão com o Senhor.

3. FAZER DISCÍPULOS QUE REFLETEM JESUS
Os seres humanos foram criados à imagem e semelhança de Deus (Gen 1.26-27), mas o pecado desfigurou essa característica. Quando alguém se torna um discípulo de Jesus, a imagem e semelhança de Deus começa a ser restaurada na vida dele. Essa mudança não é instantânea, mas um processo chamado santificação.
O propósito da restauração é proporcionar que Jesus seja refletido na vida de seus seguidores. Um dos objetivos do discipulado é ajudar o discípulo a tornar-se semelhante a Jesus (Rom 8.29).
Nosso alvo é refletir a mensagem de Jesus, seu exemplo, amor e princípios. Quanto mais isso se evidenciar, maior autoridade nossas palavras terão. Quanto maior a nossa autoridade para testemunhar, maiores serão as chances de fazermos novos discípulos.
Quando nosso foco for refletir a imagem de Jesus, não tentaremos replicar modelos ou líderes religiosos, nem promovermos instituições ou tradições, pois nosso objetivo sempre será convergir todas as coisas em Cristo.
O alvo de todo discípulo é viver pelo que Jesus viveu, ensinar o que Jesus ensinou, lutar pelo que Jesus lutou, servir como Jesus serviu e amar como Jesus amou. Assim, refletimos Jesus por onde passamos. Quando o exemplo vivido combina com a mensagem falda, ganhamos a atenção daqueles que nos rodeiam.
Os filhos costumam refletir as características de seus pais. Que nós, como discípulos, do mesmo modo, reflitamos a imagem de Jesus por onde passarmos.

CONCLUSÃO
Ir... Evangelizar para Jesus é deixar a comodidade de vida religiosa e ir ao encontro dos pecadores; fazer de tudo para torná-los seguidores de Jesus; Batizá-los e ensiná-los a viver de maneira que agrade a Deus.
Fazer discípulos... Para isso é preciso ter uma vida de testemunho que glorifique a Jesus, que abra portas para que as boas novas do evangelho sejam compartilhadas.
Batizar... Um passo importante, uma demonstração de que a pessoa está disposta a refletir Jesus em sua vida, demonstrando que o pecado não tem mais domínio sobre ela.
Ensinar... O ensino da Palavra vai produzir discípulos dependentes de Jesus, que se alimentam da Palavra em oração, não apenas religiosos que ocupem os bancos da igreja e se tornam massa de manobra para os líderes inescrupulosos.
Adaptado de “Ajustando o foco” de Paulo Cabral.

Nenhum comentário:

Postar um comentário