30 de out. de 2018

Multiplicando Discípulos pela Graça



Atos 18.1-4; 18-21; 24-28
Discípulos e igrejas se multiplicam pela graça

INTRODUÇÃO
Hoje encerramos esta série de mensagem e cultos com as ênfases da campanha de Missões Nacionais “Movidos pela Graça”. O tema de hoje é “multiplicação de discípulos”. A multiplicação tem se tornado um desafio para nós quanto igreja e discípulos. Já faz algum tempo que temos tratado deste tema, seja nos cultos, na Escola Bíblica e, principalmente, com os PGM’s. Creio que podemos sim nos multiplicar, formar uma igreja sólida, relevante que cresce em números e em maturidade espiritual.
Falar sobre multiplicação é repensar nossa missão e também nosso objetivo. É refletir sobre os fundamentos da fé cristã e do papel da Igreja. A multiplicação faz parte do projeto de Deus para nós. Jesus ascendeu para o céu para que pudéssemos receber o Espírito Santo e assim multiplicar seu ministério, assim, a igreja existe para multiplicar a missão de Deus na terra, o foco de Jesus era uma missão para o mundo inteiro.

A multiplicação começa efetivamente já em Atos capítulo 2, quando dos três mil que se convertem, parte fica em Jerusalém e muitos deles retornam para suas cidades de origem e já começam a compartilhar a salvação. Esses discípulos plantariam uma igreja não só em Jerusalém, mas em todo o mundo. Eles se multiplicariam não só entre os iguais (judeus), mas também entre os diferentes, os seus desafetos não judeus conhecidos por samaritanos.
O objetivo dos discípulos é alcançar todos com o Evangelho, e não há justificativas para não fazer isso, pois esta não é uma tarefa institucional, é sim uma responsabilidade pessoal de cada um dos discípulos de Jesus. Multiplicar-se é um reflexo natural do relacionamento espiritual dos discípulos com Jesus, seu Salvador, é um movimento incontrolável do Espírito Santo por meio da oração.
A multiplicação não é resultado de estratégia humana, mas sim do agir do Espírito Santo na vida do discípulo cheio do poder de Deus. A ordem dada por Jesus era para que os primeiros discípulos esperassem juntos em Jerusalém, eles se reúnem numa relação de intimidade com Deus e uns com os outros em oração. Depois da descida do Espírito, eles deveriam decidir entre ficar calados ou compartilhar sobre aquilo que viram. Ao decidir compartilhar, eles levam o evangelho a todas as províncias romanas em poucos anos.
Aqueles discípulos estavam dispostos a morrer para se multiplicar, eles eram pessoas de oração e centradas na Palavra de Deus. Hoje nós somos a continuação do ministério deles, que era o ministério de Jesus, por isso temos uma grande responsabilidade sobre nossos ombros e devemos avançar, mas não devemos nos preocupar, pois temos em mente que todo o poder nos é dado por Jesus e que temos também sua presença conosco sempre.
Diante desta realidade comprometedora, devemos decidir que tipo de discípulos nós seremos: Se aqueles que, a semelhança de um trem, anda sobre os trilhos estabelecidos pelo próprio Senhor para chegar a um destino; ou se, semelhantes a carinhos de choque, ficaremos nos debatendo sem chegar a lugar algum e saindo todos feridos.
1. MULTIPLICAÇÃO É UM ESTILO DE VIDA - Atos 18:2,3
Paulo estava na segunda viagem missionária. Ele passou por várias cidades até chegar em Corinto. O texto nos informa que em Corinto ele encontrou um casal judeu – Áqüila e Priscila – que haviam chegado da Itália a pouco tempo, pois Cláudio decretou que todos os judeus saíssem de Roma. Como eles eram fabricantes de tendas como Paulo, passou a morar e trabalhar com eles.
Depois de algum tempo Paulo vai para Éfeso e leva consigo o casal Áqüila e Priscila e os deixa ali na cidade. Mesmo com a partida de Paulo, o casal continua servindo e sendo fiel (Atos 18.18-19). Algum tempo depois, um judeu chamado Apolo - homem eloquente, conhecedor das Escrituras, fervoroso na fé - chegou a Éfeso. Após ouvi-lo, Áquila e Priscila se aproximam dele e lhe instruiu mais precisamente sobre o caminho de Deus (Atos 18.24-26).
Retornaram a Roma por certo tempo e, mais tarde, viajaram de volta a Éfeso. O contato pessoal com Paulo estendeu-se desde cerca de 50 até à morte do apóstolo uns 15 anos depois. Menciona-se que, durante tal associação, eles "arriscaram os seus próprios pescoços" pela vida de Paulo (Rom 16.4).
Áquila e Priscila são exemplo de discípulos que se multiplicavam, os dois são elogiados na Bíblia por mostrarem excelentes obras cristãs e hospitalidade, não só para com as pessoas em geral, mas também para com a comunidade cristã onde moravam, por realizarem as reuniões cristãs em sua casa, tanto em Roma como em Éfeso (Rom 16:3-5; 1 Cor 16:19).
Vemos que este casal eram discípulos que se multiplicavam, seja na formação de novos líderes, no apoio ao ministério de Paulo e, principalmente, na plantação de igrejas em suas próprias casas, não importava onde estavam morando. Precisamos aprender com este casa a sermos discípulos que se multiplicam.
Estamos nós dispostos a sermos como Aqüila e Priscila e abrir nossa casa para ali começar a nos multiplicar e forma uma igreja? Estamos nós dispostos a nos multiplicar na vida de cada pessoa que convivemos durantes os sete dias da semana? Estamos nós dispostos a “ser” a Igreja e não apenas “ir” a Igreja? Deus quer nos usar para expandir Seu projeto de salvação.

2. MULTIPLICAÇÃO É NOSSO DNA – Rom 16.3-5
A nossa vida como discípulos deve ser caracterizada pela submissão à liderança do Espírito Santo e isso se dá quando aprofundamos nosso relacionamento com Deus por meio da leitura da Bíblia e de uma vida real de oração. Assim nossa essência ou nosso DNA é multiplicação porque fomos salvos, somos enviados e liderados pelo Espírito Santo para cumprir uma missão que não é nossa, é de Deus.
Ser mártir é morrer pelo que se sabe em lugar de viver e ficar calado. Muitos pagaram o preço com sua própria vida por não se calarem. Estevão foi o primeiro mártir (Atos 7.54-59), depois Tiago foi morto por Herodes que também prendeu Pedro com a intenção de matá-lo (Atos 12.1-3). Eles deram suas vidas para viver intensamente a missão de se multiplicar, para deixar um legado que são discípulos, que também iriam se multiplicar para alcançar os confins da terra.
A multiplicação vai depender se vamos falar sobre aquilo que Jesus está fazendo em nós ou se vamos nos calar por omissão, medo, vergonha, etc. Aqueles primeiros discípulos estavam dispostos a morrer para se multiplicarem e assim, em pouco tempo levaram o evangelho a todas as províncias romanas em poucos anos.
Paulo estava em Corinto de onde escreve a carta aos Romanos na qual faz menção do casal Áqüila e Priscila destacando que eles eram “cooperadores em Cristo Jesus”; que “arriscaram a própria vida” e que uma “igreja que está na casa deles”. Todos nós precisamos buscar este estilo vida, este DNA da multiplicação.
Eles não eram apenas expectadores daquilo que Deus estava fazendo por meio de Paulo, eles estavam dentro do processo, eram “cooperadores”. Este deve ser nosso estilo de vida cristã, é isso que o Senhor espera de nós, que sejamos protagonistas do processo. Nós devemos nos multiplicar indo, fazendo discípulos e batizando. É impossível nos multiplicar se não mantermos uma postura ativa em relação a realização da obra de evangelização.
Eles também, assim como Estevão e Tiago, estavam dispostos a se tornarem mártires, tanto que Paulo relata que “arriscaram a própria vida”. Quando entramos numa zona de conforto de uma vida cristã rotineira e passiva, vamos perder o real senso da nossa missão. Lembremo-nos que no nosso DNA está o martírio que é a disposição de morrer por falar aquilo que cremos em lugar de viver guardando para nós o que sabemos.
Eles se multiplicavam e assim formavam “igrejas em sua casa”, independente de onde eles morassem, fosse na capital Roma, na grande cidade de Éfeso ou em Corinto. Não era o local, mas era a disposição deles de se multiplicar, e assim naturalmente as igrejas nasciam. Precisamos entender que servimos a um Deus que está em missão e por isso devemos fazer Sua missão nossa responsabilidade e assim definir que tipo de vida cristã vamos viver hoje.

CONCLUSÃO:
Multiplicar-se é evangelizar os perdidos no poder e dependência do Espírito Santo que nos ajudará a vencer todas as barreiras, sejam culturais, sociais ou religiosas. Nosso combustível para multiplicação é nossa mensagem de libertação e de salvação.
Multiplicar-se é discipular os salvos para forjar nos novos convertidos o DNA da multiplicação. A igreja de Antioquia estava crescendo bastante, então Barnabé foi buscar Paulo para ajudar no discipulado e assim formar uma nova identidade na vida dos discípulos.
Multiplicar-se é exercer a mordomia para com os necessitados. Quando ouve uma grande fome, a igreja de Antioquia levantou uma oferta para levar aos necessitados.
Multiplicar-se está no nosso DNA e deve ser nosso estilo de vida. Seja você também um discípulo que se multiplica para a glória de Deus.

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