18 de set. de 2018

Chamados a Testemunhar da Luz


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JOÃO 1.6-9
ENVIADOS PARA TESTEMUNHAR DA LUZ

INTRODUÇÃO
No último domingo falei sobre Mateus 5.14-16 onde Jesus afirma que nós somos a luz do mundo, que não podemos nos esconder e nem esconder a luz que está em nós, pelo contrário, devemos brilhar diante dos homens com nossas atitudes e principalmente com nosso testemunho para que glorifiquem a Deus.
Destaquei também o fato de que nós não temos luz em nós mesmos, mas que apenas refletimos a luz de Jesus que brilha em nós, porque Ele é a verdadeira luz do mundo (João 8.12; Malaquias 4:2). Por isso devemos buscar viver em intimidade, pois quanto mais alinhado com Jesus, mais iremos refletir da Sua luz para iluminar as pessoas que estão em trevas.
Hoje vamos aprender sobre João (o batista) que era parente próximo de Jesus, filho de Isabel e Zacarias uma família de linhagem sacerdotal. Seis meses mais velho que seu primo Jesus, foi gerado num contexto de fé e milagre, pois seus pais já eram velhos e naturalmente impedidos de ter filhos.

Viveu isolado no deserto, vestido de pelos de camelo e um cinto de couro, se alimentando de gafanhotos e mel silvestre (Mateus 3.4). João pregava o arrependimento e batizava as pessoas no rio Jordão exortando para que mostrassem verdadeiro arrependimento.
O texto lido (João 1.6-8) nos mostra João sendo “enviado por Deus”, isso fica claro nas circunstâncias que envolveram seu nascimento. Ele foi enviado como testemunha e para dar testemunho da verdadeira luz que era Jesus, e isso é cumprido em seu ministério.
João não tinha nenhuma pretensão pessoal, mas sabia perfeitamente seu papel e seu lugar no plano divino, ele veio para “preparar o caminho do Senhor”. João se alegrou quando Jesus começou a batizar e por ter um número maior de discípulos que ele próprio (João 3.22-30).
Hoje vamos olhar para a vida deste homem, e aprender com ele que nós também fomos enviados para testemunhar a respeito de Jesus, nós também nascemos com um propósito divino, também devemos preparar o caminho – o coração das pessoas – para que Jesus possa salvá-las e dar a elas uma nova vida.
Lembremo-nos do texto de Lucas 10.1, onde Jesus envia 72 discípulos para que fossem a todas as cidades e lugares onde ele havia de ir. Assim como João Batista, pesa sobre nós a responsabilidade de chegar primeiro na vida das pessoas e preparar seus corações para que Jesus possa fazer moradas nelas.
Como discípulos e Igreja, devemos despertar para este sublime e importante chamado. Devemos viver e se preciso for, até mesmo morrer para que Jesus possa se tornar na vida de cada pessoa “o Cordeiro de Deus que tira os pecados do mundo”. Não nos acovardemos diante das pressões e adversidades. Não nos calemos, vamos pregar o arrependimento como base para a salvação e o chamado ao batismo como demonstração de genuína conversão.
1. NASCEMOS COM UM PROPÓSITO – v.6
O nascimento de João foi resultado da intervenção divina e marcou um importante evento na história da redenção humana. Filho de um sacerdote chamado Zacarias que era casado com Isabel, esta mulher por sua vez amargava a dor de ser estéril e por isso não poder gerar filhos, esta família vivia na região montanhosa ao sul de Jerusalém.
Este casal já era idoso e tinham uma vida devotada aos mandamentos de Deus. Durante uma das semanas nas quais Zacarias ministrava em Jerusalém, recebeu o raro privilégio de oferecer incenso no Templo, um ato que simbolizava as orações do povo judeu.
Enquanto Zacarias cumpria sua tarefa, um anjo lhe apareceu e anunciou que suas orações haviam sido respondidas, pois Isabel teria um filho. O texto de Lucas 1.5-24 não diz explicitamente que o casal pedia um filho, embora seja razoável pensar que sim. Lucas, entretanto, menciona que o povo do lado de fora do Templo orava, e sabemos que um dos elementos mais importante na oração do povo judeu era a esperança de que Deus lhes enviaria a salvação por meio do Messias.
As palavras que o anjo proferiu a seguir deixaram claro que Deus estava prestes a atender a ambos os pedidos. Com efeito, seria mediante um filho dado a Zacarias e a Isabel que o estágio final do plano da salvação seria colocado em andamento. Quando o anjo explicou que o menino converteria o coração dos pais aos filhos e prepararia ao Senhor um povo bem disposto, indicou que, por meio do ministério de João, a última profecia do Antigo Testamento estava prestes a se cumprir (Malaquias 4).
João foi um tipo diferente de todos os demais homens da sua época. Ele não recebeu o nome do seu pai (Zacarias que significa “lembrado por Jeová”) ou de alguém da família como era costume, contrariando esta tradição o menino é chamado de João (que significa “Jeová é um doador gracioso”). Em Lucas 1.66 lemos “O que este menino vai ser? Pois a mão do Senhor estava com ele”. João foi crescendo e se fortalecendo em espírito, passou a morar no deserto até o dia que lhe aprouve aparecer de forma pública e começar sue ministério.
Diante deste cenário em que é descrito o nascimento de João Batista, podemos entender que nós também nascemos escolhidos por Deus e desde o nascimento Ele tem planos para nossa vida. Mesmo que tenhamos nascido dentro de um contexto normal, mesmo que vivamos numa família normal, Deus tem algo sobrenatural para fazer através de nós.
Não viva sem descobrir o propósito real do seu nascimento. Não desperdice sua vida fazendo aquilo para o qual você não veio a este mundo. Procure em Deus saber o “para que” você está neste mundo e então faça por merecer sua vida e a salvação que Deus oportunizou a todos os homens.

2. NASCEMOS PARA SER TESTEMUNHAS – v.7,8
O ministério de João Batista é descrito brevemente nos quatro evangelhos. Ele é descrito como um pregador do arrependimento, que utilizou como lema as palavras de Isaías 40.3: “Voz do que clama no deserto: Preparai o caminho do Senhor; endireitai no ermo vereda a nosso Deus” (veja Mateus 3.1-3; Marcos 1.2-4; Lucas 3.3-6).
A mensagem de João Batista era evangelística, ele falou severamente para aqueles cujo comportamento era repreensível e pensavam que nada precisavam temer, simplesmente porque eram religiosos (descendente de Abraão). Para estas pessoas a pregação de João Batista era um prenúncio de juízo (Mateus 3.7-10; Lucas 3.7-9). Ainda assim, mesmo para essas pessoas, ele pregou sobre arrependimento e a promessa de perdão e restauração.
O ministério de João foi diferente do ministério de Jesus, afinal, João não era a verdadeira luz, mas apenas uma testemunha dela. Por outro lado, não podemos diminuir o significado de seu ministério. A influência de João se estendeu além do tempo de sua morte e extrapolou as divisas da Palestina. De acordo com Atos 19.1-7, havia em Éfeso (quase 20 anos depois) um grupo de 12 homens que se consideravam discípulos de João Batista.
Somos chamados e impulsionados pelo Senhor Jesus para sermos, como João Batista, uma voz que clama no deserto. Este clamor é de testemunho, é o clamor de alguém que já teve o verdadeiro discernimento e encontrou o seu salvador, desta forma, não pode viver indiferente a esta nova vida, e passa a testemunhar para todos a sua volta.
Ser uma voz que clama no deserto é exercitar a fé falando do amor de Jesus a pessoas que estão alienadas a respeito de Deus, pessoas que só por um milagre poderão se encontrar com Jesus para salvação.
Nossa tarefa de testemunhar está muito bem descrita e salientada nos evangelhos, em atos e nas epístolas. Quando Jesus nos chama a segui-lo, ele nos conclama a ser suas testemunhas em todos os lugares (Atos 1.8); nos envia adiante dele onde Ele depois a de chegar (Lucas 10.1); a não deixarmos de falar de tudo que temos vivido na presença dEle (Atos 4.20).
Não há outra opção para o verdadeiro discípulo a não ser se converter em uma testemunha fiel diante dos homens, confessando a Jesus, apontando para Jesus, exortando para que uma entrega pessoal a Jesus.

3. NASCEMOS PARA APONTAR CRISTO – v.9
João Batista tinha a plena consciência que sua pregação e seu batismo tinham como objetivo preparar o caminho para o Senhor (Mateus 3.11; Marcos 1.7,8; Lucas 3.16). Cristo, aquele que foi chamado para carregar sobre si os sofrimentos do povo, submeteu-se ao batismo de João, quando uma voz do céu e a descida do Espírito Santo deixaram claro que Jesus era aquele para quem o caminho era preparado (Mateus 3.13-17; Marcos 1.9-11; Lucas 3.21,22).
Joao batista anunciou a vinda do Messias. Quando foi questionado sobre se ele mesmo era o Messias, negou veementemente; pelo contrário, apontou Jesus para as pessoas, a quem descreveu como “o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo” (João 1.29). Mais adiante em outro episódio João Batista declara “É necessário que ele cresça, e que eu diminua” (João 3.30).
A aparição pública de Jesus, para quem havia preparado o caminho, marcava o estágio final do ministério de João. Este ponto deve ser bem enfatizado. O período de serviço do Batista é bem curto, e este fato nos ajuda a entender o significado e o propósito do seu chamado.
Logo depois do batismo de Jesus, João foi preso por ter repreendido Herodes Antipas, governador da Judéia (Mateus 4.12). Na prisão João fica sabendo do avanço do ministério de Jesus e recebe a confirmação de que Ele era o Messias enviado por Deus (Isaías 61.1-3; Mateus 11.4-6).
João Batista morre a prisão, foi cruelmente decapitado e sua cabeça entregue num prato para a filha de Herodias, que foi influenciada pela mãe para pedir tal coisa terrível. Sabendo da morte de João, os seus discípulos vieram e levaram o corpo e o sepultaram (Mateus 14.1-12).
Infelizmente muitos discípulos não vivem para que Cristo seja conhecido pelos homens, mas vivem para que eles mesmos sejam o centro. Em lugar de apontar para Cristo e viver para que Ele cresça cada vez mais, hoje as pessoas querem se tornar grande aos olhos dos homens às custa de Cristo. Não é mais “convém que Ele cresça”, mas “me convém que eu cresça” e muitos menos “que eu diminua”, mas que eu seja exaltado aos olhos do maior número de pessoas possíveis.
Diante desta distorção tão presente no meio cristão moderno, Cristo não passa de degraus sobre os quais as pessoas se apoiam para se tornaram grandes diante dos homens. Usam o nome de Jesus para ganhar fama, prestígio, status, e porque não, dinheiro e prosperidade material. Neste modelo antibíblico e anticristão, não é a pessoa que morre para si, é Cristo que passa a ter que agir para cumprir os caprichos do homem. Os papeis se inverteram, o homem passou a ser o senhor, e Jesus o servo.

CONCLUSÃO
Onde estão os João Batista de hoje? Em quais desertos eles estão clamando? Quem está indo até eles para confessar seus pecados e demonstrar arrependimento? É certo que eles existem, mas dificilmente conseguimos identificá-los.
Precisamos desenvolver a consciência de que nascemos com um propósito divino neste mundo, e quando fomos salvo por Jesus, este propósito para a ser usadas nossa vida para levar o nome de Jesus a todos.
Nós nascemos para sermos testemunhas de Jesus. A nossa vida só valerá a pena se vivermos para que o nome do Senhor seja glorificado e se a nossa vida for anulada para que Jesus cresça cada vez mais em nós e através de nós.
Nossa vida neste mundo deve ser para apontar para Jesus. Tudo o que fazemos, tudo o que temos, tudo o que somos deve conduzir a atenção das pessoas para a pessoa de Cristo. Devemos ser uma luz, uma placa, um outdoor avisando e mostrando que Jesus é tudo para todos.

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