15 de jun. de 2018

Fidelidade nas Perseguições



Esmirna disputava com Éfeso - ambas cidades litorâneas - o título de “primeira” cidade da Ásia, região onde estavam as sete igrejas às quais João escreve.
Bem situada geograficamente, a beleza era sua principal característica. Possuía belas visões panorâmicas, e era uma cidade planejada com ruas amplas;  somando-se a um intenso tráfico comercial  favorecido pelo porto mais seguro da região.
Sua beleza era fruto de uma total reconstrução após ser destruída em 600 a.C., mas além da beleza, Esmirna tinha outros atributos: Era uma cidade livre; Nela florescia a cultura, as artes e o conhecimento; No seu enorme estádio eram disputados jogos atléticos, havia uma biblioteca e um teatro; Ela era movida por uma vaidade municipal, buscando sempre estará na frente.

Em Esmirna os judeus eram numerosos, ricos e influentes na sociedade, muitas vezes hostis aos cristãos agindo para prejudica-los. Foi ali que o bispo Policarpo foi martirizado na fogueira.
Não deve ter sido fácil ser cristão em Esmirna. Porém esta carta aos cristãos em Esmirna (assim como aos cristãos de Filadélfia) é uma das únicas duas, no Apocalipse, onde não encontramos recriminação alguma, só louvores e elogios.
A Igreja em Esmirna estava atravessando um momento de prova e o futuro imediato era ainda mais sombrio devido a tribulação que procurava obrigá-la a que abandonasse sua fé; devido a pobreza em virtude de pertencerem as classes mais baixar - muitos eram escravos e por terem frequentemente suas casas saqueadas  pelos perseguidores; e pela iminente ameaça de serem presos e morrer esquecidos no cárcere.
A causa dos problemas enfrentados pela Igreja em Esmirna eram as constantes calúnias dos judeus, tais como: Os cristão eram canibais; Praticavam orgias e a luxúria era desmedida; Incentivam a separação e o abandono dos familiares; Erma ateus pois não havia imagens do Deus que cultuavam; Eram desleais por não adorar a Cesar;  Eram incendiários, pois pregam o fim do mundo em fogo.
João destaca dois atributos do Cristo glorificado, os quais revelam aquilo que Cristo pode oferecer aos que se veem frente a uma situação similar.
O primeiro atributo é que “Cristo é o primeiro e o último”. Para o cristão é uma magnífica promessa: Seja o que for que aconteça do primeiro dia da vida até o último, o Cristo ressuscitado está conosco sempre, até o fim do mundo. Mas para os pagãos são uma advertência: diante da glória de Cristo todos os títulos humanos ficam reduzidos ao ridículo, são nada.
O segundo atributo é que “Cristo é aquele que esteve morto e tornou a viver”. O Cristo ressuscitado é Aquele que experimentou a morte, passou através da morte, e saiu da morte; voltou a viver, triunfante, pela ressurreição, e está vivo para sempre.
A carta encerra com uma promessa dupla. “Há a coroa de vida” - ganhar a coroa da justiça, da glória, da vida, é ser coroado de justiça, de glória, de vida. “Não sofrerão a segunda morte“ - não há nada, na vida ou na morte, que possa nos separar do amor de Deus em Jesus Cristo. O fiel está seguro na vida e na morte.


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