15 de mai. de 2018

Mães Tementes a Deus



Êxodo 1.15-21
Mães tementes a Deus

INTRODUÇÃO

Falar sobre mães naturalmente vai aflorar sentimentos, os mais diversos possíveis, pois o nosso relacionamento com este ser tão especial, é totalmente baseado em sentimentos, tanto nossos para com elas, quanto delas para conosco.

Para as mães, esses sentimentos começam muito antes da gestação, ouso dizer que começam desde o momento em que a menina começa a “brincar de mãe” com suas bonecas. Para os filhos os sentimentos iniciam mais tardiamente, desde a fecundação, pois já no ventre materno o feto começa a reconhecer sua mãe, tanto que no momento do nascimento, ao ser colocado ao lado da mãe, imediatamente o bebê se acalma.

Se por um lado há aqueles que contam os dias para chegar esta data, por outros há quem queira fugir dela, justamente pelos sentimentos que brotam. Não necessariamente porque essas pessoas são más, é devido às circunstancias da vida que levaram a este quadro sentimental desfavorável.


Para um filho que já perdeu sua mãe, este dia passa de um dia feliz para um dia triste. As lembranças e recordações vividas, a saudade, a certeza de não poder mais abraçar, beijar, ouvir a voz (mesmo que fosse para dar broncas), isso traz em si mais que uma doce saudade, traz o sentimento de perca e dor.

Da mesma forma, talvez um pouco mais amenos sejam os sentimentos daqueles que, mesmo tendo as mães vivas, mas por estas estarem longe, igualmente não poderão abraça-las e beijá-las. E não nos enganemos, o fato de poder ouvir a voz ou ver através de um vídeo, nunca trará a mesma sensação, de, mesmo sendo crescido, poder reclinar a cabeça no colo de sua mãe.

Não podemos esquecer daqueles que “não se dão bem” com suas mães, seja porque elas são más e deixaram só amargas lembranças, seja por algum motivo que ambos não se falam, vivem distantes, indiferentes, frios. Isso também é um sentimento.

1. CARACTERÍSTICAS DA MÃE QUE TEME A DEUS (v.15)

Os hebreus que haviam decido ao Egito eram 70 pessoas (Ex 1.5). Com a benção de Deus eles se multiplicavam em grande número. Quando sobe ao trono um rei que não havia conhecido a José e tudo o que ele tinha feito pelos egípcios, este se mostra preocupado com o grande crescimento do hebreus (1.9,10). De imediato foi intensificada a carga de trabalho, o que não surtiu efeito, e o povo continuou a se multiplicar (1.11,12).

Não restou outra alternativa ao Faraó a não ser ordenar a morte dos meninos hebreus como medida para conter o crescimento do povo. A melhor forma de fazer isso foi convocar as parteiras para que elas se encarregassem de cumprir os intentos do rei na sua louca e desenfreada ânsia de evitar uma possível rebelião dos hebreus.

O capítulo 1.15-21 narra o episódio onde então o Faraó dá a ordem as parteiras, das quais duas se chamavam Sifrá e Puá  para matar os meninos das hebreias, mas elas, por temor a Deus, desobedecem a ordem do Faraó, e assim Deus foi bom para elas, permitindo que elas tivessem suas próprias famílias.

Sifrá significa “claro; ser agradável, ser belo, ser formoso, ser elegante, ser luminoso); Puá significa “esplendida”. Não poderíamos ter melhores adjetivos para qualificar uma mãe que teme ao Senhor. Ela é um ser esplendido, luminoso, porque não dizer “um anjo” que Deus colocou em nossas vidas.

Apesar de que algumas mães sejam más e assim os adjetivos sejam negativos, o temor a Deus é o que vai diferenciar as características de uma boa mãe de uma mãe má. O temor a Deus é exatamente aquilo que molda o caráter e faz florescer as qualidades necessárias para ser bênçãos na vida dos filhos.

2. MÃE TEMENTE A DEUS ASSUME RISCOS (v.16)

Ao desobedecer a ordem do Faraó – rei do Egito, elas não colocaram em risco apenas suas vidas, mas também a vida de suas famílias. Este ato de fé e temor foi um grande diferencial na vida destas duas mulheres. Esta mesma atitude é o que Deus espera de todas as mães nos dias de hoje.

Toda mãe temente a Deus é por si uma mulher corajosa. Elas não tem medo quando se trata do bem estar de seus filhos, ou como no caso das parteiras, dos filhos dos outros. Elas não se preocupam com sua própria segurança e bem-estar, mas com aquilo que pode vir a acontecer com os seus e faze de tudo para protegê-los.

As mães passam noites em claro ao pé da cama esperando a febre baixar, perdem noites de sono, mesmo tendo que trabalhar no dia seguinte. Elas não titubeiam ao se colocar diante de feras, carros ou objetos que venham contra seus filhos. Elas invadem as chamas para resgatar de lá aqueles que estão prestes a morrer. Elas enfrentam bandidos  armados, se colocam na linha de tiro, para proteger os seus. Sim, elas são capazes de morrer para salvar seus filhos.
Uma mãe que teme a Deus pensa nos outros mais do que em si, ela assume e se colocada em perigos para proteger ou favorecer aos outros, sejam seus filhos ou não. Mãe por si só é um ser protetor.

3. O TEMOR É O QUE DEUS ESPERA DE UMA MÃE (v.17)

Ao serem questionadas pelo Faraó (v.18) do motivo pelo qual elas deixaram os meninos viver, elas combinam uma história (v.19) dizendo que as mulheres hebreias são fortes e antes que elas cheguem, os filhos já nascem, não podendo elas fazer nada. Se esta história é verídica ou foi a maneira delas se justificarem diante de Faraó sem perderem sua vidas não sabemos.

O que sabemos é que a atitude delas foi motivada pelo “temor a Deus” que, segundo o provérbio, “é o princípio da sabedoria”. Sendo elas egípcias ou hebreias, o fato é que o este temor foi tão intenso a ponto de tomar uma atitude perigosa para elas, mas de grande bênção para os hebreus que continuaram se multiplicando (v.20b).

Quando uma mãe é temente a Deus, as bênçãos se irradiam ao seu redor sobre todos que estão neste círculo de relacionamento. O temor da mãe traz as dádivas do Senhor sobre a vida de todos os seus familiares conforme declara Paulo: “porque o marido incrédulo é santificado por causa da mulher... de outro modo, os vossos filhos seriam impuros; mas agora são santos” (1 Coríntios 7.14).

A melhor maneira de uma mãe abençoar sua casa e sua família, não é fornecendo bens materiais, ou fazendo a vontade dos filhos ou marido, isso qualquer mãe pode fazer. Ela deve buscar desenvolver um coração temente a Deus, e Deus, por sua graça e misericórdia, vai prover todas as coisas que sua casa necessita.

4. DEUS RETRIBUI COM BONDADE ÀS MÃES QUE SÃO TEMENTES (v.20,21)

Deus é justo, bondoso e gracioso, rico em misericórdia para com os maus e pecadores, Ele também trata assim aqueles que são tementes. Essas parteiras experimentaram desta bondade do Senhor sobre suas vidas, em retribuição pelo gesto que tiveram de não matar os meninos hebreus.

A recompensa delas não foi por meio de bens materiais ou posições de destaque na corte do Faraó. Elas não se tornaram celebres naquilo que os homens procuram. A benção delas foi poder estabelecer suas próprias famílias, dar á luz a seus próprios filhos, vê-los crescendo, se tornando adultos, e tendo seus própros filhos. Esta é sem dúvida a maior recompensa para uma mãe, poder edificar uma família.

No v.19  lemos: “as mulheres hebreias não são como as egípcias; elas são fortes” e lembremos que a própria filha do Faraó não podia ter filhos, mas elas foram abençoadas, gerando seu filhos e podendo contemplar também seus netos.

CONCLUSÃO:

Mães: sejam tementes a Deus, Ele vai recompensá-las. Vocês se alegrarão com o fruto do seu ventre e verão as futuras gerações a partir de seus filhos.



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