Êxodo 1.15-21
Mães tementes a Deus
INTRODUÇÃO
Falar sobre mães naturalmente vai
aflorar sentimentos, os mais diversos possíveis, pois o nosso relacionamento
com este ser tão especial, é totalmente baseado em sentimentos, tanto nossos
para com elas, quanto delas para conosco.
Para as mães, esses sentimentos começam
muito antes da gestação, ouso dizer que começam desde o momento em que a menina
começa a “brincar de mãe” com suas bonecas. Para os filhos os sentimentos
iniciam mais tardiamente, desde a fecundação, pois já no ventre materno o feto
começa a reconhecer sua mãe, tanto que no momento do nascimento, ao ser
colocado ao lado da mãe, imediatamente o bebê se acalma.
Se por um lado há aqueles que contam os
dias para chegar esta data, por outros há quem queira fugir dela, justamente
pelos sentimentos que brotam. Não necessariamente porque essas pessoas são más,
é devido às circunstancias da vida que levaram a este quadro sentimental desfavorável.
Para um filho que já perdeu sua mãe,
este dia passa de um dia feliz para um dia triste. As lembranças e recordações
vividas, a saudade, a certeza de não poder mais abraçar, beijar, ouvir a voz
(mesmo que fosse para dar broncas), isso traz em si mais que uma doce saudade,
traz o sentimento de perca e dor.
Da mesma forma, talvez um pouco mais
amenos sejam os sentimentos daqueles que, mesmo tendo as mães vivas, mas por
estas estarem longe, igualmente não poderão abraça-las e beijá-las. E não nos enganemos,
o fato de poder ouvir a voz ou ver através de um vídeo, nunca trará a mesma sensação,
de, mesmo sendo crescido, poder reclinar a cabeça no colo de sua mãe.
Não podemos esquecer daqueles que “não
se dão bem” com suas mães, seja porque elas são más e deixaram só amargas
lembranças, seja por algum motivo que ambos não se falam, vivem distantes,
indiferentes, frios. Isso também é um sentimento.
1.
CARACTERÍSTICAS DA MÃE QUE TEME A DEUS (v.15)
Os hebreus que haviam decido ao Egito
eram 70 pessoas (Ex 1.5). Com a benção de Deus eles se multiplicavam em grande
número. Quando sobe ao trono um rei que não havia conhecido a José e tudo o que
ele tinha feito pelos egípcios, este se mostra preocupado com o grande crescimento
do hebreus (1.9,10). De imediato foi intensificada a carga de trabalho, o que não
surtiu efeito, e o povo continuou a se multiplicar (1.11,12).
Não restou outra alternativa ao Faraó a não
ser ordenar a morte dos meninos hebreus como medida para conter o crescimento
do povo. A melhor forma de fazer isso foi convocar as parteiras para que elas
se encarregassem de cumprir os intentos do rei na sua louca e desenfreada ânsia
de evitar uma possível rebelião dos hebreus.
O capítulo 1.15-21 narra o episódio onde
então o Faraó dá a ordem as parteiras, das quais duas se chamavam Sifrá e
Puá para matar os meninos das hebreias,
mas elas, por temor a Deus, desobedecem a ordem do Faraó, e assim Deus foi bom
para elas, permitindo que elas tivessem suas próprias famílias.
Sifrá significa “claro; ser agradável,
ser belo, ser formoso, ser elegante, ser luminoso); Puá significa “esplendida”.
Não poderíamos ter melhores adjetivos para qualificar uma mãe que teme ao Senhor.
Ela é um ser esplendido, luminoso, porque não dizer “um anjo” que Deus colocou
em nossas vidas.
Apesar de que algumas mães sejam más e
assim os adjetivos sejam negativos, o temor a Deus é o que vai diferenciar as
características de uma boa mãe de uma mãe má. O temor a Deus é exatamente
aquilo que molda o caráter e faz florescer as qualidades necessárias para ser bênçãos
na vida dos filhos.
2.
MÃE TEMENTE A DEUS ASSUME RISCOS (v.16)
Ao desobedecer a ordem do Faraó – rei do
Egito, elas não colocaram em risco apenas suas vidas, mas também a vida de suas
famílias. Este ato de fé e temor foi um grande diferencial na vida destas duas
mulheres. Esta mesma atitude é o que Deus espera de todas as mães nos dias de
hoje.
Toda mãe temente a Deus é por si uma
mulher corajosa. Elas não tem medo quando se trata do bem estar de seus filhos,
ou como no caso das parteiras, dos filhos dos outros. Elas não se preocupam com
sua própria segurança e bem-estar, mas com aquilo que pode vir a acontecer com
os seus e faze de tudo para protegê-los.
As mães passam noites em claro ao pé da
cama esperando a febre baixar, perdem noites de sono, mesmo tendo que trabalhar
no dia seguinte. Elas não titubeiam ao se colocar diante de feras, carros ou
objetos que venham contra seus filhos. Elas invadem as chamas para resgatar de
lá aqueles que estão prestes a morrer. Elas enfrentam bandidos armados, se colocam na linha de tiro, para
proteger os seus. Sim, elas são capazes de morrer para salvar seus filhos.
Uma mãe que teme a Deus pensa nos outros
mais do que em si, ela assume e se colocada em perigos para proteger ou
favorecer aos outros, sejam seus filhos ou não. Mãe por si só é um ser
protetor.
3.
O TEMOR É O QUE DEUS ESPERA DE UMA MÃE (v.17)
Ao serem questionadas pelo Faraó (v.18)
do motivo pelo qual elas deixaram os meninos viver, elas combinam uma história
(v.19) dizendo que as mulheres hebreias são fortes e antes que elas cheguem, os
filhos já nascem, não podendo elas fazer nada. Se esta história é verídica ou
foi a maneira delas se justificarem diante de Faraó sem perderem sua vidas não sabemos.
O que sabemos é que a atitude delas foi
motivada pelo “temor a Deus” que, segundo o provérbio, “é o princípio da sabedoria”.
Sendo elas egípcias ou hebreias, o fato é que o este temor foi tão intenso a
ponto de tomar uma atitude perigosa para elas, mas de grande bênção para os
hebreus que continuaram se multiplicando (v.20b).
Quando uma mãe é temente a Deus, as bênçãos
se irradiam ao seu redor sobre todos que estão neste círculo de relacionamento.
O temor da mãe traz as dádivas do Senhor sobre a vida de todos os seus familiares
conforme declara Paulo: “porque o marido
incrédulo é santificado por causa da mulher... de outro modo, os vossos filhos
seriam impuros; mas agora são santos” (1 Coríntios 7.14).
A melhor maneira de uma mãe abençoar sua
casa e sua família, não é fornecendo bens materiais, ou fazendo a vontade dos
filhos ou marido, isso qualquer mãe pode fazer. Ela deve buscar desenvolver um
coração temente a Deus, e Deus, por sua graça e misericórdia, vai prover todas
as coisas que sua casa necessita.
4.
DEUS RETRIBUI COM BONDADE ÀS MÃES QUE SÃO TEMENTES (v.20,21)
Deus é justo, bondoso e gracioso, rico
em misericórdia para com os maus e pecadores, Ele também trata assim aqueles
que são tementes. Essas parteiras experimentaram desta bondade do Senhor sobre
suas vidas, em retribuição pelo gesto que tiveram de não matar os meninos hebreus.
A recompensa delas não foi por meio de
bens materiais ou posições de destaque na corte do Faraó. Elas não se tornaram
celebres naquilo que os homens procuram. A benção delas foi poder estabelecer
suas próprias famílias, dar á luz a seus próprios filhos, vê-los crescendo, se
tornando adultos, e tendo seus própros filhos. Esta é sem dúvida a maior recompensa
para uma mãe, poder edificar uma família.
No v.19
lemos: “as mulheres hebreias não
são como as egípcias; elas são fortes” e lembremos que a própria filha do Faraó
não podia ter filhos, mas elas foram abençoadas, gerando seu filhos e podendo
contemplar também seus netos.
CONCLUSÃO:
Mães: sejam tementes a Deus, Ele vai
recompensá-las. Vocês se alegrarão com o fruto do seu ventre e verão as futuras
gerações a partir de seus filhos.
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