Texto: 1 Pedro 4.7-11
Tema: AMANDO MAIS “EM TEMPOS DIFÍCEIS”
Introdução:
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Amar
mais é o tema da igreja para este ano. O amor é a base de todos os
relacionamentos (v.8). Esses relacionamentos precisam ser preservados e curados
através do constante suporte e cuidado que podemos oferecer uns aos outros.
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O
provérbio diz: “O amigo ama sempre e na desgraça ele se torna um irmão”
(Pv 17.17 NTLH). Nós como discípulos de Jesus não estamos isentos de “dias
maus” (Ef 6.13). O próprio apóstolo Paulo relata em suas cartas momentos de
tribulação, dor, perigo, morte, etc., (2 Cor 11.23-28).
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Passamos
por tempos difíceis diante da perca do emprego; quando morre um amigo ou
familiar; quando um filho sai de casa; quando o casamento acaba; diante de uma
enfermidade, etc. É nessas horas que precisamos ser acolhidos, supridos e
consolados.
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Testemunho: quando estivemos em Curitiba com Alice para
tratamento médico, precisávamos de um lugar pra morar por alguns meses. Nos foi
oferecido um apartamento mobiliados sem custo. Neste período recebemos inúmeras
ofertas para custear despesas extras. Várias pessoas se colocaram a disposição
para auxiliar de diversas formas.
1. SENDO HOSPITALEIROS. v.9
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Há
pessoas que tem o dom da hospitalidade, elas proporcionam um ambiente de
valorização e cuidado; conhecem novas pessoas e ajudam a se sentir bem-vindas;
criam um ambiente seguro e confortável; deixam as pessoas à vontade em
ambientes desconhecidos.
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Ser
hospitaleiro é uma ordem, não uma opção (v.9; Rm 12.13). Vemos muitos exemplos
na Bíblia: 1. Abraão recebeu “estranhos” (Gn 18.1,2; 19.1); 2. Jetro recebeu
Moisés e o sustentou(Ex 2.20); a mulher samaritana hospedou Elias (2 Rs
4.8-10); Marta e Maria hospedaram Jesus (Lc 10.38-42); Lídia hospedou Paulo e
seus companheiros (At 16.14-15).
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Mesmo
com as mudanças da sociedade, ainda vale o princípio de sermos hospitaleiros.
Missionários, pastores, irmãos, pessoas desabrigadas precisam ser acolhidos.
Sermos mutuamente hospitaleiros era e ainda é a vontade de Cristo.
1.1. Significado da
hospitalidade
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Ser
hospitaleiro é amar o estranho ou o hóspede. A hospitalidade só é legítima
quando é feita com amor, pois ambos são abençoados (Hb 13.1-3). Segundo Paulo,
a hospitalidade demonstra maturidade cristã (1Tm 3.2).
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Hospitalidade
é um ato de generosidade e cuidado, é como se nossa casa, e até a igreja, fosse
uma espécie de hospital.
1.2. Valor da hospitalidade
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Seja
praticada em favor de amigos e irmãos em Cristo, seja para com pessoas
desabrigadas ou perseguidas, para pessoas chegando à igreja, a hospitalidade é
vital. Em tempos difíceis, elas precisam de carinho, ajuda, cuidados.
1.3. Cuidados da hospitalidade
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Deve ser
exercida com precaução (2Ts 3.6-16). Precisamos ser simples, mas prudentes (Mt
10.16). Devemos ter o bom senso, e sempre em oração. Nem sempre acolhemos
“anjos”. Isso não significa que devamos fechar as portas de nossas casas a quem
precisa.
1.4. Tornando-se hospitaleiros
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Oremos
para que Deus nos toque; Receba pessoas mesmo que as condições não sejam
ideais; Estejamos atentos às oportunidades; Comecemos praticando com nossos
irmãos da igreja.
2. SERVINDO. v.10
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Os evangelhos apresentam
Jesus como aquele que “não veio para ser
servido, mas para servir” (Mc 10.45). Os mesmos evangelhos apresentam o
conceito que quem quer ser grande que primeiro sirva, contrariando o conceito
secular sobre grandeza.
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Os lideres na igreja não
são senhores ou dominadores. Na igreja, se não é serviço, não é poder legítimo:
é despotismo, autoritarismo. Liderança na igreja é serviço. Líder da igreja é o
que serve, não o que manda. A igreja é a comunidade do servo sofredor.
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Em Gálatas 5.13,14 temos o
mandamento para o serviço, reforçado por Pedro (v.10). Servir é, livre e
espontaneamente, ou seja, por amor, realizar a favor dos irmãos qualquer
serviço para seu bem-estar espiritual, físico ou mental, suprindo as
necessidades reais dos outros.
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Jesus é nosso exemplo, ele
não deu apenas ordem. Ele se aproximou de pessoas, andou com pecadores,
conversou com mulheres, curou, fez milagres, deu de comer aos famintos. É a
partir de Cristo que a igreja deve se basear para cumprir sua tarefa no mundo.
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Como discípulos somos
exortados a testificar com palavras e ações, compartilhas o evangelho e servir
aos outros conforme suas necessidades, usando os talentos, capacidades e bens
materiais. Este serviço é tarefa de toda a Igreja colocando seus dons, tempo e
dinheiro a serviço de todos.
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O serviço está esboçado na
ideia de diaconia (empenho em assistir e edificar a igreja). Este
serviço é estendido para vida interna dos membros bem como sua missão no mundo.
o amor deve ser demonstrado a todos, sem atentar para a posição das pessoas.
3. CONSOLANDO. v.11
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Este é
um dever de ajuda mútua na igreja e entre amigos fora dela. Todos temos
momentos ou dias de tristeza, desânimo, angústia, depressão… E é tão bom quando
alguém, com sincera amizade e empatia, se achega para nos conforta e encorajar.
Mas é preciso saber fazer isso.
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O
sentido desta recomendação aproxima-se do da expressão “exortai-vos uns aos
outros”. A distinção pode ser a
seguinte:
o
“Exortação”
é o encorajamento de que necessita o irmão desanimado por razão de negligência
espiritual e incredulidade;
o
“Consolação”
é o encorajamento e o conforto de que necessita o irmão desalentado e
entristecido por uma provação ou sofrimento. “Consolar”, portanto, é confortar,
aliviar o sofrimento, suavizar a dor.
·
O
apóstolo Paulo, que foi uma dos cristãos mais experimentados no sofrimento,
escreveu aos cristãos Romanos: “Muito
desejo ver-vos…. para que em vossa companhia, reciprocamente nos confortemos”
(Rm 1.11-12).
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Lamentavelmente,
muitos cristãos têm desconsolado ainda mais seus irmãos entristecidos tentando
“consolá-los” com palavras e sabedoria próprias e não de Deus. Limitam-se a contar suas experiências e,
muitas vezes, impropriamente.
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Algumas
experiências, nossas e de outros poderão ser úteis ao propósito da consolação,
se usadas com bom senso, sensibilidade, empatia, no momento certo e com a
intenção de ilustrar ou comprovar a Palavra de Deus e suas preciosas promessas.
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Há muita
gente sofrendo por aí, Deus quer usar-nos para consolá-las. Precisamos de
sensibilidade, empatia, amor, algum conhecimento da Bíblia e lembrança das
ocasiões em que o Senhor nos consolou! Certamente, nós também vamos precisar de
consolo, em determinados momentos.
CONCLUSÃO:
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O
salmista declara que os momentos difíceis são passageiros (Sal 30.5). Este
choro pode por não ter onde morar ou se abrigar; por uma perda que abalou e
tirou a esperança.
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Como
igreja e discípulos de Jesus podemos ser fonte de socorro sobre aqueles que
estão vivendo seus dias maus. Não podemos fechar os olhos para a realidade
destas pessoas.
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Devemos
abrir nossas casas, servir com espírito humilde e prover o consolo. Lembremos
do provérbio: “na desgraça ele se torna
um irmão”.
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Deixemo-nos
ser usados como instrumentos de bênçãos nas mãos do Senhor.
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