28 de mar. de 2018

Amando em Tempos Difíceis



Texto: 1 Pedro 4.7-11
Tema: AMANDO MAIS “EM TEMPOS DIFÍCEIS”

Introdução:
·         Amar mais é o tema da igreja para este ano. O amor é a base de todos os relacionamentos (v.8). Esses relacionamentos precisam ser preservados e curados através do constante suporte e cuidado que podemos oferecer uns aos outros.
·         O provérbio diz: “O amigo ama sempre e na desgraça ele se torna um irmão” (Pv 17.17 NTLH). Nós como discípulos de Jesus não estamos isentos de “dias maus” (Ef 6.13). O próprio apóstolo Paulo relata em suas cartas momentos de tribulação, dor, perigo, morte, etc., (2 Cor 11.23-28).
·         Passamos por tempos difíceis diante da perca do emprego; quando morre um amigo ou familiar; quando um filho sai de casa; quando o casamento acaba; diante de uma enfermidade, etc. É nessas horas que precisamos ser acolhidos, supridos e consolados.

·         Testemunho: quando estivemos em Curitiba com Alice para tratamento médico, precisávamos de um lugar pra morar por alguns meses. Nos foi oferecido um apartamento mobiliados sem custo. Neste período recebemos inúmeras ofertas para custear despesas extras. Várias pessoas se colocaram a disposição para auxiliar de diversas formas.

1. SENDO HOSPITALEIROS. v.9
·         Há pessoas que tem o dom da hospitalidade, elas proporcionam um ambiente de valorização e cuidado; conhecem novas pessoas e ajudam a se sentir bem-vindas; criam um ambiente seguro e confortável; deixam as pessoas à vontade em ambientes desconhecidos.
·         Ser hospitaleiro é uma ordem, não uma opção (v.9; Rm 12.13). Vemos muitos exemplos na Bíblia: 1. Abraão recebeu “estranhos” (Gn 18.1,2; 19.1); 2. Jetro recebeu Moisés e o sustentou(Ex 2.20); a mulher samaritana hospedou Elias (2 Rs 4.8-10); Marta e Maria hospedaram Jesus (Lc 10.38-42); Lídia hospedou Paulo e seus companheiros (At 16.14-15).
·         Mesmo com as mudanças da sociedade, ainda vale o princípio de sermos hospitaleiros. Missionários, pastores, irmãos, pessoas desabrigadas precisam ser acolhidos. Sermos mutuamente hospitaleiros era e ainda é a vontade de Cristo.
1.1. Significado da hospitalidade
·         Ser hospitaleiro é amar o estranho ou o hóspede. A hospitalidade só é legítima quando é feita com amor, pois ambos são abençoados (Hb 13.1-3). Segundo Paulo, a hospitalidade demonstra maturidade cristã (1Tm 3.2).
·         Hospitalidade é um ato de generosidade e cuidado, é como se nossa casa, e até a igreja, fosse uma espécie de hospital.
1.2. Valor da hospitalidade
·         Seja praticada em favor de amigos e irmãos em Cristo, seja para com pessoas desabrigadas ou perseguidas, para pessoas chegando à igreja, a hospitalidade é vital. Em tempos difíceis, elas precisam de carinho, ajuda, cuidados.
1.3. Cuidados da hospitalidade
·         Deve ser exercida com precaução (2Ts 3.6-16). Precisamos ser simples, mas prudentes (Mt 10.16). Devemos ter o bom senso, e sempre em oração. Nem sempre acolhemos “anjos”. Isso não significa que devamos fechar as portas de nossas casas a quem precisa.
1.4. Tornando-se hospitaleiros
·         Oremos para que Deus nos toque; Receba pessoas mesmo que as condições não sejam ideais; Estejamos atentos às oportunidades; Comecemos praticando com nossos irmãos da igreja.

2. SERVINDO. v.10
·         Os evangelhos apresentam Jesus como aquele que “não veio para ser servido, mas para servir” (Mc 10.45). Os mesmos evangelhos apresentam o conceito que quem quer ser grande que primeiro sirva, contrariando o conceito secular sobre grandeza.
·         Os lideres na igreja não são senhores ou dominadores. Na igreja, se não é serviço, não é poder legítimo: é despotismo, autoritarismo. Liderança na igreja é serviço. Líder da igreja é o que serve, não o que manda. A igreja é a comunidade do servo sofredor.
·         Em Gálatas 5.13,14 temos o mandamento para o serviço, reforçado por Pedro (v.10). Servir é, livre e espontaneamente, ou seja, por amor, realizar a favor dos irmãos qualquer serviço para seu bem-estar espiritual, físico ou mental, suprindo as necessidades reais dos outros.
·         Jesus é nosso exemplo, ele não deu apenas ordem. Ele se aproximou de pessoas, andou com pecadores, conversou com mulheres, curou, fez milagres, deu de comer aos famintos. É a partir de Cristo que a igreja deve se basear para cumprir sua tarefa no mundo.
·         Como discípulos somos exortados a testificar com palavras e ações, compartilhas o evangelho e servir aos outros conforme suas necessidades, usando os talentos, capacidades e bens materiais. Este serviço é tarefa de toda a Igreja colocando seus dons, tempo e dinheiro a serviço de todos.
·         O serviço está esboçado na ideia de diaconia (empenho em assistir e edificar a igreja). Este serviço é estendido para vida interna dos membros bem como sua missão no mundo. o amor deve ser demonstrado a todos, sem atentar para a posição das pessoas.

3. CONSOLANDO. v.11
·         Este é um dever de ajuda mútua na igreja e entre amigos fora dela. Todos temos momentos ou dias de tristeza, desânimo, angústia, depressão… E é tão bom quando alguém, com sincera amizade e empatia, se achega para nos conforta e encorajar. Mas é preciso saber fazer isso.
·         O sentido desta recomendação aproxima-se do da expressão “exortai-vos uns aos outros”.  A distinção pode ser a seguinte:
o   Exortação” é o encorajamento de que necessita o irmão desanimado por razão de negligência espiritual e incredulidade;
o   Consolação” é o encorajamento e o conforto de que necessita o irmão desalentado e entristecido por uma provação ou sofrimento. “Consolar”, portanto, é confortar, aliviar o sofrimento, suavizar a dor.
·         O apóstolo Paulo, que foi uma dos cristãos mais experimentados no sofrimento, escreveu aos cristãos Romanos: “Muito desejo ver-vos…. para que em vossa companhia, reciprocamente nos confortemos” (Rm 1.11-12).
·         Lamentavelmente, muitos cristãos têm desconsolado ainda mais seus irmãos entristecidos tentando “consolá-los” com palavras e sabedoria próprias e não de Deus.  Limitam-se a contar suas experiências e, muitas vezes, impropriamente. 
·         Algumas experiências, nossas e de outros poderão ser úteis ao propósito da consolação, se usadas com bom senso, sensibilidade, empatia, no momento certo e com a intenção de ilustrar ou comprovar a Palavra de Deus e suas preciosas promessas.
·         Há muita gente sofrendo por aí, Deus quer usar-nos para consolá-las. Precisamos de sensibilidade, empatia, amor, algum conhecimento da Bíblia e lembrança das ocasiões em que o Senhor nos consolou! Certamente, nós também vamos precisar de consolo, em determinados momentos.

CONCLUSÃO:
·         O salmista declara que os momentos difíceis são passageiros (Sal 30.5). Este choro pode por não ter onde morar ou se abrigar; por uma perda que abalou e tirou a esperança.
·         Como igreja e discípulos de Jesus podemos ser fonte de socorro sobre aqueles que estão vivendo seus dias maus. Não podemos fechar os olhos para a realidade destas pessoas.
·         Devemos abrir nossas casas, servir com espírito humilde e prover o consolo. Lembremos do provérbio: “na desgraça ele se torna um irmão”.
·         Deixemo-nos ser usados como instrumentos de bênçãos nas mãos do Senhor.

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