Tema: A
Busca pelo Reino Cura a Ansiedade pela Vida.
Introdução:
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Há dois tesouros
(na terra e no céu), duas condições físicas (luz e trevas), dois senhores (Deus
e as riquezas) e duas preocupações (nosso corpo e o reino de Deus). E não
podemos pôr os pés em duas canoas!
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Mas, como fazer a
escolha? A ambição do mundo nos fascina fortemente. O encanto do materialismo é
difícil de se quebrar.
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Jesus nos ajuda a
escolher o melhor. Ele destaca a insensatez do caminho errado e a sabedoria do
certo. Em relação à ambição, Jesus coloca o falso e o verdadeiro, um em
oposição ao outro, de tal modo que nos leva a compará-los e examiná-los por nós
mesmos.
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Nossa escolha
quanto a qual dos mestres vamos servir afetará nossa atitude para com eles. Não
ficaremos ansiosos para com um, já que o rejeitamos, vamos concentrar tudo no
qual escolhemos, ou seja, a Deus.
1. TRÊS CONTRASTES – v.19-24
1.1. Terra x Céu
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Jesus chama a
atenção para a durabilidade comparativa dos dois tesouros. Assim seria fácil
decidir qual deles ajuntar: sobre a terra (corruptível, inseguros) ou no céu
(incorruptível, seguro).
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O que Jesus
proíbe é a acumulação egoísta de bens; uma vida extravagante e luxuosa, a
dureza de coração que não deixa perceber as necessidades dos outros; a fantasia
de que a vida consiste na abundância de bens; o materialismo que acorrenta o
coração à terra.
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Qual seria o
tesouro celestial? Seria fazer aqui na terra alguma coisa cujos efeitos durem
pela eternidade: desenvolver um caráter semelhante a Cristo; aumentar a fé, a
esperança, o amor; levar outras pessoas a Cristo para serem salvas; usar nosso
dinheiro nas causas cristãs. Tudo isso terá reflexo na eternidade.
2. Luz x Trevas
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Ele faz um
contraste entre uma pessoa cega e uma que tem visão, representando as trevas e
a luz em que elas vivem.
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A segunda
metáfora está nos fato de olho ser equivalente ao coração, assim coloca o
coração em algo equivale a fixa os olhos (Sal 119.10,18). Jesus fala da
importância de ter o coração no lugar certo comparando a ter os olhos bons e
sadios.
3. Deus x Riquezas
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Jesus fala agora
de uma escolha mais básica: entre dois senhores a quem vamos servir. Devemos
escolher entre Deus, o Criador, ou o objeto da nossa criação que chamamos
dinheiro.
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É uma questão da
escolha entre o Criador e a criatura, entre o Deus pessoal e glorioso e algo
miserável e pequeno chamado dinheiro, entre adoração e idolatria.
2. FOCO NAS COISAS TERRENAS. v.25-30
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Pode ser resumida
na procura da nossa própria segurança material. Por isso Jesus repete três
vezes a proibição de “não andar ansioso ou aflito” (v.25, 31, 34). Esse
proibição está relacionada ao alimento, bebida e roupa.
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Jesus não negou
ou desprezou as necessidades do corpo, nos ensinou a pedir pelo pão de cada
dia. O que está em foco é a paranoia pelo conforto material, pois não é
produtivo, não é necessário, não vale a pena. Nosso corpo não é um fim em si
mesmo para justificar esta paranoia.
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Não há nada que
impeça os cristãos de fazer planos para o futuro ou de dar passos concretos
para sua realização. O que Jesus proíbe não é o raciocínio nem a provisão, mas
a preocupação ansiosa (como no caso de Marta).
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A preocupação com
as coisas materiais de modo que sejam o centro de nossa vida é incompatível com
a fé cristã e com o bom senso. É falta de confiança no nosso pai.
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É exatamente isto
que os pagãos fazem. Jesus nos convoca para uma ambição mais alta, buscar o
Reino e a justiça de Deus.
3. FOCO NAS COISAS CELESTIAIS. v.31-34
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Nossa atenção
deve estar em algo mais elevado, não coisas materiais, mas os valores
espirituais; não o seu próprio bem, mas o de Deus; não alimento e roupa, mas o
reino e a justiça de Deus.
3.1. Buscar primeiro o reino de Deus.
§ Trata-se do
governo de Deus sobre o seu próprio povo, quando uma pessoa se humilha, se
arrepende, crê, submete-se a ele e nasce de novo.
§ O reino de Deus é Jesus Cristo governando o seu povo,
com exigências e bênçãos que exigem totalidade no lar, casamento e família,
moralidade pessoal, vida profissional e ética comercial, estilo de vida, etc.
§ É a aceitação da responsabilidade evangelística para
com nossos parentes, colegas, vizinhos e amigos, até a obra missionária mundial
da Igreja.
3.2. Buscar primeiro a justiça de Deus.
§ O reino de Deus existe apenas onde Jesus é
reconhecido. Só quem nasceu de novo faz parte deste reino. A justiça de Deus é
um conceito mais amplo, inclui a justiça individual e social. Deus deseja a
justiça a todas as comunidades, não apenas as cristãs.
§ Porém é por meio da comunidade redimida que a justiça
de Deus deve ser agradável (vida pessoal, familiar, comercial, etc.), para que
os de fora possam vê-la e deseja-la, e assim transborde sobre a humanidade.
CONCLUSÃO:
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Todos buscamos
alguma coisa, não é natural ficar a deriva, sem alvo na vida, como barata
tonta. Precisamos de uma causa para qual vamos viver, que dê significado a
nossa existência, para colocar ali nosso coração.
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A ambição
refere-se aos alvos de nossa vida e ao incentivo que temos de atingi-los. A
ambição é aquilo que motiva uma pessoa e revela as ações e motivações. Assim
devemos ter ambição para Deus, buscar isso em primeiro lugar.
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Jesus nos mostra
duas alternativas possíveis de alvos na vida: a sua própria segurança como
fazem os gentios (alimento, bebida e vestimentas); ou a preocupação com a
propagação e o triunfo do reino de Deus da justiça divina.
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Podemos ser
ambiciosos por nós mesmos (comida, bebida, roupas, casa maior, carro novo,
salário maior, mais poder), ambições dirigidas a nós mesmos.
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Podemos ser
ambiciosos para Deus: a propagação do seu reino e da sua justiça por toda a
parte. Assim as nossas necessidades serão supridas. Até mesmo os nossos
talentos, oportunidades, trabalho, etc. serão para a glória de Deus e não a
nossa.

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