29 de ago. de 2017

O Discípulo Alegra seu Mestre (Lc 10.21-24)


Texto: Lucas 10.21-24
Tema: O Discípulo Alegra seu Mestre

Introdução:
·        Domingo falamos sobre as aflições na vida do discípulo: enfermidade, perigo e morte. Muitos têm medo de ficar doente e morrer. Outros têm medo do tipo de morte que lhe possa ocorrer. Mas de todas essas aflições o “Senhor nos livra” (Sl 34.19).
·        Falamos também que a família de Lázaro, Marta e Maria, apesar de serem muito amigos, dedicados e íntimos a Jesus, experimentou tristeza, aflição, enfermidade e morte.
·        Hoje quero falar sobre como nós, sendo discípulos de Jesus, podemos alegrá-lo. Uma vez que ele está presente em todas as nossas aflições, devemos nós viver de modo digno a glorificar nosso Senhor, de forma integral, contínua e consistente.

·        O texto faz parte do relato da volta dos 72 discípulos (v.17-20), o tom de felicidade permeia o texto (4x): eles ficaram alegres (v.17) pelo poder exercido; Jesus se alegrou pela vitória deles (v.21); e outros se alegrariam (v.23) com a manifestação do poder de Jesus.
·        Alegria é uma característica que Lucas menciona 19 vezes no evangelho. A motivação da alegria é a eleição através do amor de Deus que nunca será anulada. É o Espírito Santo o agente da alegria em nós devido a revelação da bondade de Deus aos humildes.
·        Como discípulos podemos entristecer ou alegrar nosso Senhor. De uma forma geral todos primeiro entristeceram a Jesus traindo, abandonando, negando, fugindo, se escondendo. Mas depois todos, exceto Judas, viveram e morreram de forma que o agradou e deixou feliz.

1. ALEGRAMOS A JESUS SERVINDO COM DEDICAÇÃO. (v.21a;17)
·        Os 72 discípulos foram enviados (10.1-12) para cidades e lugares onde Jesus tinha de ir, lá eles deveriam curar os doentes e anunciar a chegada do Reino de Deus (v.9). Eles foram dedicados e obedientes, cumprindo assim com êxito e dedicação a missão dada.
·        Eles voltaram alegres, e ao ouvir o relato das experiências e ver a alegria, Jesus também se alegrou. Percebamos neste primeiro momento que alegria de Jesus foi resultado do serviço dos discípulos realizado em obediência. O discípulo que serve alegre seu Senhor.
·        Em Mateus 21.28-31 lemos sobre dois filhos convocados a trabalhar na plantação do pai, um disse que não ia, mas depois mudou de ideia e foi; já o outro disse que ia, mas acabou não indo. Jesus então pergunta: “qual fez o que o pai queria?”. O discípulo deve fazer aquilo se espera dele.
·        Devemos entender que além de viver uma vida digna, estar na igreja, cumprir preceitos da religião, devemos ir além, devemos nos envolver no trabalho de anunciar a salvação por intermédio de Jesus a todos. Todos temos um chamado a cumprir, isso é imperativo.
·        É hora de revolucionar nosso jeito de ser discípulo, deixando de ser passivo e nos tornando cada vez mais eficaz. Bom discípulo é aquele que faz além daquilo que se espera dele, pois se fizer tudo o que deve, será taxados como infiel, imagina se não fizer (Lc 17.10).

2. ALEGRAMOS A JESUS CONHECENDO A DEUS, O PAI. (v.21b-22)
·        Tomado pela alegria de ver os discípulos servindo com dedicação, Jesus ora a Deus agradecendo pela auto revelação do Pai aos seus discípulos e a outras pessoas. O conhecimento de Deus é um privilégio daqueles a quem Ele mesmo se deixa conhecer.
·        O relacionamento de Jesus com o Pai é único, assim Deus entregou a Jesus o poder de revelá-lo a nós, dessa forma, o conhecimento é pessoal, através de uma nova forma de se relacionar com Deus, que não vem senão por Cristo e sua revelação (Jo 14.6-11).
·        Jesus se alegra quando nós compreendemos as verdades espirituais, pois aceitamos com humildade de uma criança a verdade revelada na Palavra. Mas se entristece quando essas verdades são rejeitadas pelos que se julgam sábios, pois na sua arrogância questionam e rejeitam a Palavra, o Filho e o Pai.
·        Quando o discípulo cresce em conhecimento o Pai por intermédio do Filho, ele alegra seu Senhor. Oséias 6.3 declara “conheçamos e prossigamos em conhecer ao SENHOR”. Não podemos continuar sendo crianças espirituais lançados de um lado para outro.
·        João nos apresenta três níveis de conhecimento do Pai (1 João 2.12-14): Filhinhos – tem os pecados perdoados e o conhecem superficialmente o Pai; Jovens – são fortes, vivem a Palavra e venceram o Diabo; Pais – conhecem o pai de forma pessoal, profunda e íntima.
·        Não podemos ser como a Igreja de Corinto que Paulo não pode falar a eles como sendo espirituais, pois ainda eram crianças em Cristo (1Co 3.1); mas busque chegar ao que Paulo chama de “pleno conhecimento do Filho de Deus” (Ef 4.13).

3. ALEGRAMOS A JESUS COMPARTILHANDO O QUE SABEMOS. (v.23-24)
·        Esta palavra é direta explicita aos discípulos com um enorme grau de responsabilidade, pois a felicidade das pessoas depende delas ter a mesma experiência que os discípulos estão tendo, ver o que eles veem, ouvir o que eles ouvem, sentir o que eles sentem, presenciar o que eles presenciam.
·        Jesus continua apontando que muitos profeta e reis, servos e autoridades, líderes religiosos e civis ansiaram por esta experiência que os discípulos estão tendo, mas não tiveram esta alegria e privilégio (I Pe 1.9-11). Quem sabe trocariam tudo por este momento impar.
·        O evangelho não é filosofia, é revelação. As pessoas conhecem as coisas através dos sentidos, da razão, da intuição ou da revelação. As verdades do evangelho – como a salvação – chegaram a nós pela revelação, e estas por meio de Cristo, direta ou indiretamente.
·        Dessa forma Jesus lança sobre os discípulos a responsabilidade de compartilhar suas experiências e seu conhecimento do Pai, pois a fé é o elemento que pode abrir a visão que fora cegada pelo pecado para a realidade de Cristo e o reino.
·        Nem todos conheciam Jesus como o Messias, ou o Filho de Deus. Essa verdade foi revelada em particular aos seus mais íntimos seguidores, os discípulos, que agora deveriam compartilhar esse “segredo messiânico”, esse conhecimento sublime com todas as pessoas.
·        Nós como discípulos vamos alegrar a Jesus compartilhando essas verdades reveladas com aqueles que ainda estão vivendo a infelicidade da ignorância espiritual sem conhecer a Jesus o Filho, nem a Deus como Pai. Esse é um tesouro que não podemos guardar só para nós.

CONCLUSÃO:
·        Como discípulos podemos entristecer ou alegrar nosso Senhor. O alegramos com dedicação ao serviço; com conhecimento cada vez mais profundo do Pai; com o compartilhá-lo com aqueles que não o conhecem.
·        Diante disso devemos refletir de que maneira estamos nos relacionando com Cristo, se por interesse próprio ou se para sermos usados por ele para cumprir Seus planos.
·        Não somos o centro do mundo. A sociedade nos diz que devemos nos preocupar conosco, e mais ninguém. O pensamento é: se você "se sente bem" é isso que importa.
·        Mas este egoísmo exacerbado não cabe nos princípios do evangelho de Jesus que exige o auto sacrifício. Devemos viver para refletir o amor de Cristo aos outros, levando-os aos pés do Salvador.

·        Um discípulo que é fiel alegra o coração de seu mestre.

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