Texto: Lucas 10.21-24
Tema: O Discípulo Alegra
seu Mestre
Introdução:
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Domingo falamos sobre as aflições na vida do discípulo:
enfermidade, perigo e morte. Muitos têm medo de ficar doente e morrer. Outros
têm medo do tipo de morte que lhe possa ocorrer. Mas de todas essas aflições o
“Senhor nos livra” (Sl 34.19).
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Falamos também que a família de Lázaro, Marta e Maria,
apesar de serem muito amigos, dedicados e íntimos a Jesus, experimentou
tristeza, aflição, enfermidade e morte.
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Hoje quero falar sobre como nós, sendo discípulos de Jesus,
podemos alegrá-lo. Uma vez que ele está presente em todas as nossas aflições,
devemos nós viver de modo digno a glorificar nosso Senhor, de forma integral,
contínua e consistente.
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O texto faz parte do relato da volta dos 72 discípulos
(v.17-20), o tom de felicidade permeia o texto (4x): eles ficaram alegres
(v.17) pelo poder exercido; Jesus se alegrou pela vitória deles (v.21); e
outros se alegrariam (v.23) com a manifestação do poder de Jesus.
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Alegria é uma característica que Lucas menciona 19 vezes no
evangelho. A motivação da alegria é a eleição através do amor de Deus que nunca
será anulada. É o Espírito Santo o agente da alegria em nós devido a revelação
da bondade de Deus aos humildes.
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Como discípulos podemos entristecer ou alegrar nosso Senhor.
De uma forma geral todos primeiro entristeceram a Jesus traindo, abandonando,
negando, fugindo, se escondendo. Mas depois todos, exceto Judas, viveram e
morreram de forma que o agradou e deixou feliz.
1. ALEGRAMOS A JESUS SERVINDO COM DEDICAÇÃO. (v.21a;17)
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Os 72 discípulos foram enviados (10.1-12) para cidades e
lugares onde Jesus tinha de ir, lá eles deveriam curar os doentes e anunciar a
chegada do Reino de Deus (v.9). Eles foram dedicados e obedientes, cumprindo
assim com êxito e dedicação a missão dada.
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Eles voltaram alegres, e ao ouvir o relato das experiências
e ver a alegria, Jesus também se alegrou. Percebamos neste primeiro momento que
alegria de Jesus foi resultado do serviço dos discípulos realizado em
obediência. O discípulo que serve alegre seu Senhor.
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Em Mateus 21.28-31 lemos sobre dois filhos convocados a trabalhar
na plantação do pai, um disse que não ia, mas depois mudou de ideia e foi; já o
outro disse que ia, mas acabou não indo. Jesus então pergunta: “qual fez o que
o pai queria?”. O discípulo deve fazer aquilo se espera dele.
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Devemos entender que além de viver uma vida digna, estar na
igreja, cumprir preceitos da religião, devemos ir além, devemos nos envolver no
trabalho de anunciar a salvação por intermédio de Jesus a todos. Todos temos um
chamado a cumprir, isso é imperativo.
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É hora de revolucionar nosso jeito de ser discípulo,
deixando de ser passivo e nos tornando cada vez mais eficaz. Bom discípulo é
aquele que faz além daquilo que se espera dele, pois se fizer tudo o que deve,
será taxados como infiel, imagina se não fizer (Lc 17.10).
2. ALEGRAMOS A JESUS CONHECENDO A DEUS, O PAI. (v.21b-22)
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Tomado pela alegria de ver os discípulos servindo com
dedicação, Jesus ora a Deus agradecendo pela auto revelação do Pai aos seus
discípulos e a outras pessoas. O conhecimento de Deus é um privilégio daqueles
a quem Ele mesmo se deixa conhecer.
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O relacionamento de Jesus com o Pai é único, assim Deus
entregou a Jesus o poder de revelá-lo a nós, dessa forma, o conhecimento é
pessoal, através de uma nova forma de se relacionar com Deus, que não vem senão
por Cristo e sua revelação (Jo 14.6-11).
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Jesus se alegra quando nós compreendemos as verdades
espirituais, pois aceitamos com humildade de uma criança a verdade revelada na
Palavra. Mas se entristece quando essas verdades são rejeitadas pelos que se
julgam sábios, pois na sua arrogância questionam e rejeitam a Palavra, o Filho
e o Pai.
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Quando o discípulo cresce em conhecimento o Pai por
intermédio do Filho, ele alegra seu Senhor. Oséias 6.3 declara “conheçamos e
prossigamos em conhecer ao SENHOR”. Não podemos continuar sendo crianças
espirituais lançados de um lado para outro.
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João nos apresenta três níveis de conhecimento do Pai (1
João 2.12-14): Filhinhos – tem os pecados perdoados e o conhecem
superficialmente o Pai; Jovens – são fortes, vivem a Palavra e venceram o
Diabo; Pais – conhecem o pai de forma pessoal, profunda e íntima.
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Não podemos ser como a Igreja de Corinto que Paulo não pode
falar a eles como sendo espirituais, pois ainda eram crianças em Cristo (1Co
3.1); mas busque chegar ao que Paulo chama de “pleno conhecimento do Filho de
Deus” (Ef 4.13).
3. ALEGRAMOS A JESUS COMPARTILHANDO O QUE SABEMOS. (v.23-24)
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Esta palavra é direta explicita aos discípulos com um enorme
grau de responsabilidade, pois a felicidade das pessoas depende delas ter a
mesma experiência que os discípulos estão tendo, ver o que eles veem, ouvir o
que eles ouvem, sentir o que eles sentem, presenciar o que eles presenciam.
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Jesus continua apontando que muitos profeta e reis, servos e
autoridades, líderes religiosos e civis ansiaram por esta experiência que os
discípulos estão tendo, mas não tiveram esta alegria e privilégio (I Pe 1.9-11).
Quem sabe trocariam tudo por este momento impar.
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O evangelho não é filosofia, é revelação. As pessoas
conhecem as coisas através dos sentidos, da razão, da intuição ou da revelação.
As verdades do evangelho – como a salvação – chegaram a nós pela revelação, e
estas por meio de Cristo, direta ou indiretamente.
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Dessa forma Jesus lança sobre os discípulos a
responsabilidade de compartilhar suas experiências e seu conhecimento do Pai,
pois a fé é o elemento que pode abrir a visão que fora cegada pelo pecado para
a realidade de Cristo e o reino.
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Nem todos conheciam Jesus como o Messias, ou o Filho de
Deus. Essa verdade foi revelada em particular aos seus mais íntimos seguidores,
os discípulos, que agora deveriam compartilhar esse “segredo messiânico”, esse
conhecimento sublime com todas as pessoas.
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Nós como discípulos vamos alegrar a Jesus compartilhando essas
verdades reveladas com aqueles que ainda estão vivendo a infelicidade da
ignorância espiritual sem conhecer a Jesus o Filho, nem a Deus como Pai. Esse é
um tesouro que não podemos guardar só para nós.
CONCLUSÃO:
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Como discípulos podemos entristecer ou alegrar nosso Senhor.
O alegramos com dedicação ao serviço; com conhecimento cada vez mais profundo
do Pai; com o compartilhá-lo com aqueles que não o conhecem.
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Diante disso devemos refletir de que maneira estamos nos
relacionando com Cristo, se por interesse próprio ou se para sermos usados por
ele para cumprir Seus planos.
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Não somos o centro do mundo. A sociedade nos diz que devemos
nos preocupar conosco, e mais ninguém. O pensamento é: se você "se sente
bem" é isso que importa.
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Mas este egoísmo exacerbado não cabe nos princípios do
evangelho de Jesus que exige o auto sacrifício. Devemos viver para refletir o
amor de Cristo aos outros, levando-os aos pés do Salvador.
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Um discípulo que é fiel alegra o coração de seu mestre.

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